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Protocolo para Diagnóstico de Monkeypox: Coleta, Armazenamento e Transporte de Amostras, Manuais, Projetos, Pesquisas de Biossegurança

Este protocolo fornece orientações detalhadas para profissionais de saúde sobre a coleta, armazenamento, conservação e transporte de amostras para o diagnóstico de monkeypox. Aborda os equipamentos de proteção individual (epi) necessários, os tipos de amostras a serem coletadas, os procedimentos de coleta, os métodos de armazenamento e conservação, e as normas de embalagem e acondicionamento para transporte. O protocolo também destaca a importância de seguir as normas da rdc n.° 504/2021 para o transporte de material biológico humano e a obrigatoriedade de notificação ao ministério da saúde de todos os resultados de testes diagnósticos para monkeypox.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2018

Compartilhado em 20/09/2024

satoru-gojo-16
satoru-gojo-16 🇧🇷

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Calçado!fechado!
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Avental!descartável!
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Óculos!ou!protetor!facial!
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Luvas!de!procedimento!
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Calçado!fechado!
Calça!comprida!
Avental!
Luvas!de!procedimento!
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Baixe Protocolo para Diagnóstico de Monkeypox: Coleta, Armazenamento e Transporte de Amostras e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Biossegurança, somente na Docsity!

PROTOCOLO LABORATORIAL DE ORIENTAÇÕES DE COLETA,

ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS

PARA O DIAGNÓSTICO DE MONKEYPOX

OBJETIVO

Fornecer orientações para os Serviços de Saúde acerca da coleta, do armazenamento, da conservação e do transporte de exames laboratoriais para Monkeypox virus (MPXV) no território nacional. ÂMBITO As orientações contidas neste documento são de abrangência federal, estadual, regional e municipal. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Para a coleta de amostra de exames, recomenda-se que os profissionais de saúde usem os seguintes Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Para coleta de crostas e swabs de máculas, pápulas, vesículas e pústulas: ● Calçado fechado ● Avental descartável ● Máscara cirúrgica ou superior ● Óculos ou protetor facial ● Luvas de procedimento Para coleta de swabs de orofaringe e/ou nasofaringe: ● Calçado fechado ● Calça comprida ● Avental descartável ● Máscara N95 ou PFF ● Óculos ou protetor facial ● Gorro ● Luvas de procedimento Para armazenamento e transporte: ● Calçado fechado ● Calça comprida ● Avental ● Luvas de procedimento

MATERIAL PARA AMOSTRAS LABORATORIAIS

Na investigação laboratorial são recomendadas as seguintes coletas de amostras, considerando pesquisa/técnica, armazenamento/conservação e transporte: Deve ser dada preferência para as amostras de material vesicular ou pustular, sempre que esses materiais estiverem disponíveis, conforme descrito a seguir. Material Vesicular (Secreção de Vesícula) A coleta de material de lesões cutâneas ou mucosas deve ser realizada por meio de swab , sendo o método mais indicado para confirmação diagnóstica. Swabs estéreis de nylon, poliéster, Dacron ou Rayon são os indicados. Deve-se realizar esfregaço forte e intenso sobre uma ou mais lesões, dando preferência às lesões vesiculares ou às pústulas. Quando o paciente suspeito apresentar mais de uma vesícula, sugere-se coletar um swab de cada lesão, no mínimo, dois swabs por paciente , e armazenar todos os swabs num mesmo tubo seco, formando um pool (conjunto) de amostras do mesmo paciente. Colocar o swab preferencialmente em tubo seco, uma vez que os poxvírus mantêm-se estáveis na ausência de qualquer meio preservante. Crosta (Crosta de Lesão) Quando o paciente é encaminhado para coleta em fase mais tardia, na qual as lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são as crostas, as quais devem ser armazenadas em frascos limpos SEM líquido preservante (nesse caso, o uso de qualquer líquido preservante reduz as chances de detecção do Monkeypox vírus (MPXV). Quando o paciente suspeito apresentar mais de uma lesão, sugere-se coletar, no mínimo, quatro amostras de crosta por paciente, se possível, e armazenar todas num mesmo tubo seco, formando um pool (conjunto) de amostras do mesmo paciente. Lesões apenas de mucosas (oral/região perianal e genital) sugestivas de monkeypox Coletar o material dessas lesões em swab , seguindo as orientações descritas para a coleta de material vesicular. Monkeypox : material vesicular, crosta, lesões de mucosas, swab de orofaringe/ nasofaringe e swab perianal e genital A OMS não recomenda romper as lesões com instrumentos cortantes ou perfurantes diante do risco de acidente com secreção.

Segundo a RDC n.° 504, de 27 de maio de 2021, a embalagem terciária deve conter, no mínimo:

