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Um anexo relacionado à execução de estruturas de aço, que fazia parte da ABNT. NBR 8800:1986, não integra esta Norma (nesta Norma, são fornecidas apenas ...
Tipologia: Notas de estudo
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Origem: ABNT NBR 8800: CB-02: Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02: 125.03 - Estruturas de Aço ABNT NBR 8800:200x - Design of steel and composite structures for buildings Descriptors: Design. Structural. Steel. Steel and concrete. Buildings. É previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 8800: Palavras-chave: Projeto. Estrutura. Aço. Aço e concreto. Edifícios. 259 páginas
Sumário Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições, simbologia e unidades 4 Condições gerais de projeto 5 Condições específicas para dimensionamento de elementos de aço 6 Condições específicas para dimensionamento de ligações metálicas 7 Condições específicas para dimensionamento de elementos mistos de aço e concreto 8 Condições específicas para dimensionamento de ligações mistas 9 Considerações adicionais de resistência 10 Condições adicionais de projeto 11 Estados limites de serviço 12 Fabricação, montagem e controle de qualidade Anexo A (Normativo) - Aços estruturais e materiais de ligação Anexo B (Normativo) - Prescrições complementares sobre as ações decorrentes do uso Anexo C (Normativo) - Deslocamentos máximos Anexo D (Normativo) - Método da amplificação dos esforços solicitantes Anexo E (Normativo) - Força axial de flambagem elástica e coeficiente de flambagem Anexo F (Normativo) - Flambagem local de barras axialmente comprimidas Anexo G (Normativo) - Momento fletor resistente de cálculo de vigas não-esbeltas Anexo H (Normativo) - Momento fletor resistente de cálculo de vigas esbeltas Anexo J (Normativo) - Aberturas em almas de vigas Anexo K (Normativo) - Requisitos específicos para barras de seção variável Anexo L (Normativo) - Fadiga Anexo M (Normativo) - Vibrações em pisos Anexo N (Normativo) - Vibrações devidas ao vento Anexo P (Normativo) - Controle de fissuras do concreto em vigas mistas Anexo Q (Normativo) - Vigas mistas de aço e concreto Anexo R (Normativo) - Pilares mistos de aço e concreto Anexo S (Normativo) - Lajes mistas de aço e concreto Anexo T (Normativo) - Ligações mistas de aço e concreto Anexo U (Informativo) - Durabilidade de componentes de aço frente à corrosão
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 1
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As normas brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os projetos de norma brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma contém os anexos A, B, C, D, E, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S e T, de caráter normativo, e o anexo U, de caráter informativo.
Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 8800:1986 - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios - Procedimento.
Esta Norma inclui pilares mistos, lajes mistas e ligações mistas de aço e concreto, que não constavam da ABNT NBR 8800:1986 - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios - Procedimento. Um anexo relacionado à execução de estruturas de aço, que fazia parte da ABNT NBR 8800:1986, não integra esta Norma (nesta Norma, são fornecidas apenas prescrições básicas relacionadas à execução, de modo a tornarem válidos os procedimentos de projeto apresentados). Também constavam da ABNT NBR 8800:1986 e não estão incluídas nesta Norma as prescrições relacionadas ao dimensionamento de olhais e à consideração do efeito do campo de tração na determinação da força cortante resistente de barras fletidas.
Introdução
Para a elaboração desta Norma foi mantida a filosofia da anterior: ABNT NBR 8800, de modo que a esta Norma cabe definir os princípios gerais que regem o projeto à temperatura ambiente, das estruturas de aço e das estruturas mistas de aço e concreto de edificações, incluindo passarelas de pedestres e suportes de equipamentos.
1 Objetivo
devem ser obedecidos no projeto à temperatura ambiente de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edificações (ver 1.4), nas quais:
a) os perfis de aço sejam laminados ou soldados, ou perfis de seção tubular com ou sem costura;
b) as ligações sejam executadas com parafusos ou soldas.
Os perfis de seção tubular podem ter forma circular ou retangular (a forma quadrada é considerada um caso particular da forma retangular).
As prescrições desta Norma se aplicam exclusivamente aos perfis de aço não-híbridos. Caso sejam usados perfis híbridos, devem ser feitas as adaptações necessárias.
