Terapia Familiar: uma introdução ao enfoque sistêmico
1. 1. Terapia Familiar: introdução ao enfoque sistêmico Vladimir Melo UISM/HFA
– Residência médica em Psiquiatria 05 de maio de 2012
2. 2. ) Influências da Terapia Familiar Teoria Geral dos Sistemas (1945) Karl
Ludwig von Bertalanffy (Biólogo) –“Organização como um sistema de
variáveis mutuamente dependentes” –“Uma organização caracteriza-se pela
existência de interações fortes e não-triviais entre as partes que o compõe” –
Organização hierarquizada → membros individuais de um sistema são, ao
mesmo tempo, parte e todo
3. 3. ) Influências da Terapia Familiar Cibernética (1948) Norbert Wiener
(Matemático) / Conferências Macy –Um dos temas das Conferências:
comunicação no sistema social – Dinâmica: Feedback → Processos de
natureza circular –Propósito: Desenvolver uma linguagem e técnicas que
permitam abordar o problema da comunicação e do controle em geral
4. 4. ) Influências da Terapia Familiar Diferença (?) De acordo com Bertalanffy,
existe uma diferença fundamental entre a T. G. S. e a Cibernética, uma vez
que mecanismos de feedback são controlados por restrições enquanto
sistemas dinâmicos são demonstrações da ação recíproca de forças Década
1970 → Nova Cibernética Humberto Maturana (Biólogo e filósofo) Francisco
Varela (Biólogo e filósofo)
5. 5. ) Palo Alto, Califórnia (1952) Gregory Bateson Don Jackson Biólogo e
antropólogo Psiquiatra e psicoterapeuta “Projeto para o estudo da MRI Mental
Research Institute esquizofrenia” Principalmente interessado Interessados no
estudo da em tratar famílias comunicação, secundariamente interessados nas
famílias e apenas tangencialmente interessados no tratamento.
6. 6. ) Teoria do Duplo Vínculo (comportamento psicótico) • Duas ou mais pessoas
envolvidas em relacionamento importante • Relacionamento em andamento •
Injunção negativa primária: “Se fizer X, vou lhe punir” • Segunda injunção em
conflito com a primeira, em nível mais abstrato (geralmente não verbal e
envolvendo o outro genitor) • Uma terceira injunção negativa proíbe a fuga e
exige uma resposta (fator crucial que caracteriza o vínculo) • A partir do
momento que a pessoa percebe o mundo nesses termos, qualquer parte
desencadeia pânico ou raiva
7. 7. ) Conceitos básicos da teoria sistêmica • Retroalimentação (feedback).
Capacidade de um sistema para se manter em equilíbrio diante das variações
do meio. • Homeostase. Quando o sistema familiar é ameaçado, se
movimenta em direção ao equilíbrio ou à homeostase. • Paciente identificado.
Também conhecido como “bode expiatório”. O doente que atrai a atenção e
proporciona equilíbrio ao sistema. • Relações complementares e simétricas.
As primeiras baseadas em pessoas diferentes nas maneiras pelas quais se
ajustam; as últimas, baseadas em igualdade e similaridade.
8. 8. ) Principais Escolas da Terapia Familiar Sistêmica • Escola de Palo Alto (MRI).
Desenvolvem a terapia breve com famílias baseada nas questões paradoxais
de comunicação. • Escola Estratégica. Muito semelhante a Palo Alto, mas
enfatizam as regras e a luta pelo poder na relação terapêutica. Tem como
característica intervenções pouco ortodoxas e a técnica do paradoxo
terapêutico. • Escola Estrutural. Valoriza a estrutura familiar e mapeia
fronteiras, regras, direção da funcionalidade familiar, padrão de organização
das interações, repetições de comportamentos, coalizões, dinâmica de
interação.
9. 9. ) Terapia Comunitária (modelo sistêmico) 1. Ir além do unitário para atingir o
comunitário. 2. Sair da dependência para a autonomia e a
corresponsabilidade. 3. Ver além da carência para ressaltar a competência. 4.
Sair da verticalidadde das relações para a horizontalidade. 5. Da descrença na
capacidade do outro, passar a acreditar no potencial de cada um. 6. Ir além
do privado para o público. 7. Romper com o clientelismo para chegarmos a