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Proteína tau e Alzheimer, Resumos de Bioquímica

Os principais fatores da proteína tau é o alzheimer

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 10/06/2025

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julia-santos-marques-1 🇧🇷

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A proteína tau é uma proteína associada aos microtúbulos,
desempenhando um papel crucial na estabilização do
citoesqueleto neuronal. Suas interações moleculares são
fundamentais para a manutenção da estrutura e função dos
neurônios.
Interações da Proteína Tau
Ligação aos Microtúbulos: A principal função da tau é se
ligar aos microtúbulos, promovendo sua estabilidade e
facilitando o transporte intracelular. Essa interação é
mediada por domínios de repetição presentes na estrutura
da tau.
Interações com Outras Proteínas: Além dos microtúbulos,
a tau interage com diversas outras proteínas, incluindo
proteínas de ligação ao RNA e componentes do
citoesqueleto, influenciando processos como a sinalização
celular e a organização estrutural.
Modificações Pós-Traducionais: A tau sofre várias
modificações pós-traducionais, como fosforilação,
acetilação e ubiquitinação, que afetam suas interações e
funções. Por exemplo, a hiperfosforilação da tau reduz
sua afinidade pelos microtúbulos, levando à formação de
agregados patológicos.
Agregação e Formação de Emaranhados: Em condições
patológicas, como na doença de Alzheimer, a tau se
desliga dos microtúbulos e forma agregados insolúveis
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A proteína tau é uma proteína associada aos microtúbulos, desempenhando um papel crucial na estabilização do citoesqueleto neuronal. Suas interações moleculares são fundamentais para a manutenção da estrutura e função dos neurônios. Interações da Proteína Tau

  • Ligação aos Microtúbulos: A principal função da tau é se ligar aos microtúbulos, promovendo sua estabilidade e facilitando o transporte intracelular. Essa interação é mediada por domínios de repetição presentes na estrutura da tau.
  • Interações com Outras Proteínas: Além dos microtúbulos, a tau interage com diversas outras proteínas, incluindo proteínas de ligação ao RNA e componentes do citoesqueleto, influenciando processos como a sinalização celular e a organização estrutural.
  • Modificações Pós-Traducionais: A tau sofre várias modificações pós-traducionais, como fosforilação, acetilação e ubiquitinação, que afetam suas interações e funções. Por exemplo, a hiperfosforilação da tau reduz sua afinidade pelos microtúbulos, levando à formação de agregados patológicos.
  • Agregação e Formação de Emaranhados: Em condições patológicas, como na doença de Alzheimer, a tau se desliga dos microtúbulos e forma agregados insolúveis

conhecidos como emaranhados neurofibrilares, que são tóxicos para os neurônios.

  • Essas interações e modificações da tau são áreas ativas de pesquisa, visando entender melhor sua contribuição para doenças neurodegenerativas e desenvolver estratégias terapêuticas eficazes. A agregação da proteína tau e a formação de emaranhados neurofibrilares (NFTs – neurofibrillary tangles) são eventos centrais em doenças neurodegenerativas conhecidas como tauopatias, como a doença de Alzheimer.

1. Como ocorre a agregação da tau:

  • Hiperfosforilação: Em condições normais, a tau é pouco fosforilada e se liga aos microtúbulos. Em doenças, ela sofre hiperfosforilação, ou seja, adquire muitos grupos fosfato. Isso: ◦ Diminui sua afinidade pelos microtúbulos. ◦ Faz com que ela se acumule no citoplasma.
  • Desprendimento dos microtúbulos: Sem a tau, os microtúbulos se desestabilizam, prejudicando o transporte intracelular.
  • Tau patológica entra em neurônios saudáveis.
  • Induz a proteína tau normal a mudar de forma e se agregar.
  • Isso contribui para a progressão da neurodegeneração ao longo do cérebro. No artigo “Tau-targeting therapies for Alzheimer disease: current status and future directions”: A formação de emaranhados neurofibrilares (NFTs) pela proteína tau é um processo central em doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Recentemente, estudos têm destacado que essa agregação e propagação da tau ocorrem por um mecanismo semelhante ao dos príons, conhecido como propagação prion-like.

Propagação Prion-like da Tau

A hipótese prion-like sugere que formas anormais da tau podem induzir a transformação de tau normal em formas patológicas, propagando-se entre células e regiões cerebrais conectadas. Esse processo envolve:

  1. Sementes de Tau Anormais: Tau mal dobrada atua como “semente”, induzindo a agregação de tau normal.
  2. Transferência Celular: Essas sementes podem ser liberadas por neurônios afetados e captadas por células vizinhas, propagando a patologia.
  1. Mecanismos de Internalização: A entrada da tau anormal em células saudáveis pode ocorrer via macropinocitose, mediada por proteoglicanos de heparan sulfato na superfície celular.
  2. Propagação Regional: A tau patológica se espalha ao longo de vias neuroanatômicas, afetando regiões como o hipocampo e o córtex entorrinal.

Evidências Experimentais

Estudos demonstraram que:

  • Oligômeros de Tau: Formas solúveis e tóxicas da tau, conhecidas como oligômeros, são altamente eficazes em iniciar a agregação e propagação da patologia.
  • Modelos Animais: Injeções de tau patológica em cérebros de camundongos induzem a formação de NFTs em regiões conectadas, confirmando a propagação prion-like.

Implicações Terapêuticas

Compreender a propagação prion-like da tau abre caminhos para intervenções terapêuticas, como:

  • Imunoterapia: Desenvolvimento de anticorpos que neutralizam a tau extracelular, impedindo sua entrada em células saudáveis.