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PROVA OBJETIVA Área: EDUCAÇÃO II (LIBRAS), Provas de Comunicação

PROVA OBJETIVA. Área: EDUCAÇÃO II (LIBRAS). CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA PROVIMENTO DE. CARGOS DE PROFESSOR DA CARREIRA DO MAGISTÉRIO DO ENSINO.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo 1
PROVA OBJETIVA
Área: EDUCAÇÃO II (LIBRAS)
CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA PROVIMENTO DE
CARGOS DE PROFESSOR DA CARREIRA DO MAGISTÉRIO DO ENSINO
BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO QUADRO
PERMANENTE DE PESSOAL DO INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – IFSP
EDITAL Nº 233/2015
ORIENTAÇÕES
- A Prova Objetiva possui 80 (oitenta) questões, que deverão ser respondidas no período máximo de quatro horas.
- O tempo de duração das provas abrange a assinatura da Folha de Respostas e a transcrição das respostas do
Caderno de Questões da Prova Objetiva para a Folha de Respostas.
- Não será permitido ao candidato ausentar-se em definitivo da sala de provas antes de decorridas 2 (duas) horas
do início das provas.
- O candidato somente poderá levar o seu Caderno de Questões da Prova Objetiva e deixar em definitivo a sala de
realização das provas nos últimos 60 (sessenta) minutos que antecederem ao término das provas.
- Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala até que todos tenham terminado a prova, só podendo
retirar-se concomitantemente e após a assinatura do relatório de aplicação de provas.
- Depois de identificado e instalado, o candidato somente poderá deixar a sala mediante consentimento prévio,
acompanhado de um fiscal, ou sob a fiscalização da equipe de aplicação de provas.
- Será proibido, durante a realização das provas, fazer uso ou portar, mesmo que desligados, telefone celular, reló-
gios, pagers, beep, agenda eletrônica, calculadora, walkman, tablets, notebook, palmtop, gravador, transmissor/re-
ceptor de mensagens de qualquer tipo ou qualquer outro equipamento eletrônico. A organização deste Concurso
Público não se responsabilizará pela guarda destes e de outros equipamentos trazidos pelos candidatos.
- Durante o período de realização das provas, não será permitida qualquer espécie de consulta ou comunicação
entre os candidatos ou entre estes e pessoas estranhas, oralmente ou por escrito, assim como não será permitido o
uso de livros, códigos, manuais, impressos, anotações ou quaisquer outros meios.
- Durante o período de realização das provas, não será permitido também o uso de óculos escuros, boné, cha-
péu, gorro ou similares, sendo o candidato comunicado a respeito e solicitada a retirada do objeto.
- Findo o horário limite para a realização das provas, o candidato deverá entregar as folhas de resposta da prova,
devidamente preenchidas e assinadas, ao Fiscal de Sala.
- O candidato não poderá amassar, molhar, dobrar, rasgar ou, de qualquer modo, danificar sua Folha de Respos-
tas, sob pena de arcar com os prejuízos advindos da impossibilidade de sua correção. Não haverá substituição
da Folha de Respostas por erro do candidato.
- Ao transferir as respostas para a Folha de Respostas, use apenas caneta esferográfica azul ou preta; preencha
toda a área reservada à letra correspondente à resposta solicitada em cada questão (conforme exemplo a se-
guir); assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua resposta NÃO será computada se houver marca-
ção de mais de uma alternativa, questões não assinaladas ou questões rasuradas.
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo^1

PROVA OBJETIVA

Área: EDUCAÇÃO II (LIBRAS)

CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS PARA PROVIMENTO DE

CARGOS DE PROFESSOR DA CARREIRA DO MAGISTÉRIO DO ENSINO

BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO QUADRO

PERMANENTE DE PESSOAL DO INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – IFSP

