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As atividades do laboratório de análises clínicas da santa casa de são pedro, incluindo a recepção, administração, coleta e armazenamento de amostras, além da realização de exames bioquímicos, hematológicos, microbiológicos, parasitológicos e urinálises. O documento também detalha as fases produtivas necessárias para o funcionamento do laboratório, as técnicas utilizadas para a realização dos exames e as exigências da rdc/anvisa.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Relatório do Estágio Supervisionado em Farmácia V – Área de Análises clínicas, apresentado ao Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Metodista de Piracicaba.
O presente relatório tem como objetivo descrever de forma sucinta todas as atividades realizadas durante o estágio supervisionado realizado no Laboratório de análises clínicas do Hospital beneficente São Lucas, localizado na cidade de São Pedro-SP, no período de 12 de outubro de 2020 a 31 de dezembro de 2020, onde cumpriu-se 8 horas diárias de estágio, para totalizar ao final as 500 horas necessárias. As atividades incluíram a observação e acompanhamento de todas as etapas envolvidas no laboratório, exames bioquímicos, hematológicos, microbiológicos, parasitológicos e urinalises, assim como o recebimento de amostra, cadastro e armazenamento. Etapas importantes para a formação completa do farmacêutico.
Para que um laboratório possa atuar, algumas normas e exigências são necessárias para seu funcionamento, isso é necessário para preservar a integridade dos pacientes, colaboradores e meio ambiente, assim como uma boa qualidade, por isso é necessário a identificação de risco e estar de acordo com a sua classificação de biossegurança (BRASIL, 2002). Os laboratórios possuem 4 níveis de biossegurança, e dentro dessa classificação o laboratório de análises clínicas da Santa Casa de São Pedro, está classificada como nível 2 de biossegurança (BRASIL, 2017). Esse nível de biossegurança faz analises com microrganismos que podem causar infecção (anexo I) mas que são de tratamento fácil e eficaz — representando risco individual moderado e baixo para a comunidade (BRASIL, 2017). Para laboratórios que são enquadrados nesse nível de classificação, é recomendado o uso de equipamentos de segurança, como: luvas, aventais, proteção para o rosto, em caso de agentes provocar aerossóis ou vazamento, é necessário o uso de cabines de classe I ou II, e as instalações devem conter bancadas abertas com pias próximas e Autoclave (BRASIL, 2017). Além do mais possui práticas específicas que são: possuir acesso limitado; dispor de aviso de Risco Biológico; possuir precauções para objetos perfuro cortantes; apresentar Manual de Biossegurança que defina qualquer descontaminação de dejetos ou normas de vigilância médica (BRASIL, 2017). Como laboratórios apresentam riscos à saúde, esses tipos de ricos devem estar mapeados e apontados, além disso os colaboradores devem ser treinados com instruções especificas e procedimentos de emergências e isso inclui, limitar o acesso as áreas técnicas apenas para colaboradores (GESTÃO DA QUALIDADE LABORATORIAL, 2011). Dentro do laboratório de análises clinicas, existem diversos processos produtivos
necessários para seu funcionamento, esses procedimentos podem ser divididos em três fases: Fase pré-analítica: identificação, documentação e cadastro do paciente, orientação do paciente sobre preparo e coleta, comprovante de atendimento, identificação da amostra; Fase analítica: instruções para todos os processos analíticos (instruções internas e do fabricante), relação dos exames feitos no local e por terceiros, mecanismos que agilizam a liberação dos resultados e facilitam o fluxo de comunicação em casos de urgência, monitoramento do controle interno e externo da qualidade, manutenção de cadastro atualizado dos laboratórios de apoio, dentre outras tarefas. Fase pós-analítica: instruções escritas para emissão de laudos, inclusive para aqueles emitidos por laboratório de apoio, e mecanismos adicionais de entrega de resultados de exames por meio da internet (GESTÃO DA QUALIDADE LABORATORIAL, 2011). Alguns exames não são realizados no laboratório de análises clinicas, por isso existe a necessidade de envia-los para o laboratório de apoio, que realiza análises enviadas por diversos laboratórios clínicos e que exigem um grau mais complexo de equipamentos e treinamento pessoal para realização (BRASIL, 2017). Um outro processo importante realizado dentro dos laboratórios clínicos, são gerenciamentos de resíduos. Os laboratórios de análises clínicas realizam serviços que geram resíduos, sendo necessário saber como acondicionar, e descartar esses resíduos, devido a isso, o laboratório segue as exigências imposta pela RDC/ANVISA nº 306, 7/10/2004 (BRASIL, 2004). Os resíduos tem diversas classificações (anexo II), sendo importante que os colaboradores tenham acesso ao plano de gestão de resíduos para que saibam como acondicionar e o descarte correto, afim de reduzir danos para as pessoas e ao meio ambiente (BRASIL, 2004).
