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Guias e Dicas
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Prova Objetiva - Edição 2023/1 - Ampliada, Provas de Medicina

Uma prova objetiva com questões de múltipla escolha, abrangendo diversos temas relacionados à saúde. As questões exploram conceitos e práticas médicas, incluindo cardiopatia isquêmica, câncer de próstata, anemia macrocítica, síndrome dos ovários policísticos, sindemia da covid-19, doença de parkinson e carcinoma de células transicionais. Útil para estudantes de medicina e profissionais da área da saúde que desejam aprimorar seus conhecimentos e habilidades.

Tipologia: Provas

2023

Compartilhado em 16/09/2024

iana-martins-1
iana-martins-1 🇧🇷

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LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
1. Verifique se, além deste caderno, você recebeu seu Cartão-Resposta, destinado à
transcrição das respostas das questões de múltipla escolha (objetivas) e do
Questionário de Percepção sobre a Prova. O Cartão-Resposta será o único
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2. Confira se este caderno contém 100 questões de múltipla escolha (objetivas) e o
Questionário de Percepção sobre a Prova.
3. Verifique se a prova está completa e se os seus dados pessoais estão corretos no
Cartão-Resposta. Caso contrário, avise imediatamente ao Chefe de Sala.
4. Transcreva a seguinte frase no Cartão-Resposta, no campo destinado a esse fim:
“Os que não conhecem nem o próprio caminho mostram aos outros a estrada”.
5. Assine o Cartão-Resposta no espaço próprio, com caneta esferográfica de tinta preta,
fabricada em material transparente.
6. Você terá 5 horas para responder às questões de múltipla escolha.
7. Não realize qualquer espécie de consulta ou comunicação com demais participantes
durante o período de prova.
8. Ao terminar a prova, levante a mão e aguarde o Chefe de Sala em sua carteira para proceder à
identificação, recolher o material de prova e coletar a assinatura na Lista de Presença.
9. Atenção! Você poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos
para o término da Prova Objetiva.
PROVA OBJETIVA
EDIÇÃO 2023/1
AMPLIADA
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LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.

  1. Verifique se, além deste caderno, você recebeu seu Cartão-Resposta, destinado à transcrição das respostas das questões de múltipla escolha (objetivas) e do Questionário de Percepção sobre a Prova. O Cartão-Resposta será o único documento válido para correção.
  2. Confira se este caderno contém 100 questões de múltipla escolha (objetivas) e o Questionário de Percepção sobre a Prova.
  3. Verifique se a prova está completa e se os seus dados pessoais estão corretos no Cartão-Resposta. Caso contrário, avise imediatamente ao Chefe de Sala.
  4. Transcreva a seguinte frase no Cartão-Resposta, no campo destinado a esse fim:

“Os que não conhecem nem o próprio caminho mostram aos outros a estrada”.

  1. Assine o Cartão-Resposta no espaço próprio, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.
  2. Você terá 5 horas para responder às questões de múltipla escolha.
  3. Não realize qualquer espécie de consulta ou comunicação com demais participantes durante o período de prova.
  4. Ao terminar a prova, levante a mão e aguarde o Chefe de Sala em sua carteira para proceder à identificação, recolher o material de prova e coletar a assinatura na Lista de Presença.
  5. Atenção! Você só poderá levar este Caderno de Prova quando restarem 30 minutos para o término da Prova Objetiva.

PROVA OBJETIVA

EDIÇÃO 2023/

AMPLIADA

QUESTÃO 1

Um paciente com 54 anos, em acompanhamento há 4 meses em função de cardiopatia isquêmica dilatada, foi admitido na unidade de emergência com queixas de súbitas palpitações e dispneia há cerca de 3 horas. O paciente nega dor precordial, informando ser portador, de longa data, de hipertensão arterial sistêmica e diabetes melito, em uso de carvedilol, enalapril, furosemida, espironolactona, dapagliflozina e insulina NPH (dose apenas noturna). Ao exame físico, o paciente se encontra em moderado desconforto respiratório, sudorese presente, pressão arterial de 80 × 62 mmHg, frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto, com ritmo cardíaco irregular e com estertoração bolhosa bibasal. É realizado um eletrocardiograma (ECG) que evidencia padrão irregular, com existência de ondas f, sendo caracterizada fibrilação atrial paroxística com elevada resposta ventricular; fora a presença de ondas Q patológicas na parede anterior, não há distúrbios de ST-T no ECG. A médica que o atende opta por realizar um procedimento que exige prévia aplicação de sedação e analgesia ao paciente, passando a explicar-lhe o que será realizado em seguida.

