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Informações básicas sobre proteínas, sua importância para as células vivas, suas fontes alimentícias e tipos, com ênfase nas proteínas do músculo e do leite. Além disso, são discutidas as proteínas do peixe e da soja.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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ADITIVOS & INGREDIENTES
ADITIVOS & INGREDIENTES
Proteínas são componentes essen- ciais a todas as células vivas e estão relacionadas praticamente a todas as funções fisiológicas. São utilizadas na regeneração de tecidos; funcionam como catalisadores nas reações químicas que se dão nos organismos vivos e que envolvem enzimas ou hormônios; são necessárias nas reações imunológicas e, juntamente com os ácidos nucléicos, são indispensáveis nos fenômenos de crescimento e reprodução. Quimicamente, as proteínas são polí- meros de alto peso molecular (acima de 10.000), cujas unidades básicas são os aminoácidos, ligados entre si por liga- ções peptídicas. As propriedades de uma proteína são determinadas pelo número e espécie dos resíduos de aminoácidos, bem como pela sequência desses com- postos na molécula. Todas as proteínas são constituídas de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitro- gênio e enxofre e possuem composição muito semelhante: 50% a 55% de carbo- no, 6% a 8% de hidrogênio, 20% a 24% de oxigênio, 15% a 18% de nitrogênio e de 0,2% a 0,3% de enxofre. Existem proteínas nas quais o teor de enxofre pode chegar a 5%. Muito raramente as proteínas contêm fósforo. As proteínas sofrem mudanças nas suas estruturas com muita facilidade, o que torna bastante difícil o estudo desses compostos. Por hidrólise total, as cadeias peptídicas dão origem aos aminoácidos livres. Sendo macromoléculas de estruturas extremamente complexas, as proteínas são compostos sem odor e sem sabor. Não podemos falar sobre proteínas, sem mencionar os aminoácidos. Existem 20 aminoácidos e são eles que formam todas as proteínas. Oito destes aminoá- cidos são obtidos através da dieta e são conhecidos como aminoácidos essen-
ciais; os demais podem ser produzidos pelo organismo, não sendo necessária a sua ingestão. O conteúdo de aminoácidos essen- ciais é uma das formas pela qual as proteínas são classificadas em completas ou de alto valor biológico (se contém os aminoácidos essenciais em quantidade e proporções adequadas) ou em incom- pletas ou de baixo valor biológico (as que carecem de algum dos aminoácidos essenciais).
Conforme já mencionado, as proteí- nas podem ser encontradas tanto em ali- mentos de origem animal como vegetal. A qualidade de uma proteína é medida pelo número de aminoácidos essenciais que fornecem ao organis- mo, ou seja, quanto mais aminoácidos essenciais apresentam, maior o valor biológico da proteína. O valor biológico é definido como a proporção em que se encontra um aminoácido essencial limitante, no que diz respeito ao padrão de referência. Por definição, deve entender-se como aminoácido limitante aquele em que o déficit é maior comparado com a pro- teína de referência, ou seja, aquele que, uma vez realizado o cálculo, resulta em um valor mais baixo. A “proteína de refe- rência” é uma proteína teórica, definida pela FAO, a qual possui a composição adequada para atender corretamente as necessidades proteicas. As “proteínas de referência” são fixadas dependendo da idade, já que as necessidades de
aminoácidos essenciais são diferentes em diferentes fases do crescimento e desenvolvimento humano. As proteínas animais são mais com- plexas no que se refere ao aporte de aminoácidos, já que fornecem quase todos os aminoácidos essenciais que o organismo necessita para um bom desenvolvimento e funcionamento. As- sim, possuem, geralmente, composições mais próximas a da considerada ideal. Já as proteínas vegetais não ofere- cem tantas quantidades de aminoácidos essenciais, mas apresentam quanti- dades de aminoácidos não essenciais, embora em menor quantidade do que a proteína animal. Praticamente, todos os alimentos contêm proteínas, porém não na mesma concentração. A mistura de alimentos vegetais e animais em quantidades adequadas permite que alguns alimen- tos complementem outros. Dessa for- ma, se consegue uma mistura que con- tenha todos os aminoácidos essenciais. Em resumo, para uma dieta saudável e adequada, recomenda-se a combina- ção de proteínas animais e proteínas vegetais.