O laboratório, possui 3 fases que precisam ser cumpridas, pré-analítica, analítica, pós- analítica. 3.1 Fase Pré-Analítica A fase pré-analítica, é a primeira fase em que o paciente tem contato com o laboratório, nessa fase ocorre diversas etapas. A primeira é a solicitação do exame pelo médico, que pode ocorrer nos postos de saúde, na Unidade de pronto atendimento, na Santa Casa, ou clinicas particulares que possuem convênio com agências parceiras do laboratório. Alguns exames necessitam de preparo como o jejum para alguns exames, ou de material que possa ser feita a coleta na própria casa (como recipientes de urina, fezes, etc.). Para isso o paciente vai até o laboratório para receber suas devidas orientações (anexo I), ou para retirar os materiais. Após esses procedimentos, as amostras coletadas são levadas ao laboratório, e esses exames são cadastrados, e também os exames que são necessários para serem coletados no laboratório, como exames de sangue, secreções vaginais e coleta de Papanicolau (figura 2). Figura 2. A- sala de coleta comum. B- sala de coleta complexa As amostras então seguem para a preparação, onde são separadas de acordo com o seu setor centrifugadas e algumas lâminas são preparadas, e então etiquetadas e as ordem de serviços impressas. Depois de todo o preparo as amostras são então distribuídas de acordo com os setores para realização de cada exame.
3.2 Fase Analítica A fase analítica, é a fase em que ocorre as realizações dos exames, no laboratório existem cinco setores: bioquímica, urinálise, parasitário, microbiologia, hematologia. BIOQUÍMICA Nesse setor, são realizados diversos exames, bioquímicos, tanto com ajuda de máquinas, como os manuais. Os equipamentos que estão nesse setor são: Cobas mira, sinnowa, cobas h, mas íon, quicktime. Além dos testes realizados com esses equipamentos, teste manuais também são realizados, como testes imunológicos (dengue, H1N1, Covid-19), além de BHGC (teste de gravidez).
Figura 7: A: equipamento cobas h 260. B: placas testes de troponina e dímero
Figura 12. Equipamento Reader 300
Figura 15. Câmara de Fuchs Rosenthal preparada para leitura Após, a leitura da lâmina, é necessário a realização da conta para expressar a quantidade de células observada na lâmina, os cálculos podem ser diferentes para cada tipo de câmara, ou câmara de Fuchs Rosental (figura 16) ou para câmara de Newbawer (figura 17). Nessa conta Q é um quadrante todo da lâmina e q é apenas um quadrado do quadrante. 𝑄 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 500 𝑂𝑈 𝑞 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 8. 000 (𝑈𝑅𝐼𝑁𝐴 𝐶𝐸𝑁𝑇𝑅𝐼𝐹𝑈𝐺𝐴𝐷𝐴 𝑂𝑈 𝑄 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 5. 000 𝑂𝑈 𝑞 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 80. 000 (𝑈𝑅𝐼𝑁𝐴 𝑃𝑈𝑅𝐴) Figura 16. Cálculo para câmara de Fuchs Rosental Figura 17. Cálculo para câmara de Newbawer MICROBIOLOGIA Na microbiologia, são semeados apenas urina e raramente liquor, e até mesmo antibiograma. Os meios de cultura são produzidos no próprio laboratório, e são utilizados, Agar CLED, Macon Key, Agar de sangue, Agar chocolate, Agar Salmonella Shigella (modo de preparo em anexo IV)