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relatório de estágio em psicologia escolar, Exercícios de Psicologia

Afirmaram também, que o professor ou qualquer pessoa da escola serve de exemplo para esses alunos porque todos da escola são observados até fora do ambiente ...

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA ESCOLAR
RESUMO
A Escola é um ambiente extremamente rico em aprendizagem para os profissionais da
área de Psicologia. A interação entre esses dois ramos nos possibilitou um
conhecimento teórico-prático-vivencial da realidade do trabalho desenvolvido pela
Psicologia Escolar. O presente relatório foi organizado com a finalidade de apresentar e
analisar os dados colhidos e as necessidades e especificidades da escola E.E.C.T. com o
objetivo de realizar o estágio curricular obrigatório em Psicologia Escolar; como
também poder auxiliar à Escola com um projeto que visou contribuir com a melhoria de
sua atuação como instituição educacional, e de acordo com o diagnóstico e leitura
institucional escolhemos a comunicação como foco do nosso trabalho e como um dos
principais elementos no fortalecimento do grupo para a resolução de suas dificuldades,
auxiliando no diálogo, troca de idéias e união grupal. Durante o estágio em Psicologia
Escolar foi possível um intercâmbio real de conhecimento, tanto a Psicologia
contribuindo no cotidiano do ambiente escolar, como a Escola possibilitando um espaço
amplo e aberto de aprendizagem para uma formação acadêmica mais completa. O
objetivo primordial do projeto desenvolvido na escola foi facilitar e possibilitar um
maior contato e estreitamento nas relações entre toda a Equipe Técnica da escola,
desenvolvendo e ampliando a comunicação no ambiente escolar. Onde estes integrantes
foram capacitados a encontrar juntos as soluções e as formas para um ambiente de
trabalho mais agradável, promovendo uma reflexão mais ampla e aprofundada acerca
das questões que envolvem a escola e a educação de uma forma geral, debatendo
dificuldades e trabalhando com novas possibilidades. Tendo como base prática e teórica
conhecimentos específicos acerca de Psicologia Institucional, Psicologia Escolar,
Dinâmica de Grupo, dentre outros necessários para a realização do presente trabalho na
escola E.E.C.T., levando dessa experiência uma bagagem rica em aprendizado e
realizações.
PALAVRAS-CHAVE: Psicologia. Psicologia Escolar. Comunicação.
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA ESCOLAR

RESUMO

A Escola é um ambiente extremamente rico em aprendizagem para os profissionais da área de Psicologia. A interação entre esses dois ramos nos possibilitou um conhecimento teórico-prático-vivencial da realidade do trabalho desenvolvido pela Psicologia Escolar. O presente relatório foi organizado com a finalidade de apresentar e analisar os dados colhidos e as necessidades e especificidades da escola E.E.C.T. com o objetivo de realizar o estágio curricular obrigatório em Psicologia Escolar; como também poder auxiliar à Escola com um projeto que visou contribuir com a melhoria de sua atuação como instituição educacional, e de acordo com o diagnóstico e leitura institucional escolhemos a comunicação como foco do nosso trabalho e como um dos principais elementos no fortalecimento do grupo para a resolução de suas dificuldades, auxiliando no diálogo, troca de idéias e união grupal. Durante o estágio em Psicologia Escolar foi possível um intercâmbio real de conhecimento, tanto a Psicologia contribuindo no cotidiano do ambiente escolar, como a Escola possibilitando um espaço amplo e aberto de aprendizagem para uma formação acadêmica mais completa. O objetivo primordial do projeto desenvolvido na escola foi facilitar e possibilitar um maior contato e estreitamento nas relações entre toda a Equipe Técnica da escola, desenvolvendo e ampliando a comunicação no ambiente escolar. Onde estes integrantes foram capacitados a encontrar juntos as soluções e as formas para um ambiente de trabalho mais agradável, promovendo uma reflexão mais ampla e aprofundada acerca das questões que envolvem a escola e a educação de uma forma geral, debatendo dificuldades e trabalhando com novas possibilidades. Tendo como base prática e teórica conhecimentos específicos acerca de Psicologia Institucional, Psicologia Escolar, Dinâmica de Grupo, dentre outros necessários para a realização do presente trabalho na escola E.E.C.T., levando dessa experiência uma bagagem rica em aprendizado e realizações.

