Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Redes de Computadores e Teleinformática, Trabalhos de Redes de Computadores

Este trabalho demonstrará os tipos de redes existentes assim como tipos de cabos, suas utilizações específicas visando benefícios e comparadores para um melhor desempenho de sua estrutura.

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 11/10/2011

vinicius-antunes-5
vinicius-antunes-5 🇧🇷

5

(1)

8 documentos

1 / 70

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
FISP - Faculdades Integradas de São Paulo
Cesar Akihiro
Daniel Nawiton
Leonardo Marques
Renato Nunes
Rodrigo Albuquerque
Vinícius Antunes
Redes de Computadores e
Teleinformática
Volume I
São Paulo - SP
29/05/2011
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Redes de Computadores e Teleinformática e outras Trabalhos em PDF para Redes de Computadores, somente na Docsity!

FISP - Faculdades Integradas de São Paulo

Cesar Akihiro

Daniel Nawiton

Leonardo Marques

Renato Nunes

Rodrigo Albuquerque

Vinícius Antunes

Redes de Computadores e

Teleinformática

Volume I

São Paulo - SP

Cesar Akihiro

Daniel Nawiton

Leonardo Marques

Renato Nunes

Rodrigo Albuquerque

Vinícius Antunes

Redes de Computadores e

Teleinformática

Tipos de Cabos, Princípios de Transmissões Digitais e Cabeamento Estruturado

Volume I

Trabalho Acadêmico de Sala de Aula

Complemento para Nota Disciplinar

Engenharia Mecatrônica - 8º Semestre

Professor Alexandre Erdmann Silva

São Paulo - SP

FISP - Faculdades Integradas de São Paulo

Abstract

In recent years much has been discussed and talked about new hardware and software

available on the market for monitoring and control networks. Otherwise the thinking of most

of these products can not solve 100% of their processing problems in your company.

Unfortunately, the equipment investment involves high figures, however you need a special

attention to the physical structure of your network, one of the key-pieces to the success of

distributed environments.

According to research from international agencies, the wiring is now responsible for 80% of

failures of a physical network, and eight out of ten problems identified relate to bad cables

or installed in a precarious state of maintenance and conservation.

These problems often stem from lack of knowledge on the subject of how to structure a

network of computers physically and not on hardware where it is generally believed to be

the initial focus of the problem.

This work will demonstrate the types of existing networks and cable types, their uses and

benefits aimed at specific comparators for better performance of its structure.

Key Words

Cable Types. Principles of Digital Transmissions. Structured Cabling.

Lista de Ilustrações

INTRODUÇÃO

A evolução da microeletrônica e da informática tem possibilitado a obtenção de

processadores e outros componentes de computadores cada vez mais potentes e velozes, e

em um tamanho reduzido, e com um preço acessível a um numero cada vez maior de

pessoas. Os microprocessadores existentes hoje em dia, que ocupam espaço menor do que

uma caixa de fósforo, substituem e ultrapassam as capacidades dos computadores de alguns

anos atrás, que ocupavam salas inteiras. Estes eram máquinas bastante complexas no que

diz respeito a sua utilização e que ficavam em salas isoladas, as quais poucas pessoas

tinham acesso, sendo operadas apenas por especialistas (analistas de sistemas). Os usuários

daqueles computadores normalmente submetiam seus programas aplicativos como “Jobs”

(ou tarefas), que executavam se qualquer interação com o autor do programa.

Uma primeira tentativa de interação com o computador ocorreu no início dos anos 60, com

a técnica de “time-sharing”, que foi o resultado do desenvolvimento de teleimpressoras e da

tecnologia de transmissão de dados. Nesta técnica um conjunto de terminais era conectado

a um computador central através de linhas de comunicação de baixa velocidade, o que

permitia aos usuários interagir com os seus programas. A necessidade de conexão de

terminais para o processamento interativo foi o ponto de partida para o estabelecimento de

necessidades de comunicação nos computadores. A técnica de “time-sharing” permitia a um

grande conjunto de usuários o compartilhamento de um único computador para a resolução

de uma grande diversidade de problemas e as aplicações militares, etc). Este aumento na

demanda implicava numa necessidade crescente de atualizações e incrementos nas

capacidades de armazenamento e de cálculo na unidade central, o que nem sempre era

viável ou possível, dado que os computadores do tipo mainframe nem sempre eram

adaptados para suportar determinadas extensões.

