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Guias e Dicas
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Análises clínicas no Laboratório de Santa Casa de São Pedro, Manuais, Projetos, Pesquisas de Análise Farmacêutica

As atividades do laboratório de análises clínicas da santa casa de são pedro, incluindo a recepção, administração, coleta e armazenamento de amostras, além da realização de exames bioquímicos, hematológicos, microbiológicos, parasitológicos e urinálises. O documento também detalha as fases produtivas necessárias para o funcionamento do laboratório, as técnicas utilizadas para a realização dos exames e as exigências da rdc/anvisa.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 08/03/2024

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gabriela-saqui 🇧🇷

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UNIMEP
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICADA
GABRIELA DE MORAES SAQUI
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM
ANÁLISES CLÍNICAS
PIRACICABA/SP
2020
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UNIMEP

UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICADA

GABRIELA DE MORAES SAQUI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM

ANÁLISES CLÍNICAS

PIRACICABA/SP

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório do Estágio Supervisionado em Farmácia V – Área de Análises clínicas, apresentado ao Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Metodista de Piracicaba.

PIRACICABA/SP

RESUMO

O presente relatório tem como objetivo descrever de forma sucinta todas as atividades realizadas durante o estágio supervisionado realizado no Laboratório de análises clínicas do Hospital beneficente São Lucas, localizado na cidade de São Pedro-SP, no período de 12 de outubro de 2020 a 31 de dezembro de 2020, onde cumpriu-se 8 horas diárias de estágio, para totalizar ao final as 500 horas necessárias. As atividades incluíram a observação e acompanhamento de todas as etapas envolvidas no laboratório, exames bioquímicos, hematológicos, microbiológicos, parasitológicos e urinalises, assim como o recebimento de amostra, cadastro e armazenamento. Etapas importantes para a formação completa do farmacêutico.

SUMÁRIO

  • 1.INTRODUÇÃO
  • 2.OBJETIVOS
  • 2.1 Gerais
  • 2.2 Específicos
    1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
  • 3.1 Fase Pré-Analítica
  • 3.2 Fase Analítico
  • 3.3 Fase Pós-Analítico
    1. DISCUSSÃO
    1. CONCLUSÕES
    1. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................
    1. ANEXOS.........................................................................................................................

Para que um laboratório possa atuar, algumas normas e exigências são necessárias para seu funcionamento, isso é necessário para preservar a integridade dos pacientes, colaboradores e meio ambiente, assim como uma boa qualidade, por isso é necessário a identificação de risco e estar de acordo com a sua classificação de biossegurança (BRASIL, 2002). Os laboratórios possuem 4 níveis de biossegurança, e dentro dessa classificação o laboratório de análises clínicas da Santa Casa de São Pedro, está classificada como nível 2 de biossegurança (BRASIL, 2017). Esse nível de biossegurança faz analises com microrganismos que podem causar infecção (anexo I) mas que são de tratamento fácil e eficaz — representando risco individual moderado e baixo para a comunidade (BRASIL, 2017). Para laboratórios que são enquadrados nesse nível de classificação, é recomendado o uso de equipamentos de segurança, como: luvas, aventais, proteção para o rosto, em caso de agentes provocar aerossóis ou vazamento, é necessário o uso de cabines de classe I ou II, e as instalações devem conter bancadas abertas com pias próximas e Autoclave (BRASIL, 2017). Além do mais possui práticas específicas que são:  possuir acesso limitado;  dispor de aviso de Risco Biológico;  possuir precauções para objetos perfuro cortantes;  apresentar Manual de Biossegurança que defina qualquer descontaminação de dejetos ou normas de vigilância médica (BRASIL, 2017). Como laboratórios apresentam riscos à saúde, esses tipos de ricos devem estar mapeados e apontados, além disso os colaboradores devem ser treinados com instruções especificas e procedimentos de emergências e isso inclui, limitar o acesso as áreas técnicas apenas para colaboradores (GESTÃO DA QUALIDADE LABORATORIAL, 2011). Dentro do laboratório de análises clinicas, existem diversos processos produtivos