PALAVRAS-CHAVE: Psicologia. Psicologia Escolar. Comunicação.

Juliana Cunha Ribeiro de Assis Renata Pires de Oliveira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA ESCOLAR

Relatório de Estágio elaborado como requisito para avaliação do estágio supervisionado em Psicologia Escolar, do 11º período do Curso de Psicologia do FCH – CESMAC, sob a orientação da professora Rosiete Pereira da Silva.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ – CESMAC

Faculdade de Ciências Humanas – FCH Curso de Psicologia

Maceió Junho/

1 – DADOS DA INSTITUIÇÃO

Iniciamos nosso trabalho na Escola Estadual C.T., situada na capital alagoana – Maceió, através de um mapeamento diagnóstico que visava recolher informações e dados acerca da instituição na qual estávamos sendo inseridas. Essa prática foi fundamentada em: Um trabalho eficiente nessa linha teria que partir de uma análise da instituição, levando em conta o meio social no qual se encontra e o tipo de clientela que atende, bem como os vários grupos que a compõem, sua hierarquização, suas relações de poder, passando pela análise da filosofia específica que a norteia, e chegando até a política educacional mais ampla. (ANDALÓ). Sendo assim, nosso trabalho dentro da instituição de ensino foi norteado segundo estes princípios descritos por diversos autores: Dada uma instituição, o psicólogo centra sua atividade humana em que ela tem lugar e no efeito da mesma, para aqueles que nela desenvolvem dita atividade. Para isto, impõe-se um mínimo de informação sobre a própria instituição que, por exemplo, inclui: a) finalidade ou objetivo da instituição; b) instalações e procedimentos com os quais se satisfaz seu objetivo; c) situação geográfica e relações com a comunidade; d) relações com outras instituições; e) origem e formação; f) evolução, história, crescimento, mudanças, flutuações; suas tradições; g) organização e normas que a regem; h) contingente humano que nela intervém: sua estratificação social e estratificação de tarefas; i) avaliação dos resultados de seu funcionamento; resultado para a instituição e para seus integrantes. Itens que a própria instituição utiliza para isto. (BLEGER, 1984, p.38). Desta forma, seguimos este roteiro diagnóstico para fundamentar nossa atuação dentro da instituição-escola. Todos os dados encontrados foram descritos a seguir. A Escola possui um acesso um tanto difícil de ônibus necessitando aos seus alunos e funcionários uma boa caminhada para conseguir chegar à escola, a rua é pouco iluminada e a segurança é precária piorando no período da noite, considerando a violência das ruas e a existência de pontos de venda de drogas no bairro. A escola possui um único andar com 30 dependências construídas subdivididas entre salas de aulas, auditórios, banheiros, quadra e salas de recursos e ainda áreas não construídas tanto na parte interna na frente da escola quanto dentro da mesma. Essas áreas podem ser aproveitadas para arborização ou mesmo plantação de hortas como a escola tem projetos para serem implantados num futuro próximo, já que está tendo algumas conquistas de ajuda de custo e verbas para serem implantadas na escola.

A escola foi feita para ser uma instituição de ensino, o terreno foi uma doação de determinada família. A escola já passou por inúmeras reformas. Em termos ambientais a arquitetura da escola proporciona a falta de concentração dos alunos, à medida que a quadra de esportes é próxima das salas de aula e há um outro fator que favorece certa desorganização, os intervalos são separados, enquanto os alunos mais velhos estão tendo aula, os mais novos estão no intervalo e depois essa seqüência se inverte. Além de uma deficiência na higiene da escola, por falta de funcionários, pois muitos estão afastados com atestado médico, o que acabam dificultando o encaminhamento de novos funcionários para a escola que reconhece o problema e tenta solucionar realizando mutirões e criando alternativas, mas que necessita e solicita novos funcionários para a instituição. A escola dispõe de uma sala com computadores que ainda não estão sendo utilizados pela falta de ar condicionado, que estão aguardando a chegada. Dispõe de retropojetor, dvd, som, TV, sala de jogos, biblioteca, quadros de giz e quadro branco e em termos de recursos humanos existe na parte da tarde 32 funcionários entre serviço de apoio, professores, direção etc., que entram na escola para trabalhar ou através de concurso, na monitoria e mandado pela secretaria do Estado ou mesmo oferecendo um serviço voluntário à instituição. Os funcionários da instituição possuem grau de escolaridade que vai do ensino médio a pós-graduação, existem os professores de matérias básicas e existe professor de inglês, mas apenas no turno da manhã, a escola está aguardando monitor dar aulas a tarde, há um batalhão de policiais que também funciona no período da manhã e existem duas psicopedagogas que atuam uma pela manhã e outra a noite, não trabalhando no horário da tarde. Não há serviço médico, odontológico, do serviço social, ou psicológico. A equipe que está a todo tempo na escola e que a compõem funciona da seguinte forma, além da diretora e vice-diretora que ficam responsáveis pela administração da escola, há a coordenação que direciona o trabalho dos professores e presta uma assistência direta e indireta aos alunos, os professores, por sua vez, passam os conteúdos diretamente para o aluno em sala de aula, ainda existem os assistentes administrativos que fazem parte da secretaria e lidam com os dados dos alunos, professores e demais funcionários junto a questões de senso entre outros, e ainda há o pessoal de apoio, que corresponde à faxineira, responsável pela limpeza, as merendeiras, que cuidam da merenda dos alunos e o porteiro, que controla a entrada e saída das pessoas na escola.