EDITAL Nº 233/

ORIENTAÇÕES

  • A Prova Objetiva possui 80 (oitenta) questões, que deverão ser respondidas no período máximo de quatro horas.
  • O tempo de duração das provas abrange a assinatura da Folha de Respostas e a transcrição das respostas do Caderno de Questões da Prova Objetiva para a Folha de Respostas.
  • Não será permitido ao candidato ausentar-se em definitivo da sala de provas antes de decorridas 2 (duas) horas do início das provas.
  • O candidato somente poderá levar o seu Caderno de Questões da Prova Objetiva e deixar em definitivo a sala de realização das provas nos últimos 60 (sessenta) minutos que antecederem ao término das provas.
  • Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala até que todos tenham terminado a prova, só podendo retirar-se concomitantemente e após a assinatura do relatório de aplicação de provas.
  • Depois de identificado e instalado, o candidato somente poderá deixar a sala mediante consentimento prévio, acompanhado de um fiscal, ou sob a fiscalização da equipe de aplicação de provas.
  • Será proibido, durante a realização das provas, fazer uso ou portar, mesmo que desligados, telefone celular, reló- gios, pagers, beep, agenda eletrônica, calculadora, walkman, tablets, notebook, palmtop, gravador, transmissor/re- ceptor de mensagens de qualquer tipo ou qualquer outro equipamento eletrônico. A organização deste Concurso Público não se responsabilizará pela guarda destes e de outros equipamentos trazidos pelos candidatos.
  • Durante o período de realização das provas, não será permitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos ou entre estes e pessoas estranhas, oralmente ou por escrito, assim como não será permitido o uso de livros, códigos, manuais, impressos, anotações ou quaisquer outros meios.
  • Durante o período de realização das provas, não será permitido também o uso de óculos escuros, boné, cha- péu, gorro ou similares, sendo o candidato comunicado a respeito e solicitada a retirada do objeto.
  • Findo o horário limite para a realização das provas, o candidato deverá entregar as folhas de resposta da prova, devidamente preenchidas e assinadas, ao Fiscal de Sala.
  • O candidato não poderá amassar, molhar, dobrar, rasgar ou, de qualquer modo, danificar sua Folha de Respos- tas, sob pena de arcar com os prejuízos advindos da impossibilidade de sua correção. Não haverá substituição da Folha de Respostas por erro do candidato.
  • Ao transferir as respostas para a Folha de Respostas, use apenas caneta esferográfica azul ou preta; preencha toda a área reservada à letra correspondente à resposta solicitada em cada questão (conforme exemplo a se- guir); assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua resposta NÃO será computada se houver marca- ção de mais de uma alternativa, questões não assinaladas ou questões rasuradas. A B C D E

(^2) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

LÍNGUA PORTUGUESA

1. A regência verbal está correta na frase: a) A contenção inflacionária que se visa com as novas medidas tornou-se irreal. b) Ele custou muito a levantar-se na hora certa. c) Os alunos assistiram todos os jogos do nosso campeonato. d) Ética implica respeitar as diferenças culturais. e) Informo-lhe de que todas as suas iniciativas serão desconsideradas. 2. Observe as frases abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: I – Mesmo sabendo dos problemas _______ poderia estar sujeito, resolveu aceitar o emprego. II – Ficamos desejosos _______ a parceria fosse respeitada. III – Não houve oposição ______ se criasse novo partido. IV – Todos tiveram certeza ______ chegaríamos a tempo, pois estavam acostumados com nossa pontualidade. a) I – de que; II – que; III – a que; IV – que. b) I – que; II – de que; III – que; IV – de que. c) I – a que; II – que; III – a que; IV – que. d) I – de que; II – de que; III – que; IV – que. e) I – a que; II – de que; III – a que; IV – de que. 3. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estão corretamente acentuados. a) herói, hífen, saúde, órfão. b) ítem, aeróstato, pastéis, também. c) vêem, cálice, caquí, pêra. d) assembléia, destróier, pólo, baiúca. e) gíria, néscio, hífens, vírus. 4. Assinale a alternativa em que está incorreto o uso do acento indicador de crase. a) O espetáculo foi realizado à revelia do proposto. b) Eles preferem a da camiseta azul à da saia amarela. c) Os comissários do avião desceram à terra para saudar os passageiros. d) Várias sugestões às quais me referi não foram aceitas. e) Fiz alguns poemas à Fernando Pessoa. 5. Na frase “Não encontrando motivação para sua palestra, resolveu não proferi-la”, a oração sublinhada es- tabelece ideia de: a) conformidade. b) condição. c) causa. d) consequência. e) oposição. Texto para a questão 6 Afinal, são inúteis essas tentativas de análise e de interpretação de nós mesmos. (...) (...) O fato é que se frustra todo o esforço que despendemos para nos impor certa disciplina, certa unidade, certa coerência. À sorrelfa, algum diabo malicioso inutiliza o nosso trabalho, e amanhã seremos o que não queremos, e hoje somos o que ontem fôramos e não quiséramos ser mais. (ANJOS, Cyro dos. O amanuense Belmiro. 10. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1979. p. 76.)

(^4) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

9. A vírgula está INCORRETA em: a) “O sonho dos estudantes da Escola Meninos e Meninas do Parque, localizada no Parque da Cidade, no Distrito Federal, é o mesmo”. b) “Eu não tinha planos para o futuro, mas, hoje já estou entregando currículos”. c) “A diferença, segundo a diretora Amelinha Araripe, é que o ritmo de aprendizado de cada um é respeitado”. d) “O colégio, que existe há mais de 20 anos, atende cem alunos que não têm onde morar”. e) “Atualmente, Meire dorme todos os dias em frente ao Hospital Regional de Brasília”. 10. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases a seguir: Se não ______ imagens daquelas guerras, creio que ninguém _______. Quando meu tio _________ o preço do aparelho, ___________ um enorme susto. a) houvessem – acreditava / ver – levará. b) houvesse – acreditava / vê – leva. c) houvessem – acreditava / vir – levará. d) houvesse – acreditaria / vir – levará. e) houvesse – acreditaria / ver – levará. **CONHECIMENTO ESPECÍFICO

