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A importância da qualidade de vida e saúde mental no trabalho, explorando conceitos, história e abordagens para promover um ambiente de trabalho saudável e positivo. O texto discute a evolução do trabalho, desde as relações de produção capitalistas até as necessidades contemporâneas de bem-estar e auto-realização. Aborda também a importância de práticas que promovam a saúde mental dos trabalhadores, como a criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável, a valorização do capital intelectual e a oferta de oportunidades de crescimento.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Para se falar de qualidade de vida e da saúde mental no trabalho, primeiro é importante se falar de alguns conteúdos importantes, como o conceito e o desenvolvimento do trabalho, entre outros assuntos que estão englobados neste tema.
O trabalho é uma atividade típica da espécie humana, própria da nossa constituição social. É a atividade de transformação onde, ao mesmo tempo em que o homem transforma a natureza ele também se transforma. É o elemento que estrutura a organização da sociedade, sendo a categoria mais objetiva para desvendar as relações humanas no tecido social.
O trabalho é uma das possibilidades para satisfazer as necessidades humanas, já que por meio dele conseguimos dinheiro para alimentação (necessidade fisiológica) e para moradia (necessidade de segurança), por exemplo. Dentro de uma organização, o comportamento humano tende a se caracterizar por determinados padrões, conforme a estruturação do trabalho, variando de pessoa para pessoa.
As dimensões do trabalho O trabalho é um fenômeno de natureza complexa por possuir aspectos distintos, como técnico, fisiológico, moral e social. O trabalho afeta nossa vida de várias formas, e é isso que veremos a seguir.
Dimensão técnica É a técnica dos profissionais especializados nas funções que exercem e das condições ou meio material em que a atividade é exercida (luz, umidade, ruídos etc.). Foi, por muito tempo, o único foco de atenção das empresas para a organização do trabalho.
Dimensão fisiológica Refere-se à constituição física do trabalhador. São as reações físicas referentes ao funcionamento dos sistemas muscular, respiratório e outros. A dimensão fisiológica é condicionada pela dimensão técnica da atividade de trabalho
Dimensão moral Refere-se à constituição psíquica do homem, ao seu exercício mental e à sua atitude emocional. Nossos pensamentos relacionados à nossa atividade profissional são a dimensão moral do trabalho
Dimensão social São os fenômenos psicossociais decorrentes das relações interpessoais entre os indivíduos e entre os grupos a que pertencem, tanto dentro quanto fora de uma organização.
O trabalho também se divide em algumas outras dimensões, sendo elas, concreta, gerencial, socioeconômica, ideológica e simbólica.
Dimensão concreta Refere-se à tecnologia com a qual se pode contar para realizar o trabalho, e às condições materiais e/ou ambientais em que se realiza, incluindo segurança física e conforto.
Dimensão gerencial Refere-se ao modo pelo qual o trabalho é gerido, segundo o exercício das funções de planejar, organizar (dividir e distribuir tarefas), dirigir e controlar o mesmo.
Dimensão socioeconômica Abrange a articulação entre o modo de realizar o trabalho e as estruturas sociais, econômicas e políticas em plano macro da sociedade, incluindo aí aspectos como o ritmo de crescimento econômico societal, a prosperidade de um setor econômico, a renda média, o conflito distributivo, o nível de oferta de emprego, a força de trabalho e outros aspectos sociodemográficos.
Dimensão ideológica Consiste no discurso elaborado e articulado sobre o trabalho, no nível coletivo e societal, justificando o entrelaçamento das demais dimensões e, especialmente, as
O trabalho é definido por Karl Marx como a atividade sobre a qual o ser humano emprega sua força para produzir os meios para o seu sustento.
Ao olharmos para períodos históricos anteriores ao nosso – o período medieval, por exemplo – , vemos que o trabalho rural era a principal forma de labor do período. A produção de alimentos ou de outros bens de consumo estava relacionada com a necessidade daqueles que o produziam. Isso quer dizer que o homem agrário não produzia em função de lucro ou de moeda corrente, mas para consumo próprio. O comércio reduzia-se a formas rudimentares de troca de produtos produzidos por outros trabalhadores, assim, o trabalhador mantinha contato direto com o que produzia. Tratava-se de uma relação próxima entre produto, produção e consumo. A relação entre trabalho e subsistência, ou sobrevivência, era íntima e direta. Foi por essa razão que Marx definiu a força de trabalho como o bem “inalienável” do ser humano. A partir dessa perspectiva, o trabalho seria o bem mais importante do homem e aliená-lo, isto é, transferir o direito de proveito dos frutos desse trabalho para outra pessoa, seria o mesmo que alienar o direito à própria vida.
