Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

REFLEXÃO CRÍTICA DO ARTIGO "O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL" EM COMPARAÇÃO COM A REALIDADE VIVENCIADA NAS RELAÇÕES SOCIAIS COTIDIANAS., Trabalhos de Pedagogia

Análise do artigo "O brincar na Educação Infantil" de Mariana Stoeterau Navarro em comparação com a realidade vivenciada nas relações sociais cotidianas.

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 26/09/2019

mariane-suzarte
mariane-suzarte 🇧🇷

1 documento

1 / 8

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
FACULDADE SÃO BRAZ
CURSO DE PEDAGOGIA
MARIANE CHAGAS SUZARTE
REFLEXÃO CRÍTICA DO ARTIGO "O BRINCAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL" EM COMPARAÇÃO COM A REALIDADE VIVENCIADA
NAS RELAÇÕES SOCIAIS COTIDIANAS.
CURITIBA-PR
2017
pf3
pf4
pf5
pf8

Pré-visualização parcial do texto

Baixe REFLEXÃO CRÍTICA DO ARTIGO "O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL" EM COMPARAÇÃO COM A REALIDADE VIVENCIADA NAS RELAÇÕES SOCIAIS COTIDIANAS. e outras Trabalhos em PDF para Pedagogia, somente na Docsity!

FACULDADE SÃO BRAZ

CURSO DE PEDAGOGIA

MARIANE CHAGAS SUZARTE

REFLEXÃO CRÍTICA DO ARTIGO "O BRINCAR NA EDUCAÇÃO

INFANTIL" EM COMPARAÇÃO COM A REALIDADE VIVENCIADA

NAS RELAÇÕES SOCIAIS COTIDIANAS.

CURITIBA-PR

MARIANE CHAGAS SUZARTE

REFLEXÃO CRÍTICA DO ARTIGO "O BRINCAR NA EDUCAÇÃO

INFANTIL" EM COMPARAÇÃO COM A REALIDADE VIVENCIADA

NAS RELAÇÕES SOCIAIS COTIDIANAS.

Trabalho apresentado à Faculdade São Braz, no segundo semestre de 2017, como requisito parcial para avaliação da disciplina FTM da Educação Infantil, ministrada pela professora Larissa Kovalski Kautzmann. CURITIBA-PR 2017

potenciais a serem explorados e descobertos. Assim, como a conduta do educador que deve exercer o papel de mediador nas ações pedagógicas. O que tenho presenciado, são educadoras mal preparados para lidar com a fase da primeira infância nesta instituição. Elas revelam suas insatisfações referentes ao trabalho exercido e com a gestão da unidade, assim como confirmam não ter vocação ou interesse para o trabalho com educação infantil. Inclusive suas atitudes com as crianças em momentos básicos refletem essas afirmações. É prioritário que as instituições educacionais priorizem a qualificação dos profissionais sobre as especificidades dessa fase, pois as peculiaridades inerentes aos bebês e crianças menores, principalmente pela maior dependência de cuidados é de absoluta importância, assim como a relação entre o espaço educativo e a família. É essencial que seja promovida uma educação atrativa com ações lúdico- pedagógicas, para que haja prazer na apropriação do conhecimento e de saberes, com leveza e tranquilidade, porém muitos educadores mantém uma postura rígida e dominadora, com intuito em disciplinar crianças e agradar os pais. Neste artigo, a autora cita Dornelles (2001), que na sua análise da importância do brincar, tanto para a criança quanto para o adulto, é um modo de refletir sobre diversas possibilidades, inclusive para os bebês. O estímulo apropriado na educação infantil comprova a amplitude de saberes que as crianças menores conquistam, dando-lhes autonomia. Como relata Moyles (2009), brincar é fundamental para a aprendizagem e desenvolvimento nos primeiros anos de vida, porque as crianças agem instintivamente. É notável, o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças do berçário, onde acompanhei semanalmente, do mês de setembro a novembro do ano vigente, certa de que quanto mais estimuladas, mais evoluem. Como ressalta Dornelles (2001), os bebês começam a conhecer o mundo à sua volta, estabelecem relações e interagem com pessoas, e brincando, eles expressam, comunicam, experimentam e interagem com o próprio corpo, com os outros e com diversos objetos presentes no mundo. Enquanto as crianças maiores, através da brincadeira aprendem a lidar com o outro, partilhar brinquedos e espaços, negociar regras e formas de participação nas atividades lúdicas. Pelo fato de estar numa turma de berçário misto, é possível perceber as variações supracitadas. São 18 crianças, de 10 meses a 02 anos de idade