  1. identificação do remetente e do destinatário, além de endereços completos e telefones de contato;
  2. identificação apropriada do material biológico;
  3. etiqueta e marcação referente ao tipo de material biológico transportado, quando aplicável;
  4. frases de advertências, quando aplicável;
  5. sinalização de modo e sentido de abertura, quando aplicável;
  6. marcação de embalagem homologada, quando aplicável; e
  7. contatos telefônicos, disponíveis 24 (vinte e quatro) horas, para casos de acidentes e incidentes. TRANSPORTE DE AMOSTRAS O transporte das amostras coletadas deve seguir o disposto pela Resolução de Diretoria Colegiada – RDC n.° 504, de 27 de maio de 2021, que dispõe sobre as Boas Práticas para o transporte de material biológico humano. Essa atividade deve cumprir os padrões sanitários apresentados pela normativa, independentemente da modalidade e forma de transporte, para garantir a segurança, minimizar os riscos sanitários e preservar a integridade do material transportado. O material biológico coletado para investigação de monkeypox será classificado como Categoria B, salvos os casos especificados na normativa supracitada. Essa categoria é definida como sendo o material biológico infeccioso que não se inclui na categoria A, classificado como "substância biológica de Categoria B" UN 3373, inserindo-se nesse grupo amostras de pacientes de que se suspeita ou se saiba conter agentes infecciosos causadores de doenças em humanos. METODOLOGIA A metodologia adotada pelo Ministério da Saúde para detecção do DNA do MPXV por metodologia de RT-qPCR é o protocolo publicado pelo Centers for Disease Control and Prevention – CDC, disponível em https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/pdf/PCR- Diagnostic-Protocol-508.pdf. Conforme Resolução de Diretoria Colegiada – RDC n.° 302, de 13 de outubro de 2005, aqueles laboratórios clínicos que realizam a investigação por detecção molecular do vírus por reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR), utilizando metodologias próprias ( in house ), devem seguir os pontos específicos apresentados na normativa. Essa metodologia somente poderá ser utilizada pelo laboratório clínico que produziu e validou seu reagente ou sistema analítico. É importante frisar que essa metodologia não pode ser comercializada, devendo ser utilizada exclusivamente para uso próprio, em pesquisa ou apoio ao diagnóstico. Com a finalidade de assegurar que os resultados dos exames laboratoriais para detecção de MPXV realizados nos laboratórios privados ou nos laboratórios que não compõem a Rede Nacional de Laboratório de Saúde Pública (RNLSP) atendam aos requisitos e padrões técnicos, principalmente em relação aos protocolos oficialmente adotados, os seguintes critérios devem ser obedecidos:

● Atender/cumprir as determinações descritas na Resolução da Diretoria Colegiada n.° 302, de 13 de outubro de 2005, que dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. ● Preencher com os requisitos legais municipais ou estaduais para funcionamento de um laboratório de análises clínicas: ○ Inscrição Municipal/Estadual ○ Alvará Sanitário ○ Cadastro atualizado no CNES ○ Possuir Responsável Técnico com registro de classe ativo ● Os casos suspeitos de monkeypox devem ser notificados conforme orientação do Plano de Contingência. A Portaria GM/MS n.° 3.328/2022 estabelece a obrigatoriedade de notificação ao Ministério da Saúde de todos os resultados de testes diagnóstico para detecção do Monkeypox Vírus realizados por laboratórios da rede pública, rede privada, universitários e quaisquer outros, em todo o território nacional. Dessa forma, todos os laboratórios devem comunicar, em até 24 horas , os resultados dos testes de diagnóstico de MPXV, independentemente do resultado detectado/positivo ou não detectado/negativo, além da informação sobre a técnica diagnóstica utilizada. Para mais informações e vídeo instrutivo, acessar a página: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a- emergencias/coes/monkeypox/diagnostico.

Monkeypox Biologia molecular (qPCR ou sequenciamento) Crosta (Crosta de Lesão) Optar preferencialmente pelas crostas menos secas, ou seja, coletar aquelas em fase inicial de cicatrização (mais chance de detecção de genoma viral ou da partícula viral). Sugere-se coletar crosta de mais de uma lesão, preferencialmente de, no mínimo, 4 crostas, por paciente.

  1. Identificar os tubos (nome do paciente, data de coleta, tipo de material, local da lesão).
  2. Desinfectar o local da lesão com álcool 70% e deixar secar.
  3. Coletar o material da crosta com a pinça anatômica em lesões mais desprendidas e utilizar bisturi para crostas mais aderidas (retirá-la inteira ou por fragmentos).
  4. Acondicionar a crosta e/ou os fragmentos em um único tubo de transporte com tampa de rosca. Refrigerar (2 a 8 °C) ou congelar (-20°C) dentro de uma hora após a coleta. Os materiais devem ser mantidos congelados a - 20°C (ou temperaturas inferiores), por 1 mês ou até mais. Na ausência de freezer, pode-se manter em geladeira (2 a 8 °C) por até 7 dias. As crostas devem ser armazenadas em frascos limpos SEM líquido preservante. Monkeypox Biologia molecular (qPCR ou sequenciamento) Lesões apenas de mucosas (oral/região perianal e genital) Sugere-se coletar a secreção dessas lesões.
  5. Identificar os tubos (nome do paciente, data de coleta, tipo de material, local da lesão).
  6. Coletar o material da base da lesão com o swab.
  7. Inserir o swab no tubo de rosca e quebrar a haste, SEM líquido preservante. Armazenar, preferencialmente, em tubo de transporte seco, sem adição de meios de transporte. Refrigerar (2 a 8 °C) ou congelar (-20°C) dentro de uma hora após a coleta. Os materiais devem ser mantidos congelados a - 20°C (ou temperaturas inferiores), por 1 mês ou até mais. Na ausência de freezer, pode-se manter em geladeira (2 a 8 °C) por até 7 dias.

Monkeypox Biologia molecular (qPCR ou sequenciamento) Secreção de Orofaringe Coletar 1 swab da orofaringe. Utilizar swab ultrafino (alginatado ou rayon), com haste flexível, alginatado e estéril. Realizar movimentos rotatórios na lesão e, em seguida, retirá-lo. Armazenar, preferencialmente, em tubo de transporte seco, sem adição de meios de transporte. Refrigerar (2 a 8 °C) ou congelar (-20°C) dentro de uma hora após a coleta. Os materiais devem ser mantidos congelados a - 20°C (ou temperaturas inferiores), por 1 mês ou até mais. Na ausência de freezer, pode-se manter em geladeira (2 a 8 °C) por até 7 dias.