Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Questionário unidade I - ead UNIP 2022.01, Provas de Sustentabilidade

Questionário unidade I desenvolvimento sustentável dc32

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 08/04/2022

marcelo-henrique-5ox
marcelo-henrique-5ox 🇧🇷

5

(2)

8 documentos

1 / 15

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Desenvolvimento
Sustentável
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Questionário unidade I - ead UNIP 2022.01 e outras Provas em PDF para Sustentabilidade, somente na Docsity!

Desenvolvimento

Sustentável

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Unidade I

1 A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA

A relação do homem com a natureza sempre aconteceu de forma bastante discrepante: de um lado, o homem, com toda a sua inteligência gananciosa, tentando alimentar os seus desejos de consumo e conforto; do outro, a natureza, com toda a sua exuberância e riqueza, fonte para todas as ações humanas. Em alguns casos, o homem tem que escolher entre sua sobrevivência e a preservação da natureza, como é o caso do agricultor que tira da terra o alimento que leva à mesa. Neste caso, fica o dilema: a natureza ou o homem?

Mas o que preocupa é o desenvolvimento sem limites protagonizado pelo homem em prol de seus objetivos próprios. Por muitos anos, esse foi o tipo de relação entre o homem e a natureza, até que esta passasse a dar sinal de alerta.

Felizmente esse tipo de pensamento foi modificado e, segundo Camargo (2004):

A ideia de um novo modelo de desenvolvimento para o século XXI, compatibilizando as dimensões econômica, social e ambiental, surgiu para resolver, como ponto de partida no plano conceitual, o velho dilema entre crescimento econômico e redução da miséria, de um lado, e preservação ambiental de outro. O conflito vinha, de fato, arrastando-se por mais de vinte anos, em hostilidade aberta contra o movimento ambientalista, enquanto este, por sua vez, encarava o desenvolvimento econômico como naturalmente lesivo e os empresários como seus agentes mais representativos.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Ao longo do processo (que, de acordo com alguns autores, registra-se até os nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.

Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

A partir da Revolução Industrial, o volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de salário.

Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a rendaper capita aumentasse sensivelmente) e, após, a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada, nunca antes vista. Por exemplo, entre 1500 e 1780, a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5; entre 1780 e 1880, ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.

A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.

Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no

Unidade I

campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres aglomeravam-se em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria, se comparadas às condições de vida dos camponeses que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.

O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.

Após a problemática relacionada ao homem x natureza, ocorreram conferências, agendas e leis importantes na tentativa de reverter os problemas causados e acima demonstrados, como:

A Rio-

Diante de tantas alterações no meio ambiente, somadas às ameaças de extinção de muitos recursos naturais atualmente utilizados pelo homem, autoridades (172 governos) e estudiosos do mundo inteiro reuniram-se, em 1992, no Rio de Janeiro, para a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida mundialmente como a “Conferência da Terra”. Ela se tornou, por sua singularidade, um marco na história da humanidade, cujos objetivos básicos giravam em torno da busca por um equilíbrio entre as necessidades ambientais, sociais e econômicas para gerações atuais e presentes.

Outro objetivo da Conferência era a construção de uma espécie de associação mundial que contemplasse os países desenvolvidos e em desenvolvimento para estudo e compreensão das questões ambientais, interesse e preocupação igualmente comum a todos. Governos e demais setores da sociedade civil também deveriam compor a referida associação.

Unidade I

A Agenda 21 representa um conjunto de requisitos recomendados para uma boa convivência da humanidade com o Planeta, e seus 40 capítulos estão divididos em quatro seções. A primeira trata de aspectos sociais e econômicos de desenvolvimento; a segunda, de aspectos ambientais e gerenciamento de recursos naturais; a terceira, do fortalecimento do papel dos principais grupos sociais; e a última, a respeito dos meios de implantação.

A água, realmente, é um recurso que precisa de muito respeito por parte do ser humano, já que, muitas vezes, claros exemplos de poluição acontecem por esvaziamentos de hidrocarbonetos ou outros elementos altamente contaminadores, usados na indústria. Aspectos contidos na Agenda 21 são de alta preocupação com respeito à preservação desse recurso, por ser escasso em várias partes do planeta, como em algumas cidades do Brasil, e necessária para o consumo e a geração de energia elétrica. A procura por alternativas de recursos renováveis que substituam as necessidades da água será uma forma de seguir o contido na Agenda 21.

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações (A Carta da Terra - preâmbulo).

