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prova psicopedagogia facuminas
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
Fonte: br.images.search.yahoo.com
Alguns fatores educacionais afetam diretamente no processo de aprendizagem. A psicopedagogia surgiu exatamente no sentido de compreender e intervir na aprendizagem humana. Segundo Serra (2012 p. 5), ”A Psicopedagogia é uma área de estudo bastante recente, existindo à aproximadamente 40 anos no Brasil”. Ao contrário do que algumas pessoas imaginam a psicopedagoga não se resume a atender pessoas com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem, seus princípios são construídos em cima de estudos que visam à aprendizagem de um modo geral, independentemente da idade, estado patológico ou normal, qualquer pessoa pode fazer uso da psicopedagogia para aprender de forma eficaz. Sua origem é atribuída aos argentinos, Bossa (2000, p. 36), frisa que:
“A origem do pensamento argentino acerca da Psicopedagogia está centrada na literatura francesa e se baseia em autores como Lacan, Mannoni, Françoise Dolto, Ajuriaguerra, Pichon-Rivière, entre outros, no Século XXI”. (BOSSA, 2000, apud LIMA, 2017. p. 3). Quando surgiram novas pesquisas em relação aos problemas de aprendizagem, século também que se passou a ter uma preocupação maior com relação aos ambientes que cada ser humano está inserido, e a forma de incentivo que cada um recebe, enfatizando também a forma como o pensamento e a aprendizagem se modificam e se reestruturam de acordo com a motivação e ensino
Fonte: br.images.search.yahoo.com
A escola tem uma grande missão em ensinar assuntos e habilidades que terão valor durante a vida adulta, tornando-se fundamental a qualidade da formação do educador. Porém segundo Jerônimo Sobrinho (2016),
[...] essa mesma “escola tem revisto a sua política educacional, que vem mostrando deficiências históricas oriundas, muitas vezes, da má vontade de seus membros, das equipes de orientação escolar que possuem dificuldades frente às problemáticas de aprendizagem. Jovens são rotulados de desatentos e hiperativos por uma educação que não motiva, e por uma ignorância de muitos âmbitos escolares”. (JERÔNIMO SOBRINHO 2016, apud LIMA, 2017. p. 4).
Para Côrtes & Rausch (2009), “A falta de conhecimento a respeito das dificuldades de aprendizagem fez e, ainda faz, com que os alunos com dificuldades sejam encaminhados para profissionais das mais diversas áreas de atuação”. Isso fez com que se criasse uma consciência da necessidade de uma formação mais globalizante onde uma única pessoa fosse apta para atuar de forma mais objetiva, eficaz e fazer com que os atendimentos se centralizassem num só profissional, facilitando o vínculo do aluno com o processo de aprendizagem e assim resgatar o prazer de aprender. Vê-se então, que o papel da Psicopedagogia, que é a área que estuda e trabalha com o processo da aprendizagem e suas dificuldades devem englobar vários campos do conhecimento. O atendimento psicopedagógico que antes era restrito a clínicas particulares, começa a contribuir aos poucos, para a
diminuição dos problemas de aprendizagem nas escolas e assim reduzir os altos índices de fracasso escolar”.
As escolas, por falta de conhecimento adequado e por não conseguir solucionar alguns problemas, por não compreender as dificuldades dos alunos, acabam discriminando da mesma forma alunos que tem problemas e não são tratados, não conseguindo então, intervir de forma eficaz. Abre-se então, a questão do papel do psicopedagogo na e para uma determinada instituição, cujas formas de estrutura e articulação não podem ser ignoradas (CÔRTES; RAUSCH, 2009, apud LIMA, 2017. p. 4). No contexto educativo, o psicopedagogo assume uma postura cada vez mais especializada para dar conta das demandas de um sistema educativo a cada dia mais complexo. A maior parte da atuação psicopedagógica se concentra nas instituições ligadas a educação formal. Os níveis de ação psicopedagógica abarcam os estudantes e a comunidade educativa. No sistema educativo, é o profissional preparado para estruturar estratégias de intervenção junto aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Também são funções do psicopedagogo: diagnosticar, prevenir, reeducar e intervir nas dificuldades de aprendizagem nas áreas de leitura, escrita e cálculo. O psicopedagogo tem capacidade de inserir-se nos processos de ensino, propondo mudanças e adaptações curriculares para apoiar, orientar e guiar os alunos com dificuldades de aprendizagem, aplicando programas e técnicas para constatar a evolução e o progresso do aluno (JERÔNIMO SOBRINHO, 2016).
Neste sentido, torna-se imprescindível a interação com a instituição escolar, para que se possa dentre outras questões, conhecer a proposta da escola, os seus objetivos, as justificativas, os seus projetos, o projeto de trabalho dos docentes dos diversos componentes curriculares, bem como o desenvolvimento desses projetos, o material didático utilizado, o processo avaliativo tanto dos alunos como dos docentes e da instituição (PERES, 2007, apud LIMA, 2017. p.5).
