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Raspagem supragengival é a remoção de placa, cál- culo e manchamento da superfície da coroa e da ... Geralmente são utilizadas curetas ou foices e após re-.
Tipologia: Exercícios
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Conexão UNNA Outubro de 2017 5
raspagem supra e subgengival
Caroline Teggi Schwartzkopf, Emerson Nakao e Prof. Dr. Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani
6 Outubro de 2017 Conexão UNNA
Divulgação
aspagem supragengival é a remoção de placa, cál- culo e manchamento da superfície da coroa e da raiz^2. É frequentemente o início do debridamento de um paciente com doença periodontal. O cálculo supra gengival e as saliências das restaurações são removidos. Esta fase pode ser realizada com instrumentos manuais ou instrumentos ultrassônicos.
Geralmente são utilizadas curetas ou foices e após re- moção do cálculo supra realiza-se o alisamento da região com taças de borracha, pedra pomes e pastas de poli- mento com grãos mais finos. Na maioria dos casos a ras- pagem supragengival pode ser finalizada em uma sessão, permitindo que o paciente comece o controle de placa^1.
mento radicular e dentina são removidos sob a forma de pequenas lascas^1. A instrumentação subgengival visa re- solver a inflamação subgengival e interromper a destrui- ção progressiva do periodonto de inserção por meio da remoção do biofilme da bolsa gengival 3. Realiza-se uma sondagem de todos os dentes e a partir das marcações determina-se uma ordem para início do tratamento. Geralmente a raspagem subgengival ocorre sob efeito de anestesia local 1,2, para controlar a dor e a hemorragia^2 , segura-se o instrumento pela chamada em- punhadura de caneta modificada, usando apoio digital com a face da lâmina paralela e em leve contato com a superfície radicular 1. O raspador é posicionado na bolsa com o bisel em um ângulo entre 45 e 90° 2. O apoio digital deve ser feito o mais perto possível do dente selecionado, conferin- do um fulcro estável, permitindo uma boa angulação da lâmina e possibilitando a utilização do movimento punho-antebraço 1. O epitélio sulcular e a inserção epitelial são removi- dos primeiro, seguido da remoção do tecido conjuntivo inflamado da porção interna da parede da bolsa. Após a cicatrização podemos verificar um tecido com contornos delimitados, firme, sem edema e bem adaptado 2. A raspagem e alisamento da superfície radicular com instrumentos manuais exige habilidade e treinamento do operador, ou seja, em casos mais complexos (com bolsas mais profundas) deveriam ser destinados a um profis- sional com treinamento adequado. A melhora do qua- dro depende do sucesso obtido nesse procedimento, que é a remoção dos fatores de retenção de placa (biofilme) e alisamento da superfície radicular. A instrumentação errônea pode promover a criação de degraus e riscos pro- fundos na superfície, que podem funcionar como fatores de retenção de placa.
Raspagem subgengival e alisamento radicular são os primeiros estágios no tratamento da periodontite 2 e são executados com instrumentos manuais. Visam remover os depósitos moles e duros das superfícies radiculares, bem como pequenas porções da estrutura dentária. Ce-
Lindhe, 2005 O controle da placa supragengival, o debridamento subgengival e a orientação de higiene são as medidas
8 Outubro de 2017 Conexão UNNA
mesmo que microscópicos, à superfície dentária, mes- mo quando se utiliza raspadores afiados e corretamente removem o cálculo junto com o tecido ao qual este se aderiu (cemento/dentina). Em alguns casos pacientes re- latam sensibilidade após o tratamento. Um estudo 4 realizado com 836 pacientes livres da do- ença periodontal, com o intuito de verificar se há ou não benefícios associados a esse tratamento para prevenção do aparecimento e desenvolvimento da doença em pa- cientes saudáveis, abordou 5 situações diferentes: n Raspagem e polimento X sem intervenção. n Raspagem e polimento periódicos X raspagem e po- limento somente em resposta aos sinais e sintomas da doença periodontal. n Raspagem e polimento em tempos fixos diferentes realizados em dois grupos. n Raspagem e polimento com orientação de higiene bucal em um intervalo de tempo fixo X raspagem e polimento sem orientação de higiene bucal no mes- mo intervalo de tempo. n Raspagem e polimento realizado por um dentista X raspagem e polimento realizado por um profissional de atendimento odontológico. Ao final do estudo não foram encontradas evidências suficientes para determinar os benefícios da raspagem e polimento realizados rotineiramente em pacientes adultos sem doença periodontal. Seriam necessários conduzir en- saios de alta qualidade assim como um acompanhamen- to dos casos por um período maior. Ao mesmo tempo, não há evidências suficientes para contraindicar a prática rotineira de tais procedimentos. Deve-se levar em consi- deração que a raspagem é um procedimento invasivo e que pode provocar quadros indesejáveis após tratamento (danos à superfície dos dentes e hipersensibilidade).
