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Psicologia da Gravidez, Parto e Puerpério: Abordagens e Desafios, Resumos de Psicologia da saúde

Este material aborda a evolução histórica do amor materno, as diferentes perspectivas sobre a maternidade e o papel da psicologia na saúde materno-infantil. Explora a importância da intervenção precoce, a humanização do sus e os desafios enfrentados por mães trabalhadoras. Além disso, discute a primeira infância como fase crucial para o desenvolvimento e os direitos da criança.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 12/12/2024

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AULA 01 - CAPÍTULO I - ASPECTOS PSICOLÓGICOS
DA GRAVIDEZ, DO PARTO E DO PUERPÉRIO
A história do amor materno
Introdução Histórica do Amor Materno
Perspectiva Histórica: Compreender a história do
amor materno ajuda a entender suas características e
variações ao longo do tempo.
Duas Figuras Femininas no Cristianismo:
Eva: Representa a mulher tentadora, associada ao
pecado e raramente vinculada à maternidade.
Maria: Simboliza a maternidade pura e santificada,
dissociada da sexualidade e ligada à redenção.
Representação Social da Maternidade
Fecundidade: Historicamente vista como uma
bênção divina, enquanto a infertilidade era
considerada um castigo.
Influência de Eventos Históricos: Epidemias como a
peste reforçaram a importância da procriação e da
grande prole para a renovação da população.
Evolução do Amor Materno
Século XVI a XVIII:
Até o século XVIII, a indiferença materna era
comum, muitas vezes justificada pela alta
mortalidade infantil.
Rousseau e o Iluminismo contribuíram para a
exaltação do amor materno, associando-o à
moralidade e à educação das crianças.
Mudanças na Assistência ao Parto
Obstetrícia: Evolução na assistência ao parto, desde
práticas tradicionais até a introdução de
instrumentos como o fórceps e o surgimento da
cesariana.
Medicalização do Parto: O século XVIII marca o
início da medicalização do parto, reduzindo o papel
das parteiras.
Questionamento do Instinto Materno
Exaltação do Amor Materno: Considerada uma
construção relativamente recente na civilização
ocidental, contestando a ideia de um instinto
materno inato.
AULA 02 - ABORDAGENS PSICOLÓGICAS NO
PROCESSO SAÚDE DOENÇA MATERNO INFANTIL
Base Teórica:
A prática é fundamentada na abordagem
bioecológica de Urie Bronfenbrenner e nos
princípios da Política Nacional de Humanização do
SUS (Humaniza SUS).
A intervenção precoce é entendida como essencial
para promover o desenvolvimento infantil,
especialmente em contextos de risco.
Objetivo do Estudo:
Investigar práticas de intervenção precoce em
maternidades públicas do Rio de Janeiro e a atuação
de psicólogos na saúde materno-infantil.
Metodologia:
Entrevistas com 10 psicólogos de seis maternidades
de referência para gestações de alto risco.
Observação das práticas nas maternidades com uso
de protocolos.
Principais Resultados:
Intervenção Precoce: Focada principalmente no
fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Os psicólogos
entendem que essa prática é crucial para a saúde
materno-infantil.
Diferenças Institucionais: As práticas de intervenção
precoce variam de uma instituição para outra.
Prática Multiprofissional: A atuação é vista como
integrada com outros profissionais da saúde, sendo a
colaboração com equipes multiprofissionais
essencial.
Dificuldades Relatadas:
Falta de formação específica na graduação em
psicologia sobre intervenção precoce.
Necessidade de maior investimento institucional na
capacitação dos psicólogos e outros profissionais.
Práticas Identificadas:
Acompanhamento do vínculo mãe-bebê, apoio
psicológico, detecção de riscos e acolhimento
materno.
Alguns psicólogos relatam a importância do
reconhecimento do bebê como sujeito desde o
nascimento.
Implicações da Intervenção Precoce:
Intervenções precoces são mais eficazes em termos
de neuroplasticidade e promoção do
desenvolvimento infantil.
Intervenções em momentos posteriores podem ser
menos eficazes em comparação com as ações
precoces.
A Humanização do SUS:
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AULA 01 - CAPÍTULO I - ASPECTOS PSICOLÓGICOS