As proteínas animais são elementos estruturais imprescindíveis a todas as células. Na falta de carboidratos e gorduras, as proteínas agem como elementos energéticos, mas de baixo rendimento. Dentre todas as moléculas
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que determina sua textura ou consis- tência, sua digestibilidade, sua conser- vação, bem como os diferentes sabores. Por exemplo, o colágeno é uma proteína do tecido conjuntivo que confere maior firmeza e dureza, motivo pelo qual o peixe é mais macio e mais fácil de digerir do que a carne ou o marisco. A gordura em peixes e frutos do mar, ao contrário de outros alimentos de origem animal, é abundante em ácidos graxos poliinsaturados, entre os quais destacam-se o ômega 3 e o ômega 6. Os ácidos graxos ômega estão relacionados com a manutenção e tra- tamento de doenças cardiovasculares e seus fatores de risco associados. O atum contém, aproximadamente, 23g de proteína por 100g. Já o bacalhau é um bom exemplo de alimento rico em proteínas e pobre em gordura, além de ser uma importante fonte de vitaminas e minerais, fazendo desse peixe um dos alimentos altamente recomendados. Atualmente, o comércio de peixe está em grande parte baseado em produtos congelados. Para o consu- midor, os principais atributos que determinam a qualidade dos produtos congelados de peixe são o sabor e a textura. Embora as enzimas no peixe possam contribuir para que ocorra mudanças no sabor durante o arma- zenamento, as proteínas atuam prin- cipalmente na textura dos produtos à base de peixe. O filé de peixe é dividido em blocos de músculos conhecidos como mioto- mas, que são separados através da mio- comata de colágenos. No cozimento, o colágeno da miocomata é desnaturado e os miotomas podem se separar, forman- do flocos de peixe cozido. As fibras de
músculo do peixe correm entre a mio- comata adjacente. Dentro do músculo, as fibras são as miofibrilas, os elementos contráteis do músculo. As miofibrilas são compostas de filamentos grossos de miosina e filamentos magros de actina. O arranjo desses filamentos dá ao músculo seu padrão característico. A repetição das miofibrilas, a distância entre duas linhas de Z, é conhecida como um sarcómero. A proteína do músculo de peixe consiste, normalmente, em três grupos principais: as proteínas sarcoplasmáti- cas, as proteínas miofibrilares e o tecido conjuntivo. As proteínas sarcoplasmá- ticas são solúveis em água e consistem principalmente de enzimas que estão envolvidas no metabolismo da célula. Esta proteína se precipita no cozimento e não contribui significativamente à textura do peixe. O tecido conjuntivo inclui principalmente colágeno. No mús- culo de mamíferos, os colágenos estão quimicamente unidos a graus variados, necessitando, às vezes, de extenso cozimento para amaciar o músculo. Em contrapartida, o colágeno do músculo do peixe apresenta temperaturas de derretimento inferiores e são facilmente convertidos em gelatina no cozimento. Dependendo da espécie de peixe, as proteínas miofibrilares ocupam um volume significativo do músculo. Um fato interessante é que as mudanças na propriedade das miofibrilas do mús- culo surgem a partir das mudanças na propriedade da água, ou seja, a maré alta assegura a capacidade das proteínas do músculo do peixe para a sua suculência. Associadas às proteínas miofibrilares estão as proteínas do citoesqueleto, que formam uma rede tridimensional
dentro e entre as células do músculo. Pesquisas estão sendo realizadas para determinar o papel das proteínas do citoesqueleto na textura do peixe. Em particular, vários estudos atribuem o amolecimento do músculo do peixe post mortem à degradação de elementos do citoesqueleto.