  1. Segundo Skliar (2010), alguns marcos históricos legitimaram oficialmente os posicionamentos sociais e fi- losóficos a respeito de qual concepção educacional segundo a qual as pessoas surdas deveriam ser pautadas:** I- A Iconografia de Sinais dos Surdos-Mudos, modelo utilizado como sendo repetidor dos conteúdos das disciplinas em sala de aula, relatado pelo diretor Tobias Leite. Este modelo foi utilizado desde a fundação do Instituto Nacional de Surdos-Mudos até os dias de hoje. II- O Congresso de Milão, que constituiu não o começo do ouvintismo e do oralismo, mas sua legitimação oficial. III- Os pressupostos para a concepção filosófica educacional – o oral como abstração, o gestual como sinônimo de obscuridade do pensamento; os religiosos – a importância na confissão oral, e os políticos – a necessidade da aboli- ção dos dialetos, já dominantes no século XVIII e XIX. Analisando os itens citados, está(ão) correto(s) apenas: a) I e II. b) II e III. c) III. d) I e III. e) I. 12. Segundo Soares (1999), Oralismo, ou método oral, é: a) O processo pelo qual se pretende capacitar o surdo na compreensão e na produção da linguagem oral e que parte do princípio que o indivíduo surdo, mesmo não possuindo o nível de audição para receber os sons da fala, pode se constituir em interlocutor por meio da linguagem oral. b) Processo pelo qual o surdo consegue interagir com ouvintes por meio do intérprete. c) A forma pelo qual os ouvintes conseguem se comunicar com os surdos. d) O processo pelo qual se pretende capacitar o surdo na compreensão e na produção da linguagem oral por meio da língua de sinais. e) Uma filosofia educacional que acredita que o surdo deve ser competente tanto na língua oral, utilizando-se para isso de outras formas de comunicação como mímicas, pantomima, gestos etc.

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13. A história da Educação de Surdos passou por diversas abordagens de metodologias e filosofias educacio- nais. Segundo Skliar, as principais delas foram: a) Oralismo, abordagem que enfatiza a fala e a amplificação da audição e que rejeita, de maneira explícita e rígida, qualquer uso da língua de sinais; Comunicação Total, que enfatiza a mistura da fala e língua dos sinais mais conve- nientes a cada ambiente; e Bilinguismo, que postula a língua de sinais como primeira língua e a língua portuguesa como segunda língua. b) Oralismo, corrente filosófica que se baseia na “leitura dos lábios”; Comunicação Total, que é a ‘fala apoiada pelos sinais’, embora seja inadequada para ser compreendida por uma criança surda como uma mensagem completa; e Bilinguismo, para quem o inglês também deve ser aprendido. c) Oralismo, que se baseia no aprendizado da língua portuguesa somente; Comunicação Total, abordagem que considera a língua utilizada por surdos como “língua menor”; e Bilinguismo, que considera a língua de sinais como segunda língua e eixo fundamental para o aprendizado da comunidade surda. d) Oralismo, que defende a ideia de que o surdo deve aprender a falar, mesmo cometendo erros gramaticais; Comu- nicação Total, abordagem educacional bimodal que objetiva o aprendizado da língua da comunidade não-surda; e Bilinguismo, que defende a ideia de que os surdos têm direito de falarem outros idiomas. e) Oralismo, cujo ideal é manter “todos” juntos para assimilar a diversidade e integrar a comunicação entre surdos e ouvintes; Comunicação Total, posicionamento “filosófico-emocional” de aceitação do surdo e de exaltação da comu- nicação não-verbal; e Bilinguismo, que defende a restrição da comunicação entre surdos e ouvintes. 14. Na ideologia de bilinguismo as crianças surdas precisam ser expostas em contato primeiro com pessoas fluentes na língua de sinais, sejam seus pais, professores ou outros. Para discutir essa questão, SKLIAR (1998) apresenta quatro diferentes projetos políticos que sustentam e subjazem à educação bilíngue para surdos. São eles: o bilinguismo com aspecto tradicional, bilinguismo com aspecto humanista e liberal, bilinguismo pro- gressista e bilinguismo critico na educação de surdos. Nesta perspectiva, assinale a alternativa INCORRETA: a) O bilinguismo com aspecto tradicional apresenta uma visão colonialista sobre a surdez. Impera o ouvintismo e a identidade incompleta dos surdos. b) No bilinguismo progressista e no bilinguismo crítico os Surdos (com S maiúsculo) são comprometidos com ações políticas, como a defesa da própria cultura enquanto minoria linguística. c) O bilinguismo com aspecto humanista e liberal considera a existência de uma igualdade natural entre ouvintes e surdos. A desigualdade, no entanto, mostra a existência de uma limitação de oportunidade social aos surdos. d) O bilinguismo progressista tende a aproximar-se e a enfatizar a noção de diferença cultural que caracteriza a sur- dez, porém essencializa e ignora a história e a cultura. e) O bilinguismo crítico tem seus pontos positivos e negativos. Há escolas que usam língua de sinais como mediação com o oral e não como a produção cultural linguística; dizem que fazem trabalho bilíngue com os surdos, mas na prática não é feita corretamente. 15. A profissionalização dos tradutores e intérpretes de línguas de sinais ocorreu devido a alguns fatores históricos. Assinale a alternativa que NÃO se enquadra nesses fatores. a) O aumento do número de surdos nos contextos educacionais inclusivos. b) A participação dos surdos nas discussões sociais. c) O reconhecimento das línguas de sinais em cada país. d) A obrigatoriedade da garantia de acesso as línguas de sinais como direito linguístico os surdos. e) A criação de cursos superiores de formação de intérpretes de língua de sinais.

