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Tipologia: Esquemas
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Ionara Layanne Amorim Rosa
A educação afetiva apresenta-se como um grande diferencial na construção de uma escola a partir do respeito, compreensão, moral e autonomia de ideias. Uma vez que se pretendem capacitar sujeitos críticos, honestos e responsáveis, o desenvolvimento afetivo é fundamental para qualquer indivíduo. Com isso, a afetividade contribui para o desenvolvimento da aprendizagem de forma crítica e autônoma, pois a afetividade não se resume só em manifestações de carinho físico, mas principalmente em uma preparação de natureza cognitiva. É fato que a necessidade de aprender é algo inerente ao ser humano, todo indivíduo desde pequeno sente necessidade de demonstrar o que sabe fazer e o que é capaz de aprender. E a partir dessa necessidade caberá a escola, família estimular e possibilitar o desenvolvimento integral criança. É imprescindível o papel do adulto mediante o desenvolvimento infantil, de forma que proporcione vivências diferenciadas e enriquecedoras a fim de que as crianças fortaleçam sua auto- estima e consequentemente desenvolvam suas capacidades. A educação infantil é uma das mais complexas fases do desenvolvimento humano no que diz respeito aos aspectos de desenvolvimento intelectual, emocional, social e motor da criança e, por tal motivo essa modalidade exige o máximo de atenção e preocupação por parte das instituições escolares e possam ofertar um atendimento pedagógico de qualidade, onde os ensinantes e todos profissionais da educação tenham a consciência e sensibilidade que será na educação básica os primeiros caminhos de formação e socialização da criança fora do ambiente familiar e a escola precisa disponibilizar condições básicas nas quais as crianças sintam-se seguras, protegidas e acolhidas. A escola que, até então, tinha apenas como finalidade transmitir o conhecimento, passa a ter uma nova finalidade, de difundir o conhecimento com afetividade, pois a criança que vem para escola deseja antes do conhecimento, receber atenção, carinho, respeito e afeto dos professores que lá se encontram. Um ambiente de afetividade, carinho e respeito contribuem de forma mais eficiente para a formação do ser humano na sua totalidade tornando sua vida mais harmoniosa com seus semelhantes. E vale salientar que é da família o papel de maior relevância para a formação da personalidade da criança. Família presente e afetiva contribui com a escola no crescimento individual e no senso coletivo do aprendente. A afetividade é um dos fatores que colaboram para o sucesso do processo de ensino aprendizagem. O professor que atua neste âmbito deve buscar constantemente estratégias de intervenção psicopedagógica para favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças que
se encontram na educação infantil. O educador através da afetividade e da empatia precisa conquistar o aluno para depois passar o conhecimento necessário, pois o que marcará na memória da criança será o que foi feito com amor e carinho. É importante que o ensinante se aproxime do aprendente, se mostre amigo e traga segurança junto ao ambiente onde ocorre a aprendizagem. A construção do conhecimento deve se dar com a mediação do educador e a participação do aluno e família. O educador, através da afetividade e da empatia, precisa conquistar o aluno para depois passar o conhecimento necessário, pois o que ficará registrado na memória da criança será o que foi realizado com amor e carinho. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar e compreender a importância da afetividade na melhoria do processo de ensino-aprendizagem na educação infantil e como objetivos específicos em buscar nas principais obras educacionais e pedagógicas como as de Piaget, Vygotsky e Wallon referências teóricas sobre afetividade no processo de desenvolvimento da aprendizagem e elencar contribuições positivas da relação afetiva entre ensinante e aprendente para o processo de aprendizagem. A metodologia utilizada caracteriza- se por uma pesquisa bibliográfica. Em nossa pesquisa procuramos compreender e refletir acerca da importância da afetividade para melhoria da aprendizagem, elencando contribuições positivas da relação afetiva entre ensinante e aprendente no processo de ensino e aprendizagem a partir dos teóricos estudados. Esperamos com o nosso estudo contribuir com todos os profissionais que lidam com a aprendizagem da criança, mostrando como a afetividade pode influenciar positivamente no processo de aprendizagem, pois acreditamos que a escola deve proporcionar um espaço de reflexão sobre a vida do aluno como um todo, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e transformadora. Esse processo não deveria dissociar-se da afetividade
