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O desenvolvimento de uma bancada de ensaio para validar a escolha da hélice e conhecer o comportamento do motor, seguido por testes dinâmicos em túnel de vento para avaliar a eficiência das hélices e as trações disponíveis em maiores velocidades. Além disso, apresenta cálculos e gráficos sobre a tração disponível, tração requerida, velocidade de planeio, razão de descida, alcance máximo e outros parâmetros relevantes para o desempenho de aeronaves.
Tipologia: Esquemas
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SATC – Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina
Criciúma – SC
Julho de 2017
Com intuito de validar a escolha da hélice e conhecer o comportamento do motor, o desenvolvimento de uma bancada de ensaio foi o ponto de partida do projeto, a qual contou como transdutor de força uma célula de carga que emitia sinais elétricos em tempo real. A leitura e simulação dos dados foram feitos com auxílio dos softwares LabVIEW ® 2016 Student Version e MATLAB ® R2016a.
Figura 1 – Bancada construída para ensaios de tração do motor. Fonte: do Autor (2017).
1.1 Teste Estático
Os testes foram realizados ao nível do mar, ao ar livre e com as hélices disponíveis no inventário. Os processamentos dos dados foram abreviados para a tabela 01.
Tabela 01 – Resultados dos Testes Estáticos Hélices APC [pol] Rotação [RPM] Tração [N]
12.25 x 3.75 11500 43, 12 x 6 10100 37, 13x 4 10650 36, Fonte: do Autor (2017).
Tabela 02 – Condição Climática no Período do Teste Temperatura Máxima [°C]
Temperatura Mínima [°C]
Sensação Térmica [°C]
Pressão [hPA]
Umidade do Ar [%]
Vento [km/h]
21,7 4,8 20,6 1022,3 44 0
Fonte: Estação Meteorológica SATC (2017).
1.2 Teste Dinâmico
Os testes foram realizados com as mesmas hélices em túnel de vento, também ao nível do mar, com propósito de avaliar a eficiência das hélices e as trações disponíveis em maiores velocidades.
Tabela 04 – Teste Dinâmico com Hélice 12x6. Velocidade do Vento [m/s] Tração [N]
0,0 35, 8,0 30, 17,2 23, 9, 0,
Fonte: do Autor (2017).
Gráfico 02 – Teste Dinâmico com Hélice 12x6.
Fonte: do Autor (2017).
Tabela 05 – Teste Dinâmico com Hélice 13x4. Velocidade do Vento [m/s] Tração [N]
0,0 38, 8,9 31, 17,0 24, 8, 0,
Fonte: do Autor (2017).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
183 203 223 243 263 283 303
Tração [N]
Tempo [s]
Vel. Vento Tração
Gráfico 03 – Teste Dinâmico com Hélice 13x4.
Fonte: do Autor (2017).
1.3 Curva de Tração Disponível da Hélice Escolhida
É notória a superioridade da hélice APC 12,25x3,75 nas faixas de velocidades interessantes ao projeto. Desta maneira, foi a escolhida para acompanhar o grupo motopropulsor.
Gráfico 04 – Hélice 12,25x3,
Fonte: do Autor (2017).
Seguindo as indicações de Anderson para um voo reto e nivelado, usufruiu-se das equações descritas.
ρ ∙ v^2 ∙ S
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
150 170 190 210 230 250 270 290
Tração [N]
Tempo [s]
Vel. Vento Tração
0
10
20
30
40
50
0 5 10 15 20 25 30 35
Tração [N]
Velocidade [m/s]
Tração Disponível
Pd = Td ∙ v (5)
Gráfico 06 – Potência disponível e requerida para altitude de 1100 m.
Fonte: do Autor. (2017)
Tabela 07 – Resultados sobre Potência Disponível e Requerida. Altitude [m] 0 700 1500
Interseção A [m/s] 8, 09 8,13 8,
Interseção B [m/s] 25,3 25,15 24,
Fonte: do Autor. (2017)
3.1 Razão de Subida
Concordante à Anderson [1], o excesso de potência demonstra a razão de subida do avião.
Pd - Pr W
0
100
200
300
400
500
600
700
800
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Potência [W]
Velocidade [m/s]
Potência Disponível Potência Requerida
C
D
Gráfico 07 – Razão de subida variando as densidades equivalentes as altitudes.