na preparação dos instrumentos (afiação). Entretanto, nos casos em que o paciente consegue manter uma higieniza- ção oral satisfatória outra conduta pode ser tomada. Muitos serviços de saúde pelo mundo já discutem abertamente os benefícios da raspagem e polimento rotineiros na qualidade de vida da população X custos financeiros desta conduta. Como a remoção mecânica profissional do cálculo e da placa bacteriana são procedimentos indispensáveis quando esses fatores já estão presentes, uma estratégia mais eficiente é a associação deste procedimento à orien- tação em higiene bucal, que a longo prazo previne a ne- cessidade de tratamentos futuros. O que se recomenda são as visitas periódicas ao con- sultório dentário para verificação da higienização oral, aparecimento de lesões de cárie, inflamações ou de qual- quer outro quadro que requeira intervenção profissional. Esse retorno varia de acordo com cada paciente e deverá ser baseado no risco de cada um.
Alguns pacientes podem apresentar sensibilidade após raspagem e alisamento radicular. Essa condição geral- mente recebe o nome de hipersensibilidade dentinária, mas também pode ser chamada de dentina sensitiva, sen- sibilidade dentinária cervical e sensibilidade radicular 1. A hipersensibilidade pode aparecer como resultado de uma perda de esmalte ou desnudamento radicular. A hipersensibilidade à raspagem varia de paciente para paciente devido ao limiar de dor, a instrumentação, severidade da doença, hábitos alimentares e reação ao estímulo da dor (diminuição na higienização). É mais comumente descrita em áreas cervicais vestibulares dos dentes permanentes^6.
Quando realizada por profissional com treinamento es- pecifico, tais danos podem ser minimizados devido à habi- lidade individual do operador na realização da raspagem e
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A retração gengival e a exposição radicular permitem uma rápida e extensa exposição dos túbulos dentinários, porque a camada de cemento sobre a raiz radicular é fina e rapidamente removida 6. Na maioria dos casos os sintomas atingem seu nível máximo durante a primeira semana após o tratamento periodontal, como sugere o estudo de Goh 8 , que obser- vou esse comportamento. O sintoma principal é uma dor aguda que desaparece uma vez que o estimulo é removi- do. Nos casos mais severos, períodos curtos ou longos de latejamento e de sintomas dolorosos podem ser provoca- dos pelo estímulo instituído^1.
