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Saiba tudo sobre reatores para iluminação, seus tipos, como funcionam e suas vantagens. Aprenda sobre reatores eletrômagnéticos e eletrônicos, suas características, equipamentos auxiliares e a importância deles em projetos de iluminação.
Tipologia: Notas de estudo
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luz direta, luz indireta… Um projeto luminotécnico está diretamente ligado a uma série de conceitos e considera- ções estéticas. O bom resultado, entretanto, depende de muito mais que beleza e bom gosto. Depende de conheci- mento técnico, o que inclui temperatura de cor, índice de reprodução de cor, curva fotométrica, tipos de lâmpadas,
suas características e equipamentos auxiliares, entre eles, os reatores. Embora pareça uma peça de bastidor, o reator é elemento fundamental num projeto de iluminação, principalmente quando há expectativa com relação a níveis de iluminação, cintilamentos, eficiência energética, consu- mo, ruídos e interferências provocadas pelos reatores no ambiente e em outros sistemas elétricos.
a u l a r á p i d a
Foto: Getty Center - Los Angeles / Divulgação Lutron
Reatores são equipamentos auxiliares necessários para o acendimento de lâmpadas de descarga (fluorescentes ou HID). Servem para limitar a corrente e adequar as tensões ao perfeito funcionamento das lâmpadas. Podem ser eletro- magnéticos ou eletrônicos. A correta aplicação dos reatores garante melhor desempenho para os projetos elétrico e luminotécnico, contribuindo diretamente para a manutenção do fluxo luminoso e vida útil da lâmpada.
Os eletromagnéticos fazem parte da primeira geração de reatores. São constituídos por um núcleo de aço silício (com baixas perdas) e bobinas de fio de cobre esmaltado, impregnados com resina de poliéster adicionado com carga mineral, tendo grande poder de isolamento e dissipação térmica. Conhecidos como reatores “pesados”, são divididos em duas categorias por princípio de funcionamento: lllll PPPPPartida convencionalartida convencionalartida convencionalartida convencionalartida convencional : precisam de um starter para o acendimento da lâmpada. Indicados para locais úmidos, de baixa temperatura ou sem condições de aterramento. lllll PPPPPartida rápidaartida rápidaartida rápidaartida rápidaartida rápida : não há necessidade de starter e a lâmpada acende rapidamente (desde que associado ao uso de uma luminária de chapa metálica devidamente aterrada). Neste tipo, os filamentos são aquecidos constantemente pelo reator, o que facilita o acendimento da lâmpada em curto espaço de tempo. Indicados para ambientes agressivos como, por exemplo, em locais onde se faz galvanoplastia. Há divergências quanto ao futuro dos reatores eletromagnéticos. Alguns fabricantes
acreditam que acabarão sendo definitivamente substituídos, pois a tecnologia dos reatores eletrônicos está em plena evolução e conquista cada vez mais espaço. Há fabricantes, entretanto, que afirmam que há, sim, o que evoluir ainda na tecnologia eletromagnética, mas reatores deste tipo ainda serão largamente consumidos por um bom tempo. Defendem que , analisando-se, por exemplo, reatores HID, a família dos eletrônicos está limitada industrialmente à potência de 150w e restringe-se, na maioria dos casos, à iluminação interna. O “serviço pesado” fica por conta dos eletromagnéticos que, além de atenderem a todas as potências (até 3500w), são extremamente resistentes tanto à intempéries atmosféricas quanto à oscilações da rede elétrica, com vida média superior a 20 anos. Esta é uma das razões pelas quais em lâmpadas de descarga a alta pressão – como as de vapor de mercúrio, vapor de sódio ou multivapores metálicos, entre outras – de potências superiores a 150w, são normalmente utilizados reatores do tipo eletromagnético. Algumas lâmpadas necessitam de um ignitor, que tem a função semelhante ao starter nas fluores- centes. Todos os ignitores são eletrônicos. Os ignitores fornecem um pico de tensão para o acendimento da lâmpada. Para que as do tipo
Nem só de bom gosto e estética
depende o bom resultado de um projeto.
Embora pareça uma peça de bastidor,
o reator é elemento fundamental.
Foto: Divulgação Aut-Comp
Foto: Divulgação WGR
A correta aplicação dos reatores contribui para a manutenção do fluxo luminoso e a vida útil da lâmpada.
Os eletromagnéticos são conhecidos como reatores “pesados” e alguns necessitam de ignitor para partida de lâmpada de descarga.
computadores, de comunicação, segurança, monitores hospitalares, entre inúmeros outros, caso não possuam filtros contra estas interferênci- as. Quando se deseja um sistema elétrico de qualidade, como instalações em bancos, lojas, indústrias, hospitais, escritórios e grandes obras, convém optar por reatores de alta performance.
Esta classificação diz respeito apenas aos reatores eletrônicos. Os reatores eletrônicos de baixa performance são conhecidos como “acendedores eletrônicos”, porque acendem a lâmpada única e exclusivamen- te, espalhando sujeira (tecnicamente chamada de harmônicos) na corrente elétrica. Normalmente são mais baratos, de baixo fator de potência e reduzem
Foto: Divulgação Philips
Quando se deseja um sistema elétrico de qualidade, como instalações em grandes obras, convém optar por reatores de alta performance.
a vida útil da lâmpada em 50%. Nesta linha mais barata de reatores existem alguns que até são de alto fator de potência – o que não deve ser confun- dido com alta performance. Os reatores eletrônicos de alta performance possuem alto fator de potência, filtros harmônicos e proteções contra sobretensão, sobrecorrente e condições anormais. Um de seus indicadores de qualidade é a THD – Taxa de Distorção Harmôni- ca, cujo valor deve ser menor que 30% (mínimo exigido pela ABNT). Quanto menor a taxa, melhor.