Diante da situação apresentada, o procedimento que será realizado no paciente é

A cineangiocoronariografia com angioplastia coronária. B cateterismo cardíaco com estudo eletrofisiológico. C implante de marca-passo provisório transvenoso. D aplicação de cardioversão elétrica.

QUESTÃO 2

Um homem com 62 anos comparece, acompanhado de sua filha, a uma unidade básica de saúde, após terem sido alertados pelos vizinhos sobre a campanha de detecção de câncer de próstata, denominada Novembro azul. O paciente não mantém contato com os irmãos nem com o restante da família, portanto desconhece se há história familiar de câncer. Está completamente assintomático. Relata que seu pai faleceu aos 65 anos de idade e que não sabe a causa da morte.

Nesse caso, do ponto de vista da prevenção, a conduta do médico deve ser

A orientar o rastreio, indicado para homens de 50 a 70 anos de idade e esclarecer a filha de que será solicitado o PSA (antígeno prostático específico), método com grande sensibilidade e especificidade para diagnóstico de estágio precoce de doença. B iniciar o rastreio indicado para homens de 50 a 70 anos de idade, como recomendado pelo Ministério da Saúde, que prevê, nessa faixa etária, a realização do toque retal e a ultrassonografia da próstata, após concordância, expressa no consentimento informado. C avaliar a necessidade de rastreio, indicado para homens de 50 a 70 anos de idade, esclarecendo à filha de que serão solicitados um exame de toque retal, a coleta do PSA e a ultrassonografia da próstata, após concordância, expressa no consentimento informado. D discutir o rastreio do câncer de próstata com o paciente e sua filha, dado que ele está assintomático e que, nesse caso, há muitos dados que mostram que possíveis danos relacionados a testes diagnósticos e tratamentos excessivos superam respectivos benefícios.

QUESTÃO 5

Sindemia é um conjunto de problemas de saúde intimamente interligados e que aumentam mutuamente, que afetam significativamente o estado geral de saúde de uma população no contexto de persistência de condições sociais adversas.

SINGER, M. A dose of drugs, a touch of violence, a case of AIDS: conceptualizing the SAVA syndemic. Free Inquiry in Creative Sociology. Okhlahoma, Estados Unidos, v. 24, n. 2, p. 99-110, 1996.

A sindemia não constitui simplesmente um sistema de comorbidade; ao contrário, significa um sistema de transmorbidade. Implica, ademais, entender essa sindemia como determinada socialmente e, por consequência, compreender que ela não será solucionada somente com modelos de intervenção provenientes exclusivamente do campo biomédico.

VILAÇA MENDES, E. O lado oculto de uma pandemia: a terceira onda da covid-19 ou o paciente invisível. CONASS. 2020.

Acerca da perspectiva sindêmica da Covid-19, assinale a opção correta.

A A distribuição das taxas de morbidade e mortalidade da Covid-19 entre os diferentes segmentos sociais reflete as desigualdades estruturais e os determinantes sociais da saúde. B A suspensão dos atendimentos de pessoas com doenças crônicas foi medida acertada diante da emergência sanitária, dada a necessidade de priorizar o atendimento e o acompanhamento dos casos de Covid-19. C A interação entre epidemias resulta na redução considerável da taxa de incidência das doenças, assim como da severidade dos casos e das repercussões para as comunidades, prevalecendo uma das epidemias em detrimento das demais. D A teoria sindêmica da Covid-19 reforça a importância de investimentos em políticas de natureza curativa, sobretudo na estruturação e ampliação de leitos clínicos e de terapia intensiva direcionados aos casos graves, que requerem acompanhamento hospitalar.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 6

