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Documento detalhado de Visita ao Campus, com adicional de pesquisa
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Resumo Técnico
Observações Relevantes
Durante a apresentação dos equipamentos, discutiu-se:
Equip amento
Microscópio Óptico
Microtomo e Inclusão
MEV
MET
Artroscopia e Microfotobiografia
O uso de gases como nitrogênio líquido para resfriamento;
A importância do vácuo em sistemas de varredura eletromagnética;
A escolha correta de fixadores como o Fixador Dutra, essencial para
preservar tecidos submetidos a ondas de alta energia.
Finalidade Principal
Visualização básica de tecidos e células Cortes finos de tecidos para análise
Topografia tridimensional
Estruturas intracelulares
Cirurgias e análise de superfícies
Relevância Médica
Diagnósticos, ensino e rotina médica
Preparação de lâminas histológicas
Estudo de tecidos e superfícies biológic as Diagnósticos celulares, genética, virologia Aplicação em tecidos, biomateriais e pesquisa avançada
Etapas do Processamento de Amostras Biológicas: Da Coleta à Análise
Final A compreensão do ciclo completo da amostra 4 desde sua coleta até a análise final ao microscópio 4 é essencial para estudantes de Medicina. Durante a visita ao Laboratório Temático de Microscopia do INPA, foi possível acompanhar, passo a passo, o processo técnico e metodológico que transforma um fragmento de tecido em uma lâmina histológica interpretável.
A seguir, detalhamos cada etapa observada:
Integração Teórica e Clínica
Et ap a Fixação e inclusão Corte e montagem Coloraç ão Análise final
Disciplina Citologia e Histologia Biologia celular Histologia Embriologia e Patologia
A amostra biológica pode ser de origem animal, vegetal ou humana, e normalmente é coletada por biópsia, dissecção ou remoção cirúrgica. No laboratório, exemplos como fragmentos de intestino de tambaqui, tecidos de plantas e biópsias foram apresentados. Após a coleta, o tecido é imediatamente fixado em uma solução conservante, geralmente formol 10% tamponado (formaldeído). Esse processo impede a degradação e autólise celular. Comentário prático: Foi mostrado um fragmento de tecido fixado em formol dentro de um cassete plástico, com identificação manual a lápis, como rotina em laboratórios clínicos.
A coloração é o momento em que os tecidos revelam seus segredos. A mais comum é a hematoxilina-eosina (HE), onde núcleos são tingidos de azul e o citoplasma em tons rosados. No entanto, para fins diagnósticos específicos, utilizam-se corantes especiais: Tricrômico de Masson: diferencia colágeno (azul) e elementos proteicos (vermelho); Corantes para sarcoma: evidenciam atipias celulares, presença de fibras e proliferação anormal de colágeno. Foram demonstrados casos de sarcoma de tecidos moles, com lâminas reais de cães, mostrando mitoses, atipias e infiltração inflamatória.
Após a desidratação, o tecido é embebido em parafina líquida aquecida, formando um bloco sólido ao esfriar. Isso facilita o corte fino no microtomo. Parafina: usada para amostras comuns (tecidos moles). Historresina (resina acrílica): utilizada para tecidos rígidos, como sementes, frutos duros e estruturas vegetais. Exemplo citado: cortes tomográficos de sementes de palmeira foram preparados com historresina, pois a parafina seria muito macia para o material.
Aplicação Médica Preservação tecidual para diagnóstico Análise morfológica e mitótica Diagnóstico diferencial (ex: neoplasias) Avaliação de tecidos normais e alterados
Com a amostra fixada, inicia-se a desidratação em banhos de álcool de concentrações crescentes (70%, 90%, 100%), o que remove a água do tecido 4 necessária para que ele aceite parafina. Essa etapa foi automatizada por um isotécnico, mas também pode ser feita artesanalmente, como demonstrado pelos técnicos do INPA.
Após a coloração, a lâmina está pronta para análise no microscópio. Durante a visita, os estudantes puderam observar diversas amostras, incluindo: Intestino de larvas de tambaqui, com foco nos enterócitos e células mucosas; Corte transversal de botão floral de palmeira, com uso de resina; Tecido muscular em caso de rabdomiólise, com degradação visível das fibras; Sarcoma em tecido conjuntivo, com destaque para coloração diferencial.
Com a amostra embutida em bloco, utiliza-se o microtomo para realizar cortes finíssimos, geralmente entre 3 a 5 micrômetros de espessura. O corte é transferido para um banho-maria histológico (água aquecida), onde a seção flutua e é capturada com uma lâmina de vidro por meio de uma técnica cuidadosa. Esse processo foi apelidado de "pescar lâminas", e demonstrado com humor pela equipe.
Diagnósticos Microscópicos: Casos Reais, Rabdomiólise, Sarcoma e
Análise Topográfica Durante nossa imersão no Laboratório Temático de Microscopia do INPA, fomos conduzidos por casos clínicos reais e análises patológicas que demonstraram, de maneira prática e impactante, o papel decisivo da microscopia na formulação de diagnósticos. Esta parte da visita foi, sem dúvida, uma das mais marcantes da experiência, pois nos colocou diante de situações concretas que simulam o que um futuro médico poderá enfrentar.
Outro momento intenso da visita foi a observação de um sarcoma de tecidos moles em lâmina histológica de cão, utilizada em aula por questões bioéticas. Achados Histológicos: Arquitetura tecidual totalmente desorganizada; Elevado número de mitoses atípicas, com presença de figuras tripolares; Espaço intersticial repleto de células irregulares e infiltrado inflamatório. Técnicas Utilizadas: Foi empregada uma coloração diferencial com corantes tricrômicos, possibilitando visualizar: Fibras colágenas coradas em azul; Células tumorais e matriz extracelular em vermelho. Considerações clínicas: A análise histológica permitiu não apenas diagnosticar o sarcoma, mas inferir seu grau de agressividade, algo vital para o planejamento terapêutico. Nota técnica: A discussão incluiu a possibilidade de diagnóstico imunohistoquímico complementar, que poderia confirmar o tipo de sarcoma com base em marcadores moleculares 4 uma prática comum em oncologia humana.
Aprofundando-se na capacidade da microscopia de revelar detalhes estruturais, foi apresentada a técnica de microfotobiografia topográfica, utilizada para avaliar a superfície de tecidos em alta resolução. Equip amento:
3 Um sistema óptico de última geração, com controle térmico e de pressão, foi empregado para registrar detalhes invisíveis ao olho humano; Utilizou-se um banho de ouro metálico para cobertura da amostra, facilitando a visualização por feixe eletrônico.
Aplicações práticas: Avaliação de danos topográficos em brânquias de tambaqui submetidos a diferentes níveis de sólidos suspensos na água; Análise de estruturas como digitais de peixes, permitindo traçar parâmetros biológicos e sanitários em ictiologia.
Síntese Diagnóstica e Relevância MédicaTodos os casos apresentados demonstraram que a qualidade da lâmina é diretamente proporcional à precisão do diagnóstico. Como aluno de Medicina, o que mais me impressionou foi a convergência entre a histotécnica e o raciocínio clínico: cada corte, cada corante, cada visualização microscópica tem um propósito maior 4 ajudar a salvar vidas com decisões baseadas em evidências concretas.
Caso Estudado Rabdomiólise Sarcoma
Estrutura Analisada Músculo esquelético Tecido conjuntivo e muscular
Técnica HE Tricrômico
Aplicação Médica Diagnóstico de IRA por lesão muscular Estadiamento tumoral, patologia oncológic a Avaliação toxicológica e ambiental
Topografia de brânquias Epitélio branquial MEV + metalização
Fomos apresentados a uma lâmina histológica de músculo esquelético com quadro de rabdomiólise, uma condição grave de destruição muscular, cujas consequências sistêmicas podem ser fatais. Observações: Fragmentação de fibras musculares e perda da organização fascicular; Presença de infiltrado inflamatório leve; Acúmulo de pigmentos no tecido adjacente. Aplicações clínicas: Esse tipo de análise é essencial para: Diagnosticar causas não evidentes de insuficiência renal aguda (IRA); Monitorar lesões musculares induzidas por trauma, esforço físico excessivo ou uso de estatinas; Investigar toxicidade em testes experimentais de novos medicamentos. Reflexão: O interessante foi notar que, apesar de parecer simples ao microscópio, os sinais histológicos de rabdomiólise só ganham real valor quando interpretados junto ao quadro clínico. Isso reforça a máxima de que o microscópio não faz diagnóstico sozinho 4 ele guia o olhar de quem sabe o que está procurando.
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Técnicas de Coloração Histológica: Codificando o Invisível
**1. Introdução às Técnicas de Coloração
Tabela Comparativa 3 Colorações Utilizadas
**5. Interpretação Clínica: A Cor como Linguagem Diagnóstica
Reflexão Pessoal
Fiquei surpreso com o nível de tecnologia envolvido no que, até então, eu considerava uma simples <aula de lâminaî. A verdade é que cada equipamento ali representa uma década de pesquisa e inovação, e que a Medicina moderna não anda sem os olhos da microscopia.
Da Amostra à Lâmina: A Jornada Microscópica do Tecido Perfeito
Se a medicina fosse um palco, o diagnóstico seria o ator principal e a amostra biológica... o figurante que todo mundo ignora até perceber que é ela quem entrega a reviravolta do episódio. Durante nossa visita ao INPA, vimos de perto como a preparação de amostras pode transformar um simples fragmento de tecido em uma cena digna de diagnóstico clínico e publicação científica.
O próximo passo foi a retirada da água intracelular. Afinal, água e parafina não se misturam, muito menos no microscópio. Et ap as: Banhos sucessivos em álcool etílico (70% a 100%); Substituição gradual por xilol ou outro diafanizante (transparente e volátil), essencial para que a parafina penetre. O xilol, aliás, é tão aromático quanto tóxico. Trabalhar com ele é como amar café: você só aceita o cheiro porque é parte do processo.
Aqui a amostra é embutida num bloco de parafina derretida a 60°C e deixada para solidificar. O resultado é um bloco translúcido e compacto, pronto para ser cortado. Equip amento: Estação de inclusão térmica, com pinças metálicas e moldes metálicos aquecidos; Refrigeração controlada para solidificação sem formação de bolhas. Sim, a amostra é basicamente selada em cera quente. Se parece uma técnica ancestral de embalsamamento, é porque... bem, é exatamente isso.
A lâmina, após secagem, recebe uma gota de resina e é coberta com lamínula. Está pronta para ser analisada ao microscópio óptico ou enviada para análise digital em sistemas automatizados. Observações clínicas:
Lâminas de intestino de larva de tambaqui revelaram enterócitos com microvilosidades; Amostras de sarcomas mostraram intensa atividade mitótica, como já mencionado; Processos inflamatórios foram visualizados com colorações especiais, indicando infiltrado linfocitário.
O bloco de parafina é cortado com micrótomo em espessuras de 4 a 5 micrômetros. Isso equivale a cortar um fio de cabelo em aproximadamente 20 fatias 4 o tipo de coisa que só faz sentido na medicina (ou na confeitaria molecular, talvez). Procedimento:
Corte com micrótomo rotativo; Utilização de lâmina descartável de aço inoxidável; Transferência dos cortes para banho-maria (45°C) e posterior fixação em lâmina de vidro.
Agora vem o toque de arte. A coloração é a maquiagem das células 4 a diferença entre ver um monte de bolhas e identificar um adenocarcinoma. Técnicas observadas: Hematoxilina e Eosina (HE) 3 padrão ouro: núcleos em azul, citoplasma em rosa; Tricrômico de Masson 3 usado em tecidos fibrosos: colágeno azul, músculo vermelho; Corantes especiais para colágeno, mucina e células específicas. Observações: Durante a demonstração, vimos claramente a diferença de contraste entre tecidos normais e alterados. Um caso apresentado mostrou marcação diferencial entre áreas tumorais e tecido conectivo, fundamental para definir margens cirúrgicas.
A coleta de amostras é o ponto mais subestimado da histotécnica. Uma coleta mal feita é como usar cotonete para medir pressão arterial 4 tecnicamente possível, mas você vai acabar processado. Procedimentos observados: Amostras de tecidos de origem animal (ex: músculo, intestino, pele, fígado); Fragmentos eram imersos imediatamente em solução fixadora (como formalina a 10%) para evitar autólise e putrefação; Armazenamento em tubos rotulados, com data e tipo de tecido, como manda o figurino.
A fixação serve para <paralisarî as células no exato estado em que estavam quando foram coletadas 4 como uma selfie celular, só que menos vaidosa e mais funcional. Fixadores usados: Formol tamponado (10%) 3 padrão ouro da histologia; Fixador de Dutra 3 utilizado para amostras que seriam submetidas à microscopia eletrônica. O fixador ideal preserva a morfologia sem mascarar os antígenos, o que, convenhamos, é uma gentileza rara até entre humanos.
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