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A técnica de selamento de sulcos e fissuras dentários como uma forma eficaz e segura de prevenir a instalação e avanço de lesões de cárie. O processo envolve a aplicação de um selante resinoso ou ionomérico-resinoso, isolamento absoluto dos dentes, condicionamento ácido total do esmalte, aplicação do selante e fotopolimerização. O documento também discute a importância de realizar um criterioso exame clínico e radiográfico antes da aplicação do selante.
Tipologia: Notas de estudo
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A cárie dental, definida como uma destruição localizada provocada pela ação bacteriana, acomete, ainda, boa parte da população, principalmente crianças e jovens adultos.1,2^ Por ser considerada uma doença infecto-conta- giosa, de caráter multifatorial, fortemente influenciada pelos carboidratos fer- mentáveis (por ex: sacarose, amido) da dieta, em algumas situações torna-se difícil o seu controle para que não provoque lesões na estrutura dental. 1-7^ A superfície oclusal corresponde a uma região altamente susceptível para o iní- cio da lesão, onde os seus sulcos, fóssulas e fissuras, representam um nicho propício ao seu desenvolvimento, tornando esta condição clínica agravada pela dificuldade de higienização nessa área (Fig. 1).^5 De encontro com esses levantamentos, a lesão de cárie poderá iniciar-se nas fóssulas e fissuras logo após a erupção dos dentes, podendo, quando não prevenida ou tratada, levar à perda do elemento dental, com o passar do tempo.1, Uma das formas de prevenção é representada pela obliteração mê- canica dos defeitos estruturais do esmalte dental, por meio da aplicação
Lucas Silveira Machado Pós Doutorando em Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil
Laura Molinar Franco Mestranda em Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil
Daniel Sundfeld Neto Doutorando em Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, Piracicaba, São Paulo, Brasil
Renato Herman Sundfeld Professor Titular em Dentística, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba, São Paulo, Brasil
Corte por desgaste de pré-molar apresentando lesão de cárie na fissura (seta). Microscópio óptico comum Axiophot (Zeiss) 20X. (E) esmalte, (D) dentina. (Sundfeld em 2001 – Tese Livre Docência).
adequada de um selante de fóssula e fissuras resinoso, ionomérico ou ionomérico-resinoso, que têm demons- trado de acordo com diversos estudos clínicos longitu- dinais, uma excelente, segura, duradoura e comprovada alternativa preventiva para evitar a instalação e avanço da doença, ocorrendo, dessa forma, um considerável controle da atividade cariogênica nesta região. 1-4,6,7,8, Desta forma, o objetivo deste trabalho é apresentar um protocolo clínico com comprovação científica, de uma técnica de aplicação de um selante resinoso de fóssulas e fissuras.
A técnica seladora inicia-se pelo isolamento absolu- to do campo operatório (Fig. 2), quando possível; segui- do pela profilaxia dental com pedra pomes e água. De- vemos ressaltar a necessidade de aplicação da técnica minimamente invasiva para sulcos e fissuras com altera- ções cromáticas localizadas, por meio da aplicação de uma broca esférica carbide ¼ (KG Sorensen Indústria e Comércio Ltda, Barueri, São Paulo, Brasil) somente nos sulcos e fissuras com alterações cromáticas, previamente a realização do selamento oclusal (Fig. 3 e 4). A seguir, após a profilaxia (Fig. 5) é realizado o condicionamento
do esmalte dental, em toda a superfície oclusal, com ácido fosfórico a 37% (Condac 37, FGM), na forma de gel, sob vibração, empregando- -se, para tanto, uma sonda exploradora, pelo tempo de 30 segundos (Fig. 6). Após copiosa lavagem com água e secagem com jatos de ar (Fig. 7), o material selador (Prevent, FGM) deverá ser aplicado em todos os sulcos e fóssulas com auxílio de uma sonda exploradora, sob vibração (Fig. 8). A fotopolimerização se fará pelo tempo de 20 segundos, empregando uma fonte de luz halógena ou led com inten- sidade luminosa adequada, com potência acima de 400 mW/cm² (Fig. 9). Quando necessário deverá ser realizado o ajuste oclusal, em máxi- ma interscupidação habitual, com o paciente sentado e com o plano oclusal paralelo ao solo, utilizando uma fita de carbono. Os contatos prematuros, quando existentes, deverão ser removidos com uma pon- ta diamantada de número 1014 (K.G. Sorensen), montada em alta ro- tação, sob refrigeração à água e ar, recebendo em seguida a ação de uma ponta de borracha abrasiva.
DISCUSSÃO De acordo com trabalhos clínicos de Sundfeld et al. em 1990;^1 1992;^3 1993; 4 2001;^2 2004; 6 2006; 7 2007 8 e 2010, 9 para se obter comprovado sucesso clínico na realização do selamento dos sulcos e fissuras com um material selador, quer resinoso ou ionomérico resi- noso, deveremos realizar inicialmente um criterioso exame clínico da superfície oclusal e radiografias interproximais; uma vez que os dentes considerados com boa indicação para o selamento das fósssulas e fissuras, deverão apresentar superfícies proximais clínico/radiografica- mente hígidas, acompanhadas de sulcos e fóssulas considerados clí- nico/radiograficamente hígidos, ou seja, sulcos e fóssulas claros, sem alterações cromáticas. Entretanto, os que apresentam pequenas alte- rações cromáticas localizadas, 10 como no presente relato de protocolo clínico, sugestivas ou não da presença de lesão cariosa incipiente, po- derão receber a aplicação do selante apenas após a remoção dessas alterações, com emprego de uma broca esférica carbide ½ ou ¼ (K.G. SORENSEN), montada em alta rotação. Destaca-se que aqueles que evidenciam lesões cariosas extensas, atingindo todo sulco oclusal e/ ou tecido dentinário, e que envolvam todas as fóssulas e fissuras, não estão indicados para a técnica do selante de fóssula e fissura. Kramer et al., em 1991^11 e 1997,^12 considera que os dentes re- cém-erupcionados são candidatos ideais para a realização do selante de fóssulas e fissuras. Além disso, acredita-se ser discutível o conceito de que dentes que não desenvolveram lesão cariosa até 2 anos após a sua erupção estão contraindicados para o selamento, uma vez que nessa condição clínica está sendo considerado apenas o fator matura- ção pós-eruptiva; entretanto, um indivíduo não está livre de desenvol- ver cárie de fóssulas e fissuras durante o decorrer dos anos seguintes, se levarmos em consideração os fatores higiene oral, anatomia oclusal,
Corte por desgaste do dente posterior selado com o selante de fóssulas e fissuras Prevent (FGM).
Sequência observando a adaptação do selante Prevent (FGM) no sulco e os prolongamentos resinosos (tags) responsáveis pela união mecânica do selante de fóssulas e fissuras ao esmalte dental. (E) esmalte (D) dentina (S) selante de fóssulas e fissuras Prevent (FGM) e (T) tags. Fotos (a) em aumento de 25 vezes, (b) em 50 vezes e (c) após a descalcificação do esmalte em aumento de 100 vezes.
Após a observação da adaptação do selante, o dente foi descalcificado para observação dos prolongamentos resinosos formados pelo Selante Prevent (FGM) no esmalte. (T) - prolongamentos resinosos (tags) responsáveis pela união mecânica do selante de fóssulas e fissuras ao esmalte dental.