Com a Revolução Industrial, houve uma grande mudança nas relações sociais e nas relações de trabalho do indivíduo, que até então vivia ligado diretamente à terra. O surgimento das cidades e o eventual êxodo rural deslocaram o indivíduo que dependia da terra para a sua sobrevivência para os centros urbanos. Segundo Marx, como esse novo homem urbano perdeu seu acesso à terra, surgiu uma classe de trabalhadores que deveria vender sua força de trabalho.
Relações de produção capitalistas e pré-capitalistas
Para Marx, existe uma diferença histórica entre as relações de produção capitalistas e as relações de produção pré-capitalistas. A forma de produção capitalista caracteriza-se pela impessoalidade do trabalhador com o que produz, isto é, ele não possui nenhum envolvimento pessoal com o que está produzindo, pois não encabeça todo o processo de produção. Nas relações de produção pré-capitalistas, o produto do trabalho estava intimamente associado ao trabalhador, que era o mentor de toda a cadeia produtiva. Essa diferença, segundo Marx, é a que rege as relações de trabalho dentro de uma sociedade capitalista, na qual o trabalhador que não dispõe dos meios de produção para produzir o que necessita para sobreviver passa a vender a única “mercadoria” que tem: sua força de trabalho.
Essa nova forma de se relacionar com o trabalho transforma as relações sociais em todos os aspectos. O sujeito, antes intimamente ligado ao seu labor, agora se vê desconectado do que produz, nunca colhendo os frutos de seu trabalho. Esse trabalho, por sua vez, agora é comprado por um salário, que, na maior parte das vezes, é suficiente apenas para que se mantenha vivo.
De acordo com Marx, capital e trabalho apresentam um movimento constituído de três momentos fundamentais:
Primeiro, “a unidade imediata e mediata de ambos”; significa que num primeiro momento estão unidos, separam-se depois e tornam-se estranhos um ao outro, mas sustentando-se reciprocamente e promovendo-se um ao outro como condições positivas;
Em segundo lugar, “a oposição de ambos”, já que se excluem reciprocamente e o operário conhece o capitalista como a negação da sua existência e vice-versa;
Em terceiro e último lugar, “a oposição de cada um contra si mesmo”, já que o capital é simultaneamente ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo trabalho (acumulado); e o trabalho, por sua vez, é ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo mercadoria, isto é, capital.
Marx entende-se por capital qualquer bem que possa ser investido para gerar mais lucro
ATENÇÃO
É dessa forma, portanto, que se relacionam capital, trabalho e alienação, promovendo a coisificação ou reificação do mundo, isto é, tornando-o objetivo, sendo que suas regras devem ser seguidas passivamente pelos seus componentes. A tomada de consciência de classe e a revolução são as únicas formas para a transformação social.
Adam Smith
Adam Smith é autor de duas teses inovadoras em sua época. A primeira a de que o trabalho está na base da produção da riqueza. Num período histórico hegemonizada pelas teorias do mercantilismo e da fisiocracia, a afirmação reorganizou o pensamento da economia política, particularmente da teoria valor que passou a ser adotada por autores como Ricardo e Marx.
A segunda tese, essa mais ousada, a de que o vínculo social não é resultante de um pacto social, mas produto de uma harmonia não intencional de interesses. Essa tese rompe com os contratualistas – Hobbes, Locke e Rousseau – que preconizavam a existência de uma instituição forte – Estado – para controlar, organizar e proteger a vida social. Adam Smith vai por outro caminho, considera que se pode estabelecer relações de convivialidade a partir das relações de troca.
O ponto de partida da teoria de Adam Smith foi enfatizado da seguinte maneira: O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Assim, Smith afirmou que o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano.
Mais-valia relativa configura- se quando o dono do capital consegue aumentar a capitação de excedente de produção mediante o avanço tecnológico
ATENÇÃO
Smith conclui que o valor do produto era a soma de três componentes: o salário, os lucros e os aluguéis.
