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Relatório de Estágio Supervisionado VII da Universidade Federal do Amapá do curso de Farmácia referente ao 10º Semestre. Relacionado ao último estágio obrigatório no âmbito das Análises Clínicas.
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
MATHEUS RODRIGUES RICARDINO Macapá 2023
Portfólio acadêmico apresentado à comissão de estágio supervisionado VII como requisito para aprovação na disciplina Macapá 2023
Com o avanço da medicina, a importância da realização de análises clínicas para o diagnóstico e tratamento de doenças tem se tornado cada vez mais evidente. Nesse contexto, o estágio em laboratório de análises clínicas se apresenta como uma etapa indispensável para o aprimoramento do conhecimento na área farmacêutica. No presente relatório, serão apresentados os resultados do estágio realizado no laboratório de análises clínicas Dr. Paulo Jose Albuquerque, com o intuito de descrever as atividades desenvolvidas, os métodos empregados, e as considerações finais. O laboratório de análises clínicas Dr. Paulo José Albuquerque é referência no estado Amapá, contando com a infraestrutura necessária para atender às especificidades e complexidades das análises clínicas. No decorrer do estágio, foi possível observar a interação entre a equipe de profissionais do laboratório, bem como participar ativamente de atividades relacionadas à rotina diária do laboratório. Além disso, foram supervisionados experimentos que visaram desenvolver a capacidade de análise crítica dos resultados e a habilidade em lidar com situações de imprevisto, visando a melhoria contínua dos serviços e a satisfação dos pacientes. Nesse sentido, o estágio em laboratório de análises clínicas se mostrou fundamental para o aprimoramento do conhecimento técnico e científico na área farmacêutica, permitindo a aplicação dos conteúdos adquiridos durante o curso de formação acadêmica. Desse modo, a experiência proporcionou ampliação da visão profissional e, principalmente, da conscientização sobre a importância do papel do farmacêutico na promoção da saúde através das análises clínicas.
divesos tipos de exames disponibilizados pelo laboratório. Desde exames sanguíneos, até parasitológicos. Dentro da área técnica é subdividido alguns setores como a de hematologia, bioquímica, parasitológica e uma sala onde são realizados exames de urina e fezes de outras unidades de coleta denominados “amostras externas”. Mais ao lado da área técnica fica uma sala onde é realizado a esterilização de materiais, na frente fica a sala de estoque de materiais. Seguindo o corredor tem um banheiro e por fim a copa.
Durante o estágio foi possível passar pelos mais diversos setores e então realizar as competências dos serviços que o laboratório realiza para atender a população com exames de qualidade. 3.1 URINÁLISE E PARASITOLOGIA No setor de urinálise e parasitológico realizou-se a análise da urina rotina, onde são solicitados de outras clínicas pertencentes ao hospital São Camilo, quanto do pronto atendimento do hospital. Quando são solicitados exames do pronto atendimento, por ser um serviço de emergência, os exames têm prioridade para sua realização. O exame de urina rotina é através de tiras reagentes, sendo um procedimento laboratorial simples e rápido, que permite avaliar a composição química da urina e identificar possíveis problemas de saúde do paciente. O exame é realizado com a coleta de uma amostra de urina do paciente em um recipiente estéril e então identificado com um adesivo com suas informações pessoais. Uma parte da amostra é transferida para um tubo de ensaio e em seguida é mergulhada a tira reagente na urina por alguns segundos e os resultados são lidos em um tempo determinado. As tiras reagentes contêm diferentes substâncias químicas que reagem com os componentes da urina, produzindo uma mudança de cor na tira. Por exemplo, a tira pode conter reagentes para avaliar a presença de proteínas, glicose, sangue, pH, entre outros elementos (Figura 1). Figura 1 – Tira reagente para exame de urina rotina Fonte: https://indavidas.com.br/blog/tiras-reagentes-tudo-que-voce-precisa-saber/