Nos anos 70, com o surgimento dos microcomputadores, foi possível adaptar as capacidades

de processamento às reais necessidades de uma dada aplicação. Além disso, dado que em

uma empresa um grande número de usuários operavam sobre conjuntos comuns de

informações, a necessidade do compartilhamento de dados, de dispositivos de

armazenamento e de periféricos entre os vários departamentos de uma empresa deu um

novo impulso aos trabalhos no sentido de se resolver os problemas de comunicação entre os

computadores. Estes novos tipos de aplicações exigiam uma velocidade e uma capacidade

de transmissão muito mais elevadas que no caso da conexão de terminais a um computador

central. Assim, com a utilização de minicomputadores interconectados, obtinha-se uma

capacidade de processamento superior aquela possível com a utilização dos mainframes.

Outro aspecto interessante é que as redes podiam ser estendidas em função da

necessidades de processamento das aplicações. Além disso, a modularidade natural das

redes de computadores era tal que uma falha num minicomputador (ou na comunicação via

rede) tinha efeito bastante limitado em relação ao processamento global.

Atualmente, as vantagens dos sistemas distribuídos e interconectados é uma evidência

reconhecida para as aplicações mais diversas, desde a automação de escritórios até o

controle de processos, passando por aplicações de gerenciamento bancário, reservas de

passagens aéreas, processamento de texto, correio eletrônico, etc.

A Evolução dos Tipos de Cabeamento

Cabo Coaxial

O primeiro tipo de cabeamento que surgiu no mercado foi o cabo coaxial. Há alguns anos,

esse cabo era o que havia de mais avançado, sendo que a troca de dados entre dois

computadores era coisa do futuro. Até hoje existem vários tipos de cabos coaxiais, cada um

com suas características específicas. Alguns são melhores para transmissão em alta

frequência, outros têm atenuação mais baixa, e outros são imunes a ruídos e interferências.

Os cabos coaxiais de alta qualidade não são maleáveis e são difíceis de instalar e os cabos de

baixa qualidade podem ser inadequados para trafegar dados em alta velocidade e longas

distâncias. Ao contrário do cabo de par trançado, o coaxial mantém uma capacidade

constante e baixa, independente do seu comprimento, evitando assim vários problemas

técnicos. Devido a isso, ele oferece velocidade da ordem de megabits/seg, não sendo

necessário a regeneração do sinal, sem distorção ou eco, propriedade que já revela alta

tecnologia. O cabo coaxial pode ser usado em ligações ponto a ponto ou multiponto. A

ligação do cabo coaxial causa reflexão devido a impedância não infinita do conector. A

colocação destes conectores, em ligação multiponto, deve ser controlada de forma a

garantir que as reflexões não desapareçam em fase de um valor significativo. Uma dica

interessante: em uma rede coaxial tipo BUS - também conhecida pelo nome de rede coaxial

varal , o cabo deve ser casado em seus extremos de forma a impedir reflexões. A maioria dos

sistemas de transmissão de banda base utilizam cabos de impedância com características de

50 Ohm, geralmente utilizados nas TVs a cabo e em redes de banda larga. Isso se deve ao

fato de a transmissão em banda base sofrer menos reflexões, devido às capacitâncias

introduzidas nas ligações ao cabo de 50 Ohm. Os cabos coaxiais possuem uma maior

imunidade a ruídos eletromagnéticos de baixa frequência e, por isso, eram o meio de

transmissão mais usado em redes locais.

Par Trançado

Com o passar do tempo, surgiu o cabeamento de par trançado. Esse tipo de cabo tornou-se

muito usado devido a falta de flexibilidade de outros cabos e por causa da necessidade de se

para utilizar-se os serviços mais corriqueiros da Internet ( FTP, e-mail, Web,

videoconferência etc... ) com muita folga, assumindo-se um comprimento máximo de 1,

KM.

