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TABELA 3 FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DA POSOLOGIA INFANTIL ... antiinflamatórios e antibióticos como os medicamentos mais usados na automedicação.
Tipologia: Resumos
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Monografia apresentada como requisito parcial
para a conclusão do curso de Especialização em
Odontopediatria, Departamento de Estomatologia,
Setor de Ciências da Saúde, Universidade
Federal do Paraná
Orientadora: Prof.ª Dra. Fernanda de Morais Ferreira
Monografia apresentada como requisito parcial
para a conclusão do curso de Especialização em
Odontopediatria, Departamento de Estomatologia,
Setor de Ciências da Saúde, Universidade
Federal do Paraná
Orientadora: Prof.ª Dra. Fernanda de Morais Ferreira
Aos professores
José Vitor, Fabian, Renato e Fernanda,
por dividirem todo seu conhecimento
e experiência com enorme dedicação
e competência. Às colegas por
tornarem esse aprendizado
mais divertido.
O presente estudo é uma revisão de literatura a respeito de tratamento medicamentoso na clínica de Odontopediatria para as principais lesões e doenças bucais que acometem as crianças, a fim de orientar profissionais da área quanto à prescrição de medicamentos para pacientes infantis. As crianças diferem dos adultos principalmente nos aspectos fisiológicos e as mudanças no desenvolvimento afetam a resposta aos fármacos. Devido às peculiaridades fisiológicas e farmacocinéticas, a prescrição de medicamentos para os pacientes pediátricos deve ser mais minuciosa e criteriosa. Cuidados no cálculo da dose, no intervalo de administração e no tempo de uso são de extrema importância para uma terapia eficaz e sem toxicidade para a criança. Para alguns casos clínicos ainda não há um consenso entre os autores quanto ao tratamento. Sempre que possível, as medidas terapêuticas para o controle da dor devem ser específicas, visando o combate ao fator etiológico, e, na necessidade do uso de analgésicos, a droga de primeira escolha é o paracetamol, em função de raramente apresentar toxicidade em doses terapêuticas. Antiinflamatórios são de uso muito restrito em crianças devido aos efeitos adversos potenciais. As infecções dentais, quando possível, devem ser tratadas sem o uso de antibióticos, limitando sua administração aos casos mais graves e quando ocorrer comprometimento sistêmico, como febre, linfadenopatias e prostração. A penicilina permanece a primeira droga de escolha para infecções odontogênicas em crianças. Muitos medicamentos são aprovados somente para uso em adultos, pois ainda não existem estudos suficientes sobre sua farmacocinética e segurança em crianças.
Palavras chaves: Criança, Prescrições de medicamentos, Terapêutica, Odontologia.
COM O PESO DA CRIANÇA, NA DOSAGEM DE 40 mg/kg/dia E O NÚMERO DE FRASCOS NECESSÁRIOS PARA SETE DIAS DE TRATAMENTO
AAP - Academia Americana de Periodontia
AAS - Ácido Acetil Salicílico
ADA - Associação Dentária Americana
AINEs - Antiinflamatórios não-esteróides
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ASC - Área da Superfície Corpórea
Cox-1 - ciclooxigenase-
Cox-2 - ciclooxigenase-
CPF - Cadastro de Pessoa Física
CRO - Conselho Regional de Odontologia
DCB - Denominação Comum Brasileira
DCI - Denominação Comum Internacional
FDA - Food and Drug Administration
OMS - Organização Mundial da Saúde
PGs - Prostaglandinas
pH - Potencial Hidrogeniônico
VHS - Herpes simplex vírus
VZV - Vírus Varicela Zoster
% - por cento
g - grama
kg - quilograma
mg - miligrama
mg/dia - miligramas por dia
ml - mililitro
mm - milímetro
® - marca registrada
x - vezes
= - igual
< - menor que
- maior que
7.1.1 Dipirona 30
7.1.2 Paracetamol (acetaminofeno) 31
7.2 ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)