Norma, são aquelas formadas por componentes de aço e de concreto, armado ou não,
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 3
ABNT NBR 5884:2005 - Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico - Requisitos gerais
ABNT NBR 5920:1997 - Chapas finas a frio e bobinas finas a frio, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural - Requisitos
ABNT NBR 5921:1997 - Chapas finas a quente e bobinas finas a quente, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural - Requisitos
ABNT NBR 6118:2003 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento
ABNT NBR 6120:1980 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
ABNT NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações
ABNT NBR 6648:1984 - Chapas grossas de aço-carbono para uso estrutural
ABNT NBR 6649:1986 - Chapas finas a frio de aço-carbono para uso estrutural
ABNT NBR 6650:1986 - Chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural
ABNT NBR 7007:2002 - Aços-carbono e microligados para uso estrutural e geral
ABNT NBR 7188:1984 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre
ABNT NBR 8261:1983 - Perfil tubular, de aço-carbono, formado a frio, com e sem costura, de seção circular, quadrada ou retangular para usos estruturais
ABNT NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento
ABNT NBR 14323:1999 - Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio - Procedimento
ABNT NBR 14762:2001 - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio - Procedimento
ANSI/ASCE 3-91 - Standard for the structural design of composite slabs
ANSI/AISC 360-05 - Specification for structural steel buildings
ASME B18.2.6-2006 - Fasteners for use in structural applications
ASME B46.1-2003 - Surface texture, surface roughness, waviness and lay
ASTM A6/A6M-05a - Standard specification for general requirements for rolled structural steel bars, plates, shapes, and sheet piling
ASTM A36/A36M-05 - Standard specification for carbon structural steel
ASTM A108-03e1 - Standard specification for steel bar, carbon and alloy, cold-finished
ASTM A242/A242M-04 - Standard specification for high-strength low-alloy structural steel
4 NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007
ASTM A307-04 - Standard specification for carbon steel bolts and studs, 60000 PSI tensile strength
ASTM A325-04b - Standard specification for structural bolts, steel, heat treated, 120/105 ksi minimum tensile strength
ASTM A325M-04b - Standard specification for structural bolts, steel, heat treated 830 MPa minimum tensile strength [metric]
ASTM A490-04a - Standard specification for structural bolts, alloy steel, heat treated, 150 ksi minimum tensile strength
ASTM A490M-04a - Standard specification for high-strength steel bolts, classes 10.9 and 10.9.3, for structural steel joints [metric]
ASTM A500-03a - Standard specification for cold-formed welded and seamless carbon steel structural tubing in rounds and shapes
ASTM A572/A572M-06 - Standard specification for high-strength low-alloy columbium- vanadium structural steel
ASTM A588/A588M-05 - Standard specification for high-strength low-alloy structural steel with 50 ksi [345 MPa] minimum yield point to 4-in. [100-mm] thick
ASTM A913/A913M-04 - Standard specification for high-strength low-alloy steel shapes of structural quality, produced by quenching and self-tempering process (QST)
ASTM A992/A992M-06 - Standard specification for structural steel shapes
ASTM A1011/A1011M-06 - Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Hot-Rolled, Carbon, Structural, High-Strength Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved Formability, and Ultra-High Strength
ASTM F436-04 - Standard specification for hardened steel washers
ASTM F436M-04 - Standard specification for hardened steel washers [metric]
AWS A2.4:1998 - Standard symbols for welding, brazing, and nondestructive examination
AWS A5.1/A5.1M:2004 - Specification for carbon steel electrodes for shielded metal arc welding
AWS A5.5/A5.5M:2006 - Specification for low-alloy steel electrodes for shielded metal arc welding
AWS A5.17/A5.17M:1997 - Specification for carbon steel electrodes and fluxes for submerged arc welding
AWS A5.18/A5.18M:2005 - Specification for carbon steel electrodes and rods for gas shielded arc welding
AWS A5.20/A5.20M:2005 - Specification for carbon steel electronics for flux cored arc welding
6 NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007