necessários para seu funcionamento, esses procedimentos podem ser divididos em três fases:  Fase pré-analítica: identificação, documentação e cadastro do paciente, orientação do paciente sobre preparo e coleta, comprovante de atendimento, identificação da amostra;  Fase analítica: instruções para todos os processos analíticos (instruções internas e do fabricante), relação dos exames feitos no local e por terceiros, mecanismos que agilizam a liberação dos resultados e facilitam o fluxo de comunicação em casos de urgência, monitoramento do controle interno e externo da qualidade, manutenção de cadastro atualizado dos laboratórios de apoio, dentre outras tarefas.  Fase pós-analítica: instruções escritas para emissão de laudos, inclusive para aqueles emitidos por laboratório de apoio, e mecanismos adicionais de entrega de resultados de exames por meio da internet (GESTÃO DA QUALIDADE LABORATORIAL, 2011). Alguns exames não são realizados no laboratório de análises clinicas, por isso existe a necessidade de envia-los para o laboratório de apoio, que realiza análises enviadas por diversos laboratórios clínicos e que exigem um grau mais complexo de equipamentos e treinamento pessoal para realização (BRASIL, 2017). Um outro processo importante realizado dentro dos laboratórios clínicos, são gerenciamentos de resíduos. Os laboratórios de análises clínicas realizam serviços que geram resíduos, sendo necessário saber como acondicionar, e descartar esses resíduos, devido a isso, o laboratório segue as exigências imposta pela RDC/ANVISA nº 306, 7/10/2004 (BRASIL, 2004). Os resíduos tem diversas classificações (anexo II), sendo importante que os colaboradores tenham acesso ao plano de gestão de resíduos para que saibam como acondicionar e o descarte correto, afim de reduzir danos para as pessoas e ao meio ambiente (BRASIL, 2004).

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O laboratório, possui 3 fases que precisam ser cumpridas, pré-analítica, analítica, pós- analítica. 3.1 Fase Pré-Analítica A fase pré-analítica, é a primeira fase em que o paciente tem contato com o laboratório, nessa fase ocorre diversas etapas. A primeira é a solicitação do exame pelo médico, que pode ocorrer nos postos de saúde, na Unidade de pronto atendimento, na Santa Casa, ou clinicas particulares que possuem convênio com agências parceiras do laboratório. Alguns exames necessitam de preparo como o jejum para alguns exames, ou de material que possa ser feita a coleta na própria casa (como recipientes de urina, fezes, etc.). Para isso o paciente vai até o laboratório para receber suas devidas orientações (anexo I), ou para retirar os materiais. Após esses procedimentos, as amostras coletadas são levadas ao laboratório, e esses exames são cadastrados, e também os exames que são necessários para serem coletados no laboratório, como exames de sangue, secreções vaginais e coleta de Papanicolau (figura 2). Figura 2. A- sala de coleta comum. B- sala de coleta complexa As amostras então seguem para a preparação, onde são separadas de acordo com o seu setor centrifugadas e algumas lâminas são preparadas, e então etiquetadas e as ordem de serviços impressas. Depois de todo o preparo as amostras são então distribuídas de acordo com os setores para realização de cada exame.

3.2 Fase Analítica A fase analítica, é a fase em que ocorre as realizações dos exames, no laboratório existem cinco setores: bioquímica, urinálise, parasitário, microbiologia, hematologia.  BIOQUÍMICA Nesse setor, são realizados diversos exames, bioquímicos, tanto com ajuda de máquinas, como os manuais. Os equipamentos que estão nesse setor são: Cobas mira, sinnowa, cobas h, mas íon, quicktime. Além dos testes realizados com esses equipamentos, teste manuais também são realizados, como testes imunológicos (dengue, H1N1, Covid-19), além de BHGC (teste de gravidez).

  • Cobas Mira e Sinnowa: Inicialmente realiza-se a calibração diária dos equipamentos, utilizando o controle e os reagentes, preparados para o dia. Essas máquinas fazem cerca de 60 amostras por hora. Importante realçar, que para esse tipo de exame, utiliza-se o soro da amostra. É também importante, que o soro não esteja hemolisado (Ver definição de soro e hemólise em Anexo II). Caso esteja hemolisado, é necessário nova coleta. Na rotina laboratorial, essas maquinas, dosam o mesmos exames e a maioria dos exames realizados nesse setor: Glicose, Colesterol, Triglicérides, HDL, Uréia, Ácido Úrico, TGO, TGP, Fósforo, Albumina, Proteínas totais, Cálcio, CK, CKMB, Magnésio, PCR, LDH, Gama GT, Fosfatase alcalina, Lactato, Amilase, Sensi-prot, Bilirrubina total, Bilirrubina direta, Ferro. (Ver valores de referência em Anexo III). Para encontrar o valor do LDL (figura 3) e da Bilirrubina indireta (figura 4) são realizados cálculos. Figura 3. Cálculo para resultado de LDL Figura 4. Cálculo para resultado de Bilirrubina Indireta Para o lactato é necessário realizar a conta (figura 5) de conversão para que o resultado seja expresso em mmol/L 𝐿𝑎𝑐𝑡𝑎𝑡𝑜 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑏𝑎𝑠 𝑥 0 , 111

