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As formas de provisão da moradia na configuração socioespacial da Região.
Tipologia: Notas de estudo
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Assunto: O Capítulo 6 aborda sobre a expansão urbana da cidade do Recife destacando as duas dinâmicas predominantes: uma na direção oeste, norte e sul, de modo extensivo, e outra, internamente à malha urbana, tornando-a mais densa e verticalizada. Aponta para as desigualdades que caracterizam sua distribuição socioespacial expressa a relação de proximidade vivenciada entre a população pobre e rica. A capital pernambucana possui espaços urbanos de elevado padrão que se justapõem a espaços de extrema pobreza. São apresentados modos de prover a moradia na cidade contemplando três dinâmicas predominantes a partir de meados do século XX: a produção imobiliária empresarial, que define as áreas de valorização imobiliária; a produção informal de moradias, uma constante na história da metrópole; e a promoção pública da moradia, configurada pelas instituições que estiveram à frente de suas formulações. Objetivos: Analisar o estudo das formas da provisão de moradias relacionadas à configuração socioespacial das metrópoles brasileiras que integra uma pesquisa desenvolvida em rede nacional, coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem como cenário de referência o quadro de mudanças decorrentes da reestruturação econômica, social e política, que se instala mais visivelmente a partir dos anos 80, em âmbito mundial, com repercussões nos níveis nacional e local, focado na região metropolitana do Recife. O texto parte pressuposto de que o capital imobiliário assume um papel central na reprodução da nova ordem econômica, cujas ações não estão necessariamente condicionadas às necessidades físicas geradas pelo setor financeiro.
Principais aspectos adotados: O texto aborda aspectos de estratégias da produção empresarial de moradia, seja por meio do adensamento e verticalização das áreas mais valorizadas, seja expandindo as fronteiras de valorização imobiliária por meio da incorporação de novas áreas, que contribuem, significativamente, em ambos os casos, para definir a organização social do território. A produção informal de moradias, que envolve historicamente as formas e estratégias das comunidades mais pobres na sua luta pela habitação, seja por autoconstrução ou autogestão individual e autogestão coletiva, realizadas informalmente em terrenos públicos ou privados e por fim, a promoção pública da moradia, cujas modalidades são definidas pelas instituições que estiveram à frente das políticas públicas habitacionais, envolvendo a produção direta ou por empreitada do poder público, ou a promoção da autoconstrução, da autogestão individual ou da autogestão coletiva. A dinâmica e a organização espacial da metrópole recifense são marcadas por condicionantes físico-ambientais que, aliados aos processos históricos de ocupação, contribuíram para consolidar a distribuição das atividades sócio-ocupacionais de áreas urbanas e rurais, bem como os usos e formas de ocupação no território, de modo a caracterizar um quadro de desigualdades socioeconômicas, que tem na habitação uma de suas formas espaciais de expressão. Em Recife, a implantação de dois grandes empreendimentos contribuiu para o crescimento das áreas dos respectivos entornos, relativizando o impacto da crise no setor imobiliário e consolidando a região onde predomina o tipo socioespacial superior médio: o bairro de Boa Viagem com a construção do Shopping Center Recife; e o bairro da Jaqueira, com a implantação do parque de mesmo nome. A produção imobiliária do Recife se expandiu a partir da década de 1990, caracterizada pela intensificação do processo de verticalização. Isto se dá na fase em que os centros urbanos mundiais se tornam os principais atrativos à especulação financeira, ao mesmo tempo em que é sob a forma do capital imobiliário que o processo especulativo se realiza através da produção e comercialização de imóveis. Constata-se que a implantação de loteamentos, condomínios, condomínios-hotéis e bairros residenciais tornou-se, ao longo das
construção dos conjuntos habitacionais, favorecendo a reserva de terras como fonte de valorização e, paralelamente, dando suporte à especulação do mercado de terra e imobiliário. Demonstra, sobretudo, o modelo político e socioeconômico em vigor e o contexto no qual se estabelece a relação entre o Estado, os segmentos populares em suas lutas persistentes por moradia e a relação de mercado.