A composição em aminoácidos do ovo é a mais completa e equilibrada, além de ser a que contém todos os aminoácidos essenciais na proporção adequada, conferindo-lhe um valor biológico excelente, utilizado, inclusi- ve, como referência para o cálculo de outros alimentos proteicos. A clara de ovo consiste em uma mistura de proteínas muito diferentes entre si, nas quais a mais importante é a ovalbumina, que constitui 50% das proteínas totais da clara. A albumina foi obtida na forma cris- talina pela primeira vez em 1982. Possui peso molecular de 45.000 e contém na molécula grupos -SH e grupos de ácido fosfórico, que podem ser hidrolisados pela ação de fosfatases. Os grupos -SH só reagem quimicamente na proteína desnaturada. Na ovalbumina existem também pequenas quantidades de ma- nose e 2-amino2-desoxi-ribose. Quando em solução, a ovalbumina pode ser desnaturada por agitação. Coagula por aquecimento. Outra proteína, a conalbumina, é precipitada na forma não cristalina, por adição de sulfato de amônio, após a cristalização da ovalbumina. Possui peso molecular de aproximadamente 85.000. Coagula pelo calor, a temperaturas mais baixas do que a ovalbumina (abaixo de 60°C) e forma complexos estáveis com íons di e trivalentes. Não possui fósforo nem grupos -SH na molécula, mas possui uma fração de carboidratos, constituída de manose e galactose. U m a f r a ç ã o considerável da clara de ovo é formada por uma glico- proteína, rica em ligações
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dissulfídicas, a ovomucóide, obtida por tratamento da clara de ovo com sulfato de sódio ou de amônio, antes do isola- mento da ovoalbumina. Em soluções alcalinas, a ovomucóide é facilmente desnaturada pelo calor. A clara de ovo contém ainda a ovo- mucina, outra glicoproteína que por eletroforese é separada em três compo- nentes. Em solução, mesmo alcalina, é resistente ao calor. A avidina, outra proteína da clara de ovo, é uma desoxi-ribonucleoproteína importante, principalmente devido à sua propriedade de se ligar à biotina, impedindo a ação dessa vitamina, per- tencente ao complexo B, o que causa o chamado “mal da clara de ovo” nos ani- mais alimentados com clara de ovo crua. A clara de ovo contém também uma enzima, a lisozima, que constitui aproximadamente 3% da clara de ovo, e que tem ação nas paredes celulares de algumas bactérias. Pode formar com a ovomucina um complexo solúvel em água, que contribui para a estrutura do gel do albúmen. A lisozima é facilmente inativada pelo calor. Quando a gema do ovo é submetida à ultracentrifugação, é separada em duas frações; a fração que sedimenta contém duas proteínas, a lipovitelina e a fosfovitina (ou fosvitina), e solução sobrenadante contém a livitina. A li- povitelina é uma proteína cujo grupo prostético é um fosfolipídio. Possui peso molecular ao redor de 500.000 e a pH ácido forma um dímero. À medida que o pH aumenta, as cadeias peptídicas que formam o dímero vão se separando até chegarem à forma monômera. A fosfovitina contém aproximada- mente 10% de fósforo na molécula e somente 12% de nitrogênio; representa 80% das fosfoproteínas existentes na gema do ovo. Possui peso molecular entre 35.000 e 40.000 e forma um com- plexo estável com íons férricos, tendo, portanto, a capacidade de arrastar íons férricos existentes na gema. A livitina, proteína que fica na so- lução sobrenadante da centrifugação da gema, é uma proteína constituída por três componentes, α, β e γ-livitina e que se identificam, respectivamente, com a albumina do soro, α-glicoproteína e γ-globulina.
O ovo é considerado uma fonte de proteína altamente digestível, já que mais de 95% da sua proteína é digerida e está disponível para cobrir as várias necessidades do organismo. A gema do ovo é rica em gordura e colesterol e é aí que reside o seu maior inconveniente. No entanto, hoje, consi- derada-se adequada a ingestão de dois a três ovos por semana, embora haja hipercolesterolemia ou outra disli- pidemia. Já a clara do ovo pode ser consumida todos os dias.