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20. Considere as concepções abaixo sobre a língua de sinais para alguns autores do conteúdo programático solicitado e assinale a incorreta: a) Conforme Gesser (2009), as pessoas que falam língua de sinais, assim como os falantes de línguas orais, podem discutir filosofia, política, literatura, assuntos cotidianos etc. Entretanto, não conseguem expressar quaisquer ideias ou conceitos abstratos. b) Para Quadros (2004), a língua brasileira de sinais é uma linguagem espacial articulada através das mãos, das ex- pressões faciais e do corpo. É uma língua natural usada pela comunidade surda brasileira. c) Segundo Karnopp e Quadros (2004), a língua de sinais é denominada língua de modalidade gestual-virtual, pois a informação linguística é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos, ou seja, através de gestos. d) Quadros (2004) afirma que as línguas de sinais, por serem espaço-visuais, apresentam uma riqueza de expressivi- dade diferente das línguas orais. e) De acordo com Sacks (1998), a língua de sinais deve ser introduzida e adquirida o mais cedo possível, senão seu desenvolvimento pode ser permanentemente retardado e prejudicado, com todos os problemas ligados à capaci- dade de “proposicionar”. 21. A Língua Brasileira de Sinais não possui a marcação temporal em suas formas verbais. Nesta perspectiva, o tempo da ação é marcado pelos chamados itens lexicais e os sinais indicadores de tempo, normalmente, são indicados da seguinte maneira: a) movimento para trás, para o presente; movimento para frente, para o futuro; e movimento no plano do corpo, para passado. b) movimento para trás, para o passado; movimento para frente, para o futuro; e movimento no plano do corpo, para presente. c) sinais que incorporam marcas de tempo não requerem uma marca isolada. d) tudo o que é narrado em LIBRAS começa, necessariamente, no passado. e) o movimento de para frente para trás, por si só, já significa passado. 22. Quadros (2004, p.20) define sintaxe como a “parte da linguística que estuda a estrutura interna das sen- tenças e a relação interna entre suas partes”. Ao analisar as estruturas internas das sentenças na Libras pode- -se perceber algumas regras específicas, tais como: a) Em relação aos verbos em Libras, destacam-se os com concordância e os sem concordância. Os sem concordância são os que não flexionam em pessoa e número, sendo que alguns podem flexionar em aspecto. Já os verbos com concordância flexionam em número, pessoa e aspecto. b) Alguns verbos podem ser subdivididos em dois: os que possuem concordância em número e pessoa, classificado- res (Cls) e os que concordam com a localização. c) Nos classificadores evidencia-se o parâmetro configuração de mão, o que não invalida o uso dos outros parâmetros. d) A topicalização pode ser usada sem restrições, pois não há nada que impeça o deslocamento de determinados constituintes da sentença e que altere o sentido da frase. e) De maneira preferencial, a ordem SVO (sujeito+verbo+objeto) é a que se destaca na produção das frases, o que não invalida o uso de outras ordens. 23. Sobre o espaço de enunciação, podemos afirmar que: I- Pode determinar um número finito (limitado) de locações, sendo que algumas são mais exatas; II- A representação das unidades fonológicas dos sinais não é linear; III- É o ideal, no sentido de que se considera que os interlocutores estejam face a face; IV-Referem-se aos processos derivacionais como os processos envolvendo a combinação de aglutinação e incorporação. Assinale a alternativa que corresponde as afirmações corretas. a) I e IV, apenas. b) I, II, III e IV. c) III e IV, apenas. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas.

(^8) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

24. Faça a correspondência da sinalização correta dos pronomes interrogativos com as frases.

  1. VOCÊ GOSTAR MAIS CACHORRO OU GATO QUAL?
  2. VOCÊ LER LIVRO NOME QUAL?
  3. FALAR MAL PRA QUE?
  4. VOCÊ IR PRAIA AMANHÃ ÔNIBUS CARRO COMO? ( ) ( ) ( ) ( ) Fonte: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna S. Libras em contexto. Rio de Janeiro: MEC/FENEIS, 2007. a) 1, 3, 2, 4. b) 2, 1, 4, 3. c) 2, 4, 3, 1. d) 2, 1, 3, 4. e) 4, 3, 1, 2.

