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Projeto Regenerare - Musicoterapia Aplicada
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
Re𝄞enerare
Musicoterapia Aplicada na Recuperação
de Pacientes Internados
ocabs.odoo.com
Guarujá-SP - Brasil 2022
pesquisa que se apresenta, a musicoterapia aplicada na recuperação de pacientes internados pode ajudar e muito no processo de regeneração do organismo.
O projeto Re𝄞enerare consiste em um plano de trabalho a ser realizado nas dependências do Hospital Santo Amaro (HSA), no município de Guarujá-SP, com duração de um bimestre, cujo teor propõe a abertura de 07 (sete) vagas rotativas para sessões regulares de musicoterapia aplicada, conduzidas através da audição de frequências de solfeggio (de 174 a 963 hz) selecionadas com base na avaliação técnica (anamnese e testes clínicos) de cada paciente-voluntário, tendo como objetivo principal contribuir de todas as formas possíveis para a recuperação de pacientes internados.
Segundo a União Brasileira das Associações de Musicoterapia (UBAM, 2019): “A Musicoterapia foi incluída em Leis municipais e estaduais das PICS/SUS (Práticas Integrativas Complementares do Sistema Único de Saúde) nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em 2018 e 2019.” (UBAM, 2019.)
São inumeráveis as justificativas para projetos de musicoterapia, contudo o projeto Re𝄞enerare visa contribuir especialmente para a comprovação do aumento da eficácia de tratamentos incrementados com musicoterapia aplicada. Para tanto, pretende-se coletar, analisar e processar dados e informações a partir dos atendimentos realizados, tomando, por exemplo, dentre muitos, a recente experiência realizada em Palmas-TO: “[...] no HECC – Hospital Estadual de Combate à Covid-19, em Palmas, a musicoterapia faz parte do tratamento dos pacientes internados na UTI – Unidade de Terapia Intensiva.” (ISAC - Instituto de Saúde e Cidadania, 2021. Reportagem completa disponível para consulta em: <https://isac.org.br/musicoterapia-ajuda-no-tratamento-de-pac ientes-com-covid-19-no-hecc/>)
Engajado nesta missão, determinado e esperançoso apresento o projeto Re𝄞enerare, para que, sendo deferido, ponha-se em prática conforme planejado.
Cris Teodósio Cesar - Maestro, Especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional - Lattes: http://lattes.cnpq.br/
b) Justificativa
● Em alguns hospitais dos Estados Unidos, centros cirúrgicos são ambientados com música clássica para ajudar os pacientes a relaxar e acalmar o nervosismo pré-operatório. Pesquisas americanas também indicam que expor pacientes à música depois de grandes cirurgias ajuda a baixar a pressão arterial e a frequência cardíaca, acelerando a cura. (...) os pesquisadores imaginam que logo será possível receitar, junto com medicamentos convencionais ou no lugar deles, alguma forma de terapia musical. (...) Depois de um estímulo prolongado, a liberação de endorfinas e outros hormônios reconfortantes traz uma sensação maior de felicidade e energia, muitas vezes por longos períodos. (Revista Seleções Online, 2019.) ● (...) Muszkat (2012) cita que a música tem sido utilizada para potencializar os tratamentos de transtornos do desenvolvimento como déficit de atenção, dislexia e até mesmo em doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer. (SILVA, 2017). ● Durante quase toda a história do homem a música e a terapia têm estado estreitamente vinculadas, com frequência de forma inseparável. (VARGAS, 2012). ● A musicoterapia tem sido aplicada e estudada em diversas áreas do contexto hospitalar, com diferentes tipos de pacientes e objetivos variados. (...) Colwell et al (COLWELL, 2012) identificaram alterações clinicamente significativas na frequência cardíaca, pressão arterial, ou saturação de oxigênio em crianças hospitalizadas expostas à música. (HAGEMANN, 2015.) ● A Musicoterapia foi incluída em Leis municipais e estaduais das PICS/SUS (Práticas Integrativas Complementares do Sistema Único de Saúde) nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em 2018 e 2019. (UBAM, 2019).