TECNOLOGIA DOS DIFERENTES TIPOS DE CABEAMENTO Cabos Coaxiais

Os cabos coaxiais são cabos constituídos de 4 camadas: um condutor interno, o fio de cobre

que transmite os dados; uma camada isolante de plástico, chamada de dielétrico que

envolve o cabo interno; uma malha de metal que protege as duas camadas internas e,

finalmente, uma nova camada de revestimento, chamada de jaqueta.

Figura 1 - Cabo Coaxial

Se você envolver um fio condutor com uma segunda camada de material condutor, a

camada externa protegerá a primeira da interferência externa. Devido a esta blindagem, os

cabos coaxiais (apesar de ligeiramente mais caros que os de par trançado) podem transmitir

dados a distâncias maiores, sem que haja degradação do sinal. Existem 4 tipos diferentes de

cabos coaxiais, chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/U.

O cabo 10Base5 é um tipo mais antigo, usado geralmente em redes baseadas em

mainframes. Esta cabo é muito grosso, tem cerca de 0.4 polegadas, ou quase 1 cm de

diâmetro e por isso é muito caro e difícil de instalar devido à baixa flexibilidade. Outro tipo

de cabo coaxial pouco usado atualmente é o RG62/U , usado em redes Arcnet. Temos

também o cabo RG-59/U , usado na fiação de antenas de TV.

Além da baixa flexibilidade e alto custo, os cabos 10Base5 exigem uma topologia de rede

bem mais cara e complicada. Temos o cabo coaxial 10base5 numa posição central, como um

backbone, sendo as estações conectadas usando um segundo dispositivo, chamado

transceptor, que atua como um meio de ligação entre elas e o cabo principal.

Os transceptores perfuram o cabo 10Base5, alcançando o cabo central que transmite os

dados, sendo por isso também chamados de "derivadores vampiros". Os transceptores são

conectados aos encaixes AUI das placas de rede (um tipo de encaixe parecido com a porta

de joystick da placa de som, encontrado principalmente em placas antigas) através de um

cabo mais fino, chamado cabo transceptor. Além de antiquada, esta arquitetura é muito

cara, tanto com relação aos cabos e equipamentos, quanto em termos de mão de obra.

Figura 2 - Transceptor

Os cabos 10Base5 foram praticamente os únicos utilizados em redes de mainframes no inicio

da década de 80, mas sua popularidade foi diminuindo com o passar do tempo por motivos

óbvios.

Atualmente você só se deparará com este tipo de cabo em instalações bem antigas ou,

quem sabe, em museus.

Finalmente, os cabos 10Base2 , também chamados de cabos coaxiais finos, ou cabos Thinnet,

são os cabos coaxiais usados atualmente em redes Ethernet e, por isso, são os cabos que

você receberá quando pedir por "cabos coaxiais de rede". Seu diâmetro é de apenas 0.

polegadas, cerca de 4.7 milímetros, o que os torna razoavelmente flexíveis.

Os cabos 10Base2 são bem parecidos com os cabos usados em instalações de antenas de TV,

a diferença é que, enquanto os cabos RG-59/U usados nas fiações de antena possuem

impedância de 75 ohms, os cabos 10Base2 possuem impedância de apenas 50 ohms. Por

isso, apesar dos cabos serem parecidos, nunca tente usar cabos de antena em redes de

micros. É fácil diferenciar os dois tipos de cabo, pois os de redes são pretos enquanto os para

antenas são brancos.

O "10" na sigla 10Base2, significa que os cabos podem transmitir dados a uma velocidade de

até 10 megabits por segundo, "Base" significa "banda base" e se refere à distância máxima

para que o sinal pode percorrer através do cabo, no caso o "2" que teoricamente significaria

200 metros, mas que na prática é apenas um arredondamento, pois nos cabos 10Base2 a

distância máxima utilizável é de 185 metros.

Usando cabos 10Base2, o comprimento do cabo que liga um micro ao outro deve ser de no

mínimo 50 centímetros, e o comprimento total do cabo (do primeiro ao último micro) não

pode superar os 185 metros. É permitido ligar até 30 micros no mesmo cabo, pois acima

disso, o grande número de colisões de pacotes irá prejudicar o desempenho da rede,

chegando ao ponto de praticamente impedir a comunicação entre os micros, em casos

extremos.