O leite fornece proteínas de elevada qualidade e em quantidade significativa; o leite in natura fornece, em média, de 3g a 3,5g de proteínas por 100g de leite. Depois das proteínas sanguíneas, as proteínas do leite são provavelmente as mais bem caracterizadas do ponto de vista físico-químico e genético. As proteínas lácteas dividem-se em várias classes de cadeias polipeptídicas. Um dos grupos de proteínas, o das ca- seínas, representa cerca de 75% a 85% das proteínas lácteas. Nesse grupo, consideram-se ainda vários tipos de polipeptídeos: αs1-, αs2-, β-, e κ-, com
algumas variantes genéticas, modifica- ções pós-translacionais e produtos de proteólises. O segundo grupo de maior impor- tância quantitativa é o das proteínas solúveis do soro lácteo, ou proteínas do lactosoro, que constitui de 15% a 22% das proteínas totais do leite. As principais famílias de proteínas do lactosoro são as β-lactoglobulinas, as α-lactoalbuminas, as albuminas séricas e as imunoglobulinas. Ainda deve-se considerar o grupo de proteínas da complexa matriz lipo- proteica da membrana dos glóbulos de gordura; este grupo de proteínas faz parte integrante da membrana e não inclui as proteínas solúveis que podem ser adsorvidas, consideradas como peri- féricas. Através de técnicas apropriadas de separação eletroforética, as proteínas da membrana dos glóbulos de gordura distribuem-se em quatro bandas distin- tas: A, B, C e D. Por fim, existe o grupo das proteínas minor, que inclui um conjunto de proteí- nas, tais como transferrina, lactoferrina, microglobulina, glicoproteínas, etc. As enzimas completam a lista de substâncias proteicas no leite. De modo geral, considera-se que as enzimas são inativadas pelo pH ácido do estômago e,
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soro do leite. É um peptídeo de alto peso molecular (66 kD), rico em cisti- na (aproximadamente 6%), e relevante precursor da síntese de glutationa. Pos- sui afinidade por ácidos graxos livres e outros lipídeos, favorecendo seu trans- porte na corrente sanguínea. As imunoglobulinas são proteínas de alto peso molecular (150 a 1 000kDa). Quatro das cinco classes das Ig’s estão presentes no leite bovino (IgG, IgA, IgM e IgE), sendo a IgG a principal, consti- tuindo cerca de 80% do total. No leite humano, a IgA constitui a principal imu- noglobulina (>90%). Suas principais ações biológicas residem na imunidade passiva e atividade antioxidante. O glicomacropeptídeos (6,7 kDa) é um peptídeo resistente ao calor, à digestão assim como a mudanças de pH. Curiosamente, muitos autores não descrevem o glicomacropeptídeos como um peptídeo do soro. Na verdade, o glicomacropeptídeos é um peptídeo de- rivado da digestão da caseína-kapa, pela ação da quimosina durante a coagulação do queijo. Essa fração está presente em um tipo de proteína do soro, conhecida como whey rennet. Apresenta alta carga negativa, que favorece a absorção de minerais pelo epitélio intestinal, e, as- sim como a fração beta-lactoglobulina, possui alto teor de aminoácidos essen- ciais (47%). As subfrações ou peptídeos secun- dários das proteínas do soro são assim denominadas por se apresentarem em pequenas concentrações no leite. Com- preendem as subfrações: lactoferrina, beta-microglobulinas, gamaglobulinas, lactoperoxidase, lisozima, lactolina, re- laxina, lactofano, fatores de crescimen- to IGF-1 e IGF-2, proteoses-peptonas e aminoácidos livres. As subfrações lactoferrina, lisozima, lactoperoxidase, encontradas no leite humano, fornecem propriedades antimicrobianas importan- tes para o recém-nascido, assim como os fatores de crescimento IGF-I e IGF-II, que estão relacionados com o desenvol- vimento do tubo digestivo. As proteínas do soro podem exi- bir diferenças na sua composição de macronutrientes e micronutrientes, dependendo da forma utilizada para sua obtenção. Segundo pesquisas, 100g de concentrado proteico do
soro do leite possui, em média, 414 kcal, 80g de proteína, 7g de gordura e 8g de carboidratos. A composição média de aminoácidos é de 4,9mg de alanina, 2,4mg de arginina, 3,8mg de asparagina, 10,7mg de ácido aspártico, 1,7mg de cisteína, 3,4mg de glutamina, 15,4mg de ácido glutâmico, 1,7mg de glicina, 1,7mg de histidina, 4,7mg de isoleucina, 11,8mg de leucina, 9,5mg de lisina, 3,1mg de metionina, 3,0mg de fenilalanina, 4,2mg de prolina, 3,9mg de serina, 4,6mg de treonina, 1,3mg de triptofano, 3,4mg de tirosina e 4,7mg de valina, por grama de proteína. Os ami- noácidos de cadeia ramificada perfazem 21,2% e todos os aminoácidos essenciais constituem 42,7%. Esses valores estão acima da média, quando comparados àqueles de outras fontes proteicas, fornecendo às proteínas do soro impor- tantes propriedades nutricionais. Em relação aos micronutrientes, possui, em média, 1,2mg de ferro, 170mg de sódio e 600mg de cálcio por 100g de concentrado proteico. O soro de leite pode ser obtido em laboratório ou na indústria por três processos principais: a) pelo processo de coagulação enzimática (enzima quimosina), resultando no coágulo de caseínas, matéria-prima para a produção de queijos e no soro “doce”; b) preci- pitação ácida no pH isoelétrico (pI), resultando na caseína isoelétrica, que é transformada em caseinatos e no soro ácido; c) separação física das micelas de caseína por microfiltração, obtendo-se
um concentrado de micelas e as proteí- nas do soro, na forma de concentrado ou isolado proteico. As proteínas do soro de leite são altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo organismo, estimulando a síntese de proteínas sanguíneas e teci- duais a tal ponto que alguns pesquisado- res classificaram essas proteínas como proteínas de metabolização rápida ( fast metabolizing proteins ), muito adequa- das para situações de estresses metabó- licos em que a reposição de proteínas no organismo se torna emergencial.