incompletos, que compartilham brinquedos e o mesmo espaço, porém cada qual com sua peculiaridade, além de fases de desenvolvimentos motor e cognitivo diferenciadas. A organização de tempo e espaço da creche não supre integralmente às necessidades do grupo, segundo as educadoras, pela dificuldade em estabelecer brincadeiras específicas por faixa etárias. Contudo, os menores tendem a imitar os mais velho, o que também torna rica a interação e a aprendizagem. A ação do brincar tem consequências significativas para criança, por torná-las confiantes, aprendizes vitalícios, capazes de pensar de modo abstrato e independente, segundo Moyles (2009) e complementa, que as mantém física e mentalmente ativas. Ou seja, arriscam-se a fim de solucionar problemas e aperfeiçoam sua compreensão. No momento em que as crianças brincam, exploram o espaço em que permanecem na creche, assim como objetos que o compõe. Os berços dispostos tornam-se convidativos para escalada, assim como móbiles colocados pelas educadoras são atraentes para extensão corporal, ou mesmo os pregos visíveis na cerquinha da porta, transformam-se em um enigma de exploração. A brincadeira tem importância fundamental como forma de participação e como atividade que possibilita apropriação, ressignificação e a reelaboração de cultura pelas crianças, como comenta Borba (2007). De modo que é preciso reconhecer que, não só reproduzem, mas produzem cultura, comprovando assim que são sujeitos com identidade própria, que interagem coletivamente. Na opinião de educadores, por intermédio da brincadeira de faz de conta, as crianças de modo singular, aprendem a dominar regras, trabalham emoções e medos, dominam e compreendem como é o mundo. São autores de seu próprio script no

A maioria dos brinquedos oferecidos às crianças são doados, muitos são brindes de lanches de MC Donald´s, também são usados recipientes (shampoo, condicionador, garrafa pet, potes, etc.), caixas de papelão e alguns confeccionados pelas professoras com material reciclável. Infelizmente, as condições gerais dos brinquedos não são adequadas e nem de boa qualidade, muitos estão danificados e faltando peças, além de muitas vezes flagrarmos crianças com pequenas peças soltas nas mãos ou na boca, natural da fase oral em que estão. Os brinquedos estimulam simbolismo e socialização, e para Kishimoto (2001), são pouco usados pelos professores. Compreendo que são ferramentas que necessitam de valorização, assim como o brincar esteja incluso prioritariamente na concepção de ações pedagógicas, o que antes era preterido, atualmente vem sendo valorizado tanto na formação inicial quanto na continuada. Como ações do cotidiano, vale refletir sobre as atividades educativas que vêm sendo empregadas nas propostas pedagógicas, se realmente correspondem a uma pedagogia transformadora. Sendo que para tal, requer brincadeiras e atividades lúdicas com intencionalidade, com enfoque em tornar as crianças em sujeitos autônomos, críticos e reflexivos. Brincar, principalmente na fase da infância, é essencial para o desenvolvimento integral e aprendizagem. Mas, ainda, é preterido nas práticas cotidianas na Educação infantil. Em vista disso, é necessária uma mudança nas práticas pedagógicas no sistema educacional vigente, tendo em mente que a escola representa um espaço interacional de socialização com enfoque lúdico.

REFERÊNCIAS

BORBA, A. M. A brincadeira como experiência de cultura na educação infantil. Revista Criança do Professor de Educação Infantil, n. 44, p. 12 - 14, nov. 2007. BRASIL. LEI FEDERAL 8.069 , DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e dá outras providências. DORNELLES, L.V. Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. S. (Org.). Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 101-108. KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 229-245, jul./dez. 2001. MOYLES, J. A pedagogia do brincar. Revista Pátio Educação Infantil , ano VII, n. 21, nov. – dez. 2009 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU ). Declaração Universal dos Direitos da Criança. Adotada pela Assembleia das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959 e ratificada pelo Brasil.