Figura 3 – Cristais de oxalato de cálcio Fonte: Autor (2023) Outro teste comumente realizado durante o estágio com a urina foi o de urina 24 horas. O exame de urina de 24 horas é uma análise da urina coletada durante 24 horas para avaliar a função dos rins e é muito útil para identificar e acompanhar doenças renais. Este exame é indicado principalmente para medir a função dos rins ou avaliar a quantidade de proteínas ou outras substâncias na urina, como sódio, cálcio, oxalato ou outros sais minerais (NEUFELD, 2022). Através dos resultados da urina de 24 horas é possível definir a taxa de filtração de sangue pelos rins, chamada de taxa de filtração glomerular, pesquisar a presença de proteínas na urina e identificar as concentrações urinárias de vários sais minerais. É calculado o volume final dessa urina através de uma proveta, anotado o valor, transfere-se uma quantidade para um coletor previamente identificado e armazenado na geladeira para caso precise utilizar a amostra posteriormente. Assim como é separada uma quantidade em um tubo de ensaio identificado com as informações do paciente e levado para a centrífuga por 5 minutos a 3200 RPM. Após isso é levado para o equipamento de bioquímica para ser realizado os testes. Partindo para análise das amostras de fezes, o método comumente utilizado é o método direto. Para a sua realização é instilado uma gota de lugol na lâmina previamente identificada e então com um auxílio de um “palito” toca-se a amostra em alguns pontos e
então espalha-se no lugol. Por fim, coloca-se uma lamínula para levar ao microscópio (Figura
Figura 4 – Método direto para análise de fezes Fonte: Autor (2023) A análise das fezes exige bastante prática, pois não é uma amostra que é estéril e desse modo possui diversas substâncias para visualizar. Também são contados cinco campos e realizada a média para liberar o laudo. Alguns parasitas foram observados durante o estágio como Entamoeba coli, Entamoeba histolytica , Blastocystis sp., Iodamoeba butschlii, Giardia lamblia, Urbanorum spp , dentre outros. As práticas realizadas desde a parasitologia básica até a parasitologia clínica foram de fundamental importância para a identificação dos parasitas e realização da técnica para análise. Existem outros dois testes rápidos que são realizados no laboratório com as amostras de fezes sendo eles o teste de Rotavírus e Sangue Oculto. O Rotavírus é a principal causa de gastroenterite aguda. A gastroenterite causada por vírus entéricos pode ser fatal em populações vulneráveis, como crianças, idosos e indivíduos imunossuprimidos. A infecção ocorre através da via fecal-oral, com um período de incubação de 1 a 3 dias. Os sintomas característicos incluem vômitos, diarreia aquosa que pode durar de 3 a 8 dias, febre e dor abdominal. A imunização após a infecção inicial é incompleta, embora as infecções posteriores tendam a ser menos graves do que a primeira (INSTITUTO ADOLFO LUTZ E CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROFESSOR ALEXANDRE VRANJAC et al., 2004). Para processar amostras fecais, o primeiro passo é abrir o tubo de coleta de amostra com tampão de extração e colher a amostra fecal em, pelo menos, três locais diferentes, sem
Em seguida, a vareta é retornada ao frasco do extrator, que é agitado fortemente para misturar a amostra. O tubo é então deixado em repouso por 2 minutos. Se a coleta das fezes for de três dias consecutivos, o procedimento de extração da hemoglobina deve ser repetido em cada amostra com o mesmo frasco do extrator. Na técnica de análise, a placa teste é retirada do envelope laminado e identificada adequadamente. Duas gotas completas da amostra extraída são transferidas para o orifício da amostra (S) do cassete e o cronômetro é acionado. Os resultados devem ser lidos após 5 minutos e não devem ser lidos após os 10 minutos (Figura 6). Figura 6 – Testa rápido – Sangue Oculto Fonte: LabTest 3.2 BIOQUÍMICA Durante a permanência na bancada, denominada “área da bioquímica,” foi possível realizar diversos testes rápidos, são testes relativamente simples, mas que precisam de cuidados para realizar e não liberar resultados falsos positivos ou negativos. Alguns testes foram realizados em práticas nos laboratórios da universidade, no entanto, outros foram totalmente novos como teste de Venereal Disease Research Laboratory (VDRL). Esse teste é utilizado para diagnosticar a sífilis.. Através da coleta de uma amostra de sangue, que é processada no laboratório, é possível identificar a presença e concentração de anticorpos circulantes, o que indica a gravidade da doença. Após a centrifugação da amostra do paciente, é coletado com o auxílio de uma pipeta 50μL de soro e adicionado a uma placa. Em seguida, são adicionados 20μL do reagente e a mistura é agitada em um agitador por 5 minutos. Após esse período, a placa é levada ao microscópio para análise.
