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relatório de farmacia hospitalar, Trabalhos de Farmácia

relatório de estagio sobre farmacia hospitalar, relatando todo o cotidiano dentro da area

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 31/08/2019

valeria-carminatti
valeria-carminatti 🇧🇷

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FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
VALÉRIA CARMINATI
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: Dispensação de medicamentos
JUINA-MT
2018
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Baixe relatório de farmacia hospitalar e outras Trabalhos em PDF para Farmácia, somente na Docsity!

FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

VALÉRIA CARMINATI

ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: Dispensação de medicamentos

JUINA-MT

FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

VALÉRIA CARMINATI

ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: Dispensação de medicamentos

Relatório de Estágio Supervisionado II, apresentado ao curso de Bacharelado em Farmácia, da AJES - Faculdade Noroeste do Mato Grosso, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Farmácia, sob a orientação do Prof. Ms. Arielly Furtado Bento de Oliveira.

JUINA-MT

FACULDADE NOROESTE DE MATO GROSSO BACHARELADO EM FARMÁCIA

Estagiário:


Valéria Carminati Matrícula: 23797336 E-mail: valeriacarminatti07@gmail.com

Local de Estágio: Drogaria Ultra Popular - Matriz Endereço: av. Mato Grosso, 659N – centro, Juína-MT, CEP: 78.320-

Supervisora e Orientadora de Estágio:


Profª. Me. Arielly Furtado Bento de Oliveira. CRF: 5341 E-mail: arielly.fbo@gmail.com

Coordenador de Curso de Bacharelado em Farmácia:


Profª. Dra. Isanete Geraldini Costa Bieski. CRF: 1123-MT E-mail: isabieski20@gmail.com

Juína – MT, ____ de _____________ de _____.

RESUMO

O estágio curricular no curso de Farmácia está previsto no Projeto Pedagógico, bem como na grade curricular do curso, conforme disposto na Resolução CNE/CES n° 2, de 19 de fevereiro de 2002. Para o Art. 1º § 2º da Lei nº 11.788/2008 o objetivo geral do estágio em qualquer modalidade de ensino é “visar ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho”. A dispensação faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com os outros profissionais da saúde, em especial, com os prescritores. É papel do farmacêutico garantir a correta dispensação de medicamentos ao paciente, lhe indicando de forma correta a posologia, indicações, interações, entre outras informações importantes. O farmacêutico é responsável pela supervisão da dispensação e deve possuir conhecimento técnico-científico para o desenvolvimento desta atividade. O presente relatório teve como finalidade o registro das experiências vividas e atividades realizadas no campo de estágio em dispensação de medicamentos. O estágio supervisionado em farmácia é uma etapa de grande importância para a formação do farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione o conteúdo teórico obtido em aula com a prática da profissão farmacêutica. Durante o estágio em observação ao processo de dispensação pude notar como é realizada a dispensação feita pelos farmacêuticos e balconistas da farmácia. É um procedimento simples que exige a atenção de quem o faz, uma vez que é entregue ao paciente a medicação acompanhada das orientações necessárias sobre o uso, tais como posologia, dieta, interações, etc. A dispensação inicia-se pela análise da prescrição com a identificação do sujeito que está sendo atendido, pois isto determina os caminhos tomados neste processo. Outra contribuição é sobre a negociação da disponibilidade de tempo para a realização das orientações necessárias para o uso do medicamento. Deve-se, também, identificar se há a experiência com os medicamentos pelo paciente, possibilitando desta forma a avaliação da efetividade e segurança. Com o passar dos dias fui me adaptando a rotina de uma drogaria, que foi me acrescentando informações e experiências que irei levar para a vida. Aprendi muito com o farmacêutico que me supervisou, orientou e coordenou a ter uma postura de uma verdadeira farmacêutica, não apenas dispensando o medicamento, e sim dando uma atenção devida para cada pessoa.

Palavras-chave: Estágio, Drogaria, Dispensação.

INTRODUÇÃO

O estágio curricular no curso de Farmácia está previsto no Projeto Pedagógico, bem como na grade curricular do curso, conforme disposto na Resolução CNE/CES n° 2, de 19 de fevereiro de 2002. Para o Art. 1º § 2º da Lei nº 11.788/2008 o objetivo geral do estágio em qualquer modalidade de ensino é “visar ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho”. O 2º § 1º complementa que o “estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é um requisito para aprovação e obtenção de diploma”. Desta forma, no curso de farmácia o estágio é uma disciplina obrigatória, já que visa preparar o acadêmico para as diversas áreas de atuação do profissional farmacêutico, como exemplo em dispensação.