Uma enorme vantagem dos reatores eletrôni- cos é poderem ser dimerizáveis em uma ampla faixa. Este avanço tecnológico permite o controle do nível da iluminação fluorescente – o que era impossível até então. Pode-se conseguir uma economia de energia de até 70% em relação a um sistema com os reatores eletromagnéticos. Os modelos dimerizáveis podem ser usados em conjunto com sensores de presença e de movimento, possibilitando a integração a sistemas de controle e gerenciamento inteligentes.
A “bandeira” da certificação compulsória foi “levantada” por um grupo de fabricantes de reatores eletrônicos que contavam com uma
Um dos indicadores de qualidade dos reatores eletrônicos de alta performance é a THD – Taxa de Distorção Harmônica. Quanto menor a taxa, melhor.
Foto: Divulgação Osram
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EletromagnéticosEletromagnéticosEletromagnéticos EletromagnéticosEletromagnéticos (primeira geração de reatores)
EletrônicosEletrônicosEletrônicosEletrônicosEletrônicos (tecnologia mais moderna)
CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas l Grande poder de isolamento e dissipação térmica. l Normalmente utilizados em lâmpadas de descarga a alta pressão, como as de vapor de mercúrio, vapor de sódio ou multivapores metálicos, entre outras, de potências superio- res a 150w, sendo que algumas necessitam de um ignitor, que tem a função semelhante ao starter nas fluorescentes. l Atendem a todas as potências (até 3500w). l Extremamente resistentes tanto à intempéries atmosféri- cas quanto à oscilações da rede elétrica. l Vida média superior a 20 anos. l Menor preço de aquisição. l Peso e tamanho são desvantagens.
CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas l Alto fator de potência (os de qualidade superior). l Alta frequência (elimina o efeito estroboscópico e o de cintilação) l Baixa carga térmica, que resulta em economia de energia. l Aumento de vida útil da lâmpada em 50% (os de alta performance). l Economia de energia em torno de 50%. l Possibilidade de dimerização e utilização de sistemas inteligentes, com redução no consumo de energia de até 70% na comparação com os eletromagnéticos. l Podem causar interferências que vão desde ruídos no rádio ou estremecimento de imagem da TV, até o colapso de sistemas de computadores, de comunicação, seguran- ça, monitores hospitalares, entre inúmeros outros, caso não possuam filtros contra estas interferências.
Equipamentos auxiliares necessários para o acendimento de lâmpadas de descarga
Partida ConvencionalPartida ConvencionalPartida ConvencionalPartida ConvencionalPartida Convencional (precisam de starter)
Partida RápidaPartida RápidaPartida RápidaPartida RápidaPartida Rápida (não precisam de starter) Partida RápidaPartida RápidaPartida RápidaPartida RápidaPartida Rápida^ Partida InstantâneaPartida InstantâneaPartida InstantâneaPartida InstantâneaPartida Instantânea
Engenharia empenhada no desenvolvimento de produtos com componentes de primeira linha e na segurança do usuário. O objetivo principal foi selecionar e classificar o universo de fabricantes, pois estava havendo um aumento indiscriminado de novas “marcas” no mercado, com produtos produzidos em qualquer bancada de montagem sem controle de qualidade e segurança. O processo de certificação para reatores eletrônicos foi coordenado pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – com o objetivo assegurar que os produtos comercializados no mercado brasileiro estejam em conformidade com os requisitos exigidos pela ABNT (normas NBR
e NBR14418/1999). Pela Portaria 27, de 14 de fevereiro de 2002, do Ministério do Desenvolvi- mento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, todos os reatores eletrônicos só podem ser comercializados se apresentarem certificação acompanhada de selo do INMETRO. Alguns fabricantes, entretanto, alertam aos especificadores e consumidores para o fato de que a certificação é, apenas, uma condição prévia para que o produto chegue ao mercado, mas não representa nem garante qualidade do produto. A performance do reator e a credibilidade do fabricante ainda são os principais indicadores. A certificação é um indicador de que o fabricante cumpriu o mínimo necessário especificado na Norma, porém a durabilidade e a confiabilidade do reator estão no esmero do projeto e na qualidade de seus componentes utilizados. O processo industrial precisa, necessariamente, de vários controles de qualidade durante o processo, devido ao grande número de componentes eletrônicos montados e interligados um a um. 3
As informações contidas neste artigo são baseadas no livro “Luz, Lâmpadas e Iluminação”,“Luz, Lâmpadas e Iluminação”,“Luz, Lâmpadas e Iluminação”,“Luz, Lâmpadas e Iluminação”,“Luz, Lâmpadas e Iluminação”, de Mauri Luiz da Silva, da gentil colaboração do Eng. Paulo Candura e profissionais das empresas Aut-Comp, Begli, Osram, Philips, Vossloh Schwabe e WGR.
Os reatores eletrônicos de alta performance podem gerar um aumento de 50% na vida útil da lâmpada.
Foto: Divulgação Philips^ Foto: Divulgação Osram