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- PERSPECTIVA DA SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA - PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E ECOLOGIA - PRINCÍPIOS-BASE PARA A PRÁTICA DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA BASEADA NOS PRESSUPOSTOS DA ECOLOGIA - NÍVEIS DE INTERVENÇÃO SOCIAL - CATEGORIAS DE EMPOWERMENT
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
➢ A psicologia comunitária surge em meados da década de 60 – Decurso de grandes transformações na área da saúde mental e na sociedade em geral ➢ Estudos epidemiológicos demonstram uma relação inversa entre o status social e as perturbações psicológicas e concluíram que as problemáticas emocionais são mais frequentes e mais profundas em grupos populacionais de baixos rendimentos, essas problemáticas surgiam em áreas geográficas onde a desorganização social tendia a prevalecer para a necessidade de reforma no sistema de saúde mental ➢ A relação entre os problemas sociais e saúde mental, levou à progressiva substituição do modelo biológico e individual, por uma intervenção educacional, de critica social, implementação de reformas e planejamento social
programas de luta contra a pobreza – prestação de serviços diretos a nível educacional, assistência habitacional e de segurança social, forma estruturados para modificar os sistemas de prestação de serviços vigentes, bem como as instituições, para melhorar os serviços dirigidos aos grupos mais empobrecidos ➢ O clima generalizado de mudança, impulsionou a experimentação de diferentes modelos de prestação de serviços para alcançar as populações não abrangidas e envolveu profissionais de saúde mental nos programas preconizados pelos centos de saúde mental comunitário ➢ O conceito de doença, como fator eminentemente pessoal, foi substituído pela atribuição da responsabilidade ao sistema social em proporcionar um ambiente adequado ao desenvolvimento individual ➢ O principal objetivo dos profissionais passou a ser prestação do suporte necessário à comunidade e aos seus líderes, de modo que esta funcionasse eficazmente, com o seu contributo como consultores para a resolução da situação-problema PERSPECTIVA DA SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA ➢ Localização – comunidade ➢ Nível de intervenção – comunidade global ou grupo específico, por exemplo, área geográfica ou população de risco ➢ Tipos de serviços – serviços preventivos ➢ Forma como são prestados – serviços indiretos, através da consultoria e educação ➢ Estratégia – o maior número de indivíduos possível ➢ Tipo de planejamento – focalização em necessidades prevalentes em populações de alto-risco e coordenação de serviços ➢ Recursos humanos – utilização de profissionais e não profissionais como estudantes e pessoas, de alguma forma, ligadas ao grupo-alvo ➢ Processos de decisão – responsabilidade partilhada ➢ Concepções etiológicas – realce das causas ambientais das perturbações emocionais ➢ Os psicólogos comunitários construíram uma nova visão do psicólogo, cujo principal objetivo passou a ser o estudo, a compreensão, a conceituação e a intervenção rigorosa nos processos, através dos quais, as comunidades pudessem melhorar o estado psicológico geral dos indivíduos que nela vivessem ➢ Uma característica importante da psicologia comunitária é a ênfase dado ao ponto de vista ecológico que é caracterizado pelo ajustamento entre os indivíduos e os seus ambientes, centralizando-se na relação entre os indivíduos que funcionam como uma comunidade PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E ECOLOGIA ➢ O estudo de unidades maiores do que os organismos individuais tem vindo a ser o objetivo a ecologia, incluindo populações, comunidade, ecossistemas e a biosfera ➢ Assim, a população pode ser definida como um grupo de indivíduos com semelhanças e a comunidade como uma população numa área determinada, quando esta surge associada ao que é inanimado, ambos constituem o ecossistema e a biosfera refere-se ao ambiente global habitado PRINCÍPIOS-BASE PARA A PRÁTICA DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA BASEADA NOS PRESSUPOSTOS DA ECOLOGIA 1 - Um problema surge