[...] pela impossibilidade de observação direta, a aprendizagem é constatada e estudada de maneira indireta ela é estudada de maneira indireta. Ela é estudada através dos efeitos que ela causa no comportamento. Para conceituar aprendizagem, portanto, é preciso analisar as suas consequências sobre a conduta. Dessa maneira a aprendizagem é vista como um processo de mudança de comportamento obtido por meio da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais resultantes da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente em que se vive, levando em consideração os conceitos culturais que o grupo social conhece e considera correto. É então, o resultado das experiências anteriormente adquiridas, visto que cada experiência acrescenta aos indivíduos novos saberes e são justamente esses saberes que trazem mudanças de comportamento. Se antes de aprender o indivíduo agia de forma incorreta, agora, com a aprendizagem, irá agir de forma diferente, demonstrando que aprendeu. A aprendizagem tem como característica ser um processo contínuo na vida dos indivíduos, no qual cada um de acordo com suas particularidades e com todo o contexto e oportunidades que lhe são oferecidas. De acordo com a abordagem histórico-cultural á aprendizagem é fruto da interação com o outro. Nesta perspectiva, outro aspecto que está relacionado com aprendizagem seriam as funções psicológicas superiores, onde as mesmas se desenvolvem mediante á aquisição de conhecimentos transmitidos historicamente por meio da mediação dos indivíduos com mais desenvolvimento de cultura por intermédio da interação social e pela utilização de signos. Sendo essas funções são características próprias dos seres humanos, resultantes da estimulação dentro do contexto sócio-cultural. No ambiente da sala de aula ocorrem a troca de experiências, as discussões, interação entre os alunos e as relações afetivas entre ensinante e aprendente. Nesse ambiente o educador observa seus educandos, identifica suas conquistas e suas dificuldades e os conhece cada vez melhor. O espaço de sala de aula deve ser um ambiente cooperativo e motivador, de modo a favorecer o desenvolvimento da criança, a relação ensinante-aprendente, por ser de natureza antagônica, oferece riquíssimas possibilidades de crescimento. O processo de ensino-aprendizagem está diretamente ligado á construção do indivíduo como um todo, pois as experiências em determinados momentos seja no universo, escolar, familiar reflete diretamente no desenvolvimento do ser humano. Uma vez que a construção do real ocorre por intermédio de informações e desafios que o mundo o proporciona e o aspecto afetivo ocorre em todos estes momentos.
Segundo o dicionário Aurélio (1994) afetividade é uma palavra feminina e está definida como: conjuntos de fenômenos sobre a forma de emoções, sentimentos, e paixões acompanhados de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. De acordo com a pedagoga Ana Rita Silva Almeida (2005), afetividade é um conceito amplo, integra relações afetivas como a emoção (medo, cólera, alegria, tristeza), a paixão e o sentimento, inerentes ao processo ensino-aprendizagem. O ensino é um movimento liderado e coordenado por um profissional, ou seja, o professor que intervém e media o conhecimento. Aprendizagem é a consequência da intervenção e da mediação do professor, resultando na apropriação dos aprendentes, dos conhecimentos, habilidades e atitudes que depois de internalizados serão socializados. Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do aprendente, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida. O ingresso da criança na escola representa o primeiro afastamento da família e a maioria das vezes as crianças ainda não estão preparadas. Sendo assim o afeto do professor será de grande relevância para mediar na interação desta criança com o ambiente. É de extrema importância que a criança sinta-se bem acolhida e gradativamente passe a compreender que o afastamento é um processo natural e que consequentemente comece a criar dentro de si a noção de responsabilidade. Piaget (1976) certifica que a criança no início de sua vida não tem consciência do próprio eu e vive num processo de diferenciação. Assim, a afetividade está basicamente centrada em seu próprio corpo e em suas próprias ações. Quando toma consciência de si suas relações tornam-se objetais, e outro torna objeto de afeto. E com o passar do tempo ocorrerá os sentimentos espontâneos, que nascem das trocas entre as pessoas. Haverá simpatia em relação ás pessoas que respondem aos interesses da criança e que a valorizam. Podendo ocorrer também antipatias. De acordo com o crescimento da criança, as crises emotivas vão reduzindo, e aquelas cenas tão comuns na infância vão sendo controladas pela razão num trabalho de desenvolvimento da pessoa. As emoções são subordinadas ao controle das funções psíquicas superiores, da razão. E na tentativa de organizar seus conhecimentos adquiridos até então a criança volta-se naturalmente ao mundo real, predominando a função cognitiva. Logo, todo processo de educação influencia na constituição do sujeito. A criança independentemente do ambiente na qual esteja inserida, seja casa, escola ela está se constituindo como ser sujeito, conseqüência da sua vivência com o outro. E através de informações, indagações sobre as coisas do mundo resultam na construção do real e o aspecto afetivo faz parte de todo esse processo.
