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Uma visão geral da psicofarmacologia, abordando o uso de modelos animais em pesquisas, os princípios da farmacocinética e os diferentes tipos de efeitos adversos dos medicamentos. explica conceitos como 'operante', 'metabolismo de primeira passagem', 'tolerância' e 'índice terapêutico', ilustrando a complexidade da interação entre drogas e o organismo. o texto também diferencia drogas, fármacos, medicamentos e remédios, oferecendo uma base sólida para a compreensão da psicofarmacologia.
Tipologia: Transcrições
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PSICOTERAPIA VERSUS PSICOFARMACOLOGIA
necessidade de cura imediata leva o paciente à dependência da medicação, tanto física quanto psíquica, causando tolerância medicamentosa, precisando de maiores doses para obter os mesmos efeitos, causando abstinência caso o sujeito para de usar o fármaco. Existe a crença cultural de nunca questionar o saber médico, como conhecimentos que possuem a “verdade científica”. A crença de que ele é o único capaz de saber o que é importante para sua saúde e qual o tratamento adequado, inviabilizando que o sujeito faça uma elaboração subjetiva de seu sofrimento, tirando-lhe responsabilidade por seus conflitos e negligenciando aspectos sociais. Em um mundo cronicamente rápido, valoriza-se satisfações e curas imediatas, promove-se a ideia de um homem com enormes potencialidades a serem desenvolvidas, com a possibilidade de obter felicidade plena e satisfação imediata, que são atingíveis através do esforço e motivação individuais e, se não alcançados, o fracasso e a culpa são tidos como experiência individual. Existe no mundo de hoje, a dificuldade de aceitar o fracasso e dar a ele um lugar e forma na história de vida pessoal, convertendo uma condição humana – fracasso como experiência- em uma condição do Eu. Assim, tem a importância de avaliar a experiência dolorosa, para que o sujeito possa, ao narrar sua experiência e história de vida, dar sentido a elas e se perceber enquanto responsável por sua própria história. A narrativa da experiência permite que o sujeito adquira um senso maior de realidade, das decisões que foram tomadas e integrar as experiências fragmentadas em um “centro sólido”- o Eu. Entretanto, juntamente com a idealização de felicidade plena, os indivíduos não encontram tempo para reavaliar suas experiências a fim de elaborar seus conflitos e auxiliar no processo de amadurecimento. Ao mesmo tempo que se fala de superação de limites, se oferece ao indivíduo os instrumentos para se alcançar esse objetivo enquanto as pessoas se tornam cada vez mais necessitadas desses instrumentos. CONCEITOS BÁSICOS DE FARMACOLOGIA 1) Diferença entre droga e fármaco Droga: é qualquer substância que cause alterações em qualquer aparelho do corpo por ações químicas, com ou sem efeitos benéficos. Pode ser alterações no nível circulatório, como diminuição da pressão, ou estímulos cerebrais que causem alucinação. Podem ter origem animal, vegetal ou mineral. Fármaco: é uma droga que tem uma estrutura química definida através de vários estudos, portanto, se conhece seus efeitos no organismo. Tem como objetivo seu uso para algum efeito benéfico no organismo. Assim: todo fármaco é uma droga, porém nem toda droga é um fármaco Exemplos: o diclofenaco é um anti-inflamatório e é um fármaco, porque causa efeitos benéficos no corpo, diminuindo a inflamação. Porém, dependendo da
quantidade ministrada e da duração do tratamento, pode causar efeitos maléficos sobre o sistema renal, ou seja, funcionando como droga. 2) Diferença de medicamento e remédio Medicamento: produto feito através de fármacos ou um conjunto de fármacos com o objetivo de um efeito benéfico. São produzidos para fins de comércio e com finalidade terapêutica. Assim, a ação terapêutica é a cura de uma doença ou melhora dos sintomas, ou ação profilática (prevenção de doenças). Remédio: conceito mais amplo pois abrange tudo aquilo que cause bem-estar, que faça o indivíduo se sentir melhor. Os benefícios ao sujeito podem vir de muitas formas, através de métodos químicos (medicamentos), físicos (massagem/fisioterapia), preparações caseiras ou qualquer outro procedimento Assim: todo medicamento é remédio, mas nem todo remédio é medicamento Obs: alguns medicamentos podem ser produzidos em indústrias diferentes, mas possuir o mesmo princípio ativo, ou seja, causam o mesmo efeito 3) Tipos de medicamento Alopáticos: são os medicamentos que possuem a premissa da “cura pelo contrário”, ou seja, curam as doenças causando efeitos diferentes dos sintomas que estão sendo apresentados. Por exemplo: um antitérmico como a dipirona é utilizada em casos de febre (corpo aumenta a temperatura basal) por diminuir a temperatura corporal. Os alopáticos são os medicamentos produzidos em larga escala, são os comercializados em farmácias e drogarias, portanto, a população confia mais neles, mesmo que tenham toxicidade elevada. Homeopáticos: são os medicamentos que “curam pela semelhança”, ou seja, curam ou aliviam os sintomas causando sintomas semelhantes com os já apresentados. Imitam os sintomas do paciente. Com isso, têm-se uma piora leve inicial, culminando em uma reação do próprio organismo que fortalece seus mecanismos de defesa, ou seja, a cura do paciente. Fitoterápicos: são produzidos através da industrialização de plantas medicinais, utilizando a planta toda ou uma parte dela como princípio ativo. 4) Toxicidade dos medicamentos A toxicidade de um medicamento são os efeitos indesejáveis ou diferentes do efeito que se espera do medicamento, ou seja, efeitos indesejáveis que são diferentes do efeito principal do medicamento. Isso pode acontecer mesmo que o medicamento seja consumido
Formas líquidas: é mais consumida por crianças e idosos por conta de sua fácil administração e deglutição se for comparada às outras formas. **São eles: xaropes, suspensões, elixires (entraram em desuso), colírios, soluções injetáveis etc.
