História da Psicologia.
A história da psicologia é rica e multifacetada, refletindo as mudanças culturais, científicas e
filosóficas ao longo do tempo. Vamos explorar os principais períodos e correntes de forma
comentada:
1. Origens da Psicologia
Antiguidade: A psicologia tem raízes em filosofias antigas, como as de Platão e
Aristóteles, que refletiam sobre a natureza da alma e da mente. Platão via a alma como
imortal e a separava do corpo, enquanto Aristóteles considerava a alma como a forma
do corpo, enfatizando a interdependência. Essas visões estabeleciam uma base para
discussões posteriores sobre mente e comportamento.
Idade Média: O pensamento psicológico foi influenciado pela teologia. Filósofos como
Santo Agostinho e Tomás de Aquino exploraram a relação entre fé, razão e a natureza
humana. A psicologia nessa época estava fortemente ligada à religião, limitando a
investigação empírica.
2. Renascimento e Iluminismo
Renascimento: O renascimento trouxe uma nova valorização do ser humano e do
raciocínio crítico. Filósofos como René Descartes introduziram o dualismo, separando
mente e corpo, o que gerou debates sobre a interação entre os dois.
Iluminismo: O iluminismo impulsionou o empirismo. Filósofos como John Locke e
David Hume argumentaram que o conhecimento vem da experiência. Essa ênfase na
observação e na razão abriu caminho para a psicologia como uma ciência.
3. Psicologia como Ciência
Wilhelm Wundt (século XIX): Considerado o "pai da psicologia moderna", Wundt
fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1879, na Alemanha. Ele
buscava entender a consciência através da introspecção, um método que envolvia a
auto-observação dos pensamentos e sentimentos.
Psicologia Estruturalista: A abordagem estruturalista, desenvolvida por Edward
Titchener, focava na decomposição da experiência consciente em seus elementos
fundamentais. Essa metodologia teve impacto na pesquisa, mas foi criticada por sua
subjetividade.
4. Desenvolvimentos no Século XX
Psicanálise: Sigmund Freud revolucionou a psicologia ao introduzir a psicanálise, que
enfatizava o inconsciente, os sonhos e a importância da infância na formação da
personalidade. Suas teorias geraram tanto adesões quanto críticas, mas deixaram uma
marca indelével na cultura e na psicologia.
Behaviorismo: No início do século XX, o behaviorismo, liderado por figuras como John
B. Watson e B.F. Skinner, propôs que a psicologia deveria se concentrar no
comportamento observável, em vez de nos processos mentais. Essa abordagem
enfatizou o papel do ambiente no condicionamento e aprendizado, e se tornou
dominante por várias décadas.