Segundo Vygotsky, existe a Zona de Desenvolvimento Proximal, que se refere a distancia entre nível de desenvolvimento atual e o nível potencial do desenvolvimento. A concepção de Mediação enfatiza a construção do conhecimento como fruto de uma interação oriunda da intervenção oriunda por várias relações. A linguagem representa uma grande importância para a evolução humana. É por meio dela que criamos conceitos, formas de organização do real, a mediação entre sujeito e o objeto do conhecimento. Na cultura que é fornecido ao ser humano os sistemas simbólicos de representação da realidade, que estão em constante progresso de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significações. Para o funcionamento do psicológico, o desenvolvimento do processo de internalização que envolve uma atividade externa que deve ser modificada para se tornar uma atividade interna, é interpessoal e se torna interpessoal. A interação social se dá no pensamento, memória, percepção e atenção. A motivação, a necessidade, impulso, emoção e afeto, parte através do pensamento. Outra importância da relação ensino-aprendizagem no aspecto emocional se dá através do que Vygotsky classifica como influência da educação no sentimento. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais o pensamento, devemos fazer com que as atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência e a pesquisa têm mostrado que um fato impregnado de emoção é recordado mais sólido, firme e prolongado que um feito indiferente. Cada vez que comunicarem algo ao aluno tente afetar seu sentimento. A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento (VYGOTSKY, 1994, p.56). Mediante embasamento de Vygotsky que diz que a emoção e o sentimento são fatores determinantes no desenvolvimento cognitivo, podemos concluir que a instituição escolar é onde a intervenção pedagógica interacional desencadeia o processo ensino-aprendizagem.
2.2.2 Desenvolvimento Cognitivo Segundo Piaget
Para compreender o tema afetividade de forma ampla é necessário entender a perspectiva de afetividade e a teoria de desenvolvimento cognitivo de acordo com Jean Piaget. Segundo Piaget (1976, p.16) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência.
[...]vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valorização. Assim é que não se poderia raciocinar, inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão. De acordo com a citação acima, sem afeto então, não há interesse, necessidade e motivação pela aprendizagem, não há também questionamentos, e sem eles, não há desenvolvimento mental. Afetividade e cognição se complementam e uma dá suporte ao desenvolvimento da outra. Piaget desenvolveu estudos científicos em diversos campos como a psicologia do desenvolvimento, epistemologia genética e a teoria cognitiva.