As proteínas vegetais possuem pouco valor nutricional, resultante da deficiência de aminoácidos básicos na fração predominante, que é formada pelas prolaminas. As prolaminas são proteínas en- contradas somente em vegetais. São insolúveis em água e etanol absoluto, mas solúveis em etanol entre 50% e 80%. Entre os exemplos de prolaminas estão o trigo e o centeio (gliadina), o milho (seína) e a cevada (hordeína). Outra proteína vegetal é a glutelina. Assim como as prolaminas, são proteínas encontradas somente em vegetais. São insolúveis em água e solventes neutros, mas solúveis em soluções diluídas de ácidos e bases. Exemplos de glutelinas incluem o trigo (glutenina) e o arroz. Os legumes se caracterizam por seu elevado conteúdo proteico, de 17% a
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25%, proporção semelhante a dos cereais e, inclusive, superior a de carnes e peixes, porém de menor valor biológico. Seus aminoácidos essenciais são complementares ao dos cereais e, consequentemente, os alimentos que combinam legumes e cereais obtém um bom equilíbrio nutricional, como acontece, por exemplo, na combinação de arroz com lentilhas. Além disso, os legumes contém minerais (cálcio, ferro e magnésio), vitaminas do complexo B e são ricos em carboidratos (aproximadamente 55%). A soja é uma leguminosa particu- larmente nutritiva, já que contém uma elevada porcentagem de proteínas de alta qualidade, chegando a quase 37g de proteínas por cada 100g de soja, além de possuir a maioria dos aminoácidos essenciais, com exceção da metioni- na, a qual pode ser complementada combinando-a com outros alimentos, como os cereais. Os frutos secos também são ricos em proteínas (10% a 30%) e por seu conteú- do de ácidos graxos, basicamente, po- liinsaturados (30% a 60%). Apresentam, ainda, uma boa proporção de minerais de fácil absorção, como potássio, cálcio, fósforo, ferro e magnésio.
A soja é um alimento calórico-pro- teico, por possuir em sua composição proteínas, lipídios (óleo), carboidratos (açúcares e fibras) e minerais. Além de quantidade, a soja oferece qualidade. Suas proteínas satisfazem as necessidades de aminoácidos do organismo, tanto em adultos quanto em crianças. Em geral, as proteínas de todas as leguminosas são deficientes no aminoá- cido essencial metionina. No entanto, a proteína de soja contém uma proporção suficiente deste importante aminoáci- do (exceto para crianças). Sua qualidade biológica é compará- vel à da carne. As proteínas da soja são ideais para complementar a qualidade biológica de outras proteínas vegetais, como milho ou trigo. Quando a fa- rinha destes cereais se mistura com a farinha de soja, obtém-se uma proteína completa, de alta qualidade. Portanto,
o farelo de soja é cada vez mais usado para enriquecer o valor nutricional de pães, produtos de panificação e mas- sas. Pesquisas realizadas no Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica, na França, têm demonstrado que as proteí- nas de soja são digeridas e absorvidas tão facilmente como as proteínas do leite de vaca. As proteínas da soja são ligeiramen- te acidificantes, embora menos do que a carne. A soja é considerada por alguns nutricionistas como substituto da proteína animal. O leite de soja, por exemplo, pode ser usado da mesma forma que os outros leites. Os feijões e ervilhas cozinham mais rapidamente em leite de soja do que em água. Se acidificam e coalham como o leite de vaca, mas depois da acidificação, per- mitem a formação de soro de leite e de creme de leite. O leite de soja é altamente alcalino (o oposto de ácido), e se encaixa perfeitamente no organismo humano de adultos e crianças. O farelo de soja é especialmente rico em vitaminas e minerais, além de apresentar grande quantidade de cálcio. A soja também contém 9,3% de fibra, na maior parte solúvel. Esta é uma quantidade bastante elevada, considerando-se que toda a farinha de trigo possui 12,2% de fibra e 42,8% de farelo. No entanto, os produtos deri- vados da soja contém muito menos fibra (como o tofu, por exemplo, que apresenta 1,2% de fibras).
