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Guias e Dicas
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Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, Esquemas de Saúde Pública

Uma visão abrangente sobre as doenças crônicas no contexto da saúde pública, abordando aspectos como a definição, os fatores de risco, o impacto na qualidade de vida e os custos para o sistema de saúde. Destaca a importância da atenção primária à saúde como porta de entrada e ordenadora da rede de atenção, com a necessidade de compartilhamento do cuidado com a atenção especializada em casos de maior complexidade. Descreve a estrutura operacional das redes de atenção à saúde (ras), com seus componentes principais, e o fluxo de atendimento do paciente na rede do distrito federal. Também aborda o papel da enfermagem no enfrentamento das doenças crônicas, com ênfase na assistência intensiva, prevenção e imunização. O documento fornece informações relevantes para profissionais de saúde, gestores e pesquisadores interessados em compreender a organização e o funcionamento da rede de atenção à saúde para pessoas com doenças crônicas.

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 13/06/2024

carol-cesar
carol-cesar 🇧🇷

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DOENÇAS CRÔNICAS
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com
Doenças Crônicas
Carolina César Ferreira
Enfermeira da família e comunidade
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Baixe Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas e outras Esquemas em PDF para Saúde Pública, somente na Docsity!

DOENÇAS CRÔNICAS

Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com

Doenças Crônicas

Carolina César Ferreira Enfermeira da família e comunidade

É essencial um olhar de entendimento sobre as doenças

crônicas na lógica de uma vigilância em saúde eficaz, com foco

no fortalecimento da Atenção Primária

O que são Doenças Crônicas:

Em geral, estão relacionadas a causas múltiplas, são

caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente

incerto, com longa ou indefinida duração.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define as patologias crônicas como doenças de lento desenvolvimento e uma longa duração, podendo acompanhar a pessoa durante a vida. Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades.

No Brasil, as DCNT são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2019, por 41,8% do total de mortes ocorridas prematuramente, ou seja, entre 30 e 69 anos de idade (BRASIL, 2021).

Estima-se que as doenças crônicas não transmissíveis,

como as cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias

crônicas e o diabetes mellitus foram responsáveis por 73,6%

das mortes ocorridas globalmente em 2019 segundon a

Organização Mundial da Saúde-OMS (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2021).

Os procedimentos de amostragem empregados pelo Vigitel visam obter, em cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, amostras probabilísticas da população de adultos (≥18 anos de idade) que residem em domicílios servidos por, ao menos, uma linha telefônica fixa VIGITEL BRASIL VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO do MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis.

Objetivo de monitorar a frequência e a distribuição dos principais
determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em todas as
capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Não são elegíveis para o sistema as linhas que: correspondem a empresas; que não mais existem ou que se encontram fora de serviço; ou que não respondem a seis tentativas de chamadas feitas em dias e horários variados, incluindo sábados e domingos e períodos noturnos, e que, provavelmente, correspondem a domicílios fechados. A primeira etapa da amostragem do Vigitel consiste no sorteio de, no mínimo, 5 mil linhas telefônicas por cidade. A segunda etapa da amostragem do Vigitel consiste no sorteio de um dos adultos (≥18 anos de idade) residentes no domicílio sorteado. Essa etapa é executada após a identifcação, entre as linhas sorteadas, daquelas que são elegíveis para o sistema.

D e n t r e o s ó b i t o s d e r e s i d e n t e s d o D F n o a n o d e 2 0 1 8 , a s D o e n ç a s d o A p a r e l h o C i r c u l a t ó r i o a p r e s e n t a r a m a^ m a i o r q u a n t i d a d e d e ó b i t o s c o m

  1. 0 0 6 , s e g u i d a p e l a s N e o p l a s i a s c o m
  2. 6 3 8 ó b i t o s , d e p o i s a s C a u s a s e x t e r n a s d e m o r b i d a d e e^ d e m o r t a l i d a d e c o m
  3. 5 0 1 ó b i t o s , s e g u i d o p e l a s D o e n ç a s d o A p a r e l h o R e s p i r a t ó r i o c o m 1. 1 4 1 ó b i t o s , e p o r ú l t i m o a s D o e n ç a s d o A p a r e l h o D i g e s t i v o c o m 6 9 2 ó b i t o s. DISTRITO FEDERAL

Doenças Crônicas acometem principalmente o sexo feminino Segundo levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) as enfermidades crônicas atingem em maior número o sexo feminino, em quase 45%.

Tabagismo O cigarro é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas, como câncer e doenças cardíacas. Fatores de risco comuns para as Doenças Crônicas Má alimentação Uma dieta rica em açúcar, gordura e sódio pode levar à obesidade, hipertensão e diabetes

Estresse crônico

O estresse prolongado pode aumentar os riscos de doenças como depressão, ansiedade e doenças cardíacas SobrepesoouObesidade

pode aumentar os riscos de
doenças como cardiovasculares,
endócrinas,depressão,ansiedade,
ortopédicas,eoutrosórgãovitais

Tratamentos disponíveis para doenças crônicas Medicamentos

Vários medicamentos estão
disponíveis para controlar
doenças crônicas, mas eles
nem sempre são a solução a
longo prazo.