Como os lucros e os aluguéis tem que ser somado aos salários para a determinação dos preços, onde a teoria dos preços de Smith foi chamada de teoria da soma. Uma mera soma dos três componentes básicos para o preço.
Smith estabeleceu distinção entre preço de mercado e preço natural. O preço de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria e era determinado pelas forças da oferta e da procura. O preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura.
Havia uma relação entre esses dois preços que era: o preço natural era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura.
Max Weber
Defendia que a sociedade, mesmo sendo composta de partes, pode ser afetada pelas ações individuais. Além disso, percebeu uma nítida diferença entre a divisão social do trabalho entre Católicos e Protestantes.
Os protestantes eram austeros e valorizavam o trabalho, além de possuírem uma doutrina religiosa mais alinhada ao Capitalismo. Isso culminou na tendência ao empreendedorismo, típica nas sociedades protestantes.
Outro fator primordial em Weber é sua visão da Burocracia enquanto modo racional da divisão do trabalho. Nela, os cargos ocupados por um burocrata com funções e atribuições específicas, são subordinadas a outro cargo mais elevado, onde se dá a distinção social no trabalho.
Princípios da Administração Científica
Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração científica:
Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.
Henri Fayol
Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Foi considerado o primeiro autor que pensou realmente em gestão porque focou na organização estrutural das empresas e por ter vivido na época da Revolução Industrial sofreu a influencia desse movimento o que facilitou o desenvolvimento de sua teoria. Fayol, foi um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, foi fundador da Teoria Clássica da Administração e autor do livro "Administração Industrial Geral". Esta obra trouxe ideias importantes, pois Fayol busca interpretar as funções e obrigações de um administrador quando dirige uma empresa. Ele diz que a administração é muito importante e diz que ela deveria fazer parte do currículo de varias faculdades da época. Fayol mostra a importância da divisão do trabalho em todos os níveis e a divisão de funções de um administrador.
Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor:
1 - Divisão do trabalho Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. 2 - Autoridade e responsabilidade Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. 3 - Unidade de comando Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. 4 - Unidade de direção O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 5 - Disciplina Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
6 - Prevalência dos interesses gerais Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.
7 - Remuneração Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.
8 - Centralização
Henry Ford
Criou o Fordismo, cuja principal característica é a fabricação em massa. Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de automóvel, projetando um sistema baseado numa linha de montagem.
O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender para o maior número possível de consumidores. Desta forma, dentro deste sistema de produção, uma esteira rolante conduzia a produto, no caso da Ford os automóveis, e cada funcionário executava uma pequena etapa. Logo, os funcionários não precisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção. Também não era necessária utilização de mão de obra muito capacitada, pois cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção.
O fordismo foi o sistema de produção que mais se desenvolveu no século XX, sendo responsável pela produção em massa de mercadorias das mais diversas espécies.
Enquanto para os empresários o fordismo foi muito positivo, para os trabalhadores ele gerou alguns problemas como, por exemplo, trabalho repetitivo e desgastante, além da falta de visão geral sobre todas as etapas de produção e baixa qualificação profissional. O sistema também se baseava no pagamento de baixos salários como forma de reduzir custos de produção.
Na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o surgimento de um novo sistema de produção mais eficiente. O Toyotismo, surgido no Japão, seguia um
sistema enxuto de produção, aumentando a produção, reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e eficiência no sistema produtivo.
Eiji Toyoda e Taiichi Ohno
Os principais autores do toyotismo, no qual é um modelo de produção industrial que visa o princípio da acumulação flexível, evitando principalmente os desperdícios ao longo do processo.
Tendo como filosofia a “completa eliminação de todos os desperdícios”, o conceito de Toyotismo se baseia na produção por necessidade, ou seja, produz determinado produto de acordo com a demanda do mercado.
O Toyotismo se popularizou e se espalhou por várias regiões do mundo a partir da década de 1970, impulsionado principalmente pelo surgimento do neoliberalismo, quando o sistema capitalista começava a buscar novas formas de produção.
Características do Toyotismo
Ganhou força graças à necessidade dos ideais neoliberais que surgiam no mundo. Sistema flexível de mecanização, ou seja, não há desperdícios ou muitos produtos armazenados em estoques. Funcionários qualificados e multifuncionais, treinados para atuarem em várias etapas diferentes do processo de produção. Utilização do controle visual para acompanhar e controlar todas as etapas de produção (método Kanban). Qualidade total; todas as etapas do processo de produção deviam passar por um rigoroso sistema de controle de qualidade. Just in Time – sistema que auxilia a diminuição dos desperdícios, pois os produtos são produzidos no tempo necessário e com a quantidade necessária para atender o mercado. Implantação de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências do público consumidor.
Mediante o que foi estudado ate aqui, percebe-se que o trabalho que deveria ser humanizador, torna-se um trabalho alienante, explorador, humilhante, monótono, discriminante, embrutecedor e submisso.
baseada na informática, automação e modernização da comunicação, diminuição dos quadros de pessoal e maior circulação do seu pessoal entre cargos e filiais.
Em síntese com o surgimento do capitalismo engendrou-se uma concepção do trabalho que o exalta como central na vida das pessoas, como o único meio digno de ganhar a vida, independente do seu conteúdo. Segundo esta ótica, trabalhar duro conduz ao sucesso econômico.
Como a realidade do trabalho concreto na qual engendrou-se tal concepção era extremamente adversa, apesar da atratividade que a fábrica e/ou a oficina representava em relação ao campo, ou da extrema falta de meios de sobrevivência, esta concepção precisou do apoio do protestantismo e depois da administração clássica para chegar a sua exaltação.
A mesma realidade que engendrou aquela concepção do capitalismo tradicional também nutriu os movimentos que lhe ofereciam resistência. Surge, entre essas tendências, a concepção marxista, que analisa o trabalho sob o capitalismo criticando sua mercantilização, bem como elucidando características como alienação, monotonia, repetição, embrutecimento, submissão, humilhação e exploração. A concepção marxista reivindicava um trabalho no qual se pudesse produzir a própria condição humana.
A concepção implícita de trabalho atribuía uma centralidade relativamente menor, posto que o consumo ganhava importância e o trabalho lhe sendo uma mercadoria, era importante porque se constituía em um meio de garantia do consumo. Aquelas características do trabalho, já presentes no capitalismo tradicional e decorrentes da organização da produção (por exemplo, parcelamento segundo as mínimas operações componentes, empobrecimento do conteúdo, etc.), foram exarcebadas; porém, a obtenção do sucesso econômico passou a ser explicada de maneira mais complexa sendo o esforço apenas um dos aspectos relevantes. Estabelecia uma troca entre trabalho esvaziado de conteúdo, mas estimulado pelo reforços socioeconômicos. Cabia então às empresas o gerenciamento dessa situação, sob regulação do Estado (concepção gerencialista).
É importante entender que o indivíduo tem sentimentos, emoções e experiências fora do trabalho que exercem influência sobre o si. Além disso, o trabalhador tem expectativas e necessidades em relação ao trabalho que se não
sanadas, influenciam no seu bom desempenho. Ao contrário do que já foi muito pensado, a remuneração não é o mais importante e tampouco os indivíduos trabalham exclusivamente para obtê-la. Como forma de se pensar a respeito das pessoas, trabalho e organização, de modo geral e abrangente buscou-se ampliar e proporcionar a qualidade de vida no trabalho.
Qualidade de vida é algo que está ligado diretamente à felicidade e a satisfação de uma pessoa. Buscamos aquilo que nos faz bem, que nos traz sensação de bem-estar. Escolhemos um hobby e atividades que nos agradam, como estar com a família, um jantar com os amigos, passeio com o cachorro, uma atividade física. Tudo isso em busca da felicidade.
Ao optarmos por uma profissão, também estamos em busca de qualidade de vida, imaginamos que o desempenho nela e os resultados obtidos nos oferecerão os subsídios para estarmos felizes e atingirmos a satisfação que almejamos.
Como passamos boa parte de nossas vidas nos dedicando a uma atividade profissional, a qualidade de vida no trabalho também é importante para alcançarmos a realização plena. Ela implica em uma série de fatores, que devem partir tanto do profissional como da organização. Está ligada a ações que a organização deve implementar para contribuir para o pleno desenvolvimento das atividades e, também, ao desempenho e comprometimento do profissional.
Nesse sentido, empresas devem oferecer infraestrutura, equipamentos, saúde, alimentação, respeito, reconhecimento etc. Do outro lado, profissionais devem estar engajados, preparados e empenhados para contribuírem, de forma significativa, para o alcance dos resultados.
A qualidade de vida no trabalho afeta atitudes pessoais e comportamentos relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudança.
ATENÇÃO