O indivíduo tende a um equilíbrio, que está relacionado a um comportamento adaptativo em relação á natureza, que por sua vez sugere um sujeito de características biológicas inegáveis, as quais são fonte de construção da inteligência. O desenvolvimento é caracterizado por um processo de sucessivas equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue até a maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico: com este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio (PIAGET, 1976, p.13) Esse desenvolvimento apesar de contínuo é caracterizado por determinadas formas de pensar e agir em diferentes idades, formas que o autor denominou estágios e refletem os diferentes modos de a criança pensar ao longo de sua vida. Segundo Piaget, o desenvolvimento passa por quatro diferentes estágios: O sensório motor seria o primeiro estágio que vai de (0 a 2 anos aproximadamente), a criança procura observar os objetos que a rodeia e passa a ter controle motor, adquirindo conhecimentos empíricos que são controlados por informações sensoriais imediatas. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica. A inteligência é trabalhada por meio de percepções e ações, como o deslocamento do próprio corpo. A linguagem começa por repetição de sílabas e vai até as palavras que na são frases, mas indicadores de ações já que não representa mentalmente os objetos. A criança nessa fase reage a isolamento e indiferença quanto a sua conduta social, pois ela credita que o mundo é apenas ela mesma. O segundo estágio o pré-operatório (2 a 7 anos aproximadamente) , a criança procura desenvolver a habilidade verbal. Aqui, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, embora ainda não consiga coordenar operações fundamentais. De dois a quatro anos a criança vive o período simbólico, ou seja, a função semiótica permite o surgimento da imitação, linguagem, dramatização, desenho, etc., criando imagens mentais na ausência do objeto ou da ação. É conhecido também como o período da fantasia e do jogo simbólico. A linguagem está no nível de monólogo. Todas as crianças falam ao mesmo tempo sem ter uma linearidade com o que outro está dizendo. Piaget denomina algumas expressões verbais delas como nominalismo (nomear objetos que ainda não saibam o nome), egocentrismo e superdeterminação (teimosia). Dos quatro a oito anos as crianças vivem o período intuitivo que é marcado pelo desejo de explicação dos fenômenos, onde “os por quês” são freqüentes. Aqui elas já distinguem a fantasia do real. O terceiro estágio ele define operatório concreto (7 a 11 anos aproximadamente), as crianças começam a lidar com conceitos abstratos e é caracterizado por uma constante habilidade de solucionar problemas concretos e por uma lógica interna. O sujeito já é capaz de organizar o mundo da forma lógica ou operatória. Nesse momento as crianças formam grupos, círculos de amizades, compreendendo regras e estabelecem compromissos. Mas discutir pontos de vista e chegar a um senso comum só será possível na fase seguinte. E o quarto estágio o operatório formal (aproximadamente a partir dos 12 anos), a criança inicia transição para o modo de pensar do adulto, sendo capaz de refletir sobre idéias abstratas e
O segundo estágio que se refere ao sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) onde a criança já distingue o espaço físico ao seu redor, através do ato de sentar, indicar,mostrar, e pela expressão da fala. O terceiro estágio é o do personalismo (3 a 6 anos), que tem como característica o momento no qual a criança passa a se enxergar como alguém diferente do outro, despertando o interesse em chamar atenção dos outros num processo de construção da sua subjetividade. O quarto estágio chamado de categorial (6 a 11 anos) é marcado pelo momento onde a criança já consegue representar de forma estável e apropriada, identificando e definindo os objetos, onde aspectos como classificação, seriação se tonam lógicas, discernindo e agrupando as semelhanças e diferenças das ações e tendo uma compreensão mais nítida de si mesmo. O quinto estágio é o da puberdade e adolescência (11 anos em diante), onde o sujeito começa se preparar para a vida adulta, passando pelas transformações físicas e uma série de conflitos internos e externos, que se caracteriza pelos momentos a busca de auto-afirmação, questionamentos existenciais passa a se submeter a valores impostos pela sociedade e família, e muitas das não compreende nem aceita. As categorias cognitivas neste estágio apresentam um alto nível de abstração que vão possibilitar distinção de limites, autonomia e dependência. Cada um desses estágios permite novas vivências realizadas pela etapa anterior edificando num processo mútuo de integração e diferenciação. O fato da prevalência do aspecto afetivo em um determinado estágio, não incide que nos outros não estarão presentes, ocasionando durante o desenvolvimento consecutivas especificações entre os campos funcionais. Muito embora nessa teoria o desenvolvimento tenha sido descrito até a adolescência, wallon enfatiza que não termina nessa etapa a evolução humana, ressaltando que a construção do “eu” sempre será um processo inacabado, onde perdura ao longo de toda a vida do ser humano. Galvão (2008) atesta que a afetividade para Wallon acontece de acordo com os estágios que ele indica para compreender o desenvolvimento humano. E ressalta que os estágios são de grande relevância para o processo de educação. E que é de suma importância que o educador conhecesse os estágios, para a partir deles elaborar atividades que desse subsídio para o desenvolvimento do aprendente durante a aprendizagem.
