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Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência., Notas de aula de Epidemiologia

Pressupomos que, em média, eles ficaram doentes a meio do ano: 6 meses em risco, seis meses sem estar em risco. Assim ficaria: Page 4. Epidemiologia. 1ª Aula ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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bg1
Epidemiologia 1ª Aula Prática
CC04-10 1
Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência.
Para examinar a transmissão de uma doença em populações humanas, precisamos
claramente de poder medir a frequência não da ocorrência da doença como
também das mortes resultantes da doença.
Quais as fontes para obter informação sobre a doença?
Registos hospitalares (se necessitar de hospitalização)
Registos médicos (se não necessitar de hospitalização)
Doente (se quisermos informações antes de ter sido procurado o cuidado
médico).
As fontes de dados a partir das quais os casos são identificados influenciam
claramente as taxas que calculamos para exprimir a frequência da doença; por
exemplo, os registos hospitalares não incluem dados de pacientes que apenas
obtiveram prestação de cuidados no consultório médico.
O cálculo de medidas de frequência é a base para a comparação de populações.
Medidas de Frequência
1. Prevalência
total
casosdenúmero
P__
)( =
2. Incidência - número de novos casos de uma doença (sem ter em conta o tamanho da
população)
3. Taxa de incidência
riscoemtemporiscoemnúmero
novoscasosdenúmero
I____
___
)( ×
=
é uma medida de risco. Para ter algum
significado, qualquer indivíduo incluído no denominador tem de ter o potencial para se tornar parte do
grupo que é contado no numerador.
4. Risco (R) = Probabilidade de incidência = Incidência cumulativa
riscoemnúmero
novoscasosdenúmero
R__
___
)( =
NOTA: Na prática, quando falamos em incidência estamos a falar de taxa de incidência
porque a incidência é só o número de casos novos.
Qual a diferença entre incidência e prevalência?
A prevalência pode ser vista como uma fotografia” tirada à população numa determinada
altura onde é apenas determinado quem tem a doença e quem não tem. Não estamos a
determinar quando é que a doença se desenvolveu. Assim, quando estudamos uma
comunidade a prevalência de uma doença, não temos geralmente em conta a duração da
doença. Assim, o numerador da prevalência contém uma mistura de pessoas com diferentes
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Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência.

Para examinar a transmissão de uma doença em populações humanas, precisamos

claramente de poder medir a frequência não só da ocorrência da doença como

também das mortes resultantes da doença.

Quais as fontes para obter informação sobre a doença?

• Registos hospitalares (se necessitar de hospitalização)

• Registos médicos (se não necessitar de hospitalização)

• Doente (se quisermos informações antes de ter sido procurado o cuidado

médico).

As fontes de dados a partir das quais os casos são identificados influenciam

claramente as taxas que calculamos para exprimir a frequência da doença; por

exemplo, os registos hospitalares não incluem dados de pacientes que apenas

obtiveram prestação de cuidados no consultório médico.

O cálculo de medidas de frequência é a base para a comparação de populações.

Medidas de Frequência

  1. Prevalência

total

número de casos

P

_ _

  1. Incidência - número de novos casos de uma doença (sem ter em conta o tamanho da população)
  2. Taxa de incidência

número em risco tempo em risco

número de casos novos

I

_ _ _ _

_ _ _

×

=  é uma medida de risco. Para ter algum

significado, qualquer indivíduo incluído no denominador tem de ter o potencial para se tornar parte do grupo que é contado no numerador.

  1. Risco (R) = Probabilidade de incidência = Incidência cumulativa

número em risco

número de casos novos

R

_ _

_ _ _

NOTA: Na prática, quando falamos em incidência estamos a falar de taxa de incidência porque a incidência é só o número de casos novos.

Qual a diferença entre incidência e prevalência? A prevalência pode ser vista como uma “fotografia” tirada à população numa determinada altura onde é apenas determinado quem tem a doença e quem não tem. Não estamos a determinar quando é que a doença se desenvolveu. Assim, quando estudamos uma comunidade a prevalência de uma doença, não temos geralmente em conta a duração da doença. Assim, o numerador da prevalência contém uma mistura de pessoas com diferentes

durações da doença e, como consequência disto, não temos uma medida de risco. Se quisermos medir o risco temos de usar a incidência porque, em contraste com a prevalência, só inclui novos casos ou eventos.

Se a prevalência não é uma medida de risco, qual é o interesse de a calcular? A prevalência é uma medida importante e útil do peso da doença na comunidade. Por exemplo, para sabermos quantas pessoas com artrite existem na comunidade, Isto pode ajudar-nos a determinar os recursos necessários, como clínicas e profissionais de saúde, Assim, a prevalência é uma medida importante para o planeamento de serviços de saúde.

Há uma importante relação entre prevalência e incidência. Numa situação steady-

state, na qual as taxas não estão a mudar e a imigração é igual à emigração, aplica-

se a seguinte equação:

Prevalência = Incidência x duração da doença

Resolução dos exercícios:

Razão – quociente entre duas medidas relacionadas entre si; (o denominador não inclui o numerador, são duas entidades separadas e distintas). – muitas vezes os índices (medida sumária comparativa entre dois ou mais fenómenos) são expressos como razões.