d - diâmetro; altura total da seção transversal; distância; dimensão e - distância; excentricidade f - tensão característica obtida por ensaios ou tensão resistente de cálculo f cd - resistência de cálculo do concreto à compressão f ck - resistência característica do concreto à compressão f ctm - resistência média do concreto à tração f u - resistência à ruptura do aço à tração f ub - resistência à ruptura do material do parafuso ou barra redonda rosqueada à tração f ucs - resistência à ruptura do aço do conector f y - resistência ao escoamento do aço à tensão normal f yF - resistência ao escoamento do aço da fôrma f ys - resistência ao escoamento do aço da armadura f w - resistência mínima à tração do metal da solda g - gabarito de furação; aceleração da gravidade, peso específico h - altura k - rigidez; parâmetro em geral l - comprimento n - número (quantidade) p - passo da rosca; largura de influência r - raio de giração; raio s - espaçamento longitudinal entre dois furos consecutivos; espaçamento mínimo entre bordas de aberturas t - espessura w - dimensão da perna do filete de reforço ou contorno x - coordenada y - coordenada; distância
3.1.1.2 Letras romanas maiúsculas
A - área A g - área bruta da seção transversal C - coeficiente; constante de torção C ad - força resistente de cálculo da região comprimida do perfil de aço C b - fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme C cd - força resistente de cálculo da espessura comprimida da laje de concreto C m - coeficiente de equivalência de momentos C pg - coeficiente utilizado no cálculo de vigas esbeltas C t - coeficiente de redução usado no cálculo da área líquida efetiva C v - coeficiente de força cortante C w - constante de empenamento da seção transversal D - diâmetro externo de elementos tubulares de seção circular D o - diâmetro das aberturas E , E a - módulo de elasticidade do aço E c - módulo de elasticidade secante do concreto E cr - módulo de elasticidade reduzido do concreto devido aos efeitos de retração e fluência E s - módulo de elasticidade do aço da armadura do concreto F G - valor característico das ações permanentes F Q - valor característico das ações variáveis F Q,exc - valor característico das ações excepcionais
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 7
G - módulo de elasticidade transversal do aço, igual a 0,385 E ; ação característica permanente; centro geométrico da barra I - momento de inércia K - coeficiente de flambagem de barras comprimidas L - vão, distância ou comprimento M - momento fletor N - força axial P - força P dub - resistência de cálculo de um parafuso, levando em conta o cisalhamento e a pressão de contato nos furos P sRd - resistência de cálculo das barras da armadura Q - ação variável; fator de redução total associado à flambagem local Q a; Q s - fatores de redução que levam em conta a flambagem local de elementos AA e AL, respectivamente Q Rd - resistência de cálculo de um conector de cisalhamento R FIL - fator de redução para juntas constituídas apenas de um par de filetes de solda transversais R m - parâmetro de monossimetria da seção transversal R PJP - fator de redução para soldas de penetração parcial R d - resistência de cálculo, solicitação resistente de cálculo R k - resistência característica, solicitação resistente característica S d - solicitação de cálculo T - força de tração T ad - força resistente de cálculo da região tracionada do perfil de aço V - força cortante W - módulo de resistência elástico Z - módulo de resistência plástico
3.1.1.3 Letras gregas minúsculas
α - coeficiente relacionado à curva de dimensionamento à compressão; coeficiente relacionado ao efeito Rüsch αE - relação entre o módulo de elasticidade do aço e o módulo de elasticidade do concreto β - fator de redução; coeficiente de dilatação térmica βvm - coeficiente que leva em conta a capacidade de rotação necessária para a ligação δ - fator de contribuição do aço, deslocamento, flecha ε - deformação φ - diâmetro das barras da armadura γ - coeficiente de ponderação da resistência ou das ações λ - parâmetro de esbeltez λ 0 - índice de esbeltez reduzido λp - parâmetro de esbeltez limite para seções compactas λr - parâmetro de esbeltez limite para seções semicompactas λrel - esbeltez relativa μ - coeficiente médio de atrito ν - coeficiente de Poisson χ - fator de redução associado à resistência à compressão χdist - fator de redução para flambagem lateral com distorção da seção transversal σ - tensão normal τ - tensão de cisalhamento
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dessas estruturas. A fabricação e a construção devem ser feitas por empresas capacitadas e que mantenham a execução sob competente supervisão.
4.1.2 Entende-se por projeto o conjunto de cálculos, desenhos, especificações de fabricação e de montagem da estrutura.
4.2.1 Os desenhos de projeto devem ser executados em escala adequada para o nível das informações desejadas. Devem conter todos os dados necessários para o detalhamento da estrutura, para a execução dos desenhos de montagem e para o projeto das fundações.
4.2.2 Os desenhos de projeto devem indicar quais as normas que foram usadas e dar as especificações de todos os materiais estruturais empregados.