Ao contrário de outras leguminosas, a soja possui 19,9% de gordura, forma- da principalmente por ácidos graxos insaturados, como o ácido linoleico (55%) e oleico (21% ); contém uma pequena proporção de ácido palmítico saturado (9%), esteárico (6%) e outros ácidos graxos, entre os quais o alfa-li- nolénico do tipo ômega 3. O óleo de soja é rico em ácidos graxos poliinsaturados: linoléico (ôme- ga 6) e linolênico (ômega 3), e em lecitina. A soja não possui amido em sua composição e os principais açúcares encontrados em sua composição são frutose, glicose e sacarose, além de possuir um teor considerável de fibras solúveis, que auxiliam no controle do diabetes, principalmente do tipo II. O teor de minerais na soja é de aproximadamente 5% a 6%, sendo, como outras leguminosas, fonte de ferro. Constitui-se em boa fonte de outros minerais, como cobre, fósforo, magnésio, potássio e zinco. É também uma fonte moderada de cálcio. Enquanto verde, é boa fonte de ri- boflavina (vitamina B 2 ), niacina, ácido ascórbico (vitamina C) e pró-vitamina A. Quando madura, é ótima fonte das vitaminas E e K e boa fonte de tiamina (vitamina B 1 ), riboflavina (vitamina B 2 ) e ácido fólico. A soja e seus derivados, como a farinha, a proteína texturizada ou “car- ne” de soja e o extrato ou “leite” de soja, quando utilizados em alimentos associados aos cereais, como trigo, milho e centeio, conferem aos mesmos
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LUBRIPLATE
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PROTEÍNAS
PROTEÍNA ANIMAL
Y VEGETAL – TIPOS Y
FUNCIONES
Las proteínas son componentes esen- ciales de todas las células vivas y están relacionadas ha prácti- camente todas las funcio- nes fisiológicas. Son utilizados en la regeneración de tejidos; funcionan como catalizadores en las reacciones químicas que ocurren en los organismos vivos y que involucran enzimas u hormonas; son necesarios en reacciones inmunológicas y, junto con los ácidos nucleidos, son indispen- sables en los fenómenos de crecimiento y reproducción. Químicamente, las proteínas son polímeros de alto peso molecular (más de 10.000), cuyas unidades básicas son los aminoácidos, interconectados me- diante conexiones cadenas peptídicos. Las propiedades de uma proteína está determinada por el número y especie de residuos de aminoácidos, así como la secuencia de estos compuestos en la molécula. Todas las proteínas están formadas por carbono, hidrógeno, oxígeno, nitró- geno y azufre y son muy similares en cuanto a composición: 50% a 55% de carbono, 6% a 8% de hidrógeno, 20% a 24% de oxígeno, 15% a 18% de nitróge- no y de 0,2% a 0,3% de azufre. Existen proteínas en los que el contenido de azufre puede llegar al 5%. Muy rara vez las proteínas contienen fósforo. Las proteínas se someten a cambios en sus estructuras muy fácilmente, lo que hace muy difícil el estudio de estos compuestos. Para la hidrólisis comple- ta, las cadenas de péptidos dan lugar a aminoácidos libres. Siendo macromoléculas de estructu-
r a s extremada- mente com- plejas, las proteí- nas son compuestos sin olor y sin sabor. N o p o d e m o s hablar de proteí- nas, sin mencionar los aminoácidos. Existen 20 amino- ácidos y son ellos los que forman todas las proteínas. Ocho de estos aminoácidos son abtenidos a través de la dieta y son co- nocidos como aminoácidos esen- ciales; otros pueden ser producidos por el cuerpo, no siendo necesario para su ingestión. El contenido de aminoácidos asenciales es uno de los medios por los cuales las proteínas se clasifican como completa o de alto valor bio- lógico (si contiene los aminoácidos esenciales en cantidad y proporciones adecuadas) o incompletas o de bajo va- lor biológico (aquellos que carecen de alguno de los aminoácidos esenciales). Como ya se ha mencionado, las proteínas se pueden encontrar tanto en los alimentos de origen animal como vegetal.
