AULA 01 - CAPÍTULO I - ASPECTOS PSICOLÓGICOS
DA GRAVIDEZ, DO PARTO E DO PUERPÉRIO
A história do amor materno
Introdução Histórica do Amor Materno
• Perspectiva Histórica: Compreender a história do
amor materno ajuda a entender suas características e
variações ao longo do tempo.
Duas Figuras Femininas no Cristianismo:
• Eva: Representa a mulher tentadora, associada ao
pecado e raramente vinculada à maternidade.
• Maria: Simboliza a maternidade pura e santificada,
dissociada da sexualidade e ligada à redenção.
Representação Social da Maternidade
• Fecundidade: Historicamente vista como uma
bênção divina, enquanto a infertilidade era
considerada um castigo.
• Influência de Eventos Históricos: Epidemias como a
peste reforçaram a importância da procriação e da
grande prole para a renovação da população.
Evolução do Amor Materno
• Século XVI a XVIII:
• Até o século XVIII, a indiferença materna era
comum, muitas vezes justificada pela alta
mortalidade infantil.
• Rousseau e o Iluminismo contribuíram para a
exaltação do amor materno, associando-o à
moralidade e à educação das crianças.
Mudanças na Assistência ao Parto
• Obstetrícia: Evolução na assistência ao parto, desde
práticas tradicionais até a introdução de
instrumentos como o fórceps e o surgimento da
cesariana.
• Medicalização do Parto: O século XVIII marca o
início da medicalização do parto, reduzindo o papel
das parteiras.
Questionamento do Instinto Materno
• Exaltação do Amor Materno: Considerada uma
construção relativamente recente na civilização
ocidental, contestando a ideia de um instinto
materno inato.
AULA 02 - ABORDAGENS PSICOLÓGICAS NO
PROCESSO SAÚDE DOENÇA MATERNO INFANTIL
Base Teórica:
• A prática é fundamentada na abordagem
bioecológica de Urie Bronfenbrenner e nos
princípios da Política Nacional de Humanização do
SUS (Humaniza SUS).
• A intervenção precoce é entendida como essencial
para promover o desenvolvimento infantil,
especialmente em contextos de risco.
Objetivo do Estudo:
• Investigar práticas de intervenção precoce em
maternidades públicas do Rio de Janeiro e a atuação
de psicólogos na saúde materno-infantil.
Metodologia:
• Entrevistas com 10 psicólogos de seis maternidades
de referência para gestações de alto risco.
• Observação das práticas nas maternidades com uso
de protocolos.
Principais Resultados:
• Intervenção Precoce: Focada principalmente no
fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Os psicólogos
entendem que essa prática é crucial para a saúde
materno-infantil.
• Diferenças Institucionais: As práticas de intervenção
precoce variam de uma instituição para outra.
• Prática Multiprofissional: A atuação é vista como
integrada com outros profissionais da saúde, sendo a
colaboração com equipes multiprofissionais
essencial.
Dificuldades Relatadas:
• Falta de formação específica na graduação em
psicologia sobre intervenção precoce.
• Necessidade de maior investimento institucional na
capacitação dos psicólogos e outros profissionais.
Práticas Identificadas:
• Acompanhamento do vínculo mãe-bebê, apoio
psicológico, detecção de riscos e acolhimento
materno.
• Alguns psicólogos relatam a importância do
reconhecimento do bebê como sujeito desde o
nascimento.
Implicações da Intervenção Precoce:
• Intervenções precoces são mais eficazes em termos
de neuroplasticidade e promoção do
desenvolvimento infantil.
• Intervenções em momentos posteriores podem ser
menos eficazes em comparação com as ações
precoces.
A Humanização do SUS: