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O filme mostra dois momentos distintos no tempo: o Brasil do século XIX e o Brasil atual. No começo do século é retratado várias passagens sobre a escravidão no Brasil. No Brasil atual o filme conta a história de uma Organização Não Governamental que desvia dinheiro público através de superfaturamento de computadores que seriam utilizados em alguma periferia. O filme mostra dois desfechos possíveis, retratando fielmente a realidade do Brasil atual, conseqüência de um passado de escravismo.
Tipologia: Notas de estudo
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Professor: Marielson Carvalho
Título do Filme: Quanto vale ou é por quilo?
Atores/as principais: Ana Carbatti, Cláudia Mello, Herson Capri, Caco Ciocler, Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Bárbara Paz, Joana Fomm, Zezé Motta, Antônio Abujamra , Caio Blat , Milton Gonçalves
Direção: Sérgio Bianchi
País/Ano de produção: Brasil - 2005
Duração/Gênero : 110 min - Drama
Destaques:
A propaganda da ONG, refeita para mostrar a idéia de crianças felizes e não retratar a miséria existente. É importante, pois mostra o poder da mídia para convencer o grande público do que interessa a minoria privilegiada.
A cena em que mostra as “vantagens” de se colocar a máscara de ferro no escravo. A explicação de que a utilização da máscara nos escravos era vantajosa para tirar o vício do álcool e, assim, evitar o furto é uma clara mostra de como se tentava justificar as ações perversas e as torturas impostas.
As cenas em que a patroa aproxima-se da escrava e combina sua compra e, na atualidade, a patroa que custeia o casamento da sobrinha para “ajudar” a funcionária. As duas cenas demonstram claramente como a pessoa com mais educação e conhecimento pode se aproveitar da pessoa mais ignorante, explorando a relação construída e “maquiando” seus interesses pessoais como uma relação
Breve explicação das conclusões do autor:
Com a possibilidade de dois finais diferentes para o filme, o autor mostra claramente a ambigüidade em que vivemos em nosso dia a dia. A escolha entre o correto e, muitas vezes, prejudicial as nossas vidas e entre o errado, antiético, mas, muitas vezes, lucrativo caminho. Desta forma, conseguimos entender melhor nossa realidade, que não é feita de escolhas lineares, mas de possibilidades muitas vezes tortuosas.
A escolha do diretor do filme em fazer um paralelo entre o passado escravagista do Brasil e a nossa realidade atual foi muito feliz, pois ele consegue mostrar as semelhanças existentes entre os dois períodos no tempo e também nos mostra que a corrupção, a exploração dos menos favorecidos e a ignorância são frutos de nossa história recente. Por retratar tão bem estes aspectos de nossa sociedade, o filme torna-se quase um documentário, pois podemos imaginar em várias pessoas de nossa realidade que se encaixariam nos papéis retratados. A escolha em se utilizar dados do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro também contribui para essa “sensação” de documentário. Mostrar essa face de nossa sociedade tão cruamente, suas corrupções, desmandos, covardias, ignorâncias e situações que nos obrigam a tomar caminhos, muitas vezes contrários ao nosso senso ético e de caráter torna o filme uma importante ferramenta de esclarecimento e conhecimento. O filme alerta para questões que parecem ter ficado no passado, mas que ainda existem atualmente, como a luta pelos direitos democráticos, a discriminação contra negros e pobres, o desrespeito, a lavagem de dinheiro, a corrupção, dentre outros. O que mudou foi a roupagem, o opressor é o mesmo. Sendo assim, este é um excelente filme para ser trabalhado em sala de aula, possibilitará o desenvolvimento crítico e reflexivo dos alunos. E este é o maior mérito do filme, permitir-nos conhecer melhor nossa história, reconhecer os erros cometidos no passado e em nossa atualidade, nos alertar para o dano que o marketing e a propaganda, quando mal utilizados, podem nos causar e, quem sabe, nos ajudar a alterar nosso futuro.