4.2.3 Além dos materiais, devem ser indicados dados relativos às ações adotadas e aos esforços solicitantes de cálculo a serem resistidos por barras e ligações, quando necessários para a preparação adequada dos desenhos de fabricação.
4.2.4 Nas ligações com parafusos de alta resistência, os desenhos de projeto devem indicar se o aperto será normal ou com protensão inicial, e neste último caso, se os parafusos trabalharem a cisalhamento, se a ligação é por atrito ou por contato.
4.2.5 As ligações soldadas devem ser caracterizadas por simbologia adequada que contenha informações completas para sua execução, de acordo com a AWS A2.4.
4.2.6 No caso de edifícios industriais, devem ser apresentados nos desenhos de projeto ou memorial de cálculo o esquema de localização das ações decorrentes dos equipamentos mais importantes que serão suportados pela estrutura, os valores dessas ações e, eventualmente, os dados para a consideração de efeitos dinâmicos.
4.2.7 Quando o método construtivo for condicionante, tendo feito parte dos procedimentos do cálculo estrutural, devem ser indicados os pontos de içamento previstos e os pesos das peças da estrutura, além de outras informações similares relevantes. Devem ser levados em conta coeficientes de impacto adequados ao tipo de equipamento que será utilizado na montagem. Além disso, devem ser indicadas as posições que serão ocupadas temporariamente por equipamentos principais ou auxiliares de montagem sobre a estrutura, posição de amarração de cabos ou espias, etc. Outras situações que possam afetar a segurança da estrutura devem também ser consideradas.
4.2.8 Nos casos onde os comprimentos das peças da estrutura possam ser influenciados por variações de temperatura durante a montagem, devem ser indicadas as faixas de variação consideradas.
4.2.9 Devem ser indicadas nos desenhos de projeto as contraflechas de vigas, inclusive de vigas treliçadas.
4.3.1 Os desenhos de fabricação devem traduzir fielmente, para a fábrica, as informações contidas nos desenhos de projeto, dando informações completas para a produção de todos os
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elementos componentes da estrutura, incluindo materiais utilizados e suas especificações, locação, tipo e dimensão de todos os parafusos, soldas de fábrica e de campo.
4.3.2 Sempre que necessário, deve-se indicar nos desenhos a seqüência de execução de ligações importantes, para evitar o aparecimento de empenos ou tensões residuais excessivos.
Os desenhos de montagem devem indicar as dimensões principais da estrutura, marcas das peças, dimensões de barras (quando necessárias à aprovação), elevações das faces inferiores de placas de base de pilares, todas as dimensões e detalhes para colocação de chumbadores, locação, tipo e dimensão dos parafusos, soldas de campo, posições de montagem e outras informações necessárias à montagem da estrutura. Devem ser claramente indicados todos os elementos permanentes ou temporários essenciais à integridade da estrutura parcialmente construída. Aplica-se aqui também o disposto em 4.3.2.
4.5.1 Introdução
4.5.1.1 Os aços estruturais e os materiais de ligação aprovados para uso por esta Norma são citados em 4.5.2 e o concreto e os aços para armaduras em 4.5.3.
4.5.1.2 Informações completas sobre os materiais relacionados em 4.5.2 e 4.5.3 encontram-se nas especificações correspondentes e maiores informações sobre os aços estruturais e os materiais de ligação encontram-se no anexo A.
4.5.2 Aços estruturais e materiais de ligação
4.5.2 1 Aços para perfis, barras e chapas
4.5.2.1.1 Os aços aprovados para uso nesta Norma para perfis, barras e chapas são aqueles com qualificação estrutural assegurada por norma brasileira ou norma ou especificação estrangeira, desde que possuam resistência característica ao escoamento máxima de 450 MPa e relação entre resistências características à ruptura e ao escoamento não inferior a 1,18.
4.5.2.1.2 Permite-se ainda o uso de outros aços estruturais desde que tenham resistência característica ao escoamento máxima de 450 MPa, relação entre resistências características à ruptura e ao escoamento não inferior a 1,18 e que o responsável pelo projeto analise as diferenças entre as especificações desses aços e daqueles mencionados em 4.5.2.1.1 e, principalmente, as diferenças entre os métodos de amostragem usados na determinação de suas propriedades mecânicas.