7.2.1 Ácido acetilsalicílico (aas, aspirina) 35
7.2.2 Ibuprofeno 37
7.2.3 Nimesulida 39
9.1.1 Tratamento para as lesões de queimadura 62
9.2 CANDIDÍASE 63
9.2.1 Tratamento para lesões de candidíase 64
9.3 ÚLCERAS TRAUMÁTICAS 66
9.3.1 Tratamento de lesões por trauma 66
9.4 PEELING EPITELIAL 67
9.4.1 Tratamento do peeling epitelial 67
9.5 LESÕES DE GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA
9.5.1 Tratamento da gengivoestomatite herpética primária
9.6.1 Tratamento para lesões herpéticas 70
9.7 HERPANGINA (FARINGITE AFTOSA) 70
9.7.1 Tratamento para herpangina 71
9.8 DOENÇA DAS MÃOS, PÉS E BOCA 71
9.8.1 Tratamento para a doença das mãos, pés e boca 72
9.9 ÚLCERAS AFTOSAS RECORRENTES (AFTAS) 72
9.9.1 Tratamento para estomatite aftosa recorrente 73
9.10 VARICELA ZOSTER (CATAPORA) 76
9.10.1 Tratamento da catapora 77
9.11 SIALOADENITE VIRAL, CAXUMBA OU PAROTIDITE RECORRENTE CRÔNICA DA INFÂNCIA
9.11.1 Tratamento para a caxumba 77
9.12.1 Tratamento para a sialoadenite bacteriana 78
9.13 SARAMPO 79
9.13.1 Tratamento para o sarampo 79
9.14 ABSCESSO DENTAL APICAL AGUDO 79
9.14.1 Protocolo farmacológico complementar à drenagem cirúrgica
9.15.1 (^) Tratamento para queilite angular 81
9.16 ESCARLATINA 81
9.16.1 Tratamento para escarlatina 82
9.17 IMPETIGO 82
9.17.1 Tratamento para o impetigo 83
9.18 PERIODONTITE 83
9.18.1 Tratamento para periodontite 84
9.19 PERICORONARITE 85
9.19.1 Tratamento para pericoronarite 85
10 PROFILAXIA ANTIBIÓTICA EM CRIANÇAS – PREVENÇÃO DA ENDOCARDITE INFECCIOSA
11.1 Cirurgias de menor complexidade 89
11.2 Cirurgias de maior complexidade 89
12 DISCUSSÃO 90
13 CONCLUSÃO 93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94
GLOSSÁRIO 99
ANEXO - 1 100
Tendo em vista que a dor ainda é um dos principais motivos de consulta odontológica, é importante compreender as características clínicas que levam a essa dor e aumentar o conhecimento a respeito da farmacologia para atenuá-la, desenvolvendo um protocolo que proporcione ao clínico, condições de elaborar, a partir dos sinais e sintomas relatados, o diagnóstico correto e uma estratégia de tratamento eficaz.
O presente trabalho se propõe a revisar a literatura a fim de avaliar as principais necessidades medicamentosas na clínica odontológica infantil e analisar, dentre os tratamentos propostos, os medicamentos mais indicados no atendimento a esses pacientes.
Avaliar como deve ser escrita uma prescrição medicamentosa, suas normas e recomendações.
Enfatizar aos odontopediatras as informações necessárias que devem ser repassadas ao paciente e responsável para adesão ao tratamento, assim como educá-los quanto à administração do fármaco; o correto armazenamento e descarte seguros; a prevenção de acidentes domiciliares com crianças; bem como falar da importância de manter o medicamento nas embalagens e não fazer uso da automedicação.
Relatar indicações e efeitos indesejáveis dos medicamentos mais utilizados na clínica odontopediátrica, apresentando os protocolos estabelecidos e as divergências literárias quanto à dosagem dos mesmos.
Apresentar alguns dos produtos comerciais e formas farmacêuticas mais recomendadas para uso em odontopediatria.
Mostrar ao cirurgião-dentista onde normalmente se encontram as falhas na adesão ao tratamento medicamentoso, para que cada um consiga melhorar sua conduta quanto à prescrição, acompanhamento do quadro clínico, informações que devem ser repassadas ao responsável, dentre outras atitudes.
Abordar as principais características clínicas das doenças e lesões bucais que mais acometem crianças.
Informar o protocolo medicamentoso (a dosagem medicamentosa, freqüência de administração e tempo de tratamento) para as principais doenças e lesões que se manifestam no campo de atuação profissional de um Odontopediatra.