Diante disto, segundo o autor supracitado, o trabalho psicopedagógico na escola tem assumido um caráter preventivo, considerando desde a avaliação da realidade, da identidade da escola, perpassando pelo planejamento, pelos pressupostos didático-metodológicos, como também pelas relações interpessoais que envolvem o ato educativo, dentre outras questões. A autora afirma ainda que, em um trabalho psicopedagógico preventivo, não pode ignorar a importância do assessoramento educacional tanto aos alunos como aos docentes, coordenadores, orientadores, diretores, pais e familiares. O processo educacional é um processo de
Fonte: dialogosdosaber.com.br
O Código de Ética do Psicopedagogo, no seu artigo 1°, define a Psicopedagogia como um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana: seus padrões normais e patológicos considerando a influência do meio, família, escola e sociedade no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia. A Psicopedagogia surge para atender a uma demanda específica de auxílio à superação das dificuldades de aprendizagem, atuando de forma preventiva e terapêutica. A Psicopedagogia se divide em três processos: prevenção, diagnóstico e intervenção. Na prevenção, o psicopedagogo realiza uma investigação institucional, avaliando os processos didáticos e metodológicos aplicados, e a dinâmica dos profissionais, buscando compreender o processo ensino/aprendizagem e propondo alternativas que aperfeiçoem os esforços empreendidos pelos envolvidos. A Psicopedagogia, na forma clínica, busca a promoção da saúde mental auxiliando o indivíduo na superação das dificuldades de aprendizagem, investigando os sintomas, a modalidade de aprendizagem e desenvolvendo atividades interventivas. O atendimento psicopedagógico com uma postura clínica considera a singularidade do sujeito, os aspectos inconscientes envolvidos no não aprender nos seus diversos contextos (biológico, afetivo e cognitivo), além da família e da escola.
Pode-se destacar duas formas básicas de trabalho psicopedagógico: a primeira delas é o atendimento clínico, que tem como objetivo a recuperação, a outra é a institucional, que tem como objetivo principal a prevenção. Atualmente há um grande interesse no trabalho preventivo, situação que não é exclusiva da área psicopedagógica. Ao contrário, é uma tendência em várias áreas. Acredita-se que dessa forma muitos problemas podem ser evitados.
Fonte: br.images.search.yahoo.com
Segundo Souza (2012) as teorias sobre as Dificuldades de Aprendizagem possuem três enfoques:
É muito relevante para compreender a importância multidisciplinar no campo das Dificuldades de Aprendizagem variando os métodos podemos conseguir alcançar os objetivos.
Em “Os Idiomas do Aprendente” de Alicia Fernandes, encontra-se a diferença entre fracasso escolar e dificuldade de aprendizagem. A autora define dificuldades de aprendizagem como uma situação “que provém de causas que se referem à estrutura individual da criança, tornando-se necessária uma intervenção psicopedagógica mais direcionada” A autora afirma ainda:
Fracasso escolar afeta o aprender do sujeito em suas manifestações sem chegar a aprisionar a inteligência: muitas vezes surge do choque entre o aprendente e a instituição educativa que funciona de forma segregadora. Para entendê-lo e abordá-lo, devemos apelar para a situação promotora do bloqueio (FERNANDEZ, 2001, apud TOSTES, 2016, p. 129). Santos (2009) acredita que como consequência de sua dificuldade de aprendizagem, os alunos podem apresentar baixos níveis de autoestima e de autoconfiança, o que pode conduzir à falta de motivação, afastamento, crises de ansiedades e estresse e até mesmo depressão. Para Santos (2009) a dificuldade que mais é encontrada na atualidade é a dislexia. Porém, é necessário estar atento a outros sérios problemas como: disgrafia, disortografia, discalculia, dislalia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), são as dificuldades que ocorrem com mais frequência nas salas de aula.
5.1 Dislexia
Fonte: dislexiafeliz.online
De (origem grega, da contração das palavras dis= difícil, prejudicada, e lexis= palavra). Ocorre um retardo e desordem para ler, escrever e soletrar. Portanto, dislexia é o impedimento que aparece na leitura, bloqueando o aluno de ser fluente, pois faz trocas e omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, silabada, dá intervalos entre linhas ao ler um texto não consegue dar continuidade na mesma linha, possui desorganização espacial etc. Estudiosos afirmam que suas causas têm origem de fatores genéticos, porém ainda nada foi comprovado pela medicina. Ciasca (2005, p. 66), define dislexia:
Falha no processamento da habilidade da leitura e escrita durante o desenvolvimento. A dislexia como um atraso do desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito é o mais incidente dos distúrbios específicos da aprendizagem, com cifras girando em torno a 15% da população com distúrbios da aprendizagem, sendo dividida em três tipos: visual, mediada pelo lóbulo occipital, fonológica mediada pelo lóbulo temporal, e mista com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-frontal. (CIASCA, 2005, apud TOSTES, 2016, p. 130).