como os alunos reconhecem expressando em forma de palavras e de gestos como abraços e demonstrações de afeto. Existem aqueles professores que são “odiados e amados”, já que as opiniões dos alunos variam em relação a eles, onde há alunos que os amam e outros que não, como existem também aqueles alunos “problema” na escola que os professores preferem não tê-los em sua sala de aula. Mas cabe aí um questionamento, pois: Se os alunos são indisciplinados, se existem conversas paralelas durante as aulas, faltam pontualidade e engajamento, por que o professor não intervém, com a sua autoridade de mestre, para evitar esses problemas? Sabemos que muitas turmas “problemáticas” só apresentam problemas de indisciplina com determinados professores. Com outros do mesmo período, os problemas não se manifestam. Qual seria o diferencial desses mestres? (GUERRA, 1993, p.06). Existem alunos que gostam do professor e não gostam da matéria que ele leciona ou mesmo gostam da matéria e não gostam do professor, levando em consideração os alunos mais velhos e que possuem mais de uma matéria. Já os alunos mais novos geralmente relatam gostar e se relacionar bem com o professor, e igualmente os professores que ensinam e alfabetizam na escola disseram gostar do que fazem, sendo que alguns até já ensinaram outras séries, mas que se identificam mesmo com o processo de alfabetizar. Desses vários grupos de relações há o relacionamento coordenador e alunos, essa relação logo no início do estágio era conturbada, onde não havia uma relação de escuta e a comunicação não fluía, os alunos tentavam se explicar de um lado e do lado da coordenação apenas acusações. Com o decorrer do estágio essa relação melhorou bastante e novas pessoas estão chegando na escola, uma nova coordenação que tem um manejo diferenciado com relação aos alunos, apresentou um diálogo na sua forma de trabalhar e vem trazendo uma nova característica ao grupo, de criação e arte com a manufatura de quadros, na fabricação do jornal da escola e na aproximação com o que os jovens gostam, que é traduzido como engajamento a eventos e novos projetos. Quanto aos professores o relacionamento é bom podendo ter eventuais desentendimentos referentes ao próprio trabalho, mas nada que possa prejudicar a escola. Já entre a coordenação e os professores há uma cumplicidade maior. Em se tratando da direção e da equipe de professores houve queixas de uma falta de aproximação maior por parte da direção. O relacionamento dos professores com o pessoal da secretaria é mais próximo, mas quando se trata do pessoal de apoio responsável pela limpeza, portaria etc., existe um afastamento, fato esse que pode ser favorecido pela forma da instituição em lidar com a equipe, separando-as nas reuniões,