Figura 6 - Terminador

Se você não instalar um terminador em cada ponta da rede, os sinais retornarão quando

chegarem às pontas do cabo, embora um pouco mais fracos, formando os chamados

pacotes sombra. Estes pacotes atrapalham o tráfego e corrompem pacotes bons que

estejam trafegando, praticamente inutilizando a rede.

Em redes Ethernet os terminadores devem ter impedância de 50 ohms (a mesma dos cabos),

valor que geralmente vem estampado na ponta do terminador.

Para prender o cabo ao conector BNC, precisamos de duas ferramentas: um descascador de

cabo coaxial e um alicate de crimpagem. O descascador serve para retirar o dielétrico do

cabo, deixando exposto o fio de cobre, enquanto o alicate para crimpagem serve para

prender o cabo ao conector, impedindo que ele se solte facilmente. O alicate de crimpagem

possuirá sempre pelo menos dois orifícios, o menor, com cerca de 1 mm de diâmetro serve

para prender o pino central do conector BCN ao fio central do cabo. A maior serve para

prender o anel de metal.

Para crimpar os cabos coaxiais é indispensável ter o alicate de crimpagem. Não dá para fazer

o serviço com um alicate comum pois ele não oferece pressão suficiente. Um alicate de

crimpagem de cabos coaxiais custa à partir de 45 reais; entretanto, a maioria das lojas que

vendem cabos também os crimpam de acordo com a necessidade do cliente.

Figura 7 - Descascador de Cabos Coaxiais (à esquerda) e Alicate de Crimpagem

Cabos de Par Trançado

Os cabos de par trançado vêm substituindo os cabos coaxiais desde o início da década de 90.

Hoje em dia é muito raro alguém ainda utilizar cabos coaxiais em novas instalações de rede,

o mais comum é apenas reparar ou expandir redes que já existem. Mais adiante teremos um

comparativo entre os dois tipos de cabos.

O nome "par trançado" é muito conveniente, pois estes cabos são constituídos justamente

por 4 pares de cabos entrelaçados. Veja que os cabos coaxiais usam uma malha de metal

que protege o cabo de dados contra interferências externas; os cabos de par trançado por

sua vez, usam um tipo de proteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um campo

eletromagnético que oferece uma razoável proteção contra interferências externas.

Existem vários motivos para os cabos coaxiais não serem mais usados hoje em dia: eles são

mais propensos a mal contato, os conectores são mais caros e os cabos são menos flexíveis

que os de par trançado, o que torna mais difícil passá-los por dentro de tubulações. No

entanto, o principal motivo é o fato de que eles podem ser usados apenas em redes de 10

megabits: a partir do momento em que as redes 10/100 tornaram-se populares, eles

entraram definitivamente em desuso, dando lugar aos cabos de par trançado. Entre eles, os

que realmente usamos no dia-a-dia são os cabos "cat 5" ou "cat 5e", onde o "cat" é

abreviação de "categoria" e o número indica a qualidade do cabo.

Fabricar cabos de rede é mais complicado do que parece. Diferente dos cabos de cobre

comuns, usados em instalações elétricas, os cabos de rede precisam suportar freqüências

muito altas, causando um mínimo de atenuação do sinal. Para isso, é preciso minimizar ao

máximo o aparecimento de bolhas e impurezas durante a fabricação dos cabos. No caso dos

cabos de par trançado, é preciso, ainda, cuidar do entrançamento dos pares de cabos, que

também é um fator crítico.

Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de

100 quanto de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos; geralmente custam

em torno de 1 real o metro. Os cabos cat5e (os mais comuns atualmente) seguem um

padrão um pouco mais estrito, por isso dê preferência a eles na hora de comprar.

Em todas as categorias, a distância máxima permitida é de 100 metros. O que muda é a

freqüência (e, conseqüentemente, a taxa máxima de transferência de dados suportada pelo

cabo) e o nível de imunidade a interferências externas. Esta é uma descrição de todas as

categorias de cabos de par trançado existentes:

Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de

100 quanto de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos, mas os cabos cat 6 e

cat 6a estão se popularizando e devem substituí-los ao longo dos próximos anos. Os cabos

O uso de tranças nos cabos é uma idéia antiga, que remonta ao final do século 19, quando a

técnica passou a ser utilizada no sistema telefônico, de forma a aumentar a distância que o

sinal era capaz de percorrer.

