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REALTÓRIO DE AULA PRÁTICA, Notas de estudo de Patologia Cirúrgica

ANOTAÇÕES PARA RELATÓRIO SOBRE ENUCLEAÇÃO TRANSPAPEBRAL EM CÃO

Tipologia: Notas de estudo

2025

Compartilhado em 15/04/2025

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servico-de-inspecao-municipal-tp 🇧🇷

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1. Jollie, canino, raça pinscher, mais ou menos 10 anos, macho, com 6,8kg, tutor relatou que o
animal apareceu em casa com lesão no olho há uns 5 dias atrás, e não sabe informar se o cão
foi atropelado ou brigou com outro cão, devido a isso, o olho do animal prolapsou, tutor
também relatou que o cão apresentava miíase no ouvido e catarata no olho.
FC 84, FR s/a, T 38,4°C
2. Tricotomia: A área ao redor dos olhos foi cuidadosamente depilada para garantir uma boa
visualização e evitar a contaminação.
Limpeza com Soro Fisiológico: Após a tricotomia, a região ocular foi limpa com
soro fisiológico estéril para remover sujeiras e detritos, promovendo uma área limpa
para a cirurgia.
A área ao redor do olho foi limpa com uma esponja estéril embebida em clorexidina
0,2% para garantir a desinfecção e reduzir o risco de infecção
3. Anestesia:
O paciente foi intubado com tubo endotraqueal após a indução anestésica, com o
intuito de garantir uma via aérea segura e o controle da respiração durante todo o
procedimento cirúrgico. Anestesiar o cão pois ele era brabo.
MPA PROPOFOL 3mg/kg iv – 2 ml
METADONA 0,2mg/kg im – 0,20 ml
Terapia de apoio: Ampixilina 0,34 ml, dipirona 0,34 ml, meloxican 0,68 ml
4. Procedimento Cirúrgico:
Eventeração: Inicialmente, houve a abertura da conjuntiva e a exposição da área
ocular. A dissecção foi realizada com cuidado para evitar lesões em estruturas
adjacentes.
Enucleação Transpalpebral: A enucleação foi feita por via transpalpebral, onde a
remoção do globo ocular foi realizada com cautela. O globo ocular estava bem
aderido devido a um processo inflamatório crônico que o havia comprometido. O
rompimento gradual dos músculos foi necessário para liberar completamente o olho.
Após a preparação cirúrgica, as pálpebras do paciente são fixadas com pinças de
campo fechadas para reduzir o risco de contaminação do campo cirúrgico. Uma
alternativa recomendada é suturar as pálpebras, unindo-as e deixando fios de sutura
longos nas extremidades. A sutura oferece uma vedação mais eficaz, evitando que
restos necróticos ou fluidos contaminem a área, o que pode ocorrer com o uso das
pinças de campo. Com essa abordagem, tanto os instrumentos quanto as
extremidades da sutura podem ser utilizados para fazer tração sobre o olho durante o
procedimento. A incisão é realizada de forma transpalpebral, contornando a órbita e
preservando o máximo de tecido saudável possível (LEMES, 2019).
5. Características Observadas:
O globo ocular estava bem aderido, possivelmente devido ao processo inflamatório
crônico, que dificultou sua remoção.
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  1. Jollie, canino, raça pinscher, mais ou menos 10 anos, macho, com 6,8kg, tutor relatou que o animal apareceu em casa com lesão no olho há uns 5 dias atrás, e não sabe informar se o cão foi atropelado ou brigou com outro cão, devido a isso, o olho do animal prolapsou, tutor também relatou que o cão apresentava miíase no ouvido e catarata no olho. FC 84, FR s/a, T 38,4°C
  2. Tricotomia: A área ao redor dos olhos foi cuidadosamente depilada para garantir uma boa visualização e evitar a contaminação. - Limpeza com Soro Fisiológico: Após a tricotomia, a região ocular foi limpa com soro fisiológico estéril para remover sujeiras e detritos, promovendo uma área limpa para a cirurgia. - A área ao redor do olho foi limpa com uma esponja estéril embebida em clorexidina 0,2% para garantir a desinfecção e reduzir o risco de infecção
  3. Anestesia:
    • O paciente foi intubado com tubo endotraqueal após a indução anestésica, com o intuito de garantir uma via aérea segura e o controle da respiração durante todo o procedimento cirúrgico. Anestesiar o cão pois ele era brabo.
    • MPA PROPOFOL 3mg/kg iv – 2 ml
