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O presente relatório descreve os experimentos realizados ao longo da parte prática da disciplina de Psicologia Experimental, ministrada pelo Prof. Me. Wesley Kayke Sousa, do curso de Psicologia da Faculdade de Integração do Sertão - FIS. A base da Psicologia Experimental são as teorias formuladas por J. B. Watson, B. F. Skinner e Ivan Pavlov. O Condicionamento Operante proposto por B. F. Skinner, detalha como as topografias se modificam de acordo com suas consequências. O experimento foi realizado através do programa de simulação Sniffy Pro 2.0. Palavras chave: psicologia experimental, Sniffy Pro 2.0, Condicionamento operante, Topografias.
Tipologia: Trabalhos
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Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Psicologia Experimental, ministrada pelo professor Me. Wesley Kayke de Souza NOVEMBRO- 2023 SERRA TALHADA-PE
Segundo Kantowitz; Roediger e Elmes (2006), a psicologia experimental tem como base para seu início aspectos filosóficos e fisiológicos, com a visão de descartes sobre o dualismo e a proposição de que a mente e o corpo possuíam influência mútua. De acordo com Pinheiro (2011, p. 51): Para Descartes, percebemos com clareza e distinção que a alma é pensante e não-extensa, e o corpo é extenso e não-pensante. Portanto, do ponto de vista do entendimento¹, corpo e alma são substâncias de natureza completamente distinta. Esta compreensão dualista leva-nos a abordar o ser humano do ponto de vista da dicotomia físico-mental. A área também bebeu das teorias de filósofos empiristas britânicos como Locke, Hume, Berkeley e Hartley que enfatizavam a natureza mecânica da mente e que dessa forma a mesma poderia ser tratada como uma máquina, ou seja, poderia estar sujeita às leis naturais. Enquanto Kant expandiu a noção de Descartes de que algumas ideias poderiam ser inatas, os filósofos empiristas defendiam que o conhecimento vem através da experiência. (Kantowitz; Roediger; Elmes 2006). Ao constatar que a mente estava sujeita às leis naturais, os filósofos estavam abrindo caminho para a psicologia científica, porém para que houvessem novas descobertas em uma área com poucos resultados concretos como a psicologia era na época, era necessária a aplicação de métodos experimentais pautados nos estudos da mente e do comportamento. A aplicação desses métodos ficou por conta da fisiologia, em especial os fisiologistas alemães, que no século XIX estavam interessados na fisiologia dos órgãos sensoriais (fisiologia sensorial). A partir do fragmento disposto abaixo, Kantowitz; Roediger e Elmes (2006, p. 0 3) afirmam que “Muitos dos fisiologistas alemães esperavam que a fisiologia pudesse ser reduzida no final, à física e, à medida que se interessavam pela fisiologia do sistema nervoso humano, chegavam muito perto de tratar a mente como uma máquina física.”, confirmando as raízes do dualismo de Descartes e como a filosofia e a fisiologia se entrelaçaram para o que seria o início da psicologia como é conhecida hoje. Um dos principais cientistas da fisiologia alemã foi Hermann von Helmholtz (1821-1894), apesar de ser um físico/fisiologista foi a partir de seus experimentos
publicou em 1985 seu livro Memory provando que o método experimental poderia ser utilizado para pesquisas com tópicos psicológicos mais complexos. (Kantowitz; Roediger; Elmes 2006 ). Após se distanciar das bases filosóficas, a psicologia finalmente alcança um status de ciência, Bock; Furtado e Teixeira (2002) afirmam que a partir disso com a chegada de novos estudiosos e pesquisadores na área alguns objetivos específicos são traçados, esses sendo: definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; formular métodos de estudo desse objeto; formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. Em razão do sistema capitalista vigente e dos avanços tecnológicos advindos do crescimento econômico dos estados unidos, a psicologia científica alcança rápido crescimento e avança de forma exponencial nesse espaço. É nos estados unidos que surgem as primeiras escolas da Psicologia que construíram a base da Psicologia como é conhecida hoje. As três abordagens principais são: O Funcionalismo, O Estruturalismo e o Associacionismo, O Funcionalismo de William James tem a consciência como seu principal objeto de estudo e busca compreender o seu funcionamento e como o homo a usa para se adaptar ao meio. Apesar de o Estruturalismo de Edward Titchner também eleger a consciência como sua preocupação suas razões eram diferentes, o estruturalismo buscava estudar os aspectos estruturais da mesma, analisar suas estruturas. (Bock; Furtado; Teixeira 2002 ). A terceira escola é o Associacionismo que tem como principal representante Edward L. Thorndike, esta escola se preocupa em analisar os processos de aprendizagem, ou seja, para o associacionismo a aprendizagem se dá por meio da associação de ideias das mais simples às mais complexas. Dessa forma, de acordo com Bock; Furtado e Teixeira (2002), “para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo”. Thorndike é o principal pesquisador desta escola em razão da formulação da Lei do efeito, que diz que todo comportamento de um organismo vivo tende a se repetir se reforçado ou inibido caso haja a punição, essa lei foi de grande importância para a Psicologia Behaviorista.
