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Protocolo SPIKES- Comunicação de más noticias, Notas de estudo de Clínica médica

Este documento aborda o protocolo spikes detalhadamente, suas caracteristcas minunciosas, significado de cada letra e aplicação diária na comunicação com o paciente.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 17/07/2022

milla-m-souza-de-oliveira
milla-m-souza-de-oliveira 🇧🇷

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A comunicação interpessoal é mais que
uma troca de mensagens, é um processo
complexo e subjetivo que envolve crenças e
valores, experiências, expectativas, percepção
e compreensão.
A comunicação entre o profissional e o
paciente pode influenciar na adesão ao
tratamento e a satisfação com o
atendimento realizado, a comunicação
constitui 4 pilares fundamentais em Cuidados
paliativos:
Saber comunicar-se adequadamente
com o doente e sua família;
Saber controlar os vários sintomas
que os doentes apresentam;
Prestar apoio à família;
Saber trabalhar em equipe
interdisciplinar.
A comunicação estabelecida paciente-
família-equipe de saúde, possibilita ao
paciente:
Desenvolver autonomia e confiança
no profissional;
Redução de ansiedade;
Melhora na adesão ao tratamento;
Há dois tipos de linguagem:
Verbal: é caracteristicamente dinâmico, e
independe de seu tamanho ou complexidade. Os
estímulos verbais evocam respostas apropriadas a
algumas das variáveis que afetaram o falante.
Além disso, o comportamento verbal é reforçado
por meio de outra pessoa, mas não requer a
participação da mesma para a sua execução. Por
exemplo, as recomendações sobre o tratamento de
uma doença são esclarecidas e reforçadas pelo
médico, mas depende da modificação e/ou
incorporação de comportamentos pelo paciente.
Não verbal: É produzida pela expressão
corporal, permite a compreensão e
expressão dos sentimentos e pode indicar
“aprovação” - como um sorriso, ou
preocupação - ao “franzir a testa”.
Apresenta maior dificuldade para ser
controlada, sendo necessário esforço e
atenção no momento da comunicação
Emissão de más notícias requer treino:
exige que o profissional desenvolva
técnicas e competências.
Má notícia: é definida por informação
que envolva uma mudança drástica na
perspectiva de futuro em um sentido
negativo.
Porque a transmissão de más notícias é
importante?
Os pacientes querem a verdade
Os pacientes necessitam de
informação
Barreiras à transmissão de más
notícias:
O efeito MUM, emoções fortes
como ansiedade, uma carga de
responsabilidade pela notícia e
o mêdo de uma avaliação
negativa.
O profissionais devem levar em
consideração alguns fatores:
Prepare a si mesmo, recapitule
pontos chave e observe suas
reações pessoais;
Lembre-se que os pacientes e
familiares podem ficar satisfeitos
mesmo com a expressão “não
sei”;
Comunicação de más notícias:
(habilidades socioemocionais).
Relação profissional da saúde x
paciente
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A comunicação interpessoal é mais que uma troca de mensagens, é um processo complexo e subjetivo que envolve crenças e valores, experiências, expectativas, percepção e compreensão.

A comunicação entre o profissional e o paciente pode influenciar na adesão ao tratamento e a satisfação com o atendimento realizado, a comunicação constitui 4 pilares fundamentais em Cuidados paliativos:

 Saber comunicar-se adequadamente com o doente e sua família;  Saber controlar os vários sintomas que os doentes apresentam;  Prestar apoio à família;  Saber trabalhar em equipe interdisciplinar.

A comunicação estabelecida paciente- família-equipe de saúde, possibilita ao paciente:

 Desenvolver autonomia e confiança no profissional;  Redução de ansiedade;  Melhora na adesão ao tratamento;

Há dois tipos de linguagem:

 Verbal: é caracteristicamente dinâmico, e independe de seu tamanho ou complexidade. Os estímulos verbais evocam respostas apropriadas a algumas das variáveis que afetaram o falante. Além disso, o comportamento verbal é reforçado por meio de outra pessoa, mas não requer a participação da mesma para a sua execução. Por exemplo, as recomendações sobre o tratamento de uma doença são esclarecidas e reforçadas pelo médico, mas depende da modificação e/ou incorporação de comportamentos pelo paciente.