em um contexto ou em uma situação: Os esforços de diagnósticos não deverão focaliza-se exclusivamente na descrição das características dos indivíduos envolvidos, mas também na compreensão das características dos contextos da situação-problema 2 - Noção ecológica de interdependência: As pessoas e os contextos funcionam como parte do mesmo sistema integrado. Esse princípio, sugere que a capacidade adaptativa dos indivíduos num determinado contexto é limitada, tanto pela natureza da organização social, como pelo acesso aos recursos 3 - Eficácia do suporte e implica que este se localize estrategicamente no epicentro do problema: Necessidade de que alteremos a nossa perspectiva
sobre as formas de prestação de ajuda, o suporte deverá ir ao encontro do contexto no qual a pessoa é definida como constituindo o problema, examinando as circunstancias ambientais ou contextuais, lembrando que se deve ter em conta tanto a dimensão espacial como a dimensão temporal de um problema 4 - A prestação do suporte: Se deve estabelecer numa base sistemática, utilizando os recursos naturais do contexto ou introduzindo novos recursos que podem passar a ser parte integrante do contexto 5 - Objetivos e valores do agente prestador de suporte os serviços deverão ser consistentes com os objetivos e valores do contexto: Este princípio, confronta-nos com a questão dos valores no âmbito da intervenção e parte do pressuposto de que cada contexto contém propósitos explícitos e implícitos O conflito é essencial à mudança e que deve ser induzido conscientemente para produzir, o erro reside em não antecipar uma situação de conflito ou não compreende a sua base NÍVEIS DE INTERVENÇÃO SOCIAL 1 - Objetivo ou destinatário da intervenção: Comunidades, organizações e instituições que se caracterizam pela sua complexidade, pela sua interação ecológica com o ambiente e evolução dinâmica 2 - Estado inicial: Parte da avaliação do estado inicial do sistema a modificar, que é composto pela estrutura social interna, a sua relação com o meio, a sua história e a sua cultura 3 - Tipo de mudança: O objetivo final da intervenção social é a mudança da vida dos indivíduos, que pode ser alcançada pela mudança das estruturas e dos processos sociais 4 - Objetivos e metas: Estes serão fixados de acordo com a direção a imprimir à mudança, sendo indeterminados à partida, pelo que é necessária uma avaliação prévia para se saber quais os efeitos que pretendem 5 - Âmbito de aplicação: Terá que ter em conta a multidimensionalidade e complexidade do desenvolvimento humano, podendo identificar-se um conjunto de áreas privilegiadas de intervenção como a educação, saúde mental, abuso de substancias, utilização dos tempos livres, sistema judicial e sistema religioso 6 - Técnicas e estratégias utilizadas: Implicam o desenvolvimento de práticas inovadoras em domínios coo o psicossocial, o político-administrativo, o organizativo, a saúde publica e o ambiental ou ecológico 7 - Duração: Difere se a intervenção implica mudanças estruturais, reorganizações ou dinamização e mobilização de comunidades, criação de estruturas associativas e resolução de conflitos grupais, terá que ser de longa duração e exigirá uma planificação inicial ➢ O resultado imediato da intervenção social e a mudança social e em ultima instancia a mudança individual ➢ A intervenção comunitária predomina o enfoque dado à criação de recursos comunitários em ligação com as ações concretizadas pela própria comunidade com maior ou menor índice de apoio externo, partindo-se assim do pressuposto que as comunidades possuem os recursos potenciais para gerarem a dinâmica do desenvolvimento ➢ O envolvimento dos membros da comunidade no planejamento e execução do projeto de ação ➢ As iniciativas de base comunitária devem conter um processo (participação dos cidadões), uma estrutura (um conselho de cidadões), um sistema de valores (empowerment) e um domínio (desenvolvimento comunitário) ➢ Empowerment – identificar, facilita ou criar contextos em que as pessoas isoladas ou silenciadas possam ser compreendidas, ter uma voz e infuencia sobre as decisões que lhes dizem diretamente respeito ou que de algum modo, afetem a sua vida