No século 20 com psicologia se ligando cada vez mais a áreas como a medicina, houve a substituição das escolas mencionadas acima por novas abordagens. Essas abordagens estão presentes até os tempos atuais na psicologia moderna, elas são: A Psicanálise, A Gestalt e O Behaviorismo fomentado por John B. Watson, a última sendo a principal teoria abordada nesse relatório devido à natureza do mesmo. (Bock; Furtado; Teixeira 2002) 1.2 PRINCIPAIS TEÓRICOS (E.G., WATSON, SKINNER, PAVLOV); 1.2.1 John Broadus Watson (1878 – 1958) John B. Watson foi um psicólogo e professor estado-unidense popularmente conhecido como o fundador da escola behaviorista, um grande crítico da psicologia estruturalista e do método da introspecção, ele afirmava que o objeto da psicologia precisava ser observável, mensurável e passível de experimentação. Por essa razão, Watson era um estudioso do comportamento e buscava não só a psicologia sem alma de Wundt, mas também uma psicologia sem mente, livre de tópicos vagos e subjetivos, para isso ele propôs que o comportamento fosse avaliado separado da consciência. Watson defendia que o comportamento era produto da relação entre variáveis e o meio, “o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações).” (Bock; Furtado; Teixeira 2002, P.5 8 ). o seu experimento mais famoso foi o do pequeno Albert. Esse experimento foi realizado com um bebê de nove meses com o intuito de condicionar a criança a sentir medo dos estímulos a que ele foi exposto, esses sendo: um coelho, um macaco, um rato branco, jornais queimados e máscaras. Os estímulos foram apresentados ao mesmo tempo que um martelo batia em uma barra de ferro, fazendo com que a criança fosse condicionada ao medo desses objetos. (Bock; Furtado; Teixeira 2002; Paul, 2015). 1.2.2 Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). Burrhus Frederic Skinner ou B. F. Skinner como era popularmente conhecido foi um psicólogo behaviorista, autointitulado como behaviorista radical. Skinner tinha como teoria a análise experimental do comportamento, buscava compreender como o comportamento se relacionava com as condições experimentais, seus principais trabalhos foram o conceito de condicionamento operante que segundo (Bock; Furtado; Teixeira 2002 , p.61) “abrange um leque amplo da atividade humana — dos
3.1. Local Atividade realizada na faculdade de integração do sertão-FIS no curso de bacharelado em Psicologia pelos discentes do curso do quarto período: Lucas Viana Lima de Macedo, Maria Clara Miguel do Nascimento, Rafaela Leite Barros, sob a orientação do Prof. Me. Wesley Kayke de Sousa. A atividade foi realizada no horário da aula de psicologia experimental em sala de aula com o respectivo computador dos integrantes do grupo. 3.2. Sujeito Foi utilizado para o experimento caixa de skinner um animal (Rattus norvegicus linhagem Wistar) de simulação virtual feita pelo programa SniffyPro. 3.3. Instrumentos O grupo utilizou do computador dos integrantes da equipe, lápis grafite e caneta bic preta para as fichas de Nível operante, treino ao comedouro, modelagem, reforço continuo e extinção. Foi realizada a cronometragem com o celular, modelo Iphone 11, de integrantes do grupo. 3.4. Procedimentos 3.4.1. Nível operante Nível operante é a observação do sujeito experimental sendo o primeiro passo do processo de condicionamento sem se interferir nas topografias sendo um investigador passivo. Ao início do experimento se observará as seguintes topografias: Farejar, andar, coçar, levantar, parar, virar, pressão à barra e beber água em um tempo de 15 minutos com anotações de 1 minuto a 1 minuto. Nas fichas deverá preencher as colunas das respectivos ações do sujeito para que ao fim se calcule a taxa de resposta. (ALLOWAY; WILSON; GRAHAM, 2017) 3.4.2. Treino ao comedouro Em treino ao comedouro é necessário ensinar o Sniffy a encontrar a comida através do som do comedouro tendo a interferência na caixa com o sujeito experimental, com a finalidade de associar o som comedouro a com a comida, sendo som um estimulo neutro com a comida estimulo incondicionado para que se torne uma resposta condicionada. (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). No processo da sessão sem tempo estimulado, começa a liberação de globos para o sujeito ir associando o barulho com a comida. De início liberasse 15 globos sucessivos e após libere comida quando o sujeito estiver perto do comedouro. É necessário que a função de “operant
Serão apresentados abaixo, em tabelas, gráficos e figuras, os resultados obtidos com a execução dos exercícios realizados em sala, durante o experimento, são eles: nível operante, treino ao comedouro, modelagem, esquema de reforçamento contínuo, comparação de reforçamento contínuo e nível operante, extinção do reforçamento contínuo, comparação entre extinção e reforçamento contínuo. 4.1 Nível Operante No nível operante os comportamentos do sujeito experimental foram observados e registrados, sem interferências em suas ações. A tabela 1 apresenta o número de vezes em que o sujeito realizou cada comportamento, em um período de 15 minutos de acompanhamento. Com os resultados nota-se que o comportamento “coçar” foi o mais repetido durante o intervalo de tempo (121 vezes), e que os de pressionar a barra e beber foram os que se repetiram menos (3 vezes) durante o experimento. Tabela 1 : Registro do Nível Operante Tempo Farejar Andar Coçar Levant ar Parar Virar Beber RPB 1 3 6 10 5 0 0 0 0 2 6 5 8 5 0 0 1 0 3 9 4 7 5 0 0 0 1 4 5 5 8 4 0 0 0 1 5 7 4 11 5 0 0 0 0 6 12 4 10 2 0 0 1 0 7 5 4 10 4 0 0 0 0 8 10 3 5 6 0 0 0 0 9 8 3 8 4 0 0 1 0 10 8 2 8 4 0 0 0 0 11 10 3 9 1 0 0 0 1 12 9 5 4 6 0 0 0 0 13 7 2 9 2 0 0 0 0 14 5 1 9 5 0 0 0 0
Frequênc ia Taxa de resposta
(Fonte: Autores 2023) Gráfico 1 : Nível Operante (Fonte: Autores 2023) 4.2 Treino ao Comedouro Na etapa de treino ao comedouro, ocorreram interferências no comportamento do sujeito experimental, visto que a barra do comedouro estava sendo acionada por meios externos. Nessa fase foi ensinado ao sujeito a associar o som da barra do comedouro a comida, após o som da barra a comida era liberada. Para acontecer essa associação, a comida era liberada quando o sujeito estava próximo do comedouro figura 1 : Mind Window Operant Association - Treino ao Comedouro
(Fonte: Autores 2023) Figura 2 : Mind Window Operant Association - Modelagem (Fonte: Autores 2023) Gráfico 2: Modelagem
(Fonte: Autores 2023) 4.4 Esquema de Reforçamento Contínuo Na etapa de reforçamento contínuo foram observadas as mudanças dos comportamentos do sujeito antes e depois da modelagem. As ações realizadas foram observadas e registradas na tabela 3, que apresenta o número de vezes em que o sujeito realizou cada comportamento em um período de 15 minutos. Os comportamentos listados na tabela 3, são os mesmos elencados no nível operante. Com os resultados apresentados abaixo, nota-se que após a modelagem o comportamento de pressionar a barra foi o que mais se repetiu (111 vezes), o que comprova que o processo foi realizado com êxito. Tabela 3 : Esquema de Reforçamento Contínuo Tempo Farejar Andar Coçar Levant ar Parar Virar Beber RPB 1 3 2 8 8 0 0 1 2 2 3 5 6 6 0 0 0 4 3 4 1 5 6 0 0 0 6 4 8 0 9 6 0 0 0 3 5 1 2 10 7 0 0 0 7 6 1 0 3 8 0 0 0 6
(Fonte: Autores 2023) 4.5. Comparação – Reforçamento Contínuo e Nível Operante A partir dos resultados expostos no gráfico abaixo, nota-se que o comportamento de pressionar a barra era o que acontecia com menos frequência no nível operante e o que se repetia mais vezes era o “levantar”. Já no reforçamento contínuo percebe-se que o comportamento que mais se repetiu foi o de pressionar a barra e o que aconteceu com menor frequência foi o de “beber”. Nota-se que o sujeito experimental no reforçamento contínuo diminuiu os comportamentos de farejar, andar, levantar e beber comparando com o nível operante. Gráfico 4 : Comparação entre reforço contínuo e nível operante (Fontes: Autores 2023)
4.6. Extinção do Reforçamento Contínuo Na fase de extinção do reforçamento contínuo, realizou-se a suspensão da liberação de comida do sujeito experimental, e posteriormente foi observado e registrado os seus comportamentos, sem interferências, durante um período de 15 minutos. Nessa fase o sujeito pressionou a barra diversas vezes, mas o alimento não foi liberado. A partir dos resultados da tabela 6, nota-se que no início do procedimento o sujeito pressionou a barra 25 vezes no primeiro minuto, e no decorrer do tempo esse comportamento diminuiu até não acontecer mais. Gráfico 5 : Extinção do Reforçamento Contínuo (Fonte: Autores 2023) Tabela 6 : Extinção do Reforçamento Contínuo Tempo Farejar Andar Coçar Levant ar Parar Virar RPB Beber 1 4 1 2 2 0 0 25 0 2 9 4 6 2 0 0 8 0 3 4 2 8 2 0 0 9 0