O exame VDRL fornece o resultado em títulos, sendo que quanto maior o título, mais positivo é o resultado. Basicamente, o resultado pode ser: Positivo ou Reagente; Negativo ou Não Reagente (Figura 7). Figura 7 – Teste VDRL negativo e positivo Fonte: Autor (2023) Se o resultado for negativo, significa que a pessoa nunca teve contato com a bactéria causadora da sífilis ou que está curada. O resultado positivo indica que a pessoa pode estar com sífilis, mas há a possibilidade de falsos positivos devido a reações cruzadas, o que pode indicar outras doenças, como brucelose, lepra, hepatite, malária, asma, tuberculose, câncer e doenças autoimunes. Caso o teste tenha dado positivo, é realizado uma diluição. O resultado é considerado positivo a partir do título de 1/16, o que significa que mesmo após diluir o sangue em 16 vezes, ainda é possível detectar a presença de anticorpos. Nesses casos, é fundamental que o médico seja consultado para que o tratamento seja iniciado rapidamente (SANTANA, 2006). Já os títulos mais baixos, como 1/1, 1/2, 1/4 e 1/8, indicam que pode haver sífilis, pois mesmo após uma, duas, quatro ou oito diluições ainda é possível detectar os anticorpos. É importante ressaltar que, mesmo com títulos mais baixos, a consulta médica é essencial para uma avaliação adequada e para a definição do tratamento necessário (SANTANA, 2006). Têm-se o teste de Troponina que é um teste imunocromatográfico de duplo anticorpo altamente sensível e específico que detecta qualitativamente a presença de proteínas
Quadro 1 – Testes rápidos Teste Rápido Para que serve Importância Como é realizado Hepatite B Detectar a presença de anticorpos contra o vírus da hepatite B no sangue A hepatite B é uma infecção viral que pode levar à doença hepática crônica e câncer de fígado. O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce e o início do tratamento 3 gotas do soro na placa Hepatite C Detectar a presença de anticorpos contra o vírus da hepatite C no sangue A hepatite C é uma infecção viral que pode levar a doença hepática crônica, cirrose e câncer de fígado. O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce e o início do tratamento 1 gota de soro na placa + 2 da solução tampão Dengue IgM/IgG Detectar a presença de anticorpos contra o vírus da dengue no sangue A dengue é uma infecção viral que pode levar a complicações graves, como a síndrome do choque da dengue e a febre hemorrágica da dengue. O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado É realizado a partir de uma pequena amostra de sangue, geralmente obtida por meio de uma picada no dedo. O resultado pode ser obtido em cerca de 15 a 20 minutos Covid- Detectar a presença de anticorpos ou antígenos do vírus SARS-CoV-2 no sangue ou nas vias respiratórias A Covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2. O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce e o isolamento do paciente, além de ajudar a controlar a propagação da doença. 10 gotas do reagente em um recipiente para gotejar posteriormente, homogeneizar o swab durante alguns segundos. Instilar 3 gotas na placa. HIV Detectar a presença de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no sangue O HIV é o vírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. 1 gota do soro e 2 da solução tampão na placa Beta HCG Detectar a presença do hormônio beta- hCG na urina ou no sangue O beta-hCG é um hormônio produzido durante a gravidez. O teste rápido é importante para o diagnóstico precoce da gravidez Coloca-se a tira do teste em um quantidade do soro e espera-se 10 minutos Para leitura do resultado. Fonte: Autor (2023) O laboratório também realizar o teste de reação de cadeia da polimerase para