(reuniões de professores e reuniões da equipe técnica realizadas em momentos diferentes). E a relação da direção com a escola em geral (professores, funcionários e alunos) era uma relação que demonstrava uma necessidade de ajuste à medida que direção reclamava da falta de cooperação e comprometimento da equipe e da rebeldia dos alunos, e já a equipe reclamava da ausência da direção e da falta de autoridade e quanto aos alunos falavam que a escola não os tratava como os demais turnos e estes se sentiam discriminados perante a direção. Todos estes dados foram coletados através de entrevistas e observações na instituição. Os contatos e as relações que o profissional toma com a instituição constituem, desde o primeiro momento, o material que o psicólogo deve recolher e avaliar. Isto lhe dará a possibilidade de conhecer, já desde o começo, tanto situações vitais da instituição como os fatores negativos e positivos que terá que enfrentar, já que a forma como a instituição se relaciona com o psicólogo é um índice do grau de insight de seus problemas, das defesas e resistências frente aos mesmos, dos esforços e direções em que se tentou a solução ou encobrimento até este momento. (BLEGER, 1984, p.50-51). Já os princípios educativos pedagógicos da instituição se traduzem principalmente, segundo a coordenadora, em: “Formar cidadãos para o mundo, para a vida, para o futuro, servindo como complemento da educação que recebe em casa” (sic). Já segundo o informativo de regras e normas da escola distribuído aos pais seria: “O nosso objetivo é educar, ser uma escola de qualidade, que tem como principal objetivo a formação do cidadão de amanhã”. (sic). É interessante ressaltar aqui o papel que a escola tem com instituição básica formadora e transformadora. O ser humano encontra nas distintas instituições um suporte e um apoio, um elemento de segurança, de identidade e de inserção social ou pertença. A partir do ponto de vista psicológico, a instituição forma parte de sua personalidade [...] (BLEGER, 1984, p. 55). O planejamento do ano é realizado pela equipe de professores junto à coordenação uma semana antes do início do ano e das aulas, na chamada semana pedagógica, este planejamento é realizado de acordo com o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), sendo que os objetivos são flexíveis às necessidades de cada escola. É obrigatório seguir a LDB (Lei Diretrizes e Bases da Educação) e se guiar pelas PCNs. Além dos planejamentos que acontecem no início de cada ano acontecem durante o ano quinzenalmente, mas a intenção da escola é se reunir toda semana. Os métodos de ensino utilizados são os mais variados, tem os livros didáticos que são

problemas ou de sua situação conflituosa, mas a função do psicólogo conduz também a que se tome maior consciência de sua necessidade. (BLEGER, 1984, p.42). Nosso estágio dentro da instituição de ensino teve uma duração de 04 meses, com 03 dias semanais de atuação na escola e 03 dias semanais de supervisão na graduação. No total, somamos 166 horas e 30 minutos atuando diretamente na escola, tempo este subdividido em diversas intervenções, desde o mapeamento institucional, às entrevistas, observações, identificação das demandas, aplicação do projeto e encerramento das atividades. Toda essa coleta de dados foi de imensa utilidade, pois foi através dessas observações que pudemos nos integrar cada vez mais na instituição. Reconhecendo seus pontos fortes e àqueles que ainda precisam de alguns ajustes, sendo assim... O tempo que isso custa não deve ser considerado como tempo perdido, mas sim um tempo no qual já se está cumprindo parte da tarefa, através do esclarecimento e da informação ampla e detalhada, mas recolhendo elementos de observação sobre as características do grupo, seção ou nível e de suas tensões, conflitos, tipos de comunicação, lideranças, etc. (BLEGER, 1984, p.48).

2 – PROJETO DE ESTÁGIO

TEMA : “A Comunicação como chave para a integração”

JUSTIFICATIVA O presente Projeto de Estágio se faz necessário como um importante instrumento para aplicar o trabalho desenvolvido no estágio de Psicologia Escolar. O Projeto de Estágio é uma peça fundamental do estágio curricular obrigatório como pré-requisito para a formação do psicólogo. A prática numa Instituição Escolar possibilita ao graduando uma experiência teórico-vivencial de grande valor para a formação de um profissional de Psicologia competente e capacitado. A inserção da Psicologia na Escola pode servir como um valioso instrumento na compreensão dos processos inseridos no ambiente escolar, como também fornecer um olhar diferenciado diante da diversidade e adversidades encontradas na escola – uma visão psicológica fundamentada e alicerçada num pilar teórico, prático, com a orientação de uma supervisão embasada. Possibilitando, assim, um duplo benefício: um auxílio às necessidades da escola e um

verdadeiro aprendizado da práxis ao graduando de Psicologia. Neste Projeto de Estágio nosso objetivo primordial é facilitar e possibilitar um maior contato e estreitamento nas relações entre toda a equipe técnica da escola, para que estes possam exercitar e desenvolver uma melhor comunicação. Onde estes integrantes sejam capacitados a encontrar juntos as soluções e as formas para um ambiente de trabalho agradável, promovendo uma reflexão mais ampla e aprofundada acerca das questões que envolvem a escola e a educação de uma forma geral, debatendo dificuldades e trabalhando com novas possibilidades. Tendo como base prática e teórica conhecimentos específicos acerca de Psicologia Institucional, Psicologia Escolar, Dinâmica de Grupo, dentre outros necessários para a realização do presente trabalho na escola E.E.C.T.