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LUBRIPLATE
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PROTEÍNAS
Las proteínas animales son más com- plejos con respecto a la contribución de los aminoácidos, ya que proporcionan casi todos los aminoácidos esenciales que el cuerpo necesita para un buen desarrollo y funcionamiento. Por lo tanto, en general, tienen composiciones más cerca al que se considera ideal. Ya la proteína vegetal no ofrece tantas can- tidades de aminoácidos esenciales, pero presentan cantidades de aminoácidos no esenciales, aunque en menor cantidad que las proteínas de origen animal. Prácticamente todos los alimentos contienen proteína, pero no en la misma concentración. La mezcla de alimentos vegetales y animales en cantidades ade- cuadas permite que algunos alimentos complementan otros. De esta forma, se obtiene una mezcla que contiene todos los aminoácidos esenciales. Las proteínas de origen animal son elementos estructurales imprescindibles para todas las células. En la ausencia de carbohidratos y grasas, proteínas actúan como elementos energéticos, pero de bajo rendimiento. Entre todas las molé- culas orgánicas, las proteínas están entre las más abundantes y la mayor importan- cia, dada la gran diversidad estructural y de sus diversas funciones biológicas. Como se mencionó anteriormente, las proteínas están compuestas por 20 aminoácidos, ocho de los cuales no son sintetizadas por el organismo humano, llamado “esencial” ( triptófano, lisina, metionina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, treonina). Por esta razón, más aminoácidos esenciales de la pro- teína, la más “noble” será la comida. Los productos de origen animal son, en el sentido de que el más noble. Son fundamentales en la creación y cons- trucción del ser humano. Ellos forman la estructura de todo el cuerpo (esqueleto, músculos, piel, etc.). Son constituyentes básicos de órganos (corazón, pulmones, riñones, intestino, etc.) y la sangre. Son esenciales para el crecimiento. Consti- tuyen importantes componentes de la leche materna. Restablecer el desgaste natural de los tejidos (pérdida de proteí- na por día). Forma sustancias capaces de ayudar al cuerpo tanto en su funcio- namiento como en su defensa contra enfermedades (enzimas y anticuerpos). Las principales fuentes de proteínas de
origen animal son la carne, el pescado, los huevos y la leche. Las proteínas vegetales, tienen poço valor nutritivo, resultante de la discapacidad de aminoácidos básicos en la fracción predominante, la cual está formada por prolaminas. Las prolaminas son proteínas que se encuentran sólo en las plantas. Son insolubles en agua y en etanol absoluto, pero soluble en etanol entre 50% y 80%. Entre los ejemplos de prolaminas son el trigo y el centeno (gliadina), maíz (seina) y la sebada (hordeína). Outra proteína vegetal es el gluteli- na. Tan pronto como las prolaminas, son proteínas que se encuentran sólo en las plantas. Son diluidas de ácidos y bases. Ejemplos de glutelinas incluyen el trigo (glutenina) y arroz. Las verduras se caracterizan por su alto contenido de proteína de 17% a 25%, una proporción similar a la de los cereales e incluso la superación de carnes y pescados, pero de menor valor biológico. Sus aminoácidos esenciales son complementários a los cereales y, por consiguiente, los alimentos que combi- nan verdurar y cereales obtiene un buen equilibrio nutricional, como ocurre, por ejemplo, en la combinación de arroz con lentejas. Además, las verduras contiene minerales (calcio, magnesio y hierro), vitamina del complejo B y son ricos en carbohidratos (aproximadamente 55%). La soja es una legumbre especial- mente nutritiva. ya que contiene un alto porcentaje de proteínas de alta calidad llegando a casi 37g de proteína por cada 100g de soja, además de tener la mayoria de los aminoácidos esenciales, con excepción de la metionina, la cual puede complementarse mediante la combinación con otros alimentos, como los cereales. Los frutos secos son también ricos en proteínas (10% a 30%) y por su con- tenido de ácidos grasos, básicamente, los poliinsaturados (30% a 60%). También presentan una buena proporción de minerales fácilmente absorbibles como el potasio, el calcio, fósforo, hierro y magnesio. Las principales fuentes de proteínas vegetales son la soja y el trigo.