Um paciente com 65 anos faz acompanhamento na unidade básica de saúde devido a doença de Parkinson e evolui com quadro de sonolência diurna excessiva, anosmia, fadiga e apatia. Os familiares referem que o paciente faz uso regular dos seguintes medicamentos: levodopa, dipirona, losartana e ácido acetilsalicílico. Ele é, então, encaminhado para internação hospitalar para investigação diagnóstica do quadro relatado. O exame físico revela presença de rigidez muscular importante com sinal da roda dentada presente e tremores nas extremidades. O paciente apresenta-se muito sonolento, respondendo às solicitações, com perda do olfato, cansaço importante e apatia. Foram realizados exames laboratoriais que se mostraram dentro dos parâmetros da normalidade.

Nesse caso, a provável evolução do quadro clínico do paciente está relacionada a

A quadro infeccioso com exames laboratoriais dentro dos parâmetros da normalidade. B distúrbios neurodegenerativos não relacionados à doença de Parkinson. C manifestação neuropsiquiátrica e não motora da doença de Parkinson. D parkinsonismo secundário associado a medicamentos.

QUESTÃO 7

Um paciente de 55 anos, obeso, tabagista, foi internado no serviço de urologia. Apresentava hematúria franca, tendo sido submetido a cistoscopia com ressecção transuretral de lesões. O laudo anatomopatológico revelou a ressecção de 3 lesões tumorais superficiais, limitadas ao revestimento da bexiga, compatíveis com carcinoma de células transicionais de alto grau, além de ausência de invasão muscular. A pesquisa realizada por meio de ultrassonografia não demonstrou acometimento de linfonodos locais.

Nessa situação, qual conduta deve ser adotada para o caso?

A Solicitar cistectomia total. B Indicar tratamento intravesical com BCG. C Indicar tratamento com dose única de mitomicina. D Solicitar cistoscopia com nova ressecção trimestral.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 10

Uma mulher com 26 anos, foi atendida pela equipe de triagem de uma unidade de saúde da família localizada na área rural de um município de pequeno porte. Em razão de queixa de atraso de alguns dias da menstruação, a paciente realizou um teste rápido de gravidez, que se revelou positivo. O médico que a atende, após anamnese completa e exame clínico, classifica-a como gestante de baixo risco e solicita testes rápidos para hepatite B, sífilis (teste treponêmico) e HIV. Os resultados de todos os exames, exceto o de sífilis, são negativos. A paciente relata que não tem alergia a medicamentos, que nunca teve sífilis nem realizou tratamento medicamentoso para essa doença. O médico solicita que ela compareça com seu parceiro à próxima consulta, para que ele também realize os testes rápidos e decide, então, iniciar, para a paciente, o tratamento para sífilis tardia.

Após solicitar todos os exames laboratoriais para o pré-natal de baixo risco e o exame VDRL confirmar a doença, o médico prescreve que seja administrado à paciente, na unidade de saúde, benzilpenicilina benzatina de 1.200.000 Ul (intramuscular), em

A 1 dose por semana, durante 3 semanas; o VDRL deverá ser monitorado mensalmente; o indicador de cura é que o VDRL reduza pelo menos 1 diluição em relação ao VDRL constatado no momento do diagnóstico. B 2 doses por semana, durante 3 semanas; o VDRL deverá ser monitorado mensalmente; o indicador de cura é que o VDRL reduza pelo menos 2 diluições em relação ao VDRL constatado no momento do diagnóstico. C 2 doses por semana, durante 2 semanas; o VDRL deverá ser monitorado no 3°, no 9° e no 12° mês após o diagnóstico; o indicador de cura é que o VDRL reduza pelo menos 1 diluição em relação ao VDRL verificado no momento do diagnóstico. D 1 dose por semana, durante 2 semanas; o VDRL deverá ser monitorado no 3°, no 9° e no 12° mês após o diagnóstico; o indicador de cura é que o VDRL reduza pelo menos 2 diluições em relação ao VDRL verificado no momento do diagnóstico.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 11