    • METADONA 0,2mg/kg im – 0,20 ml
    • Terapia de apoio: Ampixilina 0,34 ml, dipirona 0,34 ml, meloxican 0,68 ml
  4. Procedimento Cirúrgico:
    • Eventeração: Inicialmente, houve a abertura da conjuntiva e a exposição da área ocular. A dissecção foi realizada com cuidado para evitar lesões em estruturas adjacentes.
    • Enucleação Transpalpebral: A enucleação foi feita por via transpalpebral, onde a remoção do globo ocular foi realizada com cautela. O globo ocular estava bem aderido devido a um processo inflamatório crônico que o havia comprometido. O rompimento gradual dos músculos foi necessário para liberar completamente o olho.
    • Após a preparação cirúrgica, as pálpebras do paciente são fixadas com pinças de campo fechadas para reduzir o risco de contaminação do campo cirúrgico. Uma alternativa recomendada é suturar as pálpebras, unindo-as e deixando fios de sutura longos nas extremidades. A sutura oferece uma vedação mais eficaz, evitando que restos necróticos ou fluidos contaminem a área, o que pode ocorrer com o uso das pinças de campo. Com essa abordagem, tanto os instrumentos quanto as extremidades da sutura podem ser utilizados para fazer tração sobre o olho durante o procedimento. A incisão é realizada de forma transpalpebral, contornando a órbita e preservando o máximo de tecido saudável possível (LEMES, 2019).
  5. Características Observadas:
    • O globo ocular estava bem aderido, possivelmente devido ao processo inflamatório crônico, que dificultou sua remoção.
  • Durante a dissecção, os músculos oculares foram rompidos cuidadosamente até que o globo fosse completamente liberado.
  • As pálpebras foram completamente retiradas para permitir o acesso e a remoção total do olho.
  1. Sutura:
  • Foi utilizado fio de sutura simples contínua, Cushin e Sultan para suturar a pele e fechar a ferida, sendo preciso tomar cuidado para não afetar o nervo óptico durante o fechamento.
  • O fechamento final foi feito com sutura intradérmica para garantir uma boa estética e evitar complicações pós-operatórias, como infecção ou deiscência de ferida.
  1. Cuidados Pós-Operatórios:
  • O paciente foi monitorado após a cirurgia e iniciou-se o regime de analgesia e antibióticos conforme recomendado. Conclusão: A aula prática foi realizada com sucesso, permitindo a demonstração completa do processo de enucleação transpalpebral. O procedimento foi executado com precisão, e o canino apresentou boa recuperação após a cirurgia. A realização da enucleação foi adequada para o caso apresentado, e as técnicas de sutura utilizadas garantiram um bom fechamento da ferida operatória. A utilização de antibióticos e anti-inflamatórios foi indicada para o pós-operatório. A enucleação é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do bulbo ocular e das pálpebras, indicado quando os tratamentos não apresentam sucesso em doenças oculares ou neoplasias. Esse procedimento é recomendado em situações em que a presença do olho possa representar risco à saúde do paciente, como em casos de trauma ocular grave, glaucoma irreversível, endoftalmite incontrolável e neoplasias intraoculares, desde que não haja comprometimento da córnea e da esclera ( MACIEL et al ., 2023). Maciel et al. Enucleação transpalpebral com retalho de rotação subdérmico em cão: Relato de caso, Research, Society and Development, v. 12, n. 14, e22121444374, 2023. Todos os músculos extraoculares, o tecido adiposo, a glândula lacrimal, a fáscia, as pálpebras e o globo ocular são removidos durante o procedimento. Quando a enucleação é indicada devido a neoplasia, é essencial garantir a remoção completa de todo o tecido tumoral. No entanto, se o olho for enucleado por uma condição não neoplásica, como um traumatismo irreparável, o cirurgião pode optar por preservar parte do tecido retrobulbar. Essa abordagem visa reduzir o espaço morto e minimizar a hemorragia durante a cirurgia (LEMES, 2019). LEMES, Beatriz Noleto. Enucleação transpalpebral em bovino. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária. UniRV – Universidade de Rio Verde. Rio Verde, 2019. Fio acido poliglicólico e nylon