DA GRAVIDEZ, DO PARTO E DO PUERPÉRIO

A história do amor materno Introdução Histórica do Amor Materno

  • Perspectiva Histórica: Compreender a história do amor materno ajuda a entender suas características e variações ao longo do tempo. Duas Figuras Femininas no Cristianismo:
  • Eva: Representa a mulher tentadora, associada ao pecado e raramente vinculada à maternidade.
  • Maria: Simboliza a maternidade pura e santificada, dissociada da sexualidade e ligada à redenção. Representação Social da Maternidade
  • Fecundidade: Historicamente vista como uma bênção divina, enquanto a infertilidade era considerada um castigo.
  • Influência de Eventos Históricos: Epidemias como a peste reforçaram a importância da procriação e da grande prole para a renovação da população. Evolução do Amor Materno
  • Século XVI a XVIII:
  • Até o século XVIII, a indiferença materna era comum, muitas vezes justificada pela alta mortalidade infantil.
  • Rousseau e o Iluminismo contribuíram para a exaltação do amor materno, associando-o à moralidade e à educação das crianças. Mudanças na Assistência ao Parto
  • Obstetrícia: Evolução na assistência ao parto, desde práticas tradicionais até a introdução de instrumentos como o fórceps e o surgimento da cesariana.
  • Medicalização do Parto: O século XVIII marca o início da medicalização do parto, reduzindo o papel das parteiras. Questionamento do Instinto Materno
  • Exaltação do Amor Materno: Considerada uma construção relativamente recente na civilização ocidental, contestando a ideia de um instinto materno inato.

AULA 02 - ABORDAGENS PSICOLÓGICAS NO

PROCESSO SAÚDE DOENÇA MATERNO INFANTIL

Base Teórica:

  • A prática é fundamentada na abordagem bioecológica de Urie Bronfenbrenner e nos princípios da Política Nacional de Humanização do SUS (Humaniza SUS).
  • A intervenção precoce é entendida como essencial para promover o desenvolvimento infantil, especialmente em contextos de risco. Objetivo do Estudo:
  • Investigar práticas de intervenção precoce em maternidades públicas do Rio de Janeiro e a atuação de psicólogos na saúde materno-infantil. Metodologia:
  • Entrevistas com 10 psicólogos de seis maternidades de referência para gestações de alto risco.
  • Observação das práticas nas maternidades com uso de protocolos. Principais Resultados:
  • Intervenção Precoce: Focada principalmente no fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Os psicólogos entendem que essa prática é crucial para a saúde materno-infantil.
  • Diferenças Institucionais: As práticas de intervenção precoce variam de uma instituição para outra.
  • Prática Multiprofissional: A atuação é vista como integrada com outros profissionais da saúde, sendo a colaboração com equipes multiprofissionais essencial. Dificuldades Relatadas:
  • Falta de formação específica na graduação em psicologia sobre intervenção precoce.
  • Necessidade de maior investimento institucional na capacitação dos psicólogos e outros profissionais. Práticas Identificadas:
  • Acompanhamento do vínculo mãe-bebê, apoio psicológico, detecção de riscos e acolhimento materno.
  • Alguns psicólogos relatam a importância do reconhecimento do bebê como sujeito desde o nascimento. Implicações da Intervenção Precoce:
  • Intervenções precoces são mais eficazes em termos de neuroplasticidade e promoção do desenvolvimento infantil.
  • Intervenções em momentos posteriores podem ser menos eficazes em comparação com as ações precoces. A Humanização do SUS:
  • A política humaniza SUS promove práticas preventivas e a humanização do atendimento, o que se alinha com os objetivos das intervenções precoces.
  • As práticas de intervenção precoce estão alinhadas com os princípios de promoção da saúde materno- infantil, mas há necessidade de maior reconhecimento e estruturação dessas práticas dentro das instituições públicas de saúde. AULA 03 - SAÚDE DE MÃES TRABALHADORAS Introdução e Contexto
  • O estudo investiga como mães da classe média e popular conciliam os papéis de mãe e trabalhadora.
  • Utiliza a teoria da Rede de Significações para entender os significados atribuídos à maternidade, trabalho e cuidados infantis.
  • Nas últimas décadas, mulheres da classe média começaram a assumir simultaneamente os papéis de trabalhadora e mãe, algo comum para as mulheres das classes populares. História da Mulher no Contexto Familiar
  • Na família patriarcal colonial, a mãe era responsável pelos cuidados domésticos e infantis, enquanto o pai exercia autoridade.
  • Com a transformação da família para o modelo nuclear, a mulher continuou com o papel de cuidadora e educadora dos filhos.
  • Para as mulheres da classe média, o trabalho era um projeto individual que se expandiu nas décadas de 1960 e 1970. Nas classes populares, o trabalho feminino sempre foi necessário para a sobrevivência da família. Diferenças de Sentido entre Trabalho e Maternidade
  • Para as mães da classe média, o trabalho está relacionado ao desenvolvimento pessoal e à identidade, enquanto, para as mães das classes populares, o trabalho é uma necessidade econômica.
  • Mães da classe média frequentemente sentem culpa ao tentar equilibrar o trabalho e os cuidados infantis, especialmente com a pressão de atender às expectativas sociais.
  • Nas classes populares, o trabalho é visto como algo que deve atender às necessidades familiares, sem a mesma ênfase em realizações pessoais. Cuidados Infantis e Maternidade
  • Todas as mães associam a maternidade com os cuidados infantis, sendo esse papel considerado primariamente feminino.
  • Na classe média, mães utilizam creches, familiares ou redes de apoio, mas o retorno ao trabalho após a licença-maternidade gera sentimento de culpa.
  • Nas classes populares, a falta de creches é uma dificuldade, e muitas mães dependem de redes familiares ou comunitárias para os cuidados infantis. Conflito Identitário e Subjetividade
  • As mães da classe média enfrentam mais dificuldade em integrar suas identidades de mãe e trabalhadora, enquanto as mães da classe popular conseguem separar melhor essas funções.
  • O estudo revela que, em ambas as classes, o papel de mãe entra em conflito com o papel de trabalhadora, resultando em uma fragmentação da identidade e um sentimento de culpa por não conseguir dar atenção total aos filhos. Considerações Finais
  • As mães trabalhadoras de ambas as classes enfrentam dificuldades em conciliar trabalho e maternidade, mas as experiências e os desafios diferem.
  • A maternidade, associada aos cuidados infantis, permanece um valor forte para as mulheres, mas a forma como lidam com o trabalho e os cuidados infantis é moldada pelas suas condições socioeconômicas.
  • O estudo conclui que as mães assumem identidades múltiplas e contraditórias, dependendo do contexto social e das necessidades familiares. AULA 04 - PRIMEIRA INFÂNCIA: PROCESSO DE SAÚDE INFANTIL A Primeira Infância
  • Período que vai desde a gestação até os 6 anos de idade.
  • Fase crucial para o desenvolvimento emocional, social e cerebral.
  • O desenvolvimento é moldado pelas experiências positivas ou negativas vividas com pais e cuidadores.
  • Proteção e estímulo adequados são essenciais para o desenvolvimento saudável e para evitar problemas como violência familiar e negligência. O que é Primeira Infância?
  • É uma fase sensível em que o cérebro humano começa a se formar.
  • A primeira infância oferece uma "janela de oportunidades" para o desenvolvimento pleno.
  • Investir nessa fase é uma estratégia eficiente para reduzir desigualdades e construir uma sociedade mais justa e sustentável. Criança: Sujeito de Direitos
  • Constituição Federal de 1988 (Artigo 227) assegura direitos prioritários à criança, como vida, saúde, alimentação, educação, lazer e dignidade.
  • Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reforça a proteção integral, liberdade e dignidade das crianças, assegurando-lhes desenvolvimento saudável. Saúde: Atenção Integral e Intersetorial
  • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) estabelece sete eixos estratégicos, incluindo:
  • Atenção humanizada à gestação e ao recém-nascido.
  • Promoção do aleitamento materno.