A dispensação faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com os outros profissionais da saúde, em especial, com os prescritores. É papel do farmacêutico garantir a correta dispensação de medicamentos ao paciente, lhe indicando de forma correta a posologia, indicações, interações, entre outras informações importantes. A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo de dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade do profissional farmacêutico (BRASIL, 1973). Com o passar dos anos houve o surgimento de novas definições das atividades farmacêuticas, tais como, a Atenção Farmacêutica apresentada por Hepler e Strand (1990), as quais têm influenciado cada vez mais estes profissionais a assumir um papel ativo de promoção da saúde. Segundo Petty (2003) a profissão farmacêutica está mudando da simples oferta de medicamentos para uma função clínica de fornecimento de informações. Desta forma, este relatório teve por objetivo descrever as atividades referentes a dispensação de medicamentos de uma drogaria da cidade de Juína/MT.

1.1 Justificativa O presente relatório tem como finalidade o registro das experiências vividas e atividades realizadas no campo de estágio em dispensação de medicamentos. O estágio supervisionado em farmácia é uma etapa de grande importância para a formação do farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione o conteúdo teórico obtido em aula com a prática da profissão farmacêutica. O principal objetivo do estágio é vivenciar a rotina de uma farmácia comercial e a do farmacêutico, observar o trabalho do farmacêutico em exercício de suas atividades e analisar seu comportamento profissional e ético. Portanto, o desígnio deste trabalho é relatar a experiência vivenciada em um estágio curricular, citando as atividades desenvolvidas no período do estágio, relacionando com as atividades da farmácia e com as legislações que norteiam as atividades farmacêuticas.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral Promover o desenvolvimento de habilidades e competências para o exercício da profissão farmacêutica em farmácias comunitárias e drogarias.

1.2.2 Objetivos Específicos  Observar a rotina do estabelecimento e atividades relacionadas com a dispensação de medicamentos;  Observar o atendimento do farmacêutico junto ao paciente e suas ações voltadas a promoção do uso racional de medicamentos;  Conhecer aspectos legais e éticos relacionados à dispensação de medicamentos;  Promover a discussão de casos clínicos referente as prescrições e dispensação dos medicamentos durante o estágio;  Verificar os aspectos inerente a Política Nacional de Assistência Farmacêutica voltada ao ciclo da assistência farmacêutica e uso racional de medicamento;  Identificar os principais aspectos da dispensação e sua importância para farmacoterapia;  Aprender relacionar o atendimento ao paciente e os aspectos para a atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico;

1.3.2 Funcionários A Drogaria Ultra Popular possui aproximadamente 21 colaboradores sendo:

 4 atendentes de caixa;  1 auxiliar de limpeza para a limpeza de todos os ambientes;  3 balconistas para atendimento ao público e dispensação de medicamentos;  3 farmacêuticos para atendimento ao público e dispensação de medicamentos;  3 atendentes para atendimento no setor de perfumaria e cosméticos;  3 colaboradores para recebimento, fatura e transferência de medicamentos;  1 secretaria para o setor administrativo;  2 colaboradores para o setor de compras e analise de medicamentos;  1 supervisor para monitoria da drogaria e demais filiais;  1 gerente.

1.3.3 Tipo de Produtos e Convênios A drogaria disponibiliza medicamentos de todos os tipos, como:

 Antibióticos;  Psicotrópicos;  Fitoterápicos;  Especializados entre outros. Também oferece produtos de perfumaria, como:

 Perfumes importados;  Maquiagens;  Produtos de higiene infantil e adulto;  Produtos como suplementos proteicos. A Drogaria Ultra Popular possui convenio com o governo no programa Farmácia Popular, conforme o decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004 que regulamenta a Lei no 10.858, de 13 de abril de 2004 (CFF;2008). Os medicamentos são organizados em ordem alfabética, separados por laboratório fabricante. A fim de promover a agilidade na identificação dos produtos, há uma prateleira específica para medicamentos genéricos, dispostos em ordem alfabética e de laboratório. A forma de

