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jesuítica. ➢ Literatura de viagens. Também chamada de literatura informativa, tem linguagem essencialmente descritiva. Um exemplo de ...
Tipologia: Exercícios
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“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos, narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.” [….] “Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha; outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meio e os dois nos cabos”.
A literatura jesuítica era composta de poemas, peças de teatro, cantos e narrativas; muitos foram escritos inclusive em tupi-guarani, com o intuito de converter o índio à fé católica. O padre José de Anchieta, o principal representante da literatura jesuítica, chegou ao Brasil em 1553, mas só ficou conhecido dez anos depois, quando foi preso e colocado em cativeiro por índios tamoios durante uma rebelião. Escreveu poemas líricos, autos teatrais e a primeira gramática do Brasil em língua tupi. Suas obras de maior destaque são: De Beata Virgine Dei Matre Maria, composta de 5.786 versos, escrita no período de cativeiro, e o Auto da festa de São Lourenço , que agrega a moral católica aos costumes indígenas e traz implícita a ideia da superioridade cultural e espiritual dos colonizadores em relação aos nativos, associando as falas em tupi ao “demônio” e as falas em português ao “anjo”, que personifica o Bem.
(Cena do martírio de São Lourenço) Cantam: Por Jesus, meu salvador, Que morre por meus pecados, Nestas brasas morro assado Com fogo do meu amor Bom Jesus, quando te vejo Na cruz, por mim flagelado, Eu por ti vivo e queimado Mil vezes morrer desejo Pois teu sangue redentor Lavou minha culpa humana, Arda eu pois nesta chama Com fogo do teu amor. O fogo do forte amor, Ah, meu Deus!, com que me amas Mais me consome que as chamas E brasas, com seu calor. Pois teu amor, pelo meu Tais prodígios consumou, Que eu, nas brasas onde estou, Morro de amor pelo teu.
Ir além ENEM: resumos, 1ª edição, São Paulo , FTD,
A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. Esse poema exemplifica o pensamento cristão que rondava a sociedade da época barroca, na qual o catolicismo e a instituição religiosa exercia grande poder.
A poesia lírico-amorosa do poeta exibe a figura de musas de maneira romanceada, comparada a elementos da natureza. Traz ainda sentimentos dúbios, onde o pecado e a culpa se mostram presentes. Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama a quem queria bem Ardor em firme Coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido: tu, que em um peito abrasas escondido; tu, que em um rosto corres desatado; quando fogo, em cristais aprisionado; quando cristal, em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente, se és neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente! Pois, para temperar a tirania, como quis que aqui fosse a neve ardente, permitiu parecesse a chama fria. Fonte: https://www.culturagenial.com/poemas-escolhidos-de- gregorio-de-matos/ “Goza, goza da flor da mocidade, Que o tempo trota a toda ligeireza, E imprime em toda flor sua pisada. Oh, não aguardes, que a madura idade Te converta essa flor, essa beleza, Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório de Matos)