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Este documento contextualiza a obra 'raízes do brasil' e aborda a tentativa de implantação da cultura europeia como fator dominante na origem da sociedade brasileira. Discutido o papel da colonização ibérica, holandesa e alemã, a chegada do negro e a organização dos ofícios no brasil. Analisado o sistema de colonização português e a influência da colonização litorânea no país. Avaliado o papel da igreja e a gestão pública no brasil.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Autor: Sérgio Buarque de Holanda
Editora: Companhia das Letras
Ano: 1995 Alunas: Maria Gabriela Montanari e Marina Toledo de Arruda Lourenção
Contextualização da Obra;
Capítulo 1: Fronteiras da Europa;
Capítulo 2: Trabalho e Aventura;
Capítulo 3: Herança Rural;
Capítulo 4: O Semeador e o Ladrilhador;
Capítulo 5: O Homem Cordial;
Capítulo 6: Novos Tempos;
Capítulo 7: Nova Revolução;
Considerações Finais.
As origens da sociedade brasileira e de sua cultura
Na origem da sociedade brasileira, a tentativa de implantação da cultura europeia é o fato dominante e que mais tem consequências.
A herança cultural brasileira decorreu da colonização por uma nação Ibérica.
Por que é significativo o fato do Brasil ter sido colonizado por uma Nação Ibérica?
Personalismo ou Cultura da Personalidade
Característica bem peculiar à Península Ibérica que não se aplica ao restante da Europa.
Envolve a importância particular que as pessoas dessa atribuem ao valor próprio da pessoa humana, à autonomia de cada um dos homens em relação aos semelhantes no tempo e no espaço.
Consequências do personalismo:
(1) fraqueza nas formas de organização, de todas as associações que impliquem solidariedade e ordenação; (2) a falta de influência decisiva dos privilégios hereditários.
A fraqueza nas formas de organização
O que impediu o surgimento do espírito de organização espontânea foi justamente a mentalidade das pessoas que o mérito e a responsabilidade individuais levam ao reconhecimento (personalismo).
Por isso, nessas nações sempre predominou o tipo de organização política artificialmente mantida por uma força exterior.
Porém o pensamento focado no mérito encontrou obstáculos perante a Igreja e ao pensamento medieval de que o trabalho e esforço manual deve ser valorizado, e de que não deve ocorrer o “lucro torpe”.
Os portugueses e espanhóis tinham a concepção de que “o ócio importa mais que o negócio.”
Obediência
É uma alternativa à exaltação extrema da personalidade;
Aparece como virtude dos povos ibéricos.
É percebida como forma de disciplina.
Representação da disciplina pela obediência no Brasil: Jesuítas da Companhia de Jesus, com suas reduções e doutrinas. Uma observação é que a simples obediência como princípio de disciplina parece impraticável, e daí portanto ocorre a instabilidade da nossa vida social.
Portugal e a colonização do Novo Mundo
Portugal era o país do Velho Mundo mais bem armado para se aventurar à exploração das terras próximas à linha do Equador.
A colonização e exploração do Novo Mundo foi feita pelos portugueses com desleixo e certo abandono, sem entusiasmo.
Apesar disso, a colonização holandesa, se tivesse ocorrido, provavelmente não teria trazido melhores rumos para o Brasil
Os tipos trabalhador e aventureiro como impulsionadores da colonização Tipo trabalhador Tipo aventureiro
Aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. Existe uma ética de trabalho. Esse tipo de indivíduo só atribuirá valor moral positivo às ações que sente ânimo de praticar, ele estima o esforço.
Aquele para o qual o objeto final é mais importante, dispensando processos intermediários. As energias e esforços que se dirigem a uma recompensa imediata são enaltecidos. Esse tipo de indivíduo prefere descobrir a consolidar.
Características: responsabilidade, busca por estabilidade e segurança.
Características: audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem.
Teve papel limitado na conquista e colonização dos novos mundos, mas combinado com o tipo aventureiro permitiu que os portugueses se adaptassem ao Brasil.
Teve papel importante na colonização, se manifestando em características do brasileiro de ânsia de prosperidade sem custo, de títulos honoríficos, de posições e riquezas fáceis.
Características da cultura da cana
Latifúndios
Mão de obra negra e escrava
Monocultura
Plasticidade social e ausência de orgulho racial em Portugal e claro, no Brasil
A plasticidade social se refere a uma tradição cultural de os portugueses serem um povo de mestiços.
Essa miscigenação, que começou na metrópole portuguesa, sobretudo com o grande aumento no número de negros, se transferiu também para o Brasil.
Essa mistura extinguiu o sentimento de distância entre os dominadores e a massa trabalhadora constituída de homens de cor, e a ideia de separação de castas ou raças foi se dissolvendo.
Organização dos ofícios no Brasil
Tentativa de colonização holandesa
Ao invadir o Nordeste brasileiro, os holandeses tentaram implementar uma colonização baseada em um espírito de empreendimento metódico e coordenado, capacidade de trabalho e coesão social.
Por que não funcionou?
Os colonos que enviaram não eram adequados a um país em formação (não queriam fincar raízes, não desejavam sair do seu país, tinham um caráter cosmopolita, instável e urbano). A língua portuguesa já era familiar para o povo e muito mais fácil do que o idioma holandês. A religião católica era muito mais fácil de ser acolhida e era comunicada e explicada de forma mais simpatizante, enquanto o calvinismo holandês não era bem aceito.