(^10) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

26. Na Libras, há um processo de formação de palavras denominado derivação zero, ou seja: a) Há muitos sinais que são invariáveis e somente no contexto pode-se perceber se estão sendo utilizados com a função de verbo ou nome. b) Sinais criados a partir de dois ou mais que se combinam e dão origem a um outro sinal. c) Sinais associados a expressões faciais e corporais para estabelecer certos tipos de frases. d) Sinais que não possuem marca de gênero e nem número. e) São sinais que formam o verbo, mas não possuem marcação de tempo. 27. GESSER (2009) afirma que a língua de sinais tem gramática própria e se apresenta estruturada em todos os níveis como as línguas orais: a) alfabeto datilológico, pantomima e sinais combinados. b) fonológico, morfológico, semântico e sintático. c) fonológico, morfológico, pantomima e pidding. d) configuração de mãos, movimento, localização e sintaxe. e) morfema, grafema, sintaxe e alfabeto datilológico. 28. Observe as afirmativas abaixo sobre os itens lexicais da LIBRAS: I. Configuração de mão (CM): a CM pode permanecer a mesma durante a articulação de um sinal, ou pode ser alte- rada, passando de uma configuração para outra. As configurações podem variar apresentando uma mão que pode estar configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo esta sua própria configuração (por exemplo, esperar); duas mãos de forma espelhada (por exemplo, nascer). II. O ponto de articulação (PA): é o local do corpo do sinalizador em que o sinal é realizado; assim, uma maior especi- ficação da posição é necessária, já que a região no espaço é muito ampla. Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça até a cintura, sendo alguns pontos mais precisos, tais como a ponta do nariz, e outros mais abrangentes, como a frente do tórax. III. Movimento: para que seja realizado, é preciso haver um objeto e um espaço. Nas línguas de sinais, o corpo do enunciador representa o objeto, enquanto o movimento da(s) mão(s) do enunciador representa(m) o espaço. IV. Orientação: os sinais podem ter uma direção ou não; existem sinais que apresentam diferentes significados ape- nas pela produção de distintas orientações da palma da mão. V. Expressão facial e/ou corporal: Muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados acima, têm também, como traço diferenciador em sua configuração, a expressão facial e/ou corporal, como o sinal de triste. Assinale a alternativa correta em relação às afirmativas lidas. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas II, IV e V estão corretas. d) Apenas I, II e IV estão corretas. e) Apenas I, II, IV e V estão corretas.

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29. Assinale a alternativa que NÃO indica um processo produtivo na língua de sinais denominado como in- corporação da negação. a) b) c) d) e)

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34. Se para Chomsky, todas as línguas funcionam como sistemas combinatórios discretos, com sentenças e frases são construídas as palavras; palavras são construídas a partir de morfemas; e morfemas, por sua vez, são construídos a partir de fonemas. Neste caso, como se diferem as línguas orais e as línguas de sinais? I-Diferem quanto à forma como as combinações das unidades são construídas. II- Nas línguas de sinais, de maneira geral, incorporam as unidades simultaneamente; as línguas orais tendem a or- ganizá-las sequencialmente/ linearmente. III- Essa diferença primária se dá devido ao canal de comunicação em que cada língua se estrutura (visual-gestual x vocal-auditivo). Quais das afirmações acima estão corretas? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 35. Segundo Capovilla, Raphael e Maurício (2010), de acordo com a imagem abaixo, quais são os quatro Mor- fEmas metafóricos encontrados? Fonte: CAPOVILLA, F.C, RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A.C. (2010) a) Não há representação mental MorfEmas metafóricos. b) Noção de Sentimento (PESAR e GRITAR); noção de Clareza (RECLAMAR E COMUNICAÇÃO TOTAL); noção de Turnos de Comparação (COMPARAR e CORRESPONDER-SE); noção de Projetar- Emitir (FALAR USANDO LIBRAS e CONVER- SAR EM LIBRAS), noção de Mediação (CORRESPONDER-SE e COMPARAR) c) Noção de Língua (FALAR USANDO LIBRAS e CONVERSAR EM LIBRAS); noção de Sentimento (PESAR e GRITAR); noção de Tomar Turnos na Comparação (como nos sinais COMPARAR e PESAR); noção de Fala – Comunicação Oral (como nos sinais GRITO e COMUNICAÇÂO TOTAL); d) Noção de Agente Bicultural (FALAR USANDO LIBRAS e CONVERSAR EM LIBRAS); noção de Clareza (RECLAMAR E COMUNICAÇÃO TOTAL); noção de Tomar Turnos na Comparação (como nos sinais COMPARAR e PESAR); noção de Fala – Comunicação Oral (como nos sinais GRITO e COMUNICAÇÂO TOTAL); e) Noção de Tomar Turnos na Comunicação (como nos sinais ASSEMBLEIA e CORRESPONDER-SE); noção de Tomar Turnos na Comparação (como nos sinais COMPARAR e PESAR); noção de Fala – Comunicação Oral (como nos sinais GRITO e COMUNICAÇÂO TOTAL); noção de Sinalização – Comunicação por Língua de Sinais (como nos sinais FALAR USANDO LIBRAS, e CONVERSAR EM LIBRAS).

(^14) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

36. Segundo Capovilla, Viggiano, Raphael, Neves, Mauricio, Vieira & Sutton (2001), a escrita permite a refle- xão sobre o próprio ato linguístico, o avanço e o aprimoramento constante da linguagem como veículo do pensamento para o pleno desenvolvimento social e cognitivo. Dessa forma, a Sign Writing é apresentada como a ferramenta para o desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança Surda pois: a) Do mesmo modo como sistemas de escritas alfabéticos representam morfologia e a semântica das línguas fala- das, enquanto escrita visual, Sign Writing representa semântica de que se compõem os sinais nas diversas Línguas de Sinais. b) Do mesmo modo como sistemas de escrita alfabéticos são representados por prosódia de que se compõem as palavras das diversas línguas faladas, enquanto sistema de escrita visual direta, Sign Writing representa os referentes de que se compõem os sinais nas diversas Línguas de Sinais c) Do mesmo modo como sistemas de escrita alfabéticos representam fonemas de que se compõem as palavras das diversas línguas faladas, enquanto sistema de escrita visual direta, Sign Writing, representa os quiremas de que se compõem os sinais nas diversas Línguas de Sinais. d) Do mesmo modo como sistemas de escrita alfabéticos são representados por fonética, a criança surda poderá aprender a falar as palavras da Língua Portuguesa. e) Nenhuma das afirmações. 37. Objetivando compreender a importância das figuras de linguagens para o modo como o surdo se comu- nica em Libras, bem como para o modo como ele memoriza informações, lê e escreve, as pesquisas de Capo- villa, Raphael e Maurício (2010), constatam que há pelo menos seis tipos de figuras de linguagens: a) Quirêmico, Zeugma, Pleonasmo, Hiperbato, Anacoluto, Ironia. b) Taxonomia, EsteseGrafiEmas, Sinédoque, Antonamásia, Perífrase, Sinestesia. c) VisEma, Metonímia, Ironia, Antítese, Perífrase, Anacoluto. d) Metonímia ou Transnominação; Sinédoque; Antonamásia; Perífrase; Antítese; Sinestesia; Hipálage. e) Hiperbato, Anacoluto, Ironia, Taxonomia, EsteseGrafiEmas, Transnominação. 38. QUADROS (1997) refere que Rodrigues (1993) apresenta uma reflexão sobre a língua de sinais e sua aqui- sição por crianças surdas. Ele faz sua análise de um ponto de vista biológico e chega a algumas conclusões. Assinale a alternativa INCORRETA: a) Se as línguas de sinais é organizada no cérebro da mesma forma que as línguas orais, então as línguas de sinais são naturais. b) Se as línguas de sinais são línguas espaço visuais, então estão organizadas no hemisfério cerebral direito. c) Se as línguas de sinais são línguas naturais, então seu aprendizado tem período crítico. d) Se as línguas de sinais têm período crítico, então as crianças surdas estão iniciando tarde seu aprendizado. e) Se a natureza compensa parcialmente a falta da audição, aumentando a capacidade visual dos surdos, então está sendo ignorado a maior habilidade dos surdos quando lhes é imposta uma língua oral em vez da língua de sinais. 39. No livro “Letramento e Minorias” (2009), os autores LODI, HARRINSON, CAMPOS E TESKE afirmam que “Estão ainda subjacentes às práticas escolares dos professores ouvintes a ideia de que sem escrita torna-se impossível ou muito difícil a compreensão de conceitos abstratos...” De acordo com essa afirmativa, então é INCORRETO dizer que: a) o professor sente necessidade de recorrer com frequência a materiais concretos para garantir a compreensão das crianças surdas. b) descaracteriza-se ou não se assume que a Libras, por si, pode, assim como qualquer língua, ser suficiente para a compreensão e a aprendizagem das crianças, desde que tenhamos domínio dela. c) a questão, então, não é a Libras e nem a “falta” do português escrito, mas sim a postura dos profissionais frente a língua e a surdez. d) os professores utilizam a Libras como recurso didático e não como língua. e) na visão dos professores, a Libras, então, possibilita o desenvolvimento linguístico dos surdos, incluindo conceitos abstratos.

(^16) Área: Educação II (Libras) - Edital nº 233/

43. Para compreender as dificuldades inerentes à alfabetização de crianças surdas ou com deficiência auditi- va é preciso reconhecer a distinção entre esses dois grupos. Assinale a alternativa correta. a) Crianças surdas são aquelas que pensam e se comunicam em Libras como língua materna secundária, devido à idade pré-lingual da perda auditiva e da profundidade de perda e do acesso a uma comunidade surda sinalizadora. Por outro lado, crianças com deficiência auditiva são aquelas que pensam e se comunicam em Português, como língua materna secundária, devido à idade pós-lingual da perda auditiva. b) Crianças surdas são aquelas que pensam em português e se comunicam em Libras como língua materna. E as crianças com deficiência auditiva, são aquelas que pensam em Libras e se comunicam em Português. c) Crianças surdas são aquelas que pensam e se comunicam em Libras como língua materna primária, devido à ida- de pré-lingual da perda auditiva e da profundidade de perda e do acesso a uma comunidade surda sinalizadora. Por outro lado, crianças com deficiência auditiva são aquelas que pensam e se comunicam em Português, como língua materna primária, devido à idade pós-lingual da perda auditiva e/ou do teor mais moderado dessa perda. d) Crianças surdas são aquelas que se comunicam em Libras, mas não possuem língua materna. E as crianças de deficiência auditiva, são aquelas que pensam e se comunicam em Português. e) Nenhuma das alternativas está correta. 44. Para garantir o atendimento educacional especializado às pessoas surdas com acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior, as institui- ções federais de ensino devem prover as escolas com: a) Professor de Libras como segunda língua; tradutor e intérprete de Libras, professor de Língua Portuguesa como primeira língua. b) professor de Libras ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete de Libras; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos. c) Professor de Libras; professor de Língua Portuguesa como primeira língua para pessoas surdas; professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos. d) Instrutor de Libras; Intérprete de Libras; Professor de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas. e) Intérprete de Libras e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifes- tada pelos alunos surdos. 45. “Os professores nunca aprendem a língua de sinais num nível alto o bastante para os processos educacio- nais” (Kyle, 1999). Diante dessa afirmação, assinale a alternativa correta. a) Os professores têm que vencer atitudes que sugerem ser a língua da minoria menos importante e não possuem conhecimento gramatical suficiente da língua de sinais para apoiar o aprendizado. b) Os professores têm dificuldades em aprender língua de sinais, por esta ser de uma modalidade diferente da sua primeira língua, ou seja, a língua de sinais ser espaço visual enquanto a língua oral ser oral-auditiva. c) Os professores não dispõem de recursos para frequentarem um curso de língua de sinais de qualidade. d) A língua de sinais possui gramática própria diferente das línguas orais, o que dificulta a compreensão por parte dos professores. e) Não há ainda cursos de língua de sinais com qualidade suficiente para o professor se tornar fluente nesta língua.