4.5.2.2 Aços fundidos e forjados
Quando for necessário o emprego de elementos estruturais fabricados com aço fundido ou forjado, devem ser obedecidas normas ou especificações próprias dos mesmos.
4.5.2.3 Parafusos, porcas e arruelas
Os parafusos de aço de baixo teor de carbono devem satisfazer a ASTM A307 ou ISO 898 Classe 4.6. Os parafusos de alta resistência devem satisfazer a ASTM A325, ASTM A325M ou
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a) certificados de qualidade fornecidos por usinas ou produtores, devidamente relacionados aos produtos fornecidos;
b) marcas legíveis aplicadas ao material pelo produtor, de acordo com os padrões das normas correspondentes.
4.5.2.8 Propriedades mecânicas gerais
Para efeito de cálculo devem ser adotados, para os aços aqui relacionados, os seguintes valores de propriedades mecânicas:
a) módulo de elasticidade, E = 205000 MPa;
b) coeficiente de Poisson, νa = 0 , 3 ;
c) coeficiente de dilatação térmica, β (^) a = 1 , 2 × 10 −^5 °C−^1 ;
d) peso específico, g (^) a = 77 kN/m^3.
4 .5.3 Concreto e aço das armaduras
4.5.3.1 As propriedades do concreto de densidade normal devem obedecer à ABNT NBR 6118. Assim, a resistência característica à compressão desse tipo de concreto, f ck, deve situar-se entre 2 0 MPa e 50 MPa, e os seguintes valores, para efeito desta Norma, devem ser adotados:
a) módulo de elasticidade secante, E c (^) = 4760 f ck, onde E c e f ck são dados em megapascal (para a situação usual em que a verificação da estrutura se faz em data igual ou perior a 28 dias; para data inferior a 28 dias, deve ser consultada a ABNT NBR 6118);
) coeficiente de Poisson, ;
) coeficiente de dilatação térmica, ;
specífico, g c, igual a no concreto sem armadura e a no
áximo de sem armadura, e o módulo de elasticidade, em me
tomado igual a:
su
b νc = 0 , 20
c βc = 10 −^5 °C−^1
d) peso e 24 kN/m^325 kN/m^3 concreto armado.
4.5.3.2 As propriedades do concreto de baixa densidade devem obedecer à norma ou
especificação pertinente. Esse tipo de concreto deve ter peso específico mínimo de 15 kN/m^3 e
m 22 kN/m^3 gapascal, deve ser
ck
1 , 5 E c (^) = 40 , 5 g c f
onde:
c é o peso específico do concreto de baixa densidade, sem armadura, em quilonewton por metro cúbico;
g
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 13
f ck é a resistência característica à compressão do concreto de baixa densidade à compressão, em megapascal.
densidade ormal). O coeficiente de dilatação térmica deve ser determinado por meio de ensaios.
.5.3.3 As propriedades do aço das armaduras devem obedecer à ABNT NBR 6118.
nados à questão da durabilidade do concreto devem estar de cordo com a ABNT NBR 6118.
.6.1 Critérios de segurança
s critérios de segurança adotados nesta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681.
.6.2 Estados limites
erviço estão relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais de tilização.
s limites forem excedidos, a estrutura ão atende mais aos objetivos para os quais foi projetada.
.6.3 Condições usuais relativas aos estados limites últimos (ELU)
s de segurança referentes aos estados limites últimos são expressas or desigualdades do tipo:
nde:
nsões atuantes), obtidos com base nas combinações últimas de ações
istentes (em algumas
da um dos esforços tuantes, as condições de segurança tomam a seguinte forma simplificada:
Para o coeficiente de Poisson, pode ser usado o valor de 0,2 (igual ao do concreto de n
4
4.5.3.4 Todos os aspectos relacio a
4.6.2.1 Para os efeitos desta Norma, devem ser considerados os estados limites últimos (ELU) e os estados limites de serviço (ELS). Os estados limites últimos estão relacionados com a segurança da estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de ações previstas em toda a vida útil, durante a construção ou quando atuar uma ação especial ou excepcional. Os estados limites de s u
4.6.2.2 O método dos estados limites utilizado para o dimensionamento de uma estrutura exige que nenhum estado limite aplicável seja excedido quando a estrutura for submetida a todas as combinações apropriadas de ações. Se um ou mais estado n
4
4.6.3.1 As condições usuai p
θ ( S d , R d)≥ 0
S d representa os valores de cálculo dos esforços atuantes (em algumas situações específicas, das te dadas em 4.7.7.2;
R d representa os valores de cálculo dos correspondentes esforços res situações específicas, das tensões resistentes), obtidos conforme 4.8.