identificar a presença de partículas virais do vírus SARS-CoV-2. Esse teste é realizado em um equipamento automatizado da ID NOW (Figura 9) de forma muito simples, porém demanda muitos passos. Segue um link para acessar um vídeo de como é realizado o teste: (2) How To Perform ID Now (Abbott) COVID 19 Test – YouTube. Figura 9 – Equipamento ID NOW – Covid RT-PCR Fonte: Autor (2023)
O laboratório dispõe de equipamentos de elevada qualidade para a execução do hemograma, os quais permitem a automação do processo de análise das amostras. Após o recebimento das amostras, estas são acondicionadas em estante apropriada e inseridas no equipamento para início da realização do exame (Figura 11). Figura 11 – Equipamento para a realização do hemograma Fonte: http://labpauloalbuquerque.com.br/ O hemograma é um exame de rotina amplamente utilizado na prática clínica, que avalia as células sanguíneas e seus parâmetros quantitativos. A realização do hemograma pode ser feita manualmente ou por meio de um equipamento automatizado, cada um com suas vantagens e desvantagens (GROTTO, 2009). O hemograma manual é realizado por meio da observação microscópica de uma lâmina de sangue, na qual as células sanguíneas são contadas e classificadas por um técnico especializado. Esse método é considerado mais preciso e sensível na detecção de anormalidades celulares, como alterações na forma ou tamanho dos glóbulos vermelhos. No entanto, é um método demorado e sujeito a variações inter e intraobservador, o que pode levar a resultados inconsistentes (GROTTO, 2009). Já o hemograma automatizado é realizado por um equipamento que utiliza tecnologia de ponta para contar e classificar as células sanguíneas. Esse método é mais rápido e menos sujeito a variações, o que resulta em resultados mais precisos e confiáveis. Além disso, o hemograma automatizado pode detectar anormalidades celulares que não são perceptíveis na
análise manual, como a presença de células imaturas (GROTTO, 2009). Ambos os métodos são importantes para o diagnóstico e monitoramento de doenças hematológicas, como anemia, leucemia e distúrbios da coagulação. O hemograma manual é indicado em situações em que é necessária uma avaliação mais detalhada das células sanguíneas, como em casos de suspeita de alterações morfológicas. Já o hemograma automatizado é indicado para uma avaliação quantitativa rápida e precisa, sendo útil para triagem de grandes volumes de amostras e para monitoramento de pacientes com doenças hematológicas crônicas. Outra técnica comumente utilizada é para verificar a velocidade de hemossedimentação do sangue (VHS). O laboratório utiliza a pipeta de WesterGreen que foi desenvolvida para a realização do teste de forma a facilitar o manuseio da técnica (Figura 12). Figura 12 – Pipeta de WesterGreen VHS Fonte: https://www.sabresafety.com.br/produto/pipeta-plastica-descartavel-para-vhs-pacote-com-25- pecas/ A técnica de verificação da velocidade de hemossedimentação do sangue (VHS) é um procedimento diagnóstico utilizado para avaliar a presença de inflamação no organismo. Através dessa técnica, é possível medir a taxa de sedimentação dos eritrócitos no sangue, que pode ser influenciada por fatores como a concentração de proteínas plasmáticas e a presença de agentes inflamatórios (MARQUES FILHO, 2004). A técnica é bem simples, coloca-se a pipeta de WesterGreen no tubo da amostra correspondente até preenchê-la. São anotados os valores após uma hora e depois duas horas, mede-se a altura do plasma em relação ao topo da pipeta. Quanto maior for a taxa de sedimentação dos eritrócitos, maior será a altura do plasma que se acumula no fundo da