Fonte: do Autor (2017).
A condição de razão de subida máxima (R/Cmáx), para uma altitude de 1100m, é de 1, m/s, com uma velocidade horizontal de 16,3 m/s. Anderson [1] demonstra o ângulo de subida para R/Cmáx na equação 7.
sen (θR/Cmáx ) = (
R/Cmáx vR/Cmáx
O ângulo foi calculado em 5,21°. A tabela 02 apresenta os resultados para as demais altitudes.
Tabela 08 – Resultados sobre o comportamento da aeronave em voo ascendente. Altitude [m] R/Cmáx [m/s] θR/Cmáx [°]
0 1,71 5,
700 1,60 5,
1500 1,48 5,
Fonte: do Autor (2017).
4 CARACTERÍSTICAS DE PLANEIO
Para os seguintes cálculos, admitiu-se um voo com o motor em marcha lenta com intuito de elucidar as características da aeronave durante a descida, seguindo as indicações de Anderson [1].
4.1 Desempenho para Máximo Alcance
O ângulo para máximo alcance (𝛾) da aeronave foi calculado com base na equação 8 descrita por Anderson [1].
tan(γ) =
Emáx
Logo, Miranda [2] descreve os coeficientes de sustentação e arrasto, seguidos da máxima eficiência aerodinâmica nas equações 9, 10 e 11, respectivamente.
0,
0,
0,
1
1,
1,
1,
1,
2
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Velocidade Vertical [m/s]
Velocidade Horizontal [m/s]
0 m 700 m 1100 m 1500 m
Tabela 10 – Desempenho da aeronave a uma altitude de 700 m. CL^ CD^ E γ [°] vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s] R/D [m/s] Distância Horizontal Percorrida [m]
0,76 0,07 9,61 5,93° 18,59 18,49 1,95 281,
Fonte: do Autor (2017).
Tabela 11- Desempenho da aeronave a uma altitude de 1500 m. CL^ CD^ E γ [°] vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s] R/D [m/s] Distância Horizontal Percorrida [m]
0,76 0,07 9,61 5,93° 19,65 19,55 2,03 281,
Fonte: do Autor (2017).
4.2 Desempenho para Máxima Autonomia
A condição de planeio para máxima autonomia segue o mesmo raciocínio da seção anterior, sendo que a única variação no cálculo consiste no coeficiente de sustentação, cujo Raymer [3] expõe.
Tabela 12 – Desempenho da aeronave ao nível do mar. CL^ CD^ E^ γ^ [°]^ vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s]^ R/D [m/s]^ Distância Horizontal Percorrida^ [m]
1,29 0,15 8,33 6,84 13,86 13,77 1,65 249,
Fonte: do Autor (2017).
Tabela 13 – Desempenho da aeronave a uma altitude de 700 m. CL^ CD^ E γ [°] vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s] R/D [m/s] Distância Horizontal Percorrida [m]
1,29 0,15 8,33 6,84 14,72 14,62 1,75 249,
Fonte: do Autor (2017).
Tabela 14 – Desempenho da aeronave a uma altitude de 1100 m. CL^ CD^ E γ [°] vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s] R/D [m/s] Distância Horizontal Percorrida [m]
0,74 0,07 9,61 6,84° 15,01 14,91 1,79 249,
Fonte: do Autor (2017).
Tabela 15 – Desempenho da aeronave a uma altitude de 1500 m. CL^ CD^ E^ γ^ [°]^ vplaneio[m/s]^ vhorizontal [m/s]^ R/D [m/s]^ Distância Horizontal Percorrida^ [m]
0,74 0,07 9,61 5,93° 15,31 15,20 1,82 249,
Fonte: do Autor (2017).
Endossando a segurança do projeto, a altitude de 1500 m foi estipulada como parâmetro de contorno para os seguintes cálculos.
5.1 Sustentação e Arrasto
De acordo com Anderson [1], a velocidade é aproximada para 70% da velocidade de decolagem, assim como a velocidade de decolagem foi considerada como 1,1 ∙ Vestol.