4.6.3.2 Quando a segurança é verificada isoladamente em relação a ca a
R d (^) ≥ S d
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 15
Os pesos específicos do aço e do concreto são fornecidos em 4.5 e os de outros materiais estruturais e dos elementos construtivos fixos correntemente empregados nas construções, na usência de informações mais precisas, podem ser avaliados com base nos valores indicados na
s pesos das instalações permanentes usualmente são considerados com os valores indicados
s ações permanentes indiretas são constituídas pelas deformações impostas por retração e
fundação, correspondente, em rincípio, ao quantil 5% da respectiva distribuição de probabilidade. O conjunto formado pelos
levadas em conta de acordo com 4.9.
ções variáveis são as que ocorrem com valores que apresentam variações significativas durante
s para uso da construção (ações decorrentes de sobrecargas em pisos e coberturas, de equipamentos,
s cargas acidentais são fornecidas no anexo B desta Norma, pela ABNT NBR 6120 e, no caso
s esforços causados pela ação do vento devem ser determinados de acordo com a ABNT NBR
ser admitida ma variação linear entre os valores de temperatura adotados, desde que a variação de
s efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a possibilidade de
a ABNT NBR 6120.
O pelos respectivos fornecedores.
4.7.2.3 Ações permanentes indiretas
A fluência do concreto, deslocamentos de apoio e imperfeições geométricas.
A retração e a fluência do concreto devem ser calculadas conforme a ABNT NBR 6118.
Os deslocamentos de apoio somente precisam ser considerados quando gerarem esforços significativos em relação ao conjunto das outras ações. Esses deslocamentos devem ser calculados com avaliação pessimista da rigidez do material da p deslocamentos de todos os apoios constitui-se numa única ação.
As imperfeições geométricas são
4.7.3 Ações variáveis
A a vida útil da construção.
As ações variáveis comumente existentes são constituídas pelas cargas acidentais prevista o de divisórias móveis, etc.), pela ação do vento e pela variação da temperatura da estrutura.
A de passarelas de pedestres, pela ABNT NBR 7188.
O
Os esforços decorrentes da variação uniforme de temperatura da estrutura são causados pela variação da temperatura da atmosfera e pela insolação direta e devem ser determinados pelo responsável técnico pelo projeto estrutural considerando, entre outros parâmetros relevantes, o local da construção e as dimensões dos elementos estruturais. Recomenda-se, para a variação da temperatura da atmosfera, a adoção de um valor considerando 60% da diferença entre as temperaturas médias máxima e mínima, no local da obra, com um mínimo de 10°C. Para a insolação direta, deve ser feito um estudo específico. Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuição significativamente diferente da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa distribuição. Na falta de dados mais precisos, pode u temperatura considerada entre uma face e outra da estrutura não seja inferior a 5°C.
Quando a estrutura, pelas suas condições de uso, estiver sujeitas a choques ou vibrações, os respectivo
16 NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007
fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais, de acordo com o
consideradas nos projetos de eterminadas estruturas. São ações excepcionais aquelas decorrentes de causas como explosões,
cujos efeitos não ossam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ações excepcionais com os a caso particular, por normas brasileiras específicas.
s valores característicos, F k , das ações são estabelecidos nesta subseção em função da es.
dos iguais aos valores édios das respectivas distribuições de probabilidade. Esses valores estão definidos nesta sileiras específicas, como a ABNT NBR 6120.
avorável, durante um período de 50 anos, e estão definidos esta subseção ou em normas brasileiras específicas, como a ABNT NBR 6120 e a ABNT NBR
xpressa por distribuições de robabilidade, os valores característicos são substituídos por valores característicos nominais, nível de exigência desta Norma.
As aç
s característicos ou valores característicos nominais, conforme 4.7.5.1 ou 4.7.5.2, espectivamente, e que serão denominados simplesmente valores característicos nesta
) valores convencionais excepcionais, que são os valores arbitrados para as ações
anexo L.
4.7.4 Ações excepcionais
Ações excepcionais são as que têm duração extremamente curta e probabilidade muito baixa de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser d choques de veículos, incêndios, enchentes e sismos excepcionais.