Uma paciente com 30 anos, branca, procura serviço de emergência devido a sangramento gengival e ao aparecimento de pontos avermelhados nos membros inferiores há 15 dias, com piora progressiva das lesões e fadiga. Nega febre, uso de medicamentos e ingesta de bebidas à base de quinino. Foram solicitados exames que mostraram:

Hemograma Resultado

Valores de referência Mulheres Homens Hemácias 4,0 x 10^12 /L 0,5-4,3 x 1012 /L

0,5-5,0 x 10^12 /L

Hemoglobina 10 g/dL 12,0-16, g/dL

13,5-17,5 g/dL

Hematócrito 30% 36-46 (%) 41-53 (%) Leucócitos 5,0 x 10^3 /L 3,0-7,0 x 10^3 /L Plaquetas 10 x 10^3 /L 150-400 x 10^3 /L OBS.: foram observadas macroplaquetas na lâmina do esfregaço de sangue.

Coagulograma Resultado Valor de referência TP (tempo de protrombina) 12 seg 11,7±0,5 seg Atividade 100% 70 a 120% RNI (razão Normalizada Internacional) 1,0 1, TTPA (tempo de tromboplastina parcial ativada) 20 seg 22 a 40 seg R (relação = tempo paciente/tempo de controle interno) 1,0 0,8 a 1,

Outros exames laboratoriais Resultado Valor de referência Ureia 30 mg/dL 13 a 43 mg/dL Creatinina 0,8 mg/dL 0,6 a 1,2 mg/dL DHL (desidrogenase lática) 150 U/dL 125 a 220 U/dL Bilirrubina total 1,0 mg/dL Até 1,2 mg/dL Bilirrubina direta 0,3 mg/dL Até 0,3 mg/dL Bilirrubina indireta 0,6 mg/dL Até 0,6 mg/dL Teste de Coombs direto Negativo Negativo Teste de Coombs indireto Negativo Negativo Atividade da enzima ADAMTS13 >10% ≥10%

Ao exame clínico, notou-se a presença de lesões na pele, com petéquias no dorso do pé e no tornozelo (sola dos pés sem lesões) e hemorragia bolhosa na mucosa bucal.

Com base nas informações descritas, a principal hipótese diagnóstica é

A síndrome hemolítico-urêmica (SHU). B púrpura trombocitopênica trombótica. C trombocitopenia induzida por fármaco. D púrpura trombocitopênica imunológica grave.

QUESTÃO 15

Um paciente com 32 anos, enfermeiro em hospital de referência em urgência e emergência, queixa-se de eritema, descamação e pápulas na face, principalmente na região malar. Ele relata ter percebido que esse quadro clínico, compatível com eczema de contato na face, manifestou-se após o uso constante de certo tipo de máscara de proteção. Apesar do risco de contágio pelo novo Covid-19 já ter diminuído, os profissionais da área de saúde continuam a usar com frequência seus equipamentos de proteção individual, entre eles, as máscaras N95.

Considerando-se a situação descrita, assinale a opção correta.

A Os medicamentos tópicos, como pomadas compostas por corticoide e antibiótico, são de prescrição obrigatória na condução clínica desse paciente. B Os testes epicutâneos constituem ferramenta diagnóstica confirmativa, podendo ser utilizados amplamente na Atenção Primária à Saúde. C O afastamento, temporário ou permanente, desse trabalhador deve ser avaliado, a partir da confirmação ou suspeita de doença relacionada ao trabalho. D O diagnóstico de dermatose ocupacional, frequente entre profissionais dessa área, possui prevalência real registrada elevada, existindo baixa prevalência de sub-registros depois das notificações realizadas na Atenção Primária à Saúde.

QUESTÃO 16

Uma paciente com 40 anos, branca, encaminhada da unidade básica de saúde, é atendida para investigação de trombose venosa profunda (TVP). Conta que apresentou um segundo episódio de TVP do membro inferior esquerdo há 30 dias. Informa que faz uso de anticoncepcional oral desde os 18 anos e que a primeira TVP ocorreu aos 36 anos, quando foi tratada com varfarina por 6 meses, sem intercorrências. Conta que teve 3 gestações, a primeira delas, aos 22 anos, resultou em um aborto espontâneo, as outras 2 foram a termo. Ela informa ainda que sua mãe também já apresentou TVP. Relata também que atualmente vem fazendo uso de rivaroxabana.

