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Questões discursivas psicologia comunitária
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
A V 1
A V 2
AV 3 1ª ch x 2ª ch Curso: Psicologia Disciplina: Psicologia Comunitária Código/Turma: H640- Professor/a: Data: Aluno/a: - Ana Clarisse Almeida de Castro
Matrícula: - 1622932
1a atividade para composição da nota AV Orientações Gerais:
(^2) É importante recordar de cadastrar o nome de todos os(as) alunos(as) da equipe no momento da postagem, caso contrário, poderá vir a ocorrer imprevistos no lançamento das notas e download do arquivo pela docente da disciplina.
(^1) Pedimos a gentileza dos alunos postarem em Word porque após a leitura dos trabalhos iremos emitir um feedback sobre o processo de aprendizagem inerente aos mesmos.
trabalhados em sala de aula. Pedimos atenção as normas de ortografia e escrita da língua portuguesa.
PERGUNTAS NORTEADORAS: PERGUNTA 01 A história de fundação do NUCOM/UFC é considerada marco histórico institucional do nascimento da psicologia comunitária no Ceará. Com base nos depoimentos e na leitura do primeiro texto da disciplina indique 2 semelhanças e 2 diferenças entre a história da psicologia comunitária no Ceará e no Brasil, trazendo exemplos práticos capazes de dar sustentabilidade teórica as suas respostas. A Psicologia Comunitária no Brasil começou como Psicologia na comunidade e se baseou em modelos teóricos e práticos da Psicologia Social integrados, principalmente, a modelos da Sociologia, da Educação Popular e da Ecologia. Nos anos 70, também, a Psicologia Comunitária ganhou um enfoque sociopolítico, já nos anos 80 com o rumo mais claro, quanto a ser uma Psicologia e não uma outra disciplina da área social, assim como ser um trabalho eminentemente ideológico e político-partidário. Essa clareza deu-lhe mais identidade acadêmica e profissional. No contexto-socio econômico Brasileiro está clarezas se faz necessária, devido a evidente desigualdade sociais e os efeitos de fome e morte decorrente dessa mazela presente em todas as regiões do Brasil, como por exemplo a questão do MST, e a luta por uma nova politica agrícola, uma luta de classes que se dá pela tomada de consciência de seu lugar na comunidade, onde os seus membros assumem o lugar de agricultor cooperado e renunciar à identidade social de oprimido, de excluído social, de Sem-Terra, de condenado da terra (Fannon, 1983). A psicologia comunitária brasileira surge nesse contexto e da problematização psicossocial da vida dos Brasileiros, buscando uma maior compreensão do papel do estado nas relações sociais, econômicas e humanas O que se pretende estudar em Psicologia Comunitária faz do termo “psicologia comunitária” apropriado, pois este inclui, de fato, tanto as preocupações de uma Psicologia voltada para a população mais pobre, como as questões de saúde
do Ceará. Podemos destacar aqui, a visão do homem e mundo, pois para o psicólogo comunitário deve estar articulada na compreensão do psiquismo humano.
Durante as aulas de psicologia comunitária neste semestre, assim como a aula gravada postada na plataforma AVA de reposição, falamos sobre a diferença nas formas de intervenção comunitária no Brasil. Com base nisto, em qual dessas propostas você articula as experiências do NUCOM? cite pelo menos 2 argumentos para fundamentar sua resposta. A Universidade Federal do Ceará, criou em meados de 1981 o NUCOM, que, inicialmente, era uma sala e, à priori, não tinham participação no contexto rural. O NUCOM então foi desenvolvendo trabalhos com pescadores, agricultores, questões religiosas e, a partir destas atividades, foi que foi percebido a grande importância de se ter contato com a prática propriamente dita, resolvendo assim, romper os muros da universidade e desenvolver uma psicologia mais próxima da população, a qual foi nomeada inicialmente como psicologia popular, no Pirambu, com profissionais de diversas áreas e sempre com a psicologia a serviço da população menos favorecida. A Psicologia Comunitária no Ceará se iniciou indo à campo e depois, discursando à respeito do resultado colhido da atividade, diferente do que aconteceu em outros lugares. Com a psicologia comunitária nascendo dentro da universidade, primeiramente se teorizava para depois se colocar em prática. O NUCOM tem como objetivo o desenvolvimento do sujeito comunitário dentro do seu contexto de moradia, que no caso, é a comunidade em si. Juntos, desenvolvem atividades de ensino e pesquisas em temáticas relevantes surgidas no campo, além do fato de estarem engajados e implicados no compromisso com o projeto social, lado a lado com os moradores, avançando para outras dimensões desta produção de conhecimento da psicologia comunitária. No Brasil, na década de 80, era a Psicologia Social Comunitária, junto com o fato de em 1988 com o surgimento e a aprovação da constituição federal, o papel do Estado em iniciar o desenvolvimento de políticas públicas e projetos sociais, projetos estes que são um dos pontos semelhantes com o NUCOM/UFC, onde podemos ver claramente que se deu juntamente com o surgimento do grupo. Consolidada como um movimento que defende a diversidade cultural, a psicologia comunitária surge com o enfoque no contexto histórico-social da população, com uma
relação mais ativa e comprometida com os problemas da sociedade, com mudanças sociais, com a inclusão social e com a redução das desigualdades sociais. Estuda as condições psicossociais e o modo de vida da comunidade, como este se reflete, preocupando-se com o que impede essa população de se constituir e reconhecer como sujeitos de sua comunidade, tendo como compromisso as mudanças sociais, a conscientização e a luta popular. De acordo com Góis (2008), entende-se comunidade como um local de permanência estável e de relação direta entre seus moradores, com potencial de crescimento e proteção da individualidade, tendo como referência a moradia, a vizinhança e as dimensões territoriais, sendo estas formadoras da convivência social e da identidade de lugar. É resultado de uma construção social, que surge através das relações psicossociais diretas entre os moradores de determinado lugar. Esta visão de comunidade coloca o morador como responsável pela realidade na qual vive, sendo capaz de transformá-la em seu próprio benefício e no de toda a coletividade, no momento em que este se apropria de sua realidade, conhece-a, tornando-se sujeito de sua história, adotando uma atitude crítica frente à realidade, (re)conhecendo seu valor. O papel do psicólogo comunitário é o de trabalhar com foco no desenvolvimento da comunidade, integrando população e governo, com o objetivo de melhorar as condições socioeconômicas da comunidade, reconhecendo a capacidade do indivíduo e da própria comunidade de serem responsáveis na construção de suas vidas, facilitando certos processos, baseados na ação local e na conscientização. Para isso, é indispensável compreender o modo de vida comunitário, a participação social e promover o desenvolvimento da consciência dessa comunidade, fortalecendo a identidade pessoal e social dos moradores da comunidade, com mútua atuação entre profissionais e moradores, promovendo cidadania, renda familiar, mudança de atitude e qualidade de vida.
