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Guias e Dicas
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Promoção da Saúde e Qualidade de Vida na Escola: Um Guia para Escolas Promotoras de Saúde, Slides de Educação Física

Os princípios e métodos estabelecidos nas conferências internacionais de promoção da saúde pela organização mundial da saúde (oms) e organização pan-americana da saúde (opas) para a implantação da estratégia 'escolas promotoras da saúde'. O documento aborda os conceitos para a certificação de escolas neste modelo, incluindo aspectos relacionados à infraestrutura, alimentação, atividade física e educação para a saúde.

O que você vai aprender

  • Que é a estratégia 'Escolas Promotoras da Saúde'?
  • Quais são os principais conceitos para a certificação de escolas neste modelo?
  • Como as escolas podem criar e manter ambientes saudáveis e serviços de saúde escolar?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Vasco_da_Gama
Vasco_da_Gama 🇧🇷

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Promoção da Saúde e Qualidade de
Vida na Escola:
Estratégias para o Desenvolvimento
de Habilidades para uma Vida
Saudável
Estela Marina Alves Boccaletto
Mestre em Educação Física - uNICAMP
Denis Marcelo Modeneze
Mestre em Educação Física - uNICAMP
Erika da Silva Maciel
Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos - uSP
Jaqueline Girnos Sonati
Mestre em Educação Física - uNICAMP
A
Promoção da Saúde ocorre através de medidas sociais
e políticas globais que propiciam, aos indivíduos e co-
letividades, um maior controle sobre os fatores que de-
terminam o processo saúde/doença. Nessa perspectiva a saúde
é encarada como um direito humano fundamental e um dos
pilares necessários para que o indivíduo e a comunidade pos-
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Promoção da Saúde e Qualidade de

Vida na Escola:

Estratégias para o Desenvolvimento

de Habilidades para uma Vida

Saudável

Estela Marina Alves Boccaletto Mestre em Educação Física - uNICAMP

Denis Marcelo Modeneze Mestre em Educação Física - uNICAMP

Erika da Silva Maciel Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos - uSP

Jaqueline Girnos Sonati Mestre em Educação Física - uNICAMP

A

Promoção da Saúde ocorre através de medidas sociais e políticas globais que propiciam, aos indivíduos e co- letividades, um maior controle sobre os fatores que de- terminam o processo saúde/doença. Nessa perspectiva a saúde é encarada como um direito humano fundamental e um dos pilares necessários para que o indivíduo e a comunidade pos-

sam realizar de forma plena seus projetos de vida. (ORGANI- ZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1998). Dentre as estratégias para a Promoção da Saúde propos- tas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) encontra-se o modelo “Es- colas Promotoras da Saúde” que tem por finalidade a aplica- ção, no âmbito escolar, dos princípios e métodos estabelecidos nas Conferências Internacionais de Promoção da Saúde. A OPAS na América Latina e Caribe recomenda a implan- tação desta estratégia de promoção da saúde de forma arti- culada e sinérgica entre escola, comunidade e poder público, visando: o desenvolvimento de políticas públicas saudáveis e sustentáveis; a educação para a saúde incluindo o componente de habilidades e competências para a vida; a criação e ma- nutenção de ambientes saudáveis e serviços de saúde escolar, alimentação saudável e vida ativa. (ORGANIZACIÓN PANA- MERICANA DE LA SALUD, 2006). O Center for Disease Control and Prevetion (2000) em seu Indicador de Saúde Escolar e a OPAS (2006) através dos Anais da IV Reunião da Rede Latino-americana de Escolas Promo- toras da Saúde – Relatórios dos Comitês de Trabalho – indi- cam os principais conceitos para a elaboração de critérios e procedimentos para a certificação das Escolas Promotoras da Saúde, descritos a seguir:

AMBIENTES SAuDÁVEIS

  • Apresenta ambiente de respeito à diversidade, acolhe- dor, que desenvolve a auto-estima, o sentido de perti- nência, a participação, o “empoderamento” e cultura democrática na comunidade;
  • Desenvolve eqüidade entre os gêneros e relações não discriminatórias
  • Permite gestão escolar participativa e condições ade- quadas de trabalho
  • Apresenta ambiente livre de álcool, tabaco, drogas, abuso, exploração sexual e violência;

PARTICIPAçãO COMuNITÁRIA

  • Desenvolve programas articulados e contextualizados com a comunidade local;
  • Possibilita espaços de participação: estudantes, fami- liares, docentes, funcionários e demais membros da comunidade;
  • Estimula a utilização criativa do tempo livre e apóia as organizações relacionadas com a infância e adoles- cência;
  • Proporciona atividades integradoras para crianças e adolescentes não diretamente assistidos pela escola;
  • Elabora plano de prevenção e manejo de emergências e desastres integrados ao plano geral da comunidade;

EDuCAçãO PARA A SAúDE

  • Adequada para todas as séries e com o uso de estraté- gias de aprendizagem ativas e técnicas motivacionais;
  • Elabora currículo seqüencial e culturalmente adequado, abrangendo temas relacionados com a atividade física, a alimentação, doenças crônicas, hábitos posturais, cresci- mento e desenvolvimento, prevenção do uso de drogas lícitas e ilícitas, violência doméstica e urbana, meio am- biente sustentável, cidadania, entre outros;
  • Elabora currículo consistente com os Padrões Curri- culares Nacionais (PCN) em Educação Física e Temas Transversais: Saúde, Meio ambiente;
  • Desenvolve tópicos essenciais relacionados com a ati- vidade física e a alimentação saudável;
  • Elabora atividades que desenvolvem as habilidades ne- cessárias para a adoção de comportamentos saudáveis;
  • Elabora tarefas que encorajam e promovem a intera- ção entre os estudantes e familiares;
  • Oferece oportunidades de educação continuada para os professores e funcionários.