A escola constitui como um espaço essencialmente educativo cuja função principal é a de mediar o conhecimento possibilitando ao educando o acesso a reconstrução do saber. Segundo Vygotsky a aprendizagem se estrutura em uma perspectiva social, por meio da interação com o outro, deste modo a criança introduz instrumentos culturais. Vygotsky ressalta a relevância das interações sociais, tendo como enfoque os conceitos da mediação e da internalização, destacando-os como aspectos fundamentais diante o processo de aprendizagem. A construção do conhecimento é fruto do dinamismo de interação entre os sujeitos. Deste modo, é a partir de sua inserção na cultura que a criança desenvolve na sua totalidade, não só em domínio de conhecimento, mas também na construção do lhe é inerente. É de suma relevância o aprendente relacionar-se com colegas de escola, familiares e com os ensinantes. É fato que cada criança apresenta atributos próprios, umas apresentam facilidades em se adaptar ao ambiente e a interagir e já outras necessitam da mediação através de estímulos. Sendo assim a escola precisa está preparada e conhecer seus alunos, suas necessidades, suas potencialidades tendo sempre como enfoque a organização dos sistemas cognitivos e afetivos. E os ensinantes precisam compreender que a afetividade interfere no crescimento pessoal do indivíduo. É essencial que os pais e ensinantes permitam a seus filhos e aprendentes, a vivência das emoções pela criança, e tenham essas situações como oportunidades de auxiliá-las a aprender como vivenciar com tais afetos que são inerentes ao ser humano. Algumas escolas preocupam, - se exclusivamente com o conhecimento intelectual, mas é fato que tão importante quanto à aquisição do saber, o equilíbrio emocional desempenha papel fundamental, pois através do mesmo as crianças apresentarão atitudes positivas diante de si mesmo e dos outros, de forma que aprenderão a colaborar e viver em sociedade. Com isso, se faz necessário que o aprendente encontre na instituição escolar um ambiente favorável para o seu desenvolvimento e aprendizado, onde possibilite a construção do conhecimento em meio às inúmeras situações que o aprendente enfrentará, e a escola precisa oferecer perspectivas onde o aprendente possa expandir sua realidade construindo assim sua autonomia de pensamento, e optem pelas escolhas certas.