Figura 7: A: equipamento cobas h 260. B: placas testes de troponina e dímero

  • Max íon: Esse equipamento (figura 8) analisa íons (K, Na, Cl, Ca, pH). Figura 8. Equipamento max íon. Utiliza-se o soro para realização desses exames. Em alguns casos é utilizado urina diluída para quantificação de Na e Ca na urina. Primeiro dilui a urina em 1 para 10 com solução salina e para calcular a proteína na urina.
  • Quick time: Equipamento (figura 9) utilizado para realização de coalograma (TP e TPPA). Em uma cubeta específica pipeta-se 100 μl de reagente TP, em uma segunda cubeta pipeta-se apenas 50 μl do soro do paciente (ver definição em anexo II), depois é adicionado 50 μl do soro mais 50 μl de reagente TTPA, em outra cubeta é adicionado 50 μl de Cloreto (figura 9). Logos após é então incubado por 2 minutos. Para que o aparelho comece a realizar a leitura, é colocada no leito e ativado com o disparo do 100 μl do reagente TP, e então a cubeta com soro e reagente TPPA, é colocada no leito logo em seguida e disparada com o Cloreto de cálcio (ver valores de referência em anexo II). Figura 9. A: Equipamento quick time. B. reagentes para o teste de TP e TTPA.
  • Fator reumatóide: É utilizado 20 μl da amostra mais 20 μl do reagente (Figura 10). Figura 10. Reagente imuno látex No caso de positivo, acontece a aglutinação, e no caso de negativo não é possível observar a aglutinação (Figura 11).

Figura 12. Equipamento Reader 300

  • Urina 24 horas: Mede-se a urina em litros, e então dosa-se o sensi prot, para poder utiliza-lo no cálculo (figura 13) para dosar a proteína urina de 24 horas. Figura 13. Cálculo para proteína na urina de 24 horas
  • Clearance na Urina: Dosa a creatina que está na urina, primeiro dilui a urina de 1:10, então dosa no equipamento, então se faz o cálculo (figura 14) para dosar creatinina na urina. 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑥 10 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜) Figura 14. Cálculo de clearance na urina

Figura 15. Câmara de Fuchs Rosenthal preparada para leitura Após, a leitura da lâmina, é necessário a realização da conta para expressar a quantidade de células observada na lâmina, os cálculos podem ser diferentes para cada tipo de câmara, ou câmara de Fuchs Rosental (figura 16) ou para câmara de Newbawer (figura 17). Nessa conta Q é um quadrante todo da lâmina e q é apenas um quadrado do quadrante. 𝑄 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 500 𝑂𝑈 𝑞 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 8. 000 (𝑈𝑅𝐼𝑁𝐴 𝐶𝐸𝑁𝑇𝑅𝐼𝐹𝑈𝐺𝐴𝐷𝐴 𝑂𝑈 𝑄 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 5. 000 𝑂𝑈 𝑞 = 𝑛. 𝑑𝑒 𝑐é𝑙. 𝑥 80. 000 (𝑈𝑅𝐼𝑁𝐴 𝑃𝑈𝑅𝐴) Figura 16. Cálculo para câmara de Fuchs Rosental Figura 17. Cálculo para câmara de Newbawer  MICROBIOLOGIA Na microbiologia, são semeados apenas urina e raramente liquor, e até mesmo antibiograma. Os meios de cultura são produzidos no próprio laboratório, e são utilizados, Agar CLED, Macon Key, Agar de sangue, Agar chocolate, Agar Salmonella Shigella (modo de preparo em anexo IV)

  • Esfregaço sanguíneo: Pega-se uma quantidade com de sangue com o capilar e deposita no canto da lâmina e com a ajuda de outra lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°. para se espalhar o sangue pela lâmina. Então é realizado a coloração de coloração da lâmina. A coloração é realizada com Leishman concentrada por 5 minutos, depois é diluído com água e corada por mais 5 minutos, então espera se secar para leitura (figura 20). Figura19. Lâmina de hematologia A maioria das células que são vistas são as células segmentadas, linfócitos ou monócitos, mas as vezes ocorre o desvio a esquerda e aparecem células que não deveriam estar presente no sangue. Figura 20. Coloração de lâmina
  • Tipagem sanguínea: quatro tubos de ensaios são identificados A, B, D e CDe, e 20 μl de sangue são adicionados em cada um, e então duas gotas dos reagentes A, B, D e CDe (figura 21), são adicionadas nos respectivos tubos. Figura 21. Reagentes para tipagem sanguínea
  • VHS: Coloca-se o sangue em um tubo graduado (figura 22), deixando-o parado e observa-se a quantos milímetros corresponde a precipitação dos glóbulos vermelhos (hemácias) em um tempo determinado pelo médico (1h a 2 h), As hemácias vão sendo puxadas para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. Figura 22. Teste de VHS 3.3 Fase Pós-Analítica Depois que é feita todos os exames, as amostras são então armazenadas para futuras