d) Premissas
● Premissa 1) O musicoterapeuta deve estabelecer objetivos terapêuticos claros, a partir do estudo da história do paciente; do contato estabelecido com a equipe de saúde que atende o paciente e dos dados que constam em prontuário; do contato com familiares e do contato com o próprio paciente. O profissional deve conhecer, além da música, a história sonora do paciente, sendo necessário, neste caso, o uso de entrevista e testificação musical para obter informações específicas acerca do paciente. (BARCELLOS, 1999); ● Premissa 2) As terapias breves são comumente utilizadas no contexto hospitalar, principalmente pelo pouco tempo disponível para atendimento (ALMEIDA, 2010. ); ● Premissa 3) O ambiente hospitalar (...) apresenta demandas ágeis e complexas, exigindo intervenções breves e efetivas dos profissionais, tendo em vista que o paciente pode receber alta, ser transferido para outros hospitais, apresentar mudanças em suas condições clínicas ou vir a óbito. A intervenção terapêutica no hospital deve ser focal, objetivando trabalhar com aspectos relacionados à doença e ao diagnóstico, às dificuldades adaptativas à instituição hospitalar, e ao processo de adoecer (ROMANO, 1999.); ● Premissa 4) Exames de Serotonina [310 02.02.06.007- DOSAGEM DE ACIDO 5-HIDROXI-INDOL-ACETICO (SEROTONINA)], conforme citado nos nos Objetivos Atingíveis do projeto, só poderão ser solicitados quando e se for possível cumprir todos os requisitos exigidos para tal: jejum, tempo entre outros; ● Premissa 5) O acesso ao ambiente hospitalar, bem como toda e qualquer ação promovida pelo projeto, tudo está sujeito às regras de funcionamento e conduta da instituição (HSA), podendo os seus dirigentes, a qualquer momento, intervir ou solicitar o encerramento do programa por qualquer motivo de ordem organizacional; ● Premissa 6) Assim também todo e qualquer colaborador do projeto que por ventura não faça parte do corpo de funcionários da instituição estará igualmente sujeito às regras de conduta do hospital para acesso e permanência no local; ● Premissa 7) Complementar à premissa anterior, a instituição (HSA) reserva-se ao direito de anexar todas as demais premissas, se houver, que considerar importante para deferimento do projeto.
e) Riscos
● A demanda pode vir a ser muito maior ou muito menor que a oferta de vagas, acarretando prejuízos de ordem organizacional e metodológica; ● O equipamento (adquirido para as sessões de musicoterapia aplicada com frequências) pode ser furtado ou danificado, acarretando prejuízos de ordem orçamentária; ● A rotina do espaço hospitalar pode impedir a equipe multidisciplinar da instituição de contribuir para o perfeito funcionamento do projeto, ou seja, diante de tantas emergências o encaminhamento para sessões experimentais tende a não ser uma prioridade; ● O projeto pode ter de ser cancelado ou interrompido em casos de força maior, em referência, por exemplo, às experiências vividas durante esta pandemia (2019 aos dias atuais).
g) Contrapartida
O projeto Re𝄞enerare oferece, na forma de contrapartida, sessões regulares de Musicoterapia Infantil em Grupo (8 Sessões, vide Plano de Trabalho), a serem realizadas uma vez por semana na ala infantil da instituição, sob supervisão da equipe multidisciplinar da instituição.
2. Plano de Trabalho Atividades - EAP - MRP - Matriz SWOT
i. Síntese do Plano de Trabalho
Apresentação: para cada paciente-voluntário espera-se realizar um mínimo de 2 (dois) atendimentos, a saber:
● Atendimento 1 - Anamnese e Testificação
Descrição: sessão de 1h de duração, em média; deve ocorrer no ato do encaminhamento, conforme cronograma de atendimentos.
Metodologia: anamnese; audição conduzida de frequências de solfeggio (composições musicais em tonalidades específicas que, em tese, promovem a saúde do corpo e da mente em vários aspectos);
Prática: o paciente-voluntário responde a uma focal entrevista de anamnese e, por conseguinte, experimenta frequências puras e harmonizadas (174 e 963 hz), compostas em pequenas faixas de áudio, intercaladas com espaços de silêncio de 3 minutos entre uma e outra; o paciente-voluntário informa, em uma ou duas palavras, durante os espaços de silêncio, sensações experimentadas para cada frequência ouvida.
● Atendimento 2 - Devolutiva
Descrição: Sessão com duração média de 45 minutos, para entrega dos arquivos de áudio compostos com base nos resultados da testificação, posologia, orientações gerais e audição observada. Deve ocorrer até 24h do fim do 1º Atendimento.