∙ ρ ∙ (0,7 ∙ vdecolagem) ∙ S ∙
𝜋 ∙ 𝑒 0 ∙ AR ∙ μ 2 ∙ φ
∙ ρ ∙ (0,7 ∙ vdecolagem) ∙ S ∙ CD0 + (φ ∙ K ∙ [
π ∙ e 0 ∙ AR ∙ μ 2 ∙ φ
2 ) (17)
5.2 Velocidade de Estol
A velocidade de estol é descrita por Anderson [1] na equação 18.
Vestol=√
ρ ∙ S ∙ CLmax
5.3 Comprimento de Pista para Decolagem
Anderson [1] descreve a equação 19 para a corrida de decolagem.
A aeronave contará com rodas de borracha do material LN 60 Shore A. Portanto, o coeficiente de atrito foi considerado 𝜇 = 0,03 conforme Roskam [5].
Sdecolagem =
g ∙ ρ ∙ CLmáx ∙ [ (^) WT − (^) WD − μ ∙ ( 1 − (^) WL)]vdecolagem
V = V 0 + a ∙ t (21)
∆distância = V 0 ∙ t +
a ∙ t^2 2
Desta maneira, foi calculado uma distância aproximada de 0,43 m a ser somada na distância de decolagem.
Tabela 16 – Distância de decolagem em função das altitudes.
Altitude [m] Distância de Decolagem [m] 0 41, 07 700 42, 1100 54, 1500 59,
Fonte: do Autor (2017). Assim, a aeronave continuaria capacitada a realizar a missão dentro dos parâmetros exigidos pelo regulamento.
O mesmo modelo matemático da seção anterior é adotado para as considerações sobre a aterrisagem.
6.1 Velocidade de Aproximação
Conforme Sadraey [6], a velocidade de aproximação é descrita a partir da equação [23].
vaprox = 1,3 ∙ vestol (23)
Tabela 17 – Velocidades de Aproximação Variando a Altitude. Altitude [m] (^) 𝑣𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥 [m/s] 0 14, 700 15, 1100 15, 1500 16,
Fonte: do Autor (2017).
6.2 Sustentação e Arrasto
As forças são descritas por Anderson [1].
Laprox =
∙ ρ ∙ (0,7 ∙ vaprox) ∙ S ∙
𝜋 ∙ 𝑒 0 ∙ AR ∙ μ 2 ∙ φ
Daprox =
∙ ρ ∙ (0,7 ∙ vaprox) ∙ S ∙ CD0 + (φ ∙ K ∙ [
π ∙ e 0 ∙ AR ∙ μ 2 ∙ φ
2 ) (25)
6.3 Comprimento de Pista para Pouso
Anderson [1] expõe a equação 26 para a distância de aterrisagem.
6.4 Resultados
Tabela 18 – Comparação de aterrisagens variando as velocidades. Altitude [m] Distância de Pouso com vaprox [m] Distância de Pouso com vestol [m] 0 262,16 177, 700 280,52 190, 1100 238,66 171, 1500 244,02 176,
Fonte: do Autor (2017).
Nestas circunstâncias, a aeronave não atenderá o limite estipulado pelo regulamento da competição em quaisquer dos cenários calculados.
A velocidade de curvatura mínimo e seu raio são calculados a partir das equações 27 e 28, respectivamente, assim como o fator de carga (29) e o ângulo para completar o raio (30), descritas por Miranda [1].
Spouso =
g ∙ ρ ∙ CLmáx ∙ [ (^) WT - (^) WD + μ ∙ ( 1 - (^) WL) ] 0,7𝑣𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥
VRmín=√
4 ∙ K ∙ (W S )
ρ ∙ ( (^) WT)
(27)
Gráfico 10 – Envelope de voo.
Fonte: do Autor (2017)
A interseção H expõe que o teto absoluto de voo da aeronave é 5000 m.
9 Tempo de Missão
Para esta seção, foram utilizadas as considerações de Tipler [4].
𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙^2 = 𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙^2 + 2 ∙ ∆𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
Tabela 20 – Tempo de Missão em função das Altitudes. Altitude [m] Pouso e Decolagem [s] Cruzeiro [s] Subida e Descida [s] Tempo Total [s]
0
700
Fonte: do Autor (2017).
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Altitude [m]
Velocidade [m/s]
Vestol Vmanobra Vmín Vmáx
H