Originalmente, as tranças dos cabos não seguiam um padrão definido, mas, com o passar do

tempo, o número de tranças por metro, juntamente com outros detalhes técnicos foram

padronizados. Isso permitiu que os cabos de par trançado, originalmente desenvolvidos para

transportar sinais de voz, dessem um grande salto de qualidade, passando a atender redes

de 10, 100, 1000 e recentemente de 10000 megabits, uma evolução realmente notável.

Para potencializar o efeito da blindagem eletromagnética, as placas de rede utilizam o

sistema "balanced pair" de transmissão, onde, dentro de cada par, os dois fios enviam o

mesmo sinal (e não transmissões separadas, como geralmente se pensa), porém com a

polaridade invertida. Para um bit "1", o primeiro fio envia um sinal elétrico positivo,

enquanto o outro envia um sinal elétrico negativo:

Figura 10 - Sistema " Balanced Pair "

Ou seja, o segundo fio é usado para enviar uma cópia invertida da transmissão enviada

através do primeiro, o que tira proveito das tranças do cabo para criar o campo

eletromagnético que protege os sinais contra interferências externas, mesmo nos cabos sem

blindagem. Devido a esta técnica de transmissão, os cabos de par trançado são também

chamados de "balanced twisted pair", ou "cabo de par trançado balanceado".

À primeira vista, pode parecer um desperdício abrir mão de metade dos fios do cabo, mas

sem isso o comprimento máximo dos cabos seria muito menor e as redes seriam muito mais

vulneráveis a interferências.

Voltando ao tema inicial, em todas as categorias, a distância máxima permitida é de 100

metros (com exceção das redes 10G com cabos categoria 6, onde a distância máxima cai

para apenas 55 metros). O que muda é a freqüência e, conseqüentemente, a taxa máxima

de transferência de dados suportada pelo cabo, além do nível de imunidade a interferências

externas. Vamos então a uma descrição das categorias de cabos de par trançado existentes:

Categorias 1 e 2 : Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA

(Telecommunications Industry Association), que é a responsável pela definição dos padrões

de cabos. Elas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de categoria 2

chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5 megabits e redes Token Ring de 4 megabits,

mas não são adequados para uso em redes Ethernet.

Categoria 3 : Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido

especialmente para uso em redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, o

que permitiu seu uso no padrão 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10 megabits

para cabos de par trançado. Existiu ainda um padrão de 100 megabits para cabos de

categoria 3, o 100BASE-T4 (que vimos a pouco), mas ele é pouco usado e não é suportado

por todas as placas de rede.

A principal diferença do cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o

entrançamento dos pares de cabos. Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão

definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24

tranças por metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de

cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre

os pares de cabos.

Categoria 4 : Esta categoria de cabos tem uma qualidade um pouco superior e é certificada

para sinalização de até 20 MHz. Eles foram usados em redes Token Ring de 16 megabits e

também podiam ser utilizados em redes Ethernet em substituição aos cabos de categoria 3,

mas na prática isso é incomum. Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais

reconhecida pela TIA e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de

categoria 3, que continuam sendo usados em instalações telefônicas.

Categoria 5 : Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e

1000BASE-T, que são, respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 megabits usados

atualmente. Os cabos cat 5 seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam

freqüências de até 100 MHz, o que representa um grande salto em relação aos cabos cat 3.

Apesar disso, é muito raro encontrar cabos cat 5 à venda atualmente, pois eles foram

substituídos pelos cabos categoria 5e (o "e" vem de "enhanced"), uma versão aperfeiçoada

do padrão, com normas mais estritas, desenvolvidas de forma a reduzir a interferência entre

os cabos e a perda de sinal, o que ajuda em cabos mais longos, perto dos 100 metros

permitidos.

Os cabos cat 5e devem suportar os mesmos 100 MHz dos cabos cat 5, mas este valor é uma

especificação mínima e não um número exato. Nada impede que fabricantes produzam

cabos acima do padrão, certificando-os para freqüências mais elevadas. Com isso, não é

difícil encontrar no mercado cabos cat 5e certificados para 110 MHz, 125 MHz ou mesmo