Apresentar as fórmulas empregadas no cálculo de doses de medicamentos infantis.
a) A prescrição deve ser escrita a tinta, em letra de forma ou por extenso, clara e legível, sem rasuras. Datilografia e impressão são aceitáveis, diminuindo problemas de compreensão. É estritamente obrigatório que a data e a assinatura do profissional sejam de próprio punho.
b) Não se devem utilizar abreviaturas para designar formas farmacêuticas, vias de administração, quantidade ou intervalos entre as doses.
c) Evitar deixar espaços em branco entre a orientação e a assinatura, o que poderia permitir alteração da receita original.
d) É recomendado que as receitas comuns sejam feitas em duas vias, solicitando que o paciente faça uma rubrica após sua leitura na cópia, que deve ser anexada ao seu prontuário clínico.
e) Quando o cirurgião-dentista prescrever um medicamento original (de referência) e não desejar que o mesmo seja substituído por um medicamento genérico, deverá escrever ao final da prescrição: “Não autorizo a substituição por genéricos”, caso contrário isto poderá ser feito por ocasião da dispensação do medicamento nas farmácias.
Wannmacher e Ferreira (2007) e Silva (2006) indicam que, geralmente, inicia- se a prescrição com a denominação do agente farmacológico, selecionado em função da farmacodinâmica, eficácia, efetividade e eficiência clínicas. A forma de prescrever é padronizada, havendo itens com significados bem definidos que eliminam aspectos subjetivos de cada profissional. Os autores descrevem como partes da prescrição:
a) Cabeçalho: deve ser impresso, compreendendo o nome e endereço do profissional ou da instituição, a especialidade do profissional, registro profissional e número de cadastro de pessoa física (CPF) ou jurídica.
b) Superinscrição: composta pelo nome e endereço do paciente, idade e peso quando pertinente e pelos termos que definem o modo de administração, por exemplo: uso interno, uso externo, via intramuscular, etc.
c) Inscrição: inclui o nome do medicamento, sua concentração e a forma farmacêutica.
d) Subinscrição/instruções para o farmacêutico: designa a quantidade total de medicamento a ser fornecida ao paciente (número de comprimidos, frascos,
etc.), em numeral e escrito por extenso, entre parênteses, sempre em função da dose e duração do tratamento.
e) Adscrição/instruções ao paciente: deve conter informações sobre a dose do medicamento, horário e freqüência de ingestão. Orientações dietéticas e comportamentais, se necessárias. Expressões como “enquanto houver dor”, “usar como indicado”, “tomar quando necessário” e abreviaturas não são satisfatórias e não devem ser empregadas. Se for necessário, especificam-se cuidados de conservação (manter o frasco em geladeira) e validade do produto (não guardar suspensões após o fim do tratamento para eventual uso em nova situação de doença).
f) Data, assinatura e carimbo do profissional.
Exemplo de prescrição elaborado de acordo com os autores citados acima encontra-se no Anexo-1.
Wannmacher e Ferreira (2007) indicam que a prescrição deve ser detalhadamente explicada ao paciente, em linguagem compreensível. É necessário conferir o real entendimento pelo paciente ou pelo seu responsável. Cabe ainda ao cirurgião-dentista enfatizar finalidades e importância do tratamento, a fim de aumentar a adesão do paciente ao tratamento.
Cabe ao cirurgião-dentista e outros profissionais da saúde, adquirir e transmitir conhecimento, assim como educar a população sobre prevenção de doenças e cuidados básicos de saúde. No entanto, pouco tem sido feito em termos de informá-la sobre o uso de fármacos. É comum o profissional apenas receitar o medicamento, sem qualquer explicação adicional. O cirurgião-dentista deve ter ciência que o sucesso do tratamento depende da compreensão e da atitude do paciente ou responsável frente à doença. Se não seguir as recomendações prescritas, se não utilizar adequadamente os medicamentos dispensados, qualquer plano terapêutico será inútil. Prescrições mal redigidas possibilitam erros de dispensação e/ou de uso da medicação que podem comprometer o sucesso do tratamento (CASSIANI; FREIRE; GIMENES, 2003 e SILVA; SILVA; GOBBO; MIASSO, 2007).
Carmo, Amadei, Pereira, Silveira, Rosa e Rocha (2009) realizaram uma revisão de literatura sobre a prescrição medicamentosa em Odontopediatria e concluíram que a inadequada prescrição de fármacos na clínica odontológica pediátrica deve-se, principalmente, ao conhecimento insuficiente dos cirurgiões- dentistas a respeito da farmacologia e da terapêutica.