OBJETIVO GERAL

  • Desenvolver o aprimoramento das relações interpessoais através da comunicação entre a comunidade escolar, aperfeiçoando e fortalecendo o diálogo entre seus integrantes, contribuindo para a melhoria da dinâmica escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Promover uma reflexão no grupo acerca de suas dificuldades;
  • Desenvolver a compreensão grupal através de experiências vivenciais;
  • Realizar dinâmicas e debates para promover uma resignificação nos pontos mais urgentes observados na escola;
  • Intervir junto à comunidade escolar proporcionando uma aproximação entre o discurso e a prática, entre o real e o ideal, entre o possível e o desejado;
  • Proporcionar espaços de discussão diferenciados, onde críticas se transformem em sugestões e onde elogios possam ser externados e incentivados;
  • Capacitar o grupo escolar no sentido de sua autonomia em termos da resolução de seus próprios problemas;
  • Desenvolver a auto-estima, a confiança, o respeito e a comunicação interpessoal;
  • Promover o fortalecimento das redes interpessoais dentro da escola, através de uma comunicação clara, aberta e ampla.

PESSOAS ENVOLVIDAS

Na abertura do projeto foram realizadas quatro dinâmicas, uma de apresentação que foi a do fósforo, onde os participantes teriam que acender um fósforo e se apresentar enquanto este permanecia aceso. Nesta dinâmica o objetivo era fazer a socialização do grupo onde este se apresentaria para os demais, falando de si, com um fator extra influenciando nessa dinâmica que era o fósforo marcando o tempo. A outra dinâmica foi a da “Teia”, onde os participantes teriam que amarrar um fio de lã no dedo à medida que diziam o que era necessário para que o grupo pudesse funcionar bem. Á medida que todos iam ficando entrelaçados ia formando uma teia. Esta técnica teve o objetivo de ser o contrato do grupo, além de possibilitar o levantamento de reflexões a respeito da interdependência no grupo, da importância de cada componente. A dinâmica da árvore, onde os participantes foram subdivididos em equipes menores para formar as partes de uma árvore, e em seguida haveria a união das partes. A dinâmica possibilitou ver se o grupo tinha ou não harmonia, se a equipe funcionava de forma integrada, se havia comunicação, cooperação, divisão de tarefas. O encontro foi finalizado com a dinâmica da mala, onde foram distribuídas maletas de papel ofício para todos, e estes anotaram nelas os seus nomes junto às expectativas sobre o que o grupo poderia oferecer para eles no decorrer do projeto e a contribuição dos mesmos, para o grupo. As malas foram recolhidas e a sua avaliação aconteceria apenas no dia do encerramento do projeto. Segundo dia foi aplicada à dinâmica do refeitório, criada especialmente para o trabalho da escola, já que pretendíamos proporcionar uma integração grupal. Essa dinâmica envolvia comida por isso aconteceu no refeitório. Os participantes teriam que preparar, comer e limpar todo material utilizado na dinâmica e foi possível observar como as pessoas se dedicavam na preparação de algo para o outro, se dariam ou não o seu melhor no trabalho, se havia o planejamento, se a equipe era cooperativa, como o grupo lidava com regras, e a abertura para o debate. No terceiro encontro foram aplicadas três dinâmicas, duas voltadas para a confiança do grupo e uma voltada para a auto-estima. A primeira foi o aquecimento, onde se pretendia fazer com que o grupo entrasse em contato com o seu corpo, percebendo como ele estava no momento, como ele estava caminhando e chegando ao local. Todos teriam que se cumprimentar e observar os outros participantes do grupo, finalizando com a formação de duplas para um poder se alongar nas costas do outro, e a partir daí, verificar a existência ou não da confiança. A segunda dinâmica continuou