Cirurgias Algumas doenças crônicas, como o câncer, podem exigir cirurgias para a cura completa. Terapias alternativas Acupuntura, psicoterapia e outras terapias têm sido utilizadas como formas complementares de tratamento

Os pontos de atenção são os espaços onde que são ofertados os diversos serviços de saúde, sendo todos igualmente importantes para a assistência à saúde na Rede de Atenção. Ao contrário do antigo formato dos sistemas de saúde hierárquicos, em formato piramidal e organizado segundo a complexidade relativa de cada nível de atenção (atenção primária, de média e de alta complexidade), as RAS visam assegurar o compromisso com a integralidade da assistência da saúde da população, ofertando serviços contínuos no âmbito dos diferentes níveis de atenção à saúde, como a referência e contra-referência, o matriciamento e o compartilhamento do cuidado.

A estrutura operacional das RAS é composta de alguns componentes principais: centro de comunicação (Atenção Primária à Saúde); pontos de atenção (secundária e terciária); sistemas de apoio (diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de teleassistência e de informação em saúde); sistemas logísticos (registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde); e sistema de governança (da rede de atenção à saúde).

Ela é composta por três níveis de atenção: Atenção Primária à Saúde, Atenção Especializada Secundária e Atenção Especializada Terciária. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Atenção Primária à Saúde (APS) Atenção Ambulatorial e Serviços Especializados (AASE) Atenção Hospitalar (AH) Unidade Básica de Saúde (UBS) Policlínicas Ambulatórios Centros de Especialidades Unidade Hospitalar Atenção Domiciliar (NRAD) Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Serviço de Atendimento Móvel/SAMU

A A t e n ç ã o P r i m á r i a à S a ú d e ( A P S ) d e v e s e r a p o r t a d e e n t r a d a p r e f e r e n c i a l n a a t e n ç ã o à s a ú d e , e o r d e n a d o r a d a r e d e e d o c u i d a d o c o n f o r m e e s t a b e l e c i d o n a P o l í t i c a N a c i o n a l d e A t e n ç ã o B á s i c a ( P N A B ). A A P S , n o s c a s o s d e m a i o r c o m p l e x i d a d e , d e v e r á c o m p a r t i l h a r o c u i d a d o c o m a A t e n ç ã o E s p e c i a l i z a d a ( s e c u n d á r i a e \ o u t e r c i á r i a ). C o m p e t e a o s p r o f i s s i o n a i s q u e a t u a m n a a t e n ç ã o p r i m á r i a , a c o l h e r , r e c e p c i o n a r , o u v i r , c r i a r v í n c u l o s , e n c a m i n h a r , r e g u l a r , o r i e n t a r , p a r t i c i p a r d a c o o r d e n a ç ã o d o p r o j e t o t e r a p ê u t i c o , a p o n t a r a s n e c e s s i d a d e s e f u n c i o n a r c o m o p o n t o d e p a r t i d a p r i o r i t á r i o p a r a a o r g a n i z a ç ã o d o s f l u x o s. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

1 A p o i a r o a u t o c u i d a d o , f a v o r e c e n d o a i n d e p e n d ê n c i a e a a u t o n o m i a d a p e s s o a ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE R e a l i z a r o d i a g n ó s t i c o t e r r i t ó r i o , m a p e a m e n t o , r a s t r e a m e n t o e m o n i t o r a m e n t o. C a d a s t r a r e m a n t e r a t u a l i z a d o o c a d a s t r a m e n t o d e t o d a s a s p e s s o a s d e n t r o d o s e u t e r r i t ó r i o ; 2 4 5 6 3 R e a l i z a r o c u i d a d o i n t e g r a l e l o n g i t u d i n a l q u e s e r e f e r e à s m ú l t i p l a s s i t u a ç õ e s d e d o e n ç a s e a g r a v o s ; a c o l h i m e n t o , e s c u t a , e s t r a t i f i c a ç ã o d e r i s c o e e s t a b e l e c i m e n t o d o v í n c u l o ; R e a l i z a r o c o m p a r t i l h a m e n t o d o c u i d a d o q u a n d o n e c e s s á r i o ; S o l i c i t a r m a t r i c i a m e n t o ; 7 e d u c a ç ã o p e r m a n e n t e e e d u c a ç ã o c o n t i n u a d a ;

M a n t e r a t u a l i z a d o o c a l e n d á r i o v a c i n a l , c o n f o r m e P r o g r a m a N a c i o n a l d e I m u n i z a ç ã o d o M i n i s t é r i o d a S a ú d e ( P N I / M S ) 9 A t e n ç ã o e m s a ú d e b u c a l : p r o m o ç ã o à s a ú d e , p r e v e n ç ã o d e a g r a v o s m a n u t e n ç ã o d a s a ú d e ) ; 10

P R O M O Ç Ã O E P R E V E N Ç Ã O ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE