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Este documento aborda o protocolo spikes detalhadamente, suas caracteristcas minunciosas, significado de cada letra e aplicação diária na comunicação com o paciente.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A comunicação interpessoal é mais que uma troca de mensagens, é um processo complexo e subjetivo que envolve crenças e valores, experiências, expectativas, percepção e compreensão.
A comunicação entre o profissional e o paciente pode influenciar na adesão ao tratamento e a satisfação com o atendimento realizado, a comunicação constitui 4 pilares fundamentais em Cuidados paliativos:
Saber comunicar-se adequadamente com o doente e sua família; Saber controlar os vários sintomas que os doentes apresentam; Prestar apoio à família; Saber trabalhar em equipe interdisciplinar.
A comunicação estabelecida paciente- família-equipe de saúde, possibilita ao paciente:
Desenvolver autonomia e confiança no profissional; Redução de ansiedade; Melhora na adesão ao tratamento;
Há dois tipos de linguagem:
Verbal: é caracteristicamente dinâmico, e independe de seu tamanho ou complexidade. Os estímulos verbais evocam respostas apropriadas a algumas das variáveis que afetaram o falante. Além disso, o comportamento verbal é reforçado por meio de outra pessoa, mas não requer a participação da mesma para a sua execução. Por exemplo, as recomendações sobre o tratamento de uma doença são esclarecidas e reforçadas pelo médico, mas depende da modificação e/ou incorporação de comportamentos pelo paciente.
Não verbal: É produzida pela expressão corporal, permite a compreensão e expressão dos sentimentos e pode indicar “aprovação” - como um sorriso, ou preocupação - ao “franzir a testa”. Apresenta maior dificuldade para ser controlada, sendo necessário esforço e atenção no momento da comunicação
Emissão de más notícias requer treino: exige que o profissional desenvolva técnicas e competências.
Má notícia: é definida por informação que envolva uma mudança drástica na perspectiva de futuro em um sentido negativo.
Porque a transmissão de más notícias é importante?
Os pacientes querem a verdade Os pacientes necessitam de informação
Barreiras à transmissão de más notícias:
O efeito MUM, emoções fortes como ansiedade, uma carga de responsabilidade pela notícia e o mêdo de uma avaliação negativa.
O profissionais devem levar em consideração alguns fatores:
Prepare a si mesmo, recapitule pontos chave e observe suas reações pessoais; Lembre-se que os pacientes e familiares podem ficar satisfeitos mesmo com a expressão “não sei”;
Use sempre de sinceridade; Demonstre empatia e confiança; Aja com segurança e assertividade; Tenha uma escuta atenta (observe a linguagem verbal e não verbal); Permita a expressão das emoções (deixe chorar); Quando faltam as palavras, “o toque” pode ser a melhor alternativa; Respeite os valores e crenças dos pacientes.
Buckman criou um protocolo, chamado SPIKES, composto por seis passos expressos pelas iniciais da proposta, configurando estratégias para uma comunicação eficaz.
OBJETIVO- Mapear a literatura existente sobre comunicação de más notícias e descrever o protocolo SPIKES, e habilitar o profissional a preencher os quatro objetivos mais importantes da entrevista de transmissão de más notícias: recolher informações dos pacientes, transmitir as informações médicas, proporcionar suporte ao paciente e induzir a sua colaboração no desenvolvimento de uma estratégia ou plano de tratamento para o futuro.
S – Setting up: Treinar antes é uma boa estratégia. Apesar de a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações dadas podem ajudar o paciente a planejar seu futuro. Procure por um lugar calmo e que permita que a conversa seja particular. Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-lo mais seguro. Sente-se e procure não ter objetos entre você e seu paciente. Escute atentamente o que o paciente diz e mostre atenção e carinho. Busque alguma privacidade - Envolva pessoas importantes - Sente-se - Conecte-se - Lide com as restrições de tempo e as interrupções.
P – Perception: “antes de contar, pergunte” (perguntas abertas como: “O que já lhe foi dito sobre seu quadro clínico até agora?” ou “Qual a sua compreensão sobre as razões por que fizemos a Ressonância magnética?”) Percebendo o paciente Investigue o que ele já sabe do que está acontecendo. O profissional pode corrigir desinformações e moldar a má notícia para a compreensão do paciente. Pode desempenhar a tarefa importante de determinar se o paciente está comprometido com alguma variante de negação da doença; pensamento mágico, omissão de detalhes médicos essenciais.
I – Invitation: Convidando para o diálogo Identifique até onde o paciente quer saber do que está acontecendo, se quer ser totalmente informado ou se prefere que um familiar tome as decisões por ele. Se o paciente deixar claro que não quer saber detalhes, mantenha-se disponível para conversar no momento que ele quiser. Exemplos de perguntas: “Como você gostaria que eu te informasse sobre os resultados dos exames? Você gostaria de ter toda a informação ou apenas um esboço dos resultados e passar mais tempo discutindo o plano de tratamento?”
K – Knowledge: Transmitindo as informações Introduções como “infelizmente não trago boas notícias” podem ser um bom começo. Use sempre palavras adequadas ao vocabulário do paciente. Use frases curtas e pergunte, com certa frequência, como o paciente está e o que está entendendo. Primeiro, comece no nível de compreensão e vocabulário do paciente. Segundo, tente não usar termos técnicos tais como “espalhado” no lugar de “metastatisado” e “pedaço de tecido” ao invés de “biópsia”. Terceiro, evite a dureza excessiva. Quarto, dê a informação em pequenos pedaços e confira periodicamente a sua compreensão. Quinto, quando o prognóstico é ruim, evite usar frases como “Não há mais nada que possamos fazer por você.”