Metodologia: são entregues ao paciente-voluntário 2 arquivos de áudio (um para animar, outro para relaxar) para serem ouvidos de acordo com a posologia indicada e demais considerações do Musicoterapeuta.
Prática: os arquivos são compostos com base nos resultados da testificação e análise da entrevista de anamnese, com foco na observação de sinais de baixo nível de Serotonina entre outros aspectos da Matriz Diagnóstica; gravados em um cartão de memória que ficará em posse do paciente-voluntário durante a
ii. Justificativa do Plano de Trabalho:
● Da Metodologia do 1º Atendimento: em respeito à premissa de nº 1, conforme apresentadas no Termo de Abertura do Projeto (TAP), o musicoterapeuta deve traçar objetivos terapêuticos claros, a partir do estudo da história do paciente; do contato estabelecido com a equipe de saúde que atende o paciente e dos dados que constam em prontuário. Logo, anamnese e testificação são atividades fundamentais e indispensáveis na metodologia. Senão vejamos:
“O profissional deve conhecer, além da música, a história sonora do paciente, sendo necessário, neste caso, o uso de entrevista e testificação musical para obter informações específicas acerca do paciente.” (BARCELLOS, 1999);
● Da Metodologia do 2º e N Atendimento(s): ainda são economicamente inacessíveis muitos serviços oferecidos no campo da musicoterapia, tendo em vista que os testes considerados mais eficazes contam com recursos inovadores da neurociência, muito caros para a maior parte da população. O método mais viável, economicamente, ainda é o da Observação e Intervenção; embora o projeto preveja, para enriquecimento da pesquisa, o exame de Serotonina para 10 a 20% dos pacientes-voluntários (1 ou 2 aproximadamente), prevalece a premissa de nº 4 do TAP:
Exames de Serotonina (...) só poderão ser solicitados quando e se for possível cumprir todos os requisitos exigidos para tal: jejum, tempo entre outros (TAP/Premissa nº4)
● Da Periodicidade e Regularidade dos Atendimentos: em respeito às premissas de nº 2 e 3 do TAP, factualmente, o ambiente hospitalar apresenta demandas ágeis e complexas, exigindo intervenções breves e efetivas:
“A intervenção terapêutica no hospital deve ser focal, objetivando trabalhar com aspectos relacionados à doença e ao diagnóstico, às dificuldades adaptativas à instituição hospitalar, e ao processo de adoecer (ROMANO, 1999.);
● Da Prática: a audição de frequências é um caminho prático, confortável e muito indicado em sessões de musicoterapia aplicada na recuperação e/ou período pré-operatório de pacientes internados. Segundo estudos recentes da neurociência, é comprovada a eficácia da música no cérebro quanto à liberação de neurotransmissores por meio de processos sinápticos. Estimular sinapses no campo da musicoterapia é eficaz quando entendemos que:
Preservamos as sinapses e, portanto, redes neurais relacionadas aos comportamentos essenciais à nossa sobrevivência. Aprendemos o que é significativo e necessário para vivermos bem e esquecemos aquilo que não tem mais relevância para o nosso viver”. (GUERRA, 2011).
A audição de frequências de solfeggio selecionadas com base na testificação e anamnese do paciente, pode ajudar a liberar, por exemplo, Serotonina, Dopamina e Endorfina:
O processamento musical envolve 3 etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção. Córtex auditivo primário e o giro temporal superior são áreas responsáveis pela percepção musical. O córtex primário é sensível à percepção do tom, enquanto o de associação auditiva é sensível aos processamentos mais complexos lineares como a melodia e não lineares como a harmonia. O ritmo é processado no cerebelo, nos gânglios basais e nos lobos temporais superiores. O reconhecimento musical e a emoção envolve o orbito-frontal e o sistema límbico, eles estão envolvidos com a memória musical e com as emoções ligadas a música. (SILVA, 2013)
Quanto à Musicoterapia, podemos afirmar que:
“A música possui um alto potencial terapêutico ainda não conhecido em sua totalidade por conta da falta de estudos na área da musicoterapia. (...) A música pode promover a liberação de dopamina inundando assim os sistemas dopaminérgicos receptores de D2.” (SILVA, 2013)
deve consultar e informar a instituição sobre todo e
qualquer procedimento antes de aplicá-lo. (vide Premissas
e Plano de Trabalho do Projeto).
iii. Sequenciamento de Atividades
Semana 1 Tempo Máx Seg Ter Qua Qui
1h PLANEJAMENTO Dev. P1 Dev. P4 Dev. P 1h 1ºAt. P1 Dev. P2 1ºAt. P5 Dev. P
1h 1ºAt. P2 Dev. P3 1ºAt. P6 Dev. P 1h 1ºAt. P3 1ºAt. P4 1ºAt. P7 Musicoterapia Infantil em Grupo Serviço Voluntário; Contrapartida Social do Projeto.