Para investigação de TVP na paciente nesse momento, deve-se solicitar

A anticorpos anti-beta-2 glicoproteina 1 IgG e IgM. B anticorpos anticardiolipina IgG e IgM. C proteína C e proteína S livre. D PCR para fator V Leiden.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 17

Um paciente com 45 anos, vítima de colisão automobilística do tipo auto vs anteparo (muro) com velocidade aproximada de 60 km/h, foi trazido à unidade de emergência pelo serviço de resgate pré-hospitalar em prancha rígida e com colar cervical. Relata que estava utilizando cinto de segurança e que o air-bag foi acionado. Nega qualquer sintomatologia no momento. Na avaliação primária, feita na chegada do paciente à sala de emergência, registram-se: vias aéreas pérvias, exame respiratório normal, frequência respiratória de 22 incursões respiratórias por minuto, frequência cardíaca de 88 batimentos por minuto, pressão arterial de 130 × 90 mmHg. Além disso, apresentou exame neurológico sumário normal, Escala de Coma de Glasgow de 15 e ausência de lesões externas aparentes.

Em relação à imobilização da coluna desse paciente, a conduta mais adequada é

A solicitar radiografias de coluna cervical AP e perfil, com visualização até C7; caso as radiografias demonstrem normalidade, autorizar a retirada do colar cervical e da prancha rígida. B retirar o colar cervical e manter o paciente em observação, com imobilização na prancha rígida por mais seis horas, e retirar a prancha caso o exame físico da coluna e o exame neurológico estejam normais. C manter o paciente com colar cervical e em prancha rígida em observação por doze horas e, após esse período, repetir exame neurológico, retirando o colar e a prancha rígida caso o exame indique normalidade. D executar o rolamento "do corpo em bloco" mantendo a cabeça do paciente em posição neutra, e proceder ao exame físico da coluna e exame neurológico, retirando o colar e a prancha rígida caso os exames indiquem normalidade.

QUESTÃO 18

Um recém-nascido de 2 dias de vida, a termo, sem pré-natal adequado e que está em alojamento conjunto, vem apresentando icterícia e hepatomegalia. Na investigação, foi realizado o diagnóstico de toxoplasmose congênita.

Como uma complicação dessa doença, a criança poderá apresentar

A hipoglicemia. B coriorretinite. C pneumonia alba. D hipogamaglobulinemia.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 21

Um paciente com 20 anos, previamente hígido, é recebido em pronto atendimento referindo que iniciou, há cinco dias, tosse produtiva acompanhada de astenia e febre diária entre 38 e 39 °C e que evoluiu com dor no hemitórax direito, que piorava com inspiração profunda e dispneia progressiva. Conta que procurou médico há 3 dias, o qual lhe prescreveu analgésicos e anti-inflamatórios, não tendo obtido melhora significativa do quadro. Ao exame físico, o paciente encontra-se em regular estado geral, com expansibilidade da caixa torácica reduzida à direita, frêmito toracovocal reduzido, com submacicez e murmúrio vesicular abolido em base pulmonar à direita.

Com base na situação apresentada, a hipótese diagnóstica mais provável é

A pneumonia viral complicada com atelectasia. B neoplasia de pulmão complicada com atelectasia. C tuberculose pulmonar complicada com pneumotórax. D pneumonia bacteriana complicada com derrame pleural.

QUESTÃO 22

Uma paciente com 25 anos apresentou edema, rubor e dor em pálpebra superior direita, com resolução espontânea do quadro em 48 horas. No momento, apresenta nodulação de 0,3 cm, indolor, localizada na face interna do terço médio da pálpebra superior direita. Nega febre ou qualquer outro sintoma.

Nesse caso, qual é o diagnóstico mais provável?

A Calázio. B Hordéolo. C Canaliculite. D Dacriocistite.