trabalhando o aspecto da confiança grupal, a dinâmica do “Cego e Guia”, onde inicialmente os participantes fariam um reconhecimento do local de olhos fechados e em seguida em suas duplas iriam vivenciar ser cegos sendo conduzidos pelo parceiro (a) e depois passando pela condição de guia. Encerrando o dia com a dinâmica do “Exercício da Qualidade”, onde as pessoas iriam exercitar, primeiro reconhecer que os outros possuem qualidades, depois elogiar essas qualidades do outro e ouvir do outro também que é portador de qualidades. O objetivo da dinâmica foi desenvolver a capacidade de elogiar e o aumento da auto-estima, casando nesse dia o fortalecimento da confiança e da auto-estima. No quarto encontro aplicamos apenas uma dinâmica, criada especialmente para o projeto na escola, que é a “Recebendo problemas, oferecendo soluções”, para que o grupo pudesse escrever as suas dificuldades pessoais, de relacionamento no trabalho, na escola como um todo, e depois esses problemas seriam trocados e um teria a possibilidade de se colocar no lugar do outro e dar sugestões para os seus problemas, proporcionando assim um desabafo, uma exposição de problemas junto às possibilidades de soluções, num debate e na comunicação grupal. “Na escola, vai se refletir nas várias instâncias como a relação entre professor e aluno, entre professores e a equipe técnica, entre estes e a direção e os órgãos oficiais de ensino”. (ANDALÓ, 1993). No quinto encontro foi aplicada mais uma dinâmica criada para atender as necessidades da escola, “O Dia de Rainha”, baseada no Psicodrama, onde foram simulados vários reinos, que tiveram rainhas e súditos, com suas funções preestabelecidas apenas tendo que ser dramatizadas. Como material, usamos um figurino para um maior envolvimento no papel e música ambiente para criar o clima necessário para uma atuação mais verdadeira. Com a dinâmica foi possível explorar temas como liderança, relações de poder, submissão, dar e receber ordens, a vivência de papeis, a competência a auto-estima dentre outros. No cotidiano as pessoas vivenciam diferentes tipos de papel, de profissional, de pai ou de mãe, de filho ou de associado a um clube. Em muitas interações sociais, especialmente naquelas que ocorrem em grupo, pode ser importante identificar quais os papéis que as pessoas estão vivenciando. Tal identificação permite “calibrar” nossas respostas a certas características, como formalismo versus informalismo, proximidade versus distanciamento, loquacidade versus mutismo, seriedade versus descontração e muitas outras (DEL PRETTE, 2003, p.81).

em todos os encontros, as oficinas e dinâmicas sempre culminavam no debate e na troca de informações do grupo, e a nossa intenção foi justamente a abertura e maior disposição do grupo para a integração, entendimento e diálogo. Nas palavras de Demo (2000), “Se o professor volta a aprender, volta a estudar, volta a se valorizar, e passa a cuidar bem do aluno. E o aluno cresce de maneira impressionante”. Sendo assim, nosso foco primeiramente seriam os profissionais que atuam na escola, mas, secundariamente, os alunos podem ser privilegiados, pois promovendo uma reflexão maior, poderemos plantar sementes de mudança de comportamentos inadequados e uma busca de crescimento cada vez maior. Deste modo, de forma indireta, os alunos também podem vir a ser agraciados com os frutos deste projeto. Temos procurado atuar junto ao corpo docente e discente, bem como junto à direção e à equipe técnica, tentando conscientizá-los da realidade da sua escola, refletindo com eles sobre os seus objetivos, sobre a concepção que subjaz ao processo educacional empregado, sobre as expectativas que têm de seus alunos, sobre o tipo de relação professor-aluno existente, enfim sobre a organização como um todo. (ANDALÓ)

AVALIAÇÃO A avaliação do projeto foi realizada através das observações das atividades, no decorrer do seu andamento. A cada encontro, durante os debates, os participantes e as facilitadoras pontuavam a dinâmica do grupo, fazendo observações acerca de comportamentos e falas apresentadas durante o projeto. Toda a equipe participou da avaliação, possibilitando uma análise grupal, construída por todos os envolvidos, de forma ampla e democrática. Não tomar como índice de avaliação da tarefa profissional o progresso da instituição em seus objetivos e sim o grau de “compreensão” (insight) , de independência e de melhoramento das relações; quer dizer, o progresso nos objetivos da psicologia institucional. (BLEGER, 1984, p.50). Nas avaliações escritas, que foram coletadas no último encontro, o grupo manifestou como ponto negativo a falta de uma participação das pessoas envolvidas no projeto e como ponto positivo o trabalho que foi realizado com o pequeno grupo que participou. Algumas avaliações foram bastante significativas, como uma professora que relatou que: “ Apesar de ter caído de pára-quedas sem ter consciência desde o início dos objetivos do projeto, acho que motivou (“forçou”) uma certa reflexão sobre a nossa situação de educadores e grupo precisa estar unido para um desempenho satisfatório