Semana 2 (em diante) Tempo Máx Seg Ter Qua Qui 1h AC - Planejamento Dev. P8 ou Observação P
Dev. P (n) ou Observação P (n)
Dev. P(N)
1h 1ºAt. P8 ou Observação P
Dev. P (n) ou Observação P (n)
1º At. P (N) ou Observação P (N)
Dev. P(N)
1h 1ºAt. P8, P9 ou Observação P
Dev. P (n) ou Observação P (n)
1º At. P (N) ou Observação P (N)
Dev. P(N)
1h 1ºAt. P8, P9, P ou Observação P
1º At. P (N) ou Observação P (N)
1º At. P (N) ou Observação P (N)
AC - Musicoterapia Infantil em Grupo Serviço Voluntário; Contrapartida Social do Projeto.
Leia-se: AC = Atividades Complementares do Projeto; At. = Atendimento; P = Paciente; Dev. = Devolutiva; P (N) = Próximo Paciente encaminhado, de acordo com a liberação da Vaga.
Cores:
v. Matriz de Responsabilidade (MRP)
Atividade HSA Equipe Multidisciplinar
Musicoterapeuta Paciente Gestão do Projeto
Encaminhamento de Pacientes para o Programa de Musicoterapia
Pesquisa e Planejamento C^ R^ I^ A Assepsia do Equipamento de Audição
Anamnese e Testificação C^ R^ I^ A Devolutiva (24h) |i| Este Pacote de Trabalho inclui o trabalho externo, em estúdio próprio, de manipulação e composição de arquivos de áudio, conforme o Plano de Trabalho do projeto.
Observação e Acompanhamento C^ R^ I^ A Uso Racional |i| O uso racional ocorre quando o paciente recebe o medicamento apropriado à sua necessidade clínica, na dose e posologia corretas (MANAGEMENT, 1997). Está implícito na prática hospitalar.^1
Pareceres Técnicos e Matrizes Diagnósticas
Contrapartida / Serviço Voluntário |i| Sessão semanal de Musicoterapia Infantil em Grupo, na ala infantil da instituição.
(^1) O uso racional inclui a escolha terapêutica adequada, indicação apropriada, dose, administração e duração do tratamento apropriados; paciente apropriado, adesão ao tratamento pelo paciente etc.
vi. Riscos e Oportunidades (Matriz SWOT)
Riscos Oportunidades DE ORDEM METODOLÓGICA
● A demanda pode vir a ser muito maior ou muito menor que a oferta de vagas; ● A rotina do espaço hospitalar pode impedir a equipe multidisciplinar da instituição de contribuir para o perfeito funcionamento do projeto, ou seja, diante de tantas emergências o encaminhamento para sessões experimentais tende a não ser uma prioridade.
● O programa pode fazer contribuições significa- tivas tanto para a sociedade científica quanto para a instituição acolhedora, a partir da pesquisa de campo realizada; ● O projeto pode vir a ser facilmente adotado, tendo em vista o constante aumento da popularidade do uso de musicoterapia em ambiente hospitalar e, neste sentido, pode vir a beneficiar tanto o paciente quanto a instituição.
DE ORDEM PRÁTICA
● O equipamento de trabalho (adquirido para as sessões de musicoterapia aplicada com frequências) pode ser furtado ou danificado, acarretando prejuízos de ordem orçamentária e organizacional; ● O projeto pode ter de ser cancelado ou interrom- pido em casos de força maior, tendo por exemplo as experiências vividas durante esta pandemia (2019 aos dias atuais).
● O projeto permitirá mensurar as possibilida- des de incremento e adesão a novos serviços, especiais e alternativos, em leitos públicos a partir da experiência realizada; ● A musicoterapia pode contribuir para acelerar a regeneração do(s) pa- ciente(s), logo, o programa pode vir a reduzir o tempo de permanência no(s) leito(s).