 Não verbal: É produzida pela expressão corporal, permite a compreensão e expressão dos sentimentos e pode indicar “aprovação” - como um sorriso, ou preocupação - ao “franzir a testa”. Apresenta maior dificuldade para ser controlada, sendo necessário esforço e atenção no momento da comunicação

Emissão de más notícias requer treino: exige que o profissional desenvolva técnicas e competências.

Má notícia: é definida por informação que envolva uma mudança drástica na perspectiva de futuro em um sentido negativo.

Porque a transmissão de más notícias é importante?

 Os pacientes querem a verdade  Os pacientes necessitam de informação

Barreiras à transmissão de más notícias:

 O efeito MUM, emoções fortes como ansiedade, uma carga de responsabilidade pela notícia e o mêdo de uma avaliação negativa.

O profissionais devem levar em consideração alguns fatores:

 Prepare a si mesmo, recapitule pontos chave e observe suas reações pessoais;  Lembre-se que os pacientes e familiares podem ficar satisfeitos mesmo com a expressão “não sei”;

Comunicação de más notícias:

(habilidades socioemocionais).

Relação profissional da saúde x

paciente

 Use sempre de sinceridade;  Demonstre empatia e confiança;  Aja com segurança e assertividade;  Tenha uma escuta atenta (observe a linguagem verbal e não verbal);  Permita a expressão das emoções (deixe chorar);  Quando faltam as palavras, “o toque” pode ser a melhor alternativa;  Respeite os valores e crenças dos pacientes.

Buckman criou um protocolo, chamado SPIKES, composto por seis passos expressos pelas iniciais da proposta, configurando estratégias para uma comunicação eficaz.

OBJETIVO- Mapear a literatura existente sobre comunicação de más notícias e descrever o protocolo SPIKES, e habilitar o profissional a preencher os quatro objetivos mais importantes da entrevista de transmissão de más notícias: recolher informações dos pacientes, transmitir as informações médicas, proporcionar suporte ao paciente e induzir a sua colaboração no desenvolvimento de uma estratégia ou plano de tratamento para o futuro.

S – Setting up: Treinar antes é uma boa estratégia. Apesar de a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações dadas podem ajudar o paciente a planejar seu futuro. Procure por um lugar calmo e que permita que a conversa seja particular. Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-lo mais seguro. Sente-se e procure não ter objetos entre você e seu paciente. Escute atentamente o que o paciente diz e mostre atenção e carinho. Busque alguma privacidade - Envolva pessoas importantes - Sente-se - Conecte-se - Lide com as restrições de tempo e as interrupções.

P – Perception: “antes de contar, pergunte” (perguntas abertas como: “O que já lhe foi dito sobre seu quadro clínico até agora?” ou “Qual a sua compreensão sobre as razões por que fizemos a Ressonância magnética?”) Percebendo o paciente Investigue o que ele já sabe do que está acontecendo. O profissional pode corrigir desinformações e moldar a má notícia para a compreensão do paciente. Pode desempenhar a tarefa importante de determinar se o paciente está comprometido com alguma variante de negação da doença; pensamento mágico, omissão de detalhes médicos essenciais.

I – Invitation: Convidando para o diálogo Identifique até onde o paciente quer saber do que está acontecendo, se quer ser totalmente informado ou se prefere que um familiar tome as decisões por ele. Se o paciente deixar claro que não quer saber detalhes, mantenha-se disponível para conversar no momento que ele quiser. Exemplos de perguntas: “Como você gostaria que eu te informasse sobre os resultados dos exames? Você gostaria de ter toda a informação ou apenas um esboço dos resultados e passar mais tempo discutindo o plano de tratamento?”

K – Knowledge: Transmitindo as informações Introduções como “infelizmente não trago boas notícias” podem ser um bom começo. Use sempre palavras adequadas ao vocabulário do paciente. Use frases curtas e pergunte, com certa frequência, como o paciente está e o que está entendendo. Primeiro, comece no nível de compreensão e vocabulário do paciente. Segundo, tente não usar termos técnicos tais como “espalhado” no lugar de “metastatisado” e “pedaço de tecido” ao invés de “biópsia”. Terceiro, evite a dureza excessiva. Quarto, dê a informação em pequenos pedaços e confira periodicamente a sua compreensão. Quinto, quando o prognóstico é ruim, evite usar frases como “Não há mais nada que possamos fazer por você.”