da nossa missão e realização pessoal. As dinâmicas foram boas e motivadoras..... “ (sic). Analisando esse relato, podemos observar que a pessoa em questão não se sente integrada ao grupo, visto que sente ter “caído de pára-quedas, sem saber dos objetivos do projeto”, sendo que a mesma, como todos os demais, recebeu o convite do projeto e ouviu nossa explanação no primeiro encontro acerca da finalidade dos nossos encontros. Junto a isso, a observação de que a participante se encontra na escola há apenas um ano e que muitas colegas afirmam que não a conhecem muito bem ainda. Mas que o projeto atingiu seu objetivo, visto que “forçou” reflexões. Demo (2000) se posiciona acerca dessa resistência à mudança por parte dos educadores, para ele “é preocupante que áreas de conhecimento tão importantes quanto a Pedagogia, peça chave para as mudanças, sejam resistentes a mudar”. Outra avaliação: “Acolhi esse Projeto de braços abertos e acredito muito nele. É de grande valia para Equipe e que ele seja propagado em outras Instituições. Infelizmente, ainda estamos longe de atingir esse patamar de excelência em nossas funções, até porque poucos de nós sabemos quais são de fato as nossas atribuições. Havendo necessidade de cobrança (horário, atribuição, comprometimento). Espero um dia, realizar o meu sonho, que é a Escola sendo realmente a segunda casa de todos. E aí sim iremos atingir o nível em excelência de qualidade. Sejam felizes” (sic). Esse relato nos demonstra como conhecer os papeis é importante dentro de uma instituição. E como ainda há esperança de que a escola possa crescer cada vez mais. Para Demo (2000), “Atualizar-se é um direito do professor. Ele em que ser resgatado, passar a representar a dignidade da nossa sociedade”. E esse era o nosso intuito neste projeto, resgatar não apenas o professor, mas todos aqueles que participam diariamente da construção e do funcionamento da escola. A seguinte participante escreveu que: “Foi muito bom, gostaria que tudo que foi falado pelos colegas, fosse colocado em prática pois, se todos estiverem unidos em compreensão tudo vai bem. E sobre o encontro foi maravilhoso peguei muitas experiências com todos bom seria que vocês Renata e Juliana, pudessem fazer outros projetos conosco e que Deus Abençoe vocês. Valeu!” (sic). Essa avaliação nos mostrou de que forma nós conseguimos contribuir com a dinâmica da escola, apontando também a importância de transformar em ação aquilo que só ficava em palavras... Também foi relatado que : “Acho que foi bastante eficiente, pois de agora em diante pode ser que os problemas da escola pode ser melhorado através de compreensão, união e claro juntamente com as demais colegas. Acho que foi bom pois