QUESTÃO 23

Uma adolescente com 16 anos procura a unidade básica de saúde para avaliação de uma mancha na pele. Relata que, há cerca de 1 mês, desenvolveu uma lesão caracterizada como uma placa eritematosa, liquenificada e pruriginosa, localizada acima da região umbilical, próxima ao local onde colocou um piercing. Ao ser examinada, a lesão foi confirmada e constatou-se também que o desenvolvimento puberal era M1P1, conforme os critérios de Tanner. A adolescente também apresentava baixa estatura, pescoço alado e implantação baixa de orelhas. Ao ser questionada sobre o fluxo menstrual, ela informou que ainda não tinha menstruado.

Considerando-se o quadro clínico e o exame físico descritos, os diagnósticos mais prováveis são

A tinea corporis; síndrome de Kabuki. B dermatite atópica; síndrome de Noonan. C dermatite de contato; síndrome de Turner. D dermatite seborreica; síndrome de Carpenter.

QUESTÃO 24

Uma paciente com 29 anos, nuligesta, sexualmente ativa, foi submetida a exame citopatológico em uma unidade básica de saúde. Exame anterior realizado há 1 ano não apresentava alterações. O exame atual apresentou o seguinte resultado: metaplasia escamosa, alterações inflamatórias moderadas, presença de bacilos de Doderlein.

Nesse caso, a paciente deve ser orientada a

A cauterizar colo uterino. B repetir citologia em 3 anos. C repetir citologia em 6 meses. D usar creme vaginal com metronidazol.

QUESTÃO 25

Uma mulher leva sua filha de 6 anos para uma consulta na unidade básica de saúde do bairro, por suspeitar que a filha esteja sendo abusada sexualmente pelo tio de 24 anos de idade. O tio toma conta da menina quando ela se ausenta para trabalhar como faxineira. A menina conta que brinca de "papai e mamãe" com o tio, mas afirma não querer falar mais sobre o assunto, dizendo que o tio lhe havia dito que a “brincadeira” era um segredo apenas entre os dois.

Com relação a situações de suspeita de abuso infantil, a exemplo da descrita, é correto afirmar que

A o mais comum é o agressor/abusador ser uma pessoa conhecida da família, ou um membro dela, o que favorece a repetição do abuso. B os casos de abusos sexuais contra meninos são mais recorrentes do que contra meninas, pois eles tendem a esconder mais as agressões de que são vítimas. C as crianças muito novas que sofrem abuso sexual tendem a esquecer o que aconteceu na fase adulta, havendo, portanto, pouca repercussão desse abuso no futuro. D a equipe de saúde da família deve se restringir ao tratamento das lesões físicas e eventuais danos psicológicos, sem se envolver no encaminhamento da denúncia às autoridades policiais.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 28

Um lactente com 2 anos, previamente hígido, com história de um dia de febre, tosse e coriza, é atendido no pronto-socorro. A mãe conta que, desde a madrugada, ele apresenta obstrução nasal, sono agitado e cansaço. Ao exame de entrada, mostra-se em bom estado geral, corado, acianótico, agitado; à ausculta pulmonar, são notados murmúrios vesiculares diminuídos e simétricos, tiragem de fúrcula moderada e estridor leve ao repouso.

Com base na principal hipótese diagnóstica para esse quadro clínico, a conduta mais adequada no momento é indicar

A salmeterol inalatório e claritromicina. B salbutamol inalatório e metilprednisolona. C dexametasona e nebulização com epinefrina. D prednisolona e nebulização com soro fisiológico.

QUESTÃO 29

Uma paciente de 20 anos, primigesta, idade gestacional de 12 semanas, comparece à consulta de pré-natal apresentando lesões em alto relevo e aveludadas na região genital próxima ao clitóris. Relata aparecimento, há 1 semana, de lesões cutâneas papulosas eritêmato-acastanhadas no abdome e nas regiões palmar e plantar. Ela apresenta VDRL positivo.