relação da professora com o grupo de aluno e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento. A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais e escolares, pois é uma relação que envolve sentimentos e deixa marcas para toda a vida. Observamos que a relação professor-aluno, deve sempre buscar a afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de construção do conhecimento e do aspecto emocional. Ser professor não se constitui em uma simples tarefa de transmissão de conhecimento, pois vai mais além e também consiste em despertar no aluno valores e sentimentos como o amor do próximo e o respeito, entre outros. Como destaca Rodrigues (1997), o educador não é simplesmente um repassador de conhecimentos para seus alunos, pois o seu papel é bem mais amplo, porque ultrapassa uma simples transmissão de conhecimentos. O aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encaradas como obrigação. Para que isto possa ser mais bem desenvolvido, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenrolar das atividades em sala de aula. Freire(1996, p.96), enfatiza as características do professor que envolve afetivamente seus alunos afirmando que:
O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. É possível afirmar, a partir da idéia do pensador acima citado, que “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo os autores: Piaget, Vygotsky e Wallon no que diz respeito às perspectivas e práticas psicopedagógicas as suas teorias contribuem de forma significativa e eficaz para a compreensão do desenvolvimento humano no processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais. Jean Piaget oferece aos professores uma teoria didática para que possam desenvolver as capacidades e habilidades cognitivas e afetivas nos alunos por meio de estímulos. É de suma importância a definição dos períodos de desenvolvimento da inteligência para que auxilie o professor no entendimento da fase que seus alunos estão passando e montar uma didática específica para o grupo. Baseado na teoria de Vygotsky, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto de estudo, interferindo no processo de aprendizagem, levando em conta aspectos da linguagem, cultura, processo de internalização, função mental e zona de desenvolvimento proximal. O aluno aprende junto ao outro o que produz o grupo social seja na linguagem, valores ou conhecimentos. Wallon propõe uma teoria pedagógica tendo o “meio” como um conjunto de circunstâncias no qual as pessoas se desenvolvem interagindo com o outro. Nesse caso, o Psicopedagogo desempenha o papel de mediador no processo educativo, entre ensinante e aprendente, orientando o ensinante e dando suporte no caminho de construção, isso significa que a ação do professor precisa ser pautada no conhecimento acerca do desenvolvimento psicológico da criança e, consequentemente, das suas necessidades. Acredito que dessa forma, o professor terá condições de tomar as decisões comprometidas com o desenvolvimento de habilidades e potencialidades, que façam desse aluno uma pessoa mais feliz e plenamente realizada em suas aprendizagens.
A partir do presente estudo foi possível compreender por intermédio de pesquisas teóricas que a afetividade colabora no processo de ensino-aprendizagem e contribui para o desenvolvimento integral da criança, percebe-se que o vínculo entre ensinante e aprendente, coopera qualitativamente para o desenvolvimento do aprendente. É imprescindível que o professor conheça os estágios cognitivos de seu aluno, para que possa utilizar os mecanismos educativos apropriados e promovam práticas pedagógicas estimulativas não restritas ao período de amadurecimento de cada idade. O trabalho da psicopedagogia tem grande importância para o desenvolvimento de uma educação significativa, implica atividades que tenham relevância para o aprendente e para o ensinante. A integração de todos envolvidos no processo educativo, família, escola, professores irá proporcionar ao aprendente a possibilidade de ter um aprendizado mais significativo. Cabe ao ensinante investir em vínculos afetivos, recuperar no aluno a esperança e o prazer em aprender. Espera-se que os educadores reflitam sobre o seu papel de mediador e facilitador, recuperando a afetividade no ensino-aprendizagem. Acredito que dessa forma o professor terá condições de tomar decisões comprometidas com o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que façam desse aluno uma pessoa mais feliz e plenamente realizada em suas aprendizagens. Segundo Augusto Cury (2008) quanto ao ensinante o uso de uma prática pedagógica afetiva pode estimular não só a relação afetiva como a questão cognitiva, social do aprendente. É fato que todas as pessoas têm um potencial que é seu, fruto das suas relações com o mundo. Todos nós, sempre temos, teremos ou tivemos algum relato extraído das experiências de sala de aula, dos relacionamentos do par educativo ensinante e aprendente que resultam num sentimento, numa lembrança que podemos compartilhar, de forma que favoreça a troca de experiências e dando a eles novos significados consequentemente enriquecendo os nossos conhecimentos.
This article is based understand the importance of affection in early childhood education as a facilitator in the teaching-learning process, listing positive contributions of affective relationship between teacher and learner in the learning process. Thus we sought to identify from the theoretical study how affection can influence human learning. Our research is characterized as a bibliographical research and our framework was built on the theoretical assumptions of Jean Piaget, Henri Wallon and Lev Vygotsky Semenovitch. The LDB (Law Guidelines and National Base 9.394/96) calls for early childhood education aims at the integral development of children up to five years old in their physical, psychological, intellectual and social. Thus, the affective dimension occupies a central place, both in the aspect of building the individual and the cognitive. The school must provide a space reflections on the life of the student as a whole, contributing to the development of a critical consciousness and transforming, in which this process should not divorced from affection.
Keywords: Psychology. Affectivity. Learning