Como visto anteriormente, a via mais utilizada é a via oral, que possui suas vantagens como a comodidade, o processo de absorção pode ser interrompido por lavagem gástrica e a incidência de reações adversas imediatas e severas é menor. Enquanto desvantagens, têm-se a necessidade de um intervalo maior de tempo para que seja atingida a concentração sanguínea máxima, além de sofrer influência da alimentação, metabolismo de primeira passagem (pelo fígado) etc. A maior parte da absorção acontece no intestino delgado por difusão passiva. Após ser absorvida pelo intestino, a droga cai na circulação portal (a que vai para os pulmões) e chega em alta concentração no fígado e, em alguns casos, a capacidade do fígado de metabolizar a droga é muito alta, o que gera a passagem de baixas concentrações dessa substância para a circulação sistêmica (que vai para o corpo todo). Esse fenômeno é chamado de metabolismo de primeira passagem , que diminui a biodisponibilidade da droga, ou seja, a quantidade de droga administrada que atinge a circulação. A lipossolubilidade é um fator essencial para a eficiência da absorção. A via sublingual é restrita a medicamentos com lipossolubilidade muito alta e, a vantagem, é que a circulação venosa dessa região não drena o medicamento para a circulação portal, ou seja, o fenômeno de primeira passagem é evitado. Com relação às vias parenterais, a absorção pela via intramuscular ocorre por filtração, chegando, assim, na corrente sanguínea. Então, os fatores importantes para esse processo são: a lipossolubilidade, a biodisponibilidade e o pH na absorção 2) DISTRIBUIÇÃO Após adentrar a corrente sanguínea, o fármaco será liberado para os vários compartimentos do corpo, assim, alguns fatores são necessários para a distribuição, como a ligação do medicamento a proteínas plasmáticas e teciduais, além da presença da barreira hematoencefálica. Têm-se na farmacocinética vários modelos para explicar a distribuição, sendo o mais empregado o modelo de dois compartimentos. Esse modelo considera que o organismo é formado por um compartimento central (cérebro, pulmões, coração, rins e fígado) , aonde a droga chegaria mais rápido, e um compartimento periférico (músculos e gordura) , no qual a droga atingiria um estado de equilíbrio depois de um certo tempo. Fatores que influenciam a distribuição: alta irrigação, fluxo sanguíneo e perfusão tecidual. 3) METABOLIZAÇÃO
Uma questão importante é que, nem sempre a tolerância de um medicamento acontece com a mesma intensidade com todos os compostos que ele possui, por exemplo, pacientes que são tratados com ansiolíticos benzodiazepínicos (Diazepam) podem ter o efeito sedativo reduzido, enquanto o efeito ansiolítico permanece constante por um tempo bem maior. Portanto, quando a tolerância de uma droga é acompanhada da diminuição do efeito de outros compostos, se fala em tolerância cruzada. Tolerância comportamental: a tolerância, aqui, é aprendida através do processo de condicionamento pavloviano, assim, a resposta aprendida pelo animal (resposta condicionada) é desencadeada/eliciada por estímulos ambientais condicionados emparelhados com o uso da droga (estímulo incondicionado). A repetição do uso do medicamento, feitas no mesmo ambiente, passa a eliciar respostas compensatórias no organismo, gerando efeito oposto aos efeitos esperados da droga. Aprendizado dependente do estado: refere-se à ideia de que o desempenho em tarefas de memória ou aprendizado pode ser influenciado pelo estado fisiológico ou psicológico em que a pessoa se encontrava ao adquirir essa informação. Em termos de uso de substâncias, significa que, se uma pessoa aprender algo enquanto está sob o efeito de uma substância, ela pode se lembrar melhor desse aprendizado se estiver no mesmo estado induzido pela droga. Sensibilização (ou tolerância reversa): algumas drogas, principalmente as psicoestimulantes como a cocaína, podem ter seus efeitos aumentados após seu uso repetido. Aqui também cabe o aprendizado em que, o estímulo do ambiente (como o local de aplicação habitual, a seringa, o ritual preparatório) antecipam o efeito (chamado de hipoalgesia) e potencializam os efeitos da droga (sensibilização). 7) EFEITOS ADVERSOS E ÍNDICE TERAPÊUTICO Os efeitos adversos podem ser categorizados como previsíveis e imprevisíveis. Os previsíveis são os efeitos tóxicos (a concentração do fármaco está muito elevada no organismo, acima da concentração que ocasiona o efeito terapêutico); efeitos colaterais (já mencionados acima, porém, por mais que sejam previsíveis, são inevitáveis); efeitos secundários (são os efeitos que decorrem da ação primária da droga). Os efeitos imprevisíveis decorrem de alguma particularidade do sujeito, genética ou imunológica, são eles: intolerância (por exemplo, depressão respiratória por conta do uso de morfina); idiossincrasia (já mencionado anteriormente); efeitos alérgicos (efeitos adversos decorrentes da ativação do sistema imunológico pela reação antígeno-anticorpo ou por linfócitos T sensibilizados); efeitos pseudo-alérgicos. Índice terapêutico: é a relação entre a dose que produz efeito tóxico e a dose que permite o medicamento agir enquanto efeito terapêutico, portanto, esse índice determina a segurança de uma medicação em relação à dose, assim, quanto maior o índice mais seguro é
o medicamento, em contrapartida, quanto menor o índice maior as chances de ser tóxico (ver slide 20 de farmacocinética).