Inicialmente nos apresentamos e abrimos o projeto explicando o porquê daquele tema ter sido escolhido e o motivo pelo qual decidimos realizá-lo com a comunidade escolar, com o objetivo maior de auxiliar na integração grupal, promovendo espaços de reflexão e comunicação entre seus membros. Para Bermúdez (1977), no contexto grupal, o grupo são todos os participantes, com seus valores e normas, determinadas por cada grupo, e que cada grupo é único. Primeiramente foi aplicada a Dinâmica do Fósforo para apresentação, onde, à medida que o fósforo queimava as pessoas se apresentavam, dizendo o nome e expondo algumas características suas. Alguns falaram pouco e apagaram o fósforo, outras falavam apressadamente olhando o fósforo, observando ele queimando e com cuidado para não queimar o dedo. Tiveram pessoas que ao observar o outro falando e segurando o fósforo eles chamavam a atenção deles dizendo que já ia acabar. Outros acenderam, começaram a falar, daí a pouco o fósforo acabou e elas acenderam novamente para continuar falando. Outro falou bem pouco e em seguida balançou o fósforo de maneira suave para ele apagar e com uma expressão de descontração reacendeu o fósforo e se apresentou seriamente. Na hora do debate em relação à dinâmica uma das pessoas que apagou o fósforo se justificou dizendo que não é muito de falar e por isso apagou o fósforo, já outra expôs que fala bastante e para ela o fósforo marca um tempo pequeno, complementou dizendo que se fosse para falar da vida dela, um dia não ia ser suficiente, mas que disse tudo de necessário. Houve comentários em relação à dinâmica dizendo que era uma forma interessante de se apresentar. Para Bermúdez (1997, p. 50 apud Moreno) “[...] Espontaneidade [...] é a capacidade de um organismo adaptar-se adequadamente a novas situações”. Logo após a dinâmica do fósforo foi aplicada a Dinâmica da Teia onde as pessoas enrolavam uma lã no dedo dizendo o que, na opinião deles, era necessário para que o grupo funcionasse bem. Bermúdez (1977), fala que no grupo cada indivíduo deve se responsabilizar por suas ações perante todos os que compõem o grupo. No grupo há esse compromisso mútuo dos integrantes. Sendo assim, o grupo foi falando e todo mundo ia ficando interligado e formando a teia. Foram feitos alguns questionamentos em relação ao que poderia acontecer se por acaso algum daqueles fios fosse cortado, ou mesmo se alguém tirasse o dedo e se desligasse o que aconteceria; a maioria, por sua vez, respondeu que o grupo teria outra forma e não seria mais o mesmo. Inclusive uma professora tirou o dedo e falou que o grupo seria o mesmo sim e nada seria alterado se por acaso ela saísse, mas

algumas pessoas responderam que não, e que ela era muito importante no grupo. Neste momento as pessoas a questionaram se não era ela que estava se sentindo fora daquele grupo durante esse ano, e a mesma falou que talvez fosse isso sim, pois ela gostava de ensinar e estava fora de sala de aula, atualmente encontrando-se na sala de jogos. O grupo voltou a dizer que quando ela tirou o dedo o grupo tomou uma outra forma e que ela era essencial para aquelas pessoas. Com essas reflexões, o grupo foi convidado a colar a teia e a anotar o seu nome na cartolina junto ao que cada um falou que era importante para o grupo funcionar bem. Aos poucos as pessoas se mobilizaram a escrever, a diretora foi a primeira a querer fazer, em seguida vieram os demais, teve pessoas que chegaram a dizer para as colegas fazerem por elas, mas ao final todos acabaram assinando. Depois que todos assinaram, recolhemos o cartaz com a teia e com o que eles escreveram, sendo questionado ao grupo se estava sendo representado no cartaz a harmonia grupal. Eles chegaram à conclusão que, independentemente de como ficou o cartaz, o importante era que todos tinham os mesmos objetivos, que era união grupal, comprometimento, dedicação, comunicação, amor ao que faz, entre outros... E que para a escola funcionar bem era necessário ocorrer tudo o que foi escrito no cartaz. Todos esses relacionamentos acabam por se realizar através de uma complexa rede vincular. Neste sentido, nossa atuação dentro das instituições trabalhadas, tem sido a de encaminhar uma explicitação e uma reflexão a respeito destas relações vinculares. Sabendo que a escola, historicamente, não desenvolveu o hábito do confronto, da discussão aberta dos problemas [...] (ANDALÓ, 1993). No momento seguinte ocorreu a Dinâmica da Árvore, onde dividimos o grupo em 05 equipes, para que estas construíssem partes de uma árvore. Uma equipe ficou com a raiz, a outra com o caule, a seguinte com a folhagem, outra com as flores e a última com os frutos. Os integrantes das equipes trabalharam interagindo entre si, tiveram pessoas que se dedicaram até a hora da apresentação das equipes e algumas deram um pouco da sua contribuição e depois pararam e ficaram conversando e fazendo brincadeiras relacionadas ao que estava sendo produzido, fazendo comparações do que ficou mais ou menos forte, a equipe que fez mais bonito, uma espécie de competição suave, e descontraída, em tom de brincadeira. As equipes executaram a sua tarefa observando a do outro para ver se estava proporcional, teve membro que ainda quis medir com a outra equipe para ver se ia ficar bom na hora de colar. Houve uma integrante que comentou que já tinha vivenciado uma dinâmica semelhante, a do corpo humano, e que seria melhor se todos se unissem para poder fazer o desenho ficar