PROPOSTAS DE AçõES PRÁTICAS RELACIONADAS COM A EDuCAçãO FíSICA

O professor de educação física tem papel importante na promoção da saúde dos escolares e comunidade envolvida com a escola. Dentre os principais aspectos que poderá abor- dar com a comunidade escolar está o incentivo e promoção de uma vida mais ativa e práticas alimentares saudáveis. (BOC- CALETTO e VILARTA, 2007; CENTER FOR DISEASE CON- TROL AND PREVENTION, 2000).

ASPECTOS GERAIS

Para tais ações de intervenção há a necessidade de se garan- tir o acesso à educação física realizada por professores gradu- ados, em todos os níveis escolares, com freqüência e currículo escolar adequados para cada ciclo, respeitando os PCN e as características próprias de cada região, bem como, incentivar a educação continuada dos profissionais da área. Há a necessidade de se realizar uma avaliação regular dos ní- veis de aptidão física relacionados com a saúde em todos os es- colares, garantir padrões mínimos de segurança para a realização da educação física quanto a instalações, equipamentos, vestuário, técnicas e práticas apropriadas bem como o acesso aos estudantes que necessitam de cuidados especiais em saúde. Outras medidas que visam incentivar a adoção de uma vida ativa entre crianças e jovens é a realização de aulas de educação física agradáveis, com a maior parte do tempo em atividades de intensidade moderadas a vigorosas e a partici- pação de todos os alunos, dos mais aos menos aptos, evitando a exclusão e discriminação. Não utilizar o acesso às aulas de educação física como medida punitiva. As práticas de caráter informativo em promoção da saú- de devem ser vinculadas a ações educativas, mediadas pelo professor de educação física e seus alunos, através de práticas coletivas, workshops, palestras, tarefas para casa, cartazes, bo- letins, folhetos e demais meios de comunicação disponíveis na comunidade. (GUEDES e GUEDES, 2003; NAHAS, 2001).

“Se indicado, faça um teste ergométrico – esteira ou bicicleta, medindo a pressão arterial e a freqüência cardíaca. Peça orien- tação a seu médico e procure um professor de educação física para saber a melhor forma de fazer exercício”.

“Não obrigue seu corpo a grandes e insuportáveis esforços. Quem não está acostumado a fazer exercícios e resolve ‘ficar em forma’ de uma hora para outra prejudica a saúde. Vá com calma”.

“Os exercícios dinâmicos – andar, pedalar, nadar e dançar

- são os mais indicados para quem tem pressão alta, porém, devem ser feitos de forma constante, sob supervisão periódica e com aumento gradual das atividades”.

“Os exercícios estáticos – levantamento de peso ou musculação

- devem ser evitados, porque provocam aumento repentino da pressão arterial”.

“A intensidade dos exercícios deve ser de leve a moderada e freqüência de pelo menos 30 minutos por dia, três vezes por semana. Se puder, caminhe diariamente. Se não puder cumprir todo o tempo do exercício em um só turno, faça-o em dois ou mais turnos”.

“Ao realizar exercícios, contente-se com um progresso físico len- to, sem precipitações e com acompanhamento médico. Procure uma atividade física que lhe dê prazer”.

MEDIDAS SuGERIDAS PARA A COMuNIDADE ESCOLAR EM PROMOçãO DA ALIMENTAçãO SAuDÁVEL

Uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares assumindo a significação social e cultural dos ali- mentos como fundamento básico conceitual. A alimentação se dá em função do consumo de alimentos e não somente de seus nutrientes, eles trazem significações culturais, comporta- mentais e afetivas, muitas vezes esquecidas (BRASIL, 2005). A promoção de práticas alimentares adequadas se inicia com o incentivo ao aleitamento materno e está inserida no contexto da adoção de hábitos de vida saudáveis. A escola é

considerada local propício para se desenvolver estratégias pa- ra uma alimentação saudável e para o incentivo da prática da atividade física. O Ministério da Saúde desenvolveu os dez passos para a promoção da alimentação saudável na escola: 1º passo – A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para favorecer escolhas saudáveis. 2° Passo – Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades curriculares da escola. 3° Passo – Desenvolver estratégias de informação às famí- lias dos alunos para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua co-responsabilidade e a im- portância de sua participação neste processo. 4° Passo – Sensibilizar e capacitar os profissionais envol- vidos com alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável. 5° Passo – Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal. 6° Passo – Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola. 7° Passo – Aumentar a oferta e promover o consumo de fru- tas, legumes e verduras, com ênfase nos alimentos regionais. 8º Passo - Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas. 9° Passo – Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informações e vivências. 10° Passo – Desenvolver um programa contínuo de promo- ção de hábitos alimentares saudáveis, considerando o monitora- mento do estado nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, prevenção e controle dos distúrbios nutricionais. As medidas e ações aqui sugeridas não se esgotam em si mesmas. São sugestões iniciais para que o professor de edu- cação física, em sua intervenção no espaço escolar, possa ter a dimensão da importância de suas ações para a promoção da atividade física, qualidade de vida e saúde. Devem servir como um incentivo à pesquisa de temas e planejamento de ações que sejam prioridades para a comunidade assistida.