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46. Em “Interprete de Libras: em atuação na educação infantil e no ensino fundamental”, Lacerda (2009) aponta que o papel do ILS deveria ser interpretar, porém pelos relatos obtidos na atuação educacional, aca- bam ocorrendo outras necessidades: a) Planejamento da aula que o ILS dará apenas para os surdos, como também todo o material didático necessário para a atividade. b) Planejamento conjunto com a professora sobre as atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana; criar recursos adicionais, para favorecer a interpretação e a construção dos sentidos pelos alunos surdos (cartazes, de- senhos entre outros). Além disso, os intérpretes educacionais ressentem-se da questão da disciplina e atenção dos alunos surdos, visto que a professora não interfere neste contexto. c) Planejamento conjunto com a professora sobre as atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana. Algu- mas aulas tornam-se de responsabilidade do ILS, visto que há questões específicas do uso da língua que sinais, que o professor desconhece. A disciplina dos alunos surdos é de responsabilidade do ILS. d) Planejamento conjunto com a professora sobre as atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana; Cria- ção de sinais para a interpretação. e) Nenhuma das alternativas. 47. A Metodologia para o ensino de Língua de Sinais entende o planejamento educacional como item pri- mordial para o processo de ensino-aprendizagem. Para isso, dentre os fatores a serem considerados em tal planejamento estão: a) O ensino prioritário dos aspectos gramaticais de LIBRAS. b) O ensino exaustivo da fonética de LIBRAS. c) A seleção de materiais e recursos que facilitem a aprendizagem do aluno surdo. d) O ensino de tradução de gramática. e) A competência comunicativa dos alunos surdos e a idade escolar. 48. “O processo de conhecer, assim concebido, só pode ser compreendido como um processo semiótico. O objeto, em si, nunca pode ser objeto de conhecimento; torna-se objeto de conhecimento pela linguagem” (Lacerda, 2009).Dessa forma, podemos afirmar que: a) A mediação semiótica permite também a incorporação do indivíduo ao meio social, e como consequência, a apropriação deste. b) O intérprete educacional é o objeto semiótico. c) A construção do conhecimento humano e do desenvolvimento da linguagem da criança, não depende do pro- cesso semiótico. d) A concepção semiótica discutida pela autora é a mesma trazida por Vygotsky. e) Nenhuma das afirmações acima estão corretas. 49. Considerando que há problemas na intermediação entre os surdos e os professores e/ou colegas através do interprete, Quadros (2001) objetivou-se a identificar quais as diferenças das modalidades das línguas na mediação da linguagem através do intérprete de língua de sinais. Assinale a alternativa INCORRETA. a) dependendo do contexto comunicativo, o intérprete acaba assumindo uma função que extrapolaria as relações convencionais de tradução e interpretação minimizando o papel do falante (sala de aula); b) os surdos normalmente não têm como checar a interpretação feita pelo intérprete; c) os intérpretes estabelecem um vínculo com os surdos através do olhar, restringindo a participação do falante, dependendo da disposição física dos participantes; d) o fato de estarem expostos e conectados visualmente com os surdos permite o acesso a feedback, comentários e indagações durante a interpretação sem interferência direta no discurso do falante; e) os intérpretes, quando traduzem do português para a língua de sinais, não estão expostos fisicamente.