PERGUNTA 03 Descreva qual a visão de homem e de mundo inerente a psicologia comunitária no Ceará o NUCOM concretiza na sua prática institucional e cotidiana.
Segundo o texto Psicologia Comunitária do Cezar Wagner de Lima Góis, a visão de homem e de mundo da psicologia comunitária se refere a um sujeito com consciência aprofundada no mundo histórico-social, além deste precisar adotar uma atitude crítica
histórico-culturais, enquanto base de descrição e explicação dos dados, como também sem questionar o papel da ideologia e das relações de classe (Lane, 1981, 1984; Serrano García e Rivera Medina, 1991), surgiu um movimento no próprio interior da Psicologia Social questionando essas posturas e concepções. Psicologia Comunitária : Desenvolve-se no interior da Psicologia Social e responde com mais especificidade: 1. às questões psicossociais decorrentes da vida comunitária; 2. às ações interdisciplinares de desenvolvimento comunitário e desenvolvimento local (trabalho e renda, saúde, educação, assistência social, ação política, ação cultural, urbanização, organização de comunidade, planejamento social, orçamento participativo e outros); 3. e à necessidade de um novo currículo em Psicologia e de uma nova formação do Psicólogo (teoria-prática-compromisso). objetivos maiores da área, a seguir apresentados: a. O desenvolvimento dos moradores enquanto sujeitos da comunidade (potenciação, empoderamento e desenvolvimento humano). b. O desenvolvimento da comunidade como instância ativa do poder local, da auto-sustentabilidade e do crescimento endógeno do lugar, município ou região. c. A construção da Psicologia Comunitária dentro do enquadre teoria-práticacompromisso social.
. Psicologia na Comunidade – reação à crise com relação aos modelos importados e elitistas, além da preocupação em vincular a Psicologia à vida da população mais pobre; . Psicologia da Comunidade e Psicologia de Comunidade – relativa às práticas com respeito às questões de saúde e aos movimentos de saúde mental; . Psicologia Social Comunitária – busca diferenciar-se da Psicologia Comunitária de prática assistencial originada nos Estados Unidos. Para isso adota o enquadre teórico da Psicologia Social crítica desenvolvida nos anos 70 na América Latina.
Palavras Chave- Ceará: Fazem parte do nosso universo conceitual as seguintes palavraschaves: identidade social (Tajfel, 1972; Turner, 1987); sujeito da história (Vygotski, 1983; Lane, 1984); relação dominador-dominado, conscientização, diálogo problematizador, consciência crítica (Freire, 1980); atividade e consciência (Vygotski, 1983; Leontiev, 1982; Luria, 1990); identidade pessoal (Toro, 1982; Ciampa, 1987; Góis, 1995b); atividade comunitária, modo de vida da comunidade, ideologia de submissão e resignação, caráter oprimido, afetividade social, valor e poder pessoais (Góis, 1984); sentido de comunidade (Sarason, 1974); ação local (Franco, 1995); empoderamento (Rappaport, 1977); laços e apoio social (Kessler, 1985); e competência da comunidade (White, 1959).
Reconhecemos que nossa concepção de Psicologia Comunitária contém, também, valores arraigados nas ciências sociais acerca do desenvolvimento humano e social em nosso país, valores baseados na história, no sofrimento e miséria de nosso povo,
bem como numa ideologia de mudança social radical. Porém, isso não invalida o pensar científico nas ciências humanas e sociais, pois sabemos o lugar que esses valores e ideologia ocupam em nosso compromisso social e em nossa prática científica; além disso, está claro para nós que não há ciência social sem valores e ideologias, e nem por isto perde seu caráter e mérito científicos. O importante é que as questões relativas a este tema possam ser debatidas e clarificadas, não camufladas em uma aparente neutralidade e objetividade das teorias e concepções na área das ciências humanas e sociais.