Divulgação A teoria hidrodinâmica é a mais aceita para explicar a sensibilidade dentária dos pacientes. Os túbulos radicu- lares são expostos após a instrumentação mecânica das superfícies radiculares, tornando-os sujeitos à movimen- tação súbita de líquido nos túbulos dentinários frente a estímulos evaporativos, táteis, térmicos e osmóticos, e, consequentemente, induz uma sensação dolorosa 8. É considerada uma doença de difícil tratamento e controle, o que requer considerar os fatores etiológicos, incluindo o consumo excessivo de alimentos ácidos. Outras condições - como dentes gretados, restaurações infiltradas e cáries, que possuem sintomas comuns com hipersensibilidade dentinária - devem ser excluídas. Fa- tores predisponentes e causas de hipersensibilidade de- vem ser removidos ou modificados 1. É muito importante a realização de um controle efetivo de placa, necessário para permitir a oclusão natural dos
túbulos dentinários por remineralização de sua superfí- cie. Depósitos de placa bacteriana tendem a exacerbar a sensibilidade, o que impede uma higienização adequada, que, por sua vez, podem permitir a evolução de cáries cervicais. Há informes na literatura que, na maioria dos casos, existe uma dificuldade na motivação do paciente1,8, para que o grau de controle de placa seja mantido. Quando não for possível uma correta higienização e controle de placa devido à sensibilidade, um agente com capacidade de bloquear a atividade tubular, mesmo que temporariamente, pode ser utilizado para facilitar a hi- gienização. O controle químico da placa bacteriana por meio da clorexidina também pode ser utilizado. Nos casos mais severos pode ser necessária a restauração da região ou mesmo a pulpectomia^1. Não existe um tratamento considerado padrão ouro- para tratar a hipersensibilidade. O agente dessensibili- zante ideal não deve provocar irritação pulpar, ou dor ao ser aplicado e após a aplicação, ser de fácil aplicação, ter ação rápida e não provocar descoloração no dente 6. Agentes tópicos dessensibilizantes podem ser classifi- cados em agentes químicos (corticosteroides, nitrato de prata, citrato de sódio, oxalato de potássio, hidróxido de cálcio) e físicos (resinas, vernizes, selantes, enxerto gen- gival, cimento de ionômero de vidro e lasers) 1,6. Os tratamentos podem ser realizados em ambiente pro- fissional (no consultório ou clínica) como em casa, e visam bloquear o mecanismo sensitivo através da obliteração dos túbulos dentinários. Em casa, normalmente utiliza-se bo- chechos e pasta de dente, e no consultório, a obliteração tubular pode ser feita por meio de resina e vernizes. O aumento da longevidade dental devido aos trata- mentos periodontais e ao controle de placa pode elevar a incidência de hipersensibilidade dentinária 6. Goh et al., (2016) 7 afirmam que a hipersensibilidade dentiná- ria afeta a qualidade de vida percebida pelo paciente, tendo impacto proporcional à severidade da hipersen- sibilidade. O acompanhamento do paciente é essencial, para que ele tenha conforto durante o tratamento até a completa resolução 1.
1. Lindhe J, Karring T, Lang NP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. Guanabara-Koogan, 4º Edição, 2005. 2. Cohen ES. Atlas de cirurgia periodontal reconstrutiva e cosmética. Santos livraria e Editora, 3º Edição; 2008. 3. Worthington, HV, Clarkson, JE, Bryan, G, Beirne PV. Routine Scale and Polish for periodontal Health in Adults. Cochrane Database Syst Rev. 2013 Nov 7;11:CD004625. doi: 10.1002/14651858.CD004625.pub4. 4. Dababneh RH, Khouri AT, Addy M. Dentin Hypersensitivity – an enigma. A Review of terminology, epidemiology, mechanisms, aetiology and management. British Dental Journal. 1999 Dec;187(11):606-11. 5. Greenstein G, Cavallaro Jr J, Tarnow D. Dental Implants in the Periodontal Patient. Dent Clin N Am. 2010;54(1):113-28. 6. Dentino A, Lee S, Mailhot J, Hefti AF. Principles of Periodontology. Periodontol 2000 2013;61:16-53. 7. Goh V, Corbet, EF, Leung WK. Impact of dentine hypersensitivity on oral health- related quality of life in individuals receiving supportive periodontal care. J Clin Periodontol 2016 – DOI: 10.1111/jcpe. 8. Canadian Advisory board on Dentin Hypersensitivity. Consensus-based Recommendations for the Diagnosis and Management of Dentin Hypersensitivity. J Can Dent Assoc. 2003;69(4):221-6.
referências Bibliográficas