No projeto de estruturas sujeitas a situações excepcionais de carregamentos, p valores definidos, em cad
4.7.5 Valores das ações
4.7.5.1 Valores característicos
O variabilidade de suas intensidad
4.7.5.1.1 Ações permanentes
Para as ações permanentes, os valores característicos, F gk, devem ser adota m subseção ou em normas bra
4.7.5.1.2 Ações variáveis
Os valores característicos das ações variáveis, F qk, são estabelecidos por consenso e indicados em normas brasileiras específicas. Esses valores têm uma probabilidade pré-estabelecida de serem ultrapassados no sentido desf n
4.7.5.2 Valores característicos nominais
Para as ações que não tenham sua variabilidade adequadamente e p escolhidos de modo a assegurar o
4.7.5.3 Valores representativos
ões são quantificadas por seus valores representativos, F r, que podem ser:
a) valore r Norma;
b excepcionais;
18 NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007
Tabela 1 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações γ (^) f =γ f1 γ f
Ações permanentes (γg) 1) 3) Diretas
Combinações Peso próprio de estruturas metálicas
Peso próprio de estruturas pré- moldadas
Peso próprio de estruturas moldadas no local e de elementos construtivos industrializados
Peso próprio de elementos construtivos industrializados com adições in loco
Peso próprio de elementos construtivos em geral e equipamentos
Indiretas
Normais (^) (1,00)1,25 (1,00)^ 1,30 (1,00)^ 1,35 (1,00)^ 1,40 (1,00)^ 1,50^ 1,20 (0) Especiais ou de construção
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (0) Excepcionais 1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
1, (1,00)
0 (0) Ações variáveis (γq) 1) 4)
Efeito da temperatura 2)^ Ação do vento
Demais ações variáveis, incluindo as decorrentes do uso e ocupação Normais 1,20 1,40 1, Especiais ou de construção 1,00 1,20 1,
Excepcionais 1,00 1,00 1,
NOTAS:
ações variáveis e excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas combinações.
decorrente do uso e ocupação da edificação.
opcionalmente, ser consideradas todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,35 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupação forem iguais ou superiores a 5 kN/m^2 , ou 1,40 quando isto não ocorrer. Nas combinações especiais ou de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,25 e 1,30, e nas combinações excepcionais, 1,15 e 1,20.
as ações variáveis que não são favoráveis à segurança podem, opcionalmente, ser consideradas também todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,50 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupação forem iguais ou superiores a 5 kN/m^2 , ou 1,40 quando isto não ocorrer (mesmo nesse caso, o efeito da temperatura pode ser considerado isoladamente, com o seu próprio coeficiente de ponderação). Nas combinações especiais ou de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,30 e 1,20, e nas combinações excepcionais, sempre 1,00.
ABNT NBR 8800 - Projeto de revisão - Janeiro 2007 19
Tabela 2 - Valores dos fatores de combinação ψ o e de redução ψ 1 e ψ 2 para as ações variáveis
γf Ações ψo ψ 1 5)^ ψ 2 3)^ 4) Locais em que não há predominância de pesos e de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas 1)
0,5 0,4 0,
Locais em que há predominância de pesos e de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas 2)
0,7 0,6 0,
Cargas acidentais de edifícios Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens e sobrecargas em coberturas (ver B.5.1) 0,8^ 0,7^ 0, Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,
Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,
Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0 0,8 0,
Cargas móveis e seus efeitos dinâmicos Pilares e outros elementos ou subestruturas que suportam vigas de rolamento de pontes rolantes 0,7^ 0,6^ 0, NOTAS:
O valor do coeficiente de ponderação de cargas permanentes de mesma origem, num dado carregamento, deve ser o mesmo ao longo de toda a estrutura.
4.7.6.2 Coeficientes de ponderação e fatores de redução das ações no estado limite de serviço (ELS)
4.7.6.2.1 Em geral, o coeficiente de ponderação das ações para os estados limites de serviço, γf, é igual a 1,0.
4.7.6.2.2 Nas combinações de ações de serviço (ver 4.7.7.3) são usados os fatores de redução ψ 1 e ψ 2 , dados na tabela 2, para obtenção dos valores freqüentes e quase permanentes das ações variáveis, respectivamente.
4.7.7 Combinações de ações
4.7.7.1 Generalidades
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não desprezáveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período pré- estabelecido.