Diante dessas condições, o diagnóstico e o tratamento devem ser, respectivamente,

A sífilis recente primária; iniciar penicilina benzatina 2.400.000 UI (intramuscular) em dose única. B sífilis recente secundária; iniciar penicilina benzatina 2.400.000 UI (intramuscular) em dose única. C sífilis latente tardia; iniciar penicilina benzatina 2.400.000 UI (intramuscular) uma vez por semana, por 3 semanas. D sífilis latente recente; iniciar penicilina benzatina 2.400.000 UI (intramuscular) uma vez por semana, por 3 semanas.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 30

Um paciente com 42 anos, assintomático, compareceu, pela primeira vez, a uma unidade básica de saúde (UBS), mencionando à médica de família e comunidade que ele havia se mudado recentemente para área de atuação da UBS. Na consulta, ele traz relatório médico do centro de atenção psicossocial (CAPS), informando o diagnóstico de esquizofrenia há 7 anos, sem crise nos últimos 3 anos, e uso de psicofármacos. O paciente relata que não usa outras medicações e que, há 1 mês, fez exames laboratoriais cujos resultados foram: glicemia de jejum: 189 mg/dL; colesterol total: 225 mg/dL; colesterol-HDL: 35 mg/dL; colesterol-LDL: 168 mg/dL. Por fim, queixa-se de ter começado a engordar desde o diagnóstico de esquizofrenia (índice de massa corporal atual: 36,2 kg/m²) e solicita a renovação da receita dos psicofármacos de que faz uso.

Nessa situação, qual a conduta adequada para o caso?

A Não renovar a receita até a avaliação do paciente pela psiquiatria e iniciar medidas para emagrecimento. B Renovar a receita até o paciente retomar o seguimento no CAPS, e prescrever sulfonilureia nesse atendimento. C Renovar a receita, realizar seguimento multiprofissional no núcleo ampliado de saúde da família, e iniciar medidas para controle metabólico. D Encaminhar o paciente ao CAPS para renovação da receita, solicitar avaliação de nutricionista e do endocrinologista do núcleo ampliado de saúde da família.

QUESTÃO 31

Uma paciente com 54 anos, portadora de nefropatia diabética em estágio 5 da KDIGO (do inglês Kidney Disease: Improving Global Outcomes), comparece ao ambulatório de nefrologia de hospital terciário, onde faz seguimento de sua terapia por diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) instituída há alguns meses. A paciente relata certo desconforto abdominal e aspecto turvo do líquido que é drenado de sua cavidade peritoneal. Nega febre ou outros sintomas e refere aumento de peso nas últimas semanas. Ao exame físico, a paciente se mostra normotensa, afebril, com dor leve à palpação abdominal difusamente. Exames laboratoriais que recentemente realizou revelam hiperglicemia e hipoalbuminemia. É coletado material da cavidade peritoneal, através do cateter de CAPD, para análise citológica e cultura para germes comuns.

Acerca da condição que afeta essa paciente, assinale a opção correta.

A O quadro clínico mais comum é o descrito, sendo rara a presença de febre e de outros sintomas constitucionais. B O diagnóstico provável do caso é sustentado apenas se estiverem presentes mais de 250 polimorfonucleares/mm^3 no líquido analisado. C A ocorrência de hiperglicemia e hipoalbuminemia é explicada pelo processo infeccioso, não podendo ser causadas tão somente pela CAPD. D O tratamento do caso envolve a retirada do cateter de CAPD, caso a cultura para germes comuns isole um bastonete Gram-negativo hidrofílico, como a Pseudomonas sp.

QUESTÃO 34

Paciente secundigesta, pesando 70 kg, é encaminhada ao pré-natal de alto risco, em razão de história de abortamento espontâneo na 8ª semana, na gestação anterior. Traz consigo um exame de mutação homozigótica do gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase. A paciente nega história pessoal ou familiar de trombose.

Nesse caso, a conduta imediata deve ser

A dar seguimento de pré-natal habitual. B solicitar exames laboratoriais para o diagnóstico de trombofilia gestacional. C prescrever ácido acetilsalicílico, 100 mg/dia, associado à enoxparina, 40 mg/dia. D solicitar exames laboratoriais: anticoagulante lúpico, anticardiolipina e anti-beta 2 glicoproteína 1.