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54. “A construção das identidades não depende da maior ou menor limitação biológica, e sim de complexas relações linguísticas, históricas, sociais e culturais”. Com esta afirmação de Skliar (1997), Gesser discute as re- lações da sociedade e o olhar estigmatizador sobre a nominação do que é deficiência. Analise as afirmações a seguir. I- Dentro de um discurso de normalização e de medicalização, cujas nomeações, como todas as outras imprimem valores e convenções na forma como o outro é significado e representado. II- Os preconceitos podem ser disfarçados até mesmo nos discursos que dizem assumir a diferença e a diversidade. III- Diversidade ou discurso da diferença podem estar sendo melindrosamente utilizados nos tempos atuais para encobrir uma ideologia de assimilação que há na base do discurso do “multiculturalismo conservador e corporativo”. Em relação às afirmações lidas, pode-se afirmar que estão corretas: a) Apenas a I. b) Apenas I e II. c) Apenas a III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 55. Segundo Gesser (2009), “o surdo tem uma identidade e uma cultura própria”. A respeito dessa ideia, con- sidere as seguintes afirmações: I- É extremamente significativa no processo de afirmação coletiva de grupos minoritários, que não apenas se expri- me no singular “uma”, mas também está inscrita no adjetivo “própria”. II- Essa ideia é discutida pela autora, como discurso dos excluídos que de forma “pseudo” coletiva, consegue usufruir de benefícios e vantagens governamentais, explorando o olhar do estigmatizado social. III- “Cultura própria” sugere a ideia de um grupo que precisa se distinguir da maioria ouvinte para marcar visibilidade, e a única forma de obter tal coesão é criada a partir de uma “pseudo” uniformidade coletiva. Assinale a alternativa que corresponde às afirmações que podem ser associadas à citação de Gesser. a) Apenas a I. b) Apenas a III. c) Apenas I e III. d) Apenas a II. e) Todas as alternativas. **TEORIAS E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

  1. Sobre avaliação da aprendizagem, à luz de Antoni Zabala em seu livro “A prática educativa: como ensinar”, é correto afirmar que:** a) A avalição deve ter por objetivo prioritário mensurar os resultados obtidos pelos alunos com o intuito de classificá-los. b) Em uma concepção de educação propedêutica e seletiva, e um ensino uniformizador e transmissor, o objeto da avaliação será o processo de aprendizagem de cada estudante, considerando sua diversidade. c) A avaliação formativa compreende as seguintes fases: avaliação inicial, planejamento, adequação do plano (avalia- ção reguladora), avaliação final e avaliação integradora. d) As atividades para conhecer qual é a compreensão de um conceito podem se basear na repetição de definições, permitindo averiguar se o aluno foi capaz de integrar o conhecimento em suas estruturas interpretativas. e) Não é possível avaliar conteúdos atitudinais devido à subjetividade do avaliador, sendo impossível estabelecer avaliações exatas. 57. De acordo com Gimeno Sacristán (1998): a) O currículo representa a listagem de conteúdos a serem ensinados na escola. b) Existe uma correspondência total entre o que é saber externo que potencialmente pode ser transmitido e a ela- boração que se faz dos saberes contidos no currículo. c) Livros-textos, guias didáticos ou materiais diversos não integram o currículo. d) O papel do professor é o de aplicar o currículo elaborado em outras instâncias. e) Ao lado do currículo que se diz estar desenvolvendo, existe outro que funciona subterraneamente, denominado oculto.

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58. De acordo com a Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, é correto afirmar que: a) A referida Resolução deve ser observada apenas por instituições de ensino públicas, excluindo-se as entidades privadas. b) As Instituições de Ensino Superior devem incluir nos conteúdos de disciplinas e atividades curriculares dos cursos que ministram, a Educação das Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes. c) O disposto na Resolução não é de observância obrigatória pelas instituições de ensino, servindo apenas a título de recomendação ou sugestão. d) A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à cultura africana apenas. e) A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura AfroBrasileira, e História e Cultura Africana serão desenvolvidos por meio de um componente curricular específico a ser incluído nos currículos. 59. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) é correto afirmar que: a) Considera-se criança a pessoa de até dez anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre dez e dezesseis anos de idade. b) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. c) É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, inclusive na condição de aprendiz. d) É assegurado à criança e ao adolescente apenas o direito à participação em entidades estudantis, mas não à or- ganização dessas entidades. e) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. 60. Em relação à Lei nº 9394, de 1996, na Seção V, que trata da Educação de Jovens e Adultos, considere as afirmativas: I- A educação de Jovens e Adultos deve ser articulada, obrigatoriamente, com a educação profissional. II- Devem ser asseguradas aos jovens e adultos oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as caracte- rísticas do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho. III- Conhecimentos e habilidades adquiridos pelo estudante por meios informais não podem ser reconhecidos for- malmente para qualquer fim na instituição que oferta cursos para jovens e adultos. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) Somente I. b) Somente II. c) Somente I e III. d) Somente I e II. e) Somente II e III. 61. Sobre a concepção de politecnia, segundo Saviani, considere as afirmativas: I- A ideia de politecnia postula que o processo de trabalho desenvolva, de forma indissolúvel, os aspectos manuais e os intelectuais. II- A produção moderna se baseia na Ciência, de forma que o trabalhador deve dominar os princípios científicos sobre os quais se funda a organização do trabalho moderno. III- A assimilação dos conhecimentos teóricos disponíveis é mais importante do que a assimilação dos conhecimen- tos práticos. Assim, em sala de aula é fundamental que se dê prioridade à teoria. IV- A noção de interdisciplinaridade claramente resolve o problema da fragmentação do conhecimento. Estão corretas somente as afirmativas: a) I e III. b) II e IV. c) I, II e IV. d) I e II. e) II e III.