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Agenda 21 brasileira

A elaboração da Agenda 21 brasileira foi obra do trabalho da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Essa comissão foi criada por decreto presidencial em 26 de fevereiro de 1997, conformada pelo Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério das Relações Exteriores, Presidência da República, Fórum Brasileiro das Ong´s e Movimentos Sociais, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Movimento Onda Azul, Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável e Universidade Federal de Minas Gerais. Teve como objetivo redefinir o desenvolvimento do país, adicionando o conceito de sustentabilidade, qualificando suas potencialidades e as vulnerabilidades do Brasil no quadro internacional (Bezerraet al., 2002).

Dentro das estratégias para gestão dos recursos naturais estabelecidas na Agenda 21 brasileira, está o estabelecimento de normas e regulamentação para o uso harmônico da energia e promoção de sistemas alternativos de geração energética, transferindo ao consumidor orientações e escolhas feitas nos planos técnicos e científicos. Essas normas são de responsabilidade dos gestores governamentais, por meio da criação de leis para promover o investimento de capitais privados em usinas alternativas, mediante mecanismos econômico-financeiros com incentivos fiscais e/ou econômicos e dar condições para a disseminação dessas tecnologias, suas vantagens, custos, facilidades e dificuldades na atualidade.

2 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SEUS CONCEITOS

2.1 Histórico e conceito de desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável é um dos temas mais discutidos neste momento em todo o mundo, seja pela

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ambiente. E, ao que tudo indica, essa forma “limpa” de obtenção de energia pode-se voltar muito mais competitiva, por conta das modernas tecnologias que possibilitam maiores economias de escala, desde que o homem vem explorando os recursos naturais: na época Pré-histórica, logo depois com a Revolução Industrial, chegando aos dias atuais.

As fontes renováveis, quando utilizadas para geração de energia, auxiliam na diminuição da exploração dos recursos esgotáveis ou não renováveis, pois realizam uma exploração mais harmônica; assim, com a exploração harmônica de fontes renováveis, pode-se cuidar de ecossistemas que são impactados negativamente por geração de substâncias poluentes emitidas no meio ambiente, no momento em que são transformados em energias úteis para o homem alguns recursos não renováveis, como petróleo, carvão e gás. As principais energias utilizadas pelo homem obtidas por exploração das fontes naturais são energia térmica, mecânica e elétrica, entre outras.

Os recursos não renováveis, além de estarem em processo de esgotamento, são os que mais impactos negativos trazem para a natureza, já que sua exploração exige tecnologias especiais para extração, em virtude das condições de obtenção cada vez mais remotas.

Seu transporte também costuma oferecer riscos extras, conforme pode ser visto no exemplo do petróleo. Depois de serem utilizados, são ainda esses recursos uma grande ameaça poluente, como é o caso dos resíduos radioativos.

Atualmente, os níveis de contaminação por poluentes trazem grande preocupação; por exemplo, segundo a World Energy Council, somente na geração de energia elétrica, as emissões de CO2 (quando se utilizam os seguintes recursos: o carvão natural — 980 g/Kwh; óleo combustível 818 g/Kwh e gás 430 g/Kwh aproximadamente) contribuem fortemente para o efeito estufa e para a destruição da camada de ozônio. Os níveis de emissões

Unidade I

de CO2 no plano mundial desde 1980, com uma projeção para 2020, estão descritos na tabela a seguir.

Tabela 1: Evolução da emissão de CO2 em milhões de toneladas no período 1980–

Anos Milhões de toneladas 1980 17. 1990 20. 2000 25. 2010 28. 2020 37. Fonte: Rocha; Rossi, 2003, p. 245.

Para que se possa alcançar o objetivo básico do desenvolvimento sustentável, é necessário que as questões ambientais estejam integralmente definidas, assim como a contemplação de utilização de outras políticas que auxiliem no alcance do mesmo.

Os órgãos e as autoridades públicas competentes precisam adotar as medidas mais adequadas para minimizar os efeitos negativos dos transportes no meio ambiente. Devem, igualmente, procurar uma melhoria na gestão dos recursos naturais, no combate à pobreza e à exclusão social.

Segundo Daniel Bertoli^1 ,

Esse conceito, que procura conciliar a necessidade de desenvolvimento econômico da sociedade com a promoção do desenvolvimento social e com o respeito ao meio ambiente, hoje é um tema indispensável na pauta de discussão das mais diversas organizações, e nos mais diferentes níveis de organização da sociedade, como nas discussões sobre o desenvolvimento dos municípios e das regiões, correntes no dia a dia de nossa sociedade. (^1) Disponível em <www.agenda21empresarial.com.br>.