QUESTÃO 35

Um paciente com 68 anos, branco, previamente hígido, é atendido em consulta agendada na atenção primária, com diagnóstico recente de hipertensão arterial estágio 2, sem comorbidades. Seus exames físico e laboratoriais não mostram lesões de órgãos-alvo. O paciente relata não fazer uso de medicamentos e foi classificado como portador de fragilidade leve pela escala de fragilidade clínica, apresentando risco cardiovascular baixo pelo escore global de risco. No projeto terapêutico para esse paciente, além da mudança de estilo de vida, incluem-se terapêutica medicamentosa e metas da pressão arterial (PA) e de seguimento mais adequadas.

Nesse contexto, a conduta recomendada é iniciar

A tratamento não medicamentoso, para se atingir a meta pressórica (pressão arterial sistólica de 130 a 139 mmHg e pressão arterial diastólica de 70 a 79 mmHg) por um período de 3 a 6 meses. B terapia medicamentosa com bloqueador do canal de cálcio associado a inibidor da enzima conversora da angiotensina em doses baixas e marcar retorno em até 30 dias, para aferir se a meta pressórica (PA menor que 140 × 90 mmHg) foi atingida. C monoterapia com espironolactona, metildopa ou clonidina, marcando retorno em até 30 dias, para aferir se a meta pressórica (pressão arterial sistólica de 130 a 139 mmHg e pressão arterial diastólica de 70 a 79 mmHg) foi atingida. D uso de betabloqueador, em monoterapia ou associado a diurético em baixa dose, reforçando mudança de estilo de vida e recomendando consultas anuais no caso de a meta pressórica (PA menor que 140 × 90 mmHg) ter sido atingida.

ÁREA LIVRE

QUESTÃO 36

Uma mulher com 52 anos comparece à consulta médica na unidade básica de saúde com queixa de dores musculoesqueléticas crônicas, mal localizadas, difusas, acima e abaixo da cintura. Refere que o quadro tem cerca de 4 meses de evolução, tendo surgido aparentemente após episódio de dengue (não grave). A paciente também refere fadiga e quadro depressivo há longa data, além de transtorno da articulação temporomandibular e síndrome do intestino irritável. Relata apetite preservado. Seu exame físico é normal, salvo por dor à compressão e palpação muscular difusa. Digno de nota é que a simples insuflação do esfigmomanômetro leva a dor significativa em ponto localizado cerca de 2 centímetros distais do epicôndilo lateral do membro superior avaliado. Além disso, há dor à compressão digital bilateral nos pontos de inserção dos músculos subocciptais, no ponto médio da borda superior de ambos os músculos trapézios, sobre a borda medial das escápulas, nos quadrantes superiores externos das nádegas, posteriormente às eminências trocantéricas dos fêmures, sobre a 2ª articulação condroesternal direita e sobre as partes moles localizadas superior e medialmente a ambos os joelhos. Não há alterações no hemograma completo, nem na dosagem de proteína C reativa, T4 livre, TSH e velocidade de hemossedimentação.

No caso apresentado, qual o diagnóstico dessa paciente?

A Fibromialgia B Hipotireoidismo subclínico. C Transtorno psicossomático. D Transtorno depressivo maior.

QUESTÃO 37

Um paciente com 25 anos, vítima de acidente motociclístico, apresenta trauma contuso toracoabdominal. No local do acidente, encontrava-se com pressão arterial sistólica de 90 mmHg e com frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto. Durante o transporte para o hospital, evoluiu com inconsciência, queda da pressão arterial sistólica para 60 mmHg e aumento da frequência cardíaca para 140 batimentos por minuto. Apresenta distensão de veias cervicais e murmúrio vesicular presente bilateralmente.

Nesse caso, o manejo mais adequado para o paciente é

A toracocentese e drenagem pleural fechada. B manutenção de vias aéreas e pericardiocentese. C entubação orotraqueal e ultrassonografia de tórax. D cricotireoidostomia e toracotomia anterolateral esquerda.

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