organização dos medicamentos não segue um critério rigoroso, exceto em relação àqueles que obrigatoriamente carecem da receita médica. As atividades da drogaria são informatizadas, e possui um sistema simples e prático em rede que possibilita a consulta de preços dos produtos, controle de estoque, fechamento diário e mensal e o registro dos medicamentos dispensados com retenção da receita. O recebimento e armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, sala de injetáveis e também um lugar para o depósito de material de limpeza e sanitários são responsabilidades do farmacêutico ou profissional legalmente habilitado para tais funções, que responderá diretamente ao farmacêutico técnico. A aquisição de produtos é inclusa no órgão responsável pela regulamentação dos estabelecimentos que realizam a dispensação de medicamentos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Durante o recebimento é verificado estado de conservação, prazo de validade e origem dos produtos. Caso haja produtos falsificados, corrompidos, vencidos ou violados os mesmos são imediatamente separados e levados para a Vigilância Sanitária Municipal.

epidemiológico da população local (enfermidades prevalentes), para atender aos reais necessidades da população. A programação deve ser feita com base na relação consensual de medicamentos na fase de seleção, e seu objetivo principal é definir os quantitativos do medicamento selecionado que devem ser adquiridos, priorizando-os e compatibilizando-os com os recursos disponíveis a fim de evitar a descontinuidade do abastecimento. Todo o cuidado com os estoques está pautado no acompanhamento da previsão do consumo e na demanda do produto. Através dessas estimativas, serão formulados parâmetros de compra, que servirão de base para a manutenção dos níveis de estoque. Esses dados devem ser atualizados frequentemente, sendo muito interessante, portanto, um software que faça estes cálculos. É aconselhável o uso de recursos informatizados para a gestão dos estoques. No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto à respectiva documentação e fisicamente inspecionada para que sejam verificadas suas condições físicas, rotulagem, tipo, data de fabricação, validade e quantidade.

Ao receber os medicamentos deve ser verificado as seguintes questões:  Conferir a nota fiscal quanto à razão social, quantidade, preço, condições de pagamento e se a remessa corresponde à encomendada. As empresas produtoras (fabricante ou laboratório) ficam obrigadas a informar, em cada unidade produzida os itens:  O nome do produto farmacêutico – nome genérico e comercial (observar a legislação).  Nome e endereço completo do fabricante com telefone do serviço de atendimento ao consumidor (SAC).  Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia do seu Estado.  Número do registro no Ministério da Saúde conforme publicação do Diário Oficial da União.  Data de fabricação.  Data de validade, esse prazo deve ser no mínimo de um ano para uma maior rotatividade dos produtos.  Número de lote a que a unidade pertence.  Composição dos produtos farmacêuticos;  Peso, volume líquido ou quantidade de unidades se for o caso;  Finalidade, uso e aplicação;  Precauções, cuidados especiais.

Caso haja divergências em um ou mais dos itens acima, não receber os produtos, procedendo da seguinte forma:

 Assinar o canhoto da nota fiscal, devolvendo-a ao entregador.  Encaminhar a nota fiscal conforme orientação da Empresa. O pedido feito pela internet deverá ser por meio de sítio eletrônico do estabelecimento ou da respectiva rede de farmácia ou drogaria e deverá obrigatoriamente utilizar o domínio “com.br” e ainda conter os dados e informações que constam do artigo 53, § 1°, incisos I a VI e § 2º da RDC 44/09 sempre sob a responsabilidade do farmacêutico. Na drogaria onde foi realizado o estágio, a realização destas atividades ocorre da forma correta como descrito, sendo realizada pela equipe e sob responsabilidade do farmacêutico.

2.2 Dispensa de Medicamentos A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um profissional autorizado (ARIAS,1999). Trata- se de uma oportunidade para o farmacêutico contribuir para o uso racional de medicamentos (MARIN et al., 2003), pois na interação com o paciente é possível identificar a necessidade do mesmo e orientar tanto sobre o medicamento quanto sobre educação em saúde, atuando desta forma como um agente de saúde. A dispensação é uma das atividades da Assistência farmacêutica considerada privativa do farmacêutico. O farmacêutico é o responsável pelo fornecimento do medicamento e pelas orientações para seu uso adequado (ANGONESI, 2008). A dispensação farmacêutica é dividida em quatro etapas:  Abordagem ao paciente: o profissional ao abordar o paciente deve se apresentar adequadamente devendo identificar-se e procurar informações sobre o paciente, como por exemplo, a quem a receita se destina, qual o nome da pessoa, o que está sentindo, idade (é uma criança, é um idoso), etc.  Análise de prescrição - Lei 5991(17/12/1973): a prescrição é um documento por isso nunca deve estar rasurada. Conforme a legislação a receita deve conter carimbo e assinatura, ser preenchida de caneta, digitalizada para evitar erros, conter todas as informações que identifique o paciente e possuir os endereços e datas.  Análise física do medicamento: qualquer alteração física no medicamento pode implicar em uma possível alteração química, ocorrendo alteração do efeito e