6 DISGRAFIA
Fonte: priscillaranieri.com.br
Normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversão de letras consequentemente apresenta dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto. A habilidade de escrita está abaixo do nível
6.2 Discalculia
Fonte: neurosaber.com.br
É a dificuldade em lidar com cálculos, numerais e quantidades, prejudicando as atividades de vida diária que envolve essas habilidades e conceitos. De acordo com o DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais), em indivíduos com transtornos da Matemática, a capacidade para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático encontra-se substancialmente inferior à média esperada para sua idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade.
Discalculia é uma falha na aquisição da capacidade e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos. Basicamente, a dificuldade está no reconhecimento do número e do raciocínio matemático. Atinge de 5 a 6% da população com dificuldade de aprendizagem e envolve dificuldade na percepção, memória, abstração, leitura, funcionamento motor; combina atividades dos dois hemisférios. (DSM 5, apud TOSTES, 2016, p. 131). Para Santos (2009) talvez a maioria das dificuldades não tenha causas orgânicas e não esteja relacionada às atividades cognitivas da criança, mas seja resultado de problemas educativos ou ambientais. Estratégias de ensino ineficientes podem prejudicar o nível de sucesso das crianças na realização de tarefas, gerando problemas como falta de autoconfiança e efeitos negativos sobre a aprendizagem comprometendo aspectos como a atenção, concentração, memória, coordenação motora e outros.
Entre tantas dificuldades de aprendizagem, as mais encontradas nas escolas são estas apresentadas, porém, somente após uma avaliação a psicopedagoga pode realmente sugerir o que fazer com a criança. Como a profissional da psicopedagogia pode atuar nas escolas, em clínicas e empresas, quando aparece a dificuldade em aprender, sua avaliação será útil para saber se a criança com reforço escolar pode melhorar, ou se necessita da clínica psicopedagógica para melhorar seu desempenho escolar. Dessa forma é interessante observar como e quando a psicopedagogia apareceu, mesmo porque segundo Sá (2013, p. 21), trata-se de uma crescente profissionalização na área, ou seja, “enquanto profissional, o psicopedagogo pode intervir em uma concepção eminentemente preventiva ou em uma abordagem terapêutica, clínica”.
Fonte: priscillaranieri.com.br
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) [...] a formação da escola deve favorecer o desenvolvimento de capacidades, de modo que ocorra a compreensão e a mediação dos fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar aos alunos usufruir das manifestações culturais nacionais e universais (BRASIL, 1996, apud TOSTES, 2016, p. 131).
capacidades mentais e práticas dos alunos de modo a adquirirem métodos próprios de pensamento e ação, ou seja, a construção do conhecimento? (COLELO, 2004, apud TOSTES, 2016, p. 132).
Conforme Colelo (2004) são três as fontes que o professor selecionará para os conteúdos do plano de ensino e organizar as suas aulas: a programação oficial na qual são fixados os conteúdos de cada matéria; os próprios conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino; as exigências teóricas e práticas colocadas pela prática de vida dos alunos, tendo em vista o mundo do trabalho e a participação democrática na sociedade. Deve ocorrer a reflexão sobre o que se pretende com o ensino fundamental, sobre seu currículo como um todo e as expectativas que se tem a respeito dos alunos que terminam essa fase de escolarização; e sobre a realidade da escola e suas condições de trabalho para viabilizar as metas pretendidas. Quando o professor escolher e indicar conteúdos e procedimentos de ensino, suas escolhas estarão, pois, ancoradas num contexto mais amplo de desafios e problemas, bem como em concepções norteadoras. Dentro desse contexto a escola tem uma equipe que compreende alguns cargos, como diretora, coordenadora, educadores, psicopedagogos, entre outros. Essa equipe tem a função de ensinar, o que significa transmitir informações aos alunos. E dentre esses alunos existem aqueles que têm dificuldades em aprender. Para esses, é preciso primeiro identificar a problemática sobre suas dificuldades, em seguida pedir auxílio ao psicopedagogo, e este deve orientar como transmitir o ensino aprendizagem a esses alunos.
Fonte: unir.net
O diagnóstico, para o terapeuta, tem a mesma função que a rede para um equilibrista, ou seja, ele dará o suporte para que o psicopedagogo caminhe de maneira segura durante o processo de intervenção. O sucesso e a eficácia do diagnóstico psicopedagógico pressupõem por parte do terapeuta: profundo conhecimento teórico do processo de aprendizagem, postura clínica, capacidade de observação e instrumentos e métodos adequados. O objetivo do diagnóstico psicopedagógico clínico é identificar a modalidade de aprendizagem, o nível da escrita e o nível cognitivo. Os instrumentos aplicados no diagnóstico psicopedagógico aqui relatado são descritos no item método e fazem parte do protocolo utilizado na clínica-escola campo desta pesquisa.