Ex.: b

a

Proporção – quociente entre duas medidas, estando o numerador incluído no denominador. Pode ser usada para estimar a probabilidade de um evento.

Ex.:

a b

a

Taxa – variação de uma medida y em função da variação de uma medida x; referida a um determinado tempo, estando associada com a rapidez de mudança de fenómenos.

Razão, proporção e taxa são termos claramente definidos que não podem ser

usados como sinónimos. As razões são usadas como índices, as proporções são

frequências relativas ou fracções e frequentemente estimam (ou são) probabilidades

de certos eventos, e as taxas descrevem a velocidade e a direcção (padrões) de

mudança em processos dinâmicos. Enquanto que as taxas nos dizem quão

rapidamente a doença ocorre na população, a proporção diz-nos qual a fracção da

população afectada.

Frequência absoluta – número total (de casos, de elementos…); é uma contagem absoluta, não tem denominador. Frequência relativa – quociente entre a frequência absoluta e o número total. Distribuição de frequências – indica de que modo a variável se distribui, conjunto de frequências obtido em cada grupo.

Taxa de Incidência cataratas no primeiro ano

− × − ×

Ou seja, a todos aqueles que estiveram em risco no primeiro ano [(2477-310)x1] vamos retirar aquele tempo em que as 35 pessoas que ficaram doentes já não estão em risco (que assumimos que é meio ano).

Taxa de incidência de cataratas ao fim dos 5 anos:

TxCAT.

− × − × − × − × − × − ×

Podíamos ainda fazer de outra maneira:

TxCAT

× + × + × + × + × + − ×

O resultado é 0,015, ou seja, 15 casos por 1000 pessoas-tempo.

RETINOPATIA DIABÉTICA:

Coorte real = 2477 – 67 = 2410 indivíduos Total de casos = 67 + 24 = 91 (novos casos = 24)

 Prevalência no início do estudo

P 0 , 024 2 , 7 %

 Incidência cumulativa

IC = = aos 5 anos

Pessoas em risco

Número de anos que estiveram em risco

Subtraímos o número de anos que as pessoas não estiveram em risco (as 35 que ficaram doentes no primeiro ano não estiveram em risco 4,5 anos, etc)

As 35 pessoas que ficaram doentes no primeiro ano estiveram em risco meio ano, as 35 pessoas que ficaram doentes no segundo ano estiveram em risco 1,5 anos,…..

Subtraímos ao coorte (2167) todas aquelas pessoas que foram ficando doentes ao longo dos 5 anos (155) e multiplicamos por 5, porque essas pessoas estiveram em risco os 5 anos.

 Taxa de incidência de Retinopatia diabética:

Como não nos dão nenhuma informação acerca de quantos ficaram doentes por ano, assumimos que os 24 doentes estiveram em risco durante metade do tempo (2,5 anos).

TxRD 2410 5 24 2 , 5

× − ×

ou

TxRD 24 2 ' 5 ( 2410 24 ) 5

× + − ×

Região A – Janeiro’90 a Dezembro ’92 (3 anos) – 2.400.000 hab.; 120 casos Região B – Janeiro’89 a Junho’93 (4,5 anos) – 1.600.000 hab.; 81 casos Região C – Janeiro’89 a Dezembro’92 (4 anos) – 3.100.000 hab.; 145 casos Região D – Janeiro’89 a Dezembro’92 (4 anos) – 2.025.000 hab.; 162 casos

a)

Registo da doença – é uma base de dados com o número de pessoas que têm determinada doença. Ex.: doenças de declaração obrigatória, doenças oncológicas, malformações à nascença… O seu interesse refere-se ao facto de, através dele, ser possível estabelecer relações de causalidade, ver as diferenças encontradas de acordo com a região, estabelecer medidas preventivas e planear cuidados de saúde. As dificuldades prendem-se com o facto de as pessoas nem sempre recorrerem ao médico quando estão doentes, ou o médico fazer o diagnóstico e não as declarar.

b)

  • Os casos originam-se de forma constante (a evolução é regular)
  • Toda a população está igualmente em risco desde o início do estudo (ou seja, não há doentes no início do estudo ou que o número de doentes era desprezível)
  • O número de habitantes da população não se altera (não houve nascimentos nem mortes)
  • Ninguém se curou (sem relevância neste caso porque é uma doença crónica).

c)

Total de casos = 120 + 81 + 145 + 162 = 508 Taxa de incidência cumulativa: (somar as taxas de incidência de cada população) TxCrohn=

× − × + × − × + × − × + × − ×

= 15 casos por milhão de habitantes-tempo (ano)

d)

TxA= 120 / (2400000 x 3 – 120 x 1,5) = 1,67 x 10- TxB = 81 / (1600000 x 4,5 – 81 x 2,25) = 1,13 x 10- TxC = 145 / (3100000 x 4 – 145 x 2) = 1,2 x 10- TxD = 162 / (2025000 x 4 – 162 x 2) = 2 x 10-

= 2 casos por 1000 pessoas-tempo

A (^) B C D