1. Introdução A extensão universitária no Brasil é definida como um dos pilares do ensino superior, ao lado do ensino e da pesquisa, conforme previsto na Constituição Federal de 1988 e reforçado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996). Com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, estabeleceu-se a obrigatoriedade da curricularização da extensão nos cursos de graduação, garantindo que pelo menos 10% da carga horária total dos cursos superiores sejam destinados a atividades extensionistas. Nesse contexto, o projeto "Promoção do Uso Racional de Medicamentos em Residenciais de Cuidados de Longa Permanência a Pessoas Idosas" desempenha um papel significativo na aprendizagem dos alunos e na sua inserção na sociedade. 2. Aprendizagem dos Alunos A participação em projetos de extensão proporciona uma formação acadêmica que transcende os limites teóricos, permitindo que os estudantes interajam com problemas reais e desenvolvam competências práticas e socioemocionais. Neste projeto, alunos dos cursos de Química Industrial, Enfermagem e Medicina têm a oportunidade de:  Aproximar-se de contextos profissionais reais , compreendendo a interação entre a saúde pública, a segurança do paciente e a gestão de medicamentos em instituições de longa permanência.  Desenvolver habilidades interdisciplinares , pois o projeto integra diferentes áreas do conhecimento na solução de problemas de saúde, ambiental e de gestão de medicamentos.  Aprimorar a formação cidadã e a responsabilidade social , conforme defendido por Freire (1996), pois ao atuar em espaços sociais vulneráveis, os estudantes exercitam o compromisso ético e político com a comunidade.  Desenvolver competências técnicas e comunicativas , ao produzir materiais educativos e participar de oficinas e seminários,

fortalecendo a capacidade de educar e sensibilizar diferentes públicos sobre o uso racional de medicamentos.

3. Inserção na Sociedade A extensão universitária também cumpre um papel fundamental na transformação social, promovendo a interação entre a universidade e a comunidade. No caso deste projeto, os benefícios são evidentes:  Impacto na saúde pública , pois a conscientização sobre o uso racional de medicamentos pode reduzir a polifarmácia e minimizar riscos associados ao descarte inadequado de fármacos.  Fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade , conforme defendido na Resolução CNE/CES nº 7/2018, ao promover o diálogo entre acadêmicos, profissionais de saúde e gestores das instituições de longa permanência.  Sustentabilidade ambiental , através da implementação de protocolos de descarte seguro de medicamentos e resíduos farmacêuticos, conforme preconizado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).  Produção de conhecimento científico , uma vez que os resultados do projeto podem subsidiar políticas públicas e contribuir para a formulação de novas diretrizes no campo da saúde coletiva. 4. Considerações Finais O projeto "Promoção do Uso Racional de Medicamentos em Residenciais de Cuidados de Longa Permanência a Pessoas Idosas" exemplifica a relevância da extensão universitária na formação integral dos alunos e na melhoria das condições sociais. Por meio da integração entre ensino, pesquisa e extensão, o projeto impacta positivamente tanto a aprendizagem acadêmica quanto a qualidade de vida da população idosa atendida, contribuindo para a consolidação de uma educação superior comprometida com a realidade social. Referências BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996.