apenas na unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter 5 (cinco) ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, o tratamento será correspondente a 60 (sessenta) dias.  Receita Amarela ou Receita A: a Notificação de Receita A é um impresso na cor amarela para a prescrição dos medicamentos das listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). Poderá conter somente um produto farmacêutico. Será válida por 30 (trinta) dias, a contar da data de sua emissão, em todo o território nacional. As notificações de Receita “A”, quando para aquisição em outra unidade federativa, precisarão que sejam acompanhadas de receita médica com justificativa de uso. E as farmácias, por sua vez, ficarão obrigadas a apresenta-las, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas à Autoridade Sanitária local para averiguação e visto.  Notificação de Receita Especial de Retinoides - lista C2 (Retinoides de uso sistêmicos): com validade por um período de 30 (trinta) dias e somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter 05 (cinco) ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento corresponderá, no máximo, a 30 (trinta) dias, a partir da sua emissão.  Notificação de Receita Especial para Talidomida – lista C3: tratamento para 30 (trinta) dias; validade de 15 (quinze) dias.  Substâncias antirretrovirais – lista C4 : formulário próprio, estabelecido pelo programa de DST/AIDS. Todas as prescrições com medicamentos de controle especial são monitoradas pelo SNGPC. O SNGPC é um sistema online de escrituração de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos para as farmácias e drogarias, com ele você registra e envia todas as movimentações dos medicamentos e insumos sem complicação. As farmácias e drogarias deverão recorrer aos seus fornecedores de sistemas para a sua adequação ou aquisição. Cada estabelecimento deverá contratar uma empresa desenvolvedora de programas de computador que possua um software que atenda às exigências e especificações técnicas da ANVISA, estando pronto para a geração e envio dos arquivos XML seguindo os padrões exigidos, como o SNGPC, a farmácia deve fazer um inventário do seu estoque de medicamentos psicotrópicos e antimicrobianos e/ou insumos. Esse inventário deverá ser informado diretamente feito no SNGPC e exportado para o Portal da Anvisa pela INTERNET. A partir do momento em que o inventário for enviado e aceito pela Anvisa, todas as informações sobre as movimentações de medicamos ou insumos deverão ser enviados de acordo com o modelo e padrões descritos.

Na drogaria este sistema tem extrema importância, pois é através dele que é monitorado todas as vendas de medicamentos controlados, o que auxilia a equipe com o controle de estoque, assim como, as receitas que são recebidas e armazenadas de forma ideal.

Além dos medicamentos sujeitos a prescrição existem os Medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Os MIPs também conhecidos como medicamentos de venda livre ou over the conter (expressão em inglês, que significa “em cima do balcão”), são aqueles que não necessitam de prescrição médica para sua aquisição e possuem a finalidade de tratar, aliviar e prevenir sintomas não graves. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituiu regulamentação e critérios para classificação dos MIPs por meio da RDC n° 98/2016. Esta relação de medicamentos foi enquadrada em uma lista de medicamentos isentos de prescrição. A atual norma revoga a RDC n° 138/2003, que não considerava a possibilidade de atualização da lista dos MIPs. Logo, mesmo os medicamentos que atendiam aos critérios de enquadramento, mas não constavam na lista, não podiam ser incorporados. A solicitação para a classificação de um medicamento como isento de prescrição passa por um rigoroso processo de análise pela ANVISA, que considera uma série de critérios. É importante ressaltar que, medicamentos administrados por via parenteral (via endovenosa, via intramuscular e via subcutânea), medicamentos novos no mercado e apresentações que tenham a indicação de prescrição médica não podem ser enquadrados como MIPs.

2.4 Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica Farmácia clínica é o trabalho do farmacêutico voltado para áreas em que exigem uma orientação sobre o uso de medicamentos, quando há contato direto com o público ou não. A presença do farmacêutico é necessária e protegida por lei em clínicas, ambulatórios, unidades de saúde, hospitais, lares de longa permanência e farmácias comunitárias ou farmácias em geral, seja de origem pública ou privada (Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973 e Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010). Os objetivos principais da farmácia clínica são:  Maximizar o efeito clínico de medicamentos, isto é, utilizar o tratamento mais eficaz para cada tipo de paciente;  Minimizar o risco de efeitos adversos induzidos por um tratamento;  Reduzir o tempo do processo de terapia;  Monitorizar a conformidade do tratamento com o paciente;

a) Identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; b) Definição do objetivo terapêutico; c) Seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; d) Redação da prescrição; e) Orientação ao paciente; f) Avaliação dos resultados; g) Documentação do processo de prescrição. É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor (Maciulevicius, 2013). Esse processo é extremamente importante para a população de Juína e é um serviço incomum na cidade, tanto que muitos nem conhecem esse procedimento. Na drogaria é prestado somente a Atenção farmacêutica, onde os farmacêuticos auxiliam os pacientes sobre o uso e importância de tomar corretamente as medicações.

2.5 Acompanhamento Farmacoterapêutico O acompanhamento farmacoterapêutico é uma atividade focada no paciente, sendo que o profissional que a exerce assume a responsabilidade e o compromisso de que as necessidades farmacoterapêuticas do paciente sejam atendidas. Seu ponto de partida é o questionamento de quais são os problemas de saúde que o paciente apresenta e se estes podem ser tratados com medicamentos e, inversamente, que todas as drogas que o paciente toma têm sua razão de ser e, a partir disto, que se cumpram os objetivos para os quais são indicadas, que alcancem as metas terapêuticas e que não causem novos problemas. Além disso, se leva muito em conta o papel essencial do paciente, pois se considera fundamental que o paciente saiba como tomar o medicamento e deseje fazê-lo, portanto, é levada em conta a relação adequada entre paciente e doença e entre paciente e medicamento como parte fundamental do sucesso da farmacoterapia. O profissional, portanto, assume esta responsabilidade sem levar em conta a procedência da medicação, se é prescrita ou se é fruto de automedicação, se pertence à medicina tradicional ou alternativa e pretende assegurar os melhores resultados terapêuticos e de qualidade de vida para o paciente (ZENECA, 2015).

Satisfazer as necessidades farmacoterapêuticas significa que, em primeiro lugar, há que se atingir os objetivos que correspondem a cada problema de saúde, mas, também, há que se dar uma atenção especial ao paciente. Assim sendo, é necessário conciliar os resultados em saúde

  • objetivo dos medicamentos – com as necessidades dos pacientes e as formas de se atingir os objetivos, ou seja, com os métodos para implantá-los. Portanto, se existem as necessidades farmacoterapêuticas o profissional que intenciona atendê- las precisa de uma ferramenta que demonstre a ele que o objetivo tem sido atingido. Desta forma, se definem os problemas da farmacoterapia, ou problemas relacionados com medicamentos (PRM) para identificar as necessidades farmacoterapêuticas que não foram atendidas e para resolvê-las (ZENECA, 2015). Na realização do estágio pude notar que alguns pacientes, para que possam realizar o uso do medicamento sem qualquer risco de problemas, necessitam do acompanhamento dos profissionais farmacêuticos da drogaria. Os profissionais são inteiramente qualificados e quando necessário prestam esse acompanhamento aos seus pacientes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dispensação faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com os outros profissionais da saúde, em especial, com os prescritores. A construção do processo de dispensação partiu da reflexão teórica inicial dos professores do Estágio Supervisionado em Farmácia e desenvolveu-se durante a prática dentro de uma drogaria. Neste contexto, são apresentadas as etapas do processo de atendimento farmacêutico diante de uma prescrição com ênfase na prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. A dispensação inicia-se pela análise da prescrição com a identificação do sujeito que está sendo atendido, pois isto determina os caminhos tomados neste processo. Outra contribuição é sobre a negociação da disponibilidade de tempo para a realização das orientações necessárias para o uso do medicamento. Deve-se, também, identificar se há a experiência com os medicamentos pelo paciente, possibilitando, desta forma, a avaliação da efetividade e segurança.

Com o passar dos dias fui me adaptando a rotina de uma drogaria e a cada dia foi me acrescentando informações e experiências que irei levar para a vida. Aprendi muito com o farmacêutico que me supervisou, orientou e me coordenou a ter uma postura de uma verdadeira farmacêutica, não apenas dispensando o medicamento, e sim dar uma atenção devida para cada pessoa. Aproveitei o máximo que eu pude, foi uma experiência única Vi que uma orientação