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Introdução à Terapia Familiar: Enfoque Sistêmico, Resumos de Biologia Celular

A terapia familiar de forma sistêmica, influenciada pela teoria geral de sistemas de bertalanffy e pela cibernética de wiener. Ele aborda o conceito de sistema, feedback, homeostase, o papel do paciente identificado e as escolas de terapia familiar sistêmica. Além disso, discute a relação entre o terapeuta, paciente e família como sistemas interconectados.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 19/07/2022

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Terapia Familiar: uma introdução ao enfoque sistêmico
1. 1. Terapia Familiar: introdução ao enfoque sistêmico Vladimir Melo UISM/HFA
– Residência médica em Psiquiatria 05 de maio de 2012
2. 2. ) Influências da Terapia Familiar Teoria Geral dos Sistemas (1945) Karl
Ludwig von Bertalanffy (Biólogo) –“Organização como um sistema de
variáveis mutuamente dependentes” –“Uma organização caracteriza-se pela
existência de interações fortes e não-triviais entre as partes que o compõe” –
Organização hierarquizada membros individuais de um sistema são, ao
mesmo tempo, parte e todo
3. 3. ) Influências da Terapia Familiar Cibernética (1948) Norbert Wiener
(Matemático) / Conferências Macy –Um dos temas das Conferências:
comunicação no sistema social – Dinâmica: Feedback Processos de
natureza circular –Propósito: Desenvolver uma linguagem e técnicas que
permitam abordar o problema da comunicação e do controle em geral
4. 4. ) Influências da Terapia Familiar Diferença (?) De acordo com Bertalanffy,
existe uma diferença fundamental entre a T. G. S. e a Cibernética, uma vez
que mecanismos de feedback são controlados por restrições enquanto
sistemas dinâmicos são demonstrações da ação recíproca de forças Década
1970 Nova Cibernética Humberto Maturana (Biólogo e filósofo) Francisco
Varela (Biólogo e filósofo)
5. 5. ) Palo Alto, Califórnia (1952) Gregory Bateson Don Jackson Biólogo e
antropólogo Psiquiatra e psicoterapeuta “Projeto para o estudo da MRI Mental
Research Institute esquizofrenia” Principalmente interessado Interessados no
estudo da em tratar famílias comunicação, secundariamente interessados nas
famílias e apenas tangencialmente interessados no tratamento.
6. 6. ) Teoria do Duplo Vínculo (comportamento psicótico) • Duas ou mais pessoas
envolvidas em relacionamento importante • Relacionamento em andamento •
Injunção negativa primária: “Se fizer X, vou lhe punir” • Segunda injunção em
conflito com a primeira, em nível mais abstrato (geralmente não verbal e
envolvendo o outro genitor) • Uma terceira injunção negativa proíbe a fuga e
exige uma resposta (fator crucial que caracteriza o vínculo) • A partir do
momento que a pessoa percebe o mundo nesses termos, qualquer parte
desencadeia pânico ou raiva
7. 7. ) Conceitos básicos da teoria sistêmica • Retroalimentação (feedback).
Capacidade de um sistema para se manter em equilíbrio diante das variações
do meio. • Homeostase. Quando o sistema familiar é ameaçado, se
movimenta em direção ao equilíbrio ou à homeostase. • Paciente identificado.
Também conhecido como “bode expiatório”. O doente que atrai a atenção e
proporciona equilíbrio ao sistema. • Relações complementares e simétricas.
As primeiras baseadas em pessoas diferentes nas maneiras pelas quais se
ajustam; as últimas, baseadas em igualdade e similaridade.
8. 8. ) Principais Escolas da Terapia Familiar Sistêmica • Escola de Palo Alto (MRI).
Desenvolvem a terapia breve com famílias baseada nas questões paradoxais
de comunicação. • Escola Estratégica. Muito semelhante a Palo Alto, mas
enfatizam as regras e a luta pelo poder na relação terapêutica. Tem como
característica intervenções pouco ortodoxas e a técnica do paradoxo
terapêutico. • Escola Estrutural. Valoriza a estrutura familiar e mapeia
fronteiras, regras, direção da funcionalidade familiar, padrão de organização
das interações, repetições de comportamentos, coalizões, dinâmica de
interação.
9. 9. ) Terapia Comunitária (modelo sistêmico) 1. Ir além do unitário para atingir o
comunitário. 2. Sair da dependência para a autonomia e a
corresponsabilidade. 3. Ver além da carência para ressaltar a competência. 4.
Sair da verticalidadde das relações para a horizontalidade. 5. Da descrença na
capacidade do outro, passar a acreditar no potencial de cada um. 6. Ir além
do privado para o público. 7. Romper com o clientelismo para chegarmos a
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Terapia Familiar: uma introdução ao enfoque sistêmico

    1. Terapia Familiar: introdução ao enfoque sistêmico Vladimir Melo UISM/HFA
    • Residência médica em Psiquiatria 05 de maio de 2012
    1. Influências da Terapia Familiar Teoria Geral dos Sistemas (1945) Karl Ludwig von Bertalanffy (Biólogo) –“Organização como um sistema de variáveis mutuamente dependentes” –“Uma organização caracteriza-se pela existência de interações fortes e não-triviais entre as partes que o compõe” – Organização hierarquizada → membros individuais de um sistema são, ao mesmo tempo, parte e todo
    1. Influências da Terapia Familiar Cibernética (1948) Norbert Wiener (Matemático) / Conferências Macy –Um dos temas das Conferências: comunicação no sistema social – Dinâmica: Feedback → Processos de natureza circular –Propósito: Desenvolver uma linguagem e técnicas que permitam abordar o problema da comunicação e do controle em geral
    1. Influências da Terapia Familiar Diferença (?) De acordo com Bertalanffy, existe uma diferença fundamental entre a T. G. S. e a Cibernética, uma vez que mecanismos de feedback são controlados por restrições enquanto sistemas dinâmicos são demonstrações da ação recíproca de forças Década 1970 → Nova Cibernética Humberto Maturana (Biólogo e filósofo) Francisco Varela (Biólogo e filósofo)
    1. Palo Alto, Califórnia (1952) Gregory Bateson Don Jackson Biólogo e antropólogo Psiquiatra e psicoterapeuta “Projeto para o estudo da MRI Mental Research Institute esquizofrenia” Principalmente interessado Interessados no estudo da em tratar famílias comunicação, secundariamente interessados nas famílias e apenas tangencialmente interessados no tratamento.
    1. Teoria do Duplo Vínculo (comportamento psicótico) • Duas ou mais pessoas envolvidas em relacionamento importante • Relacionamento em andamento • Injunção negativa primária: “Se fizer X, vou lhe punir” • Segunda injunção em conflito com a primeira, em nível mais abstrato (geralmente não verbal e envolvendo o outro genitor) • Uma terceira injunção negativa proíbe a fuga e exige uma resposta (fator crucial que caracteriza o vínculo) • A partir do momento que a pessoa percebe o mundo nesses termos, qualquer parte desencadeia pânico ou raiva
    1. Conceitos básicos da teoria sistêmica • Retroalimentação (feedback). Capacidade de um sistema para se manter em equilíbrio diante das variações do meio. • Homeostase. Quando o sistema familiar é ameaçado, se movimenta em direção ao equilíbrio ou à homeostase. • Paciente identificado. Também conhecido como “bode expiatório”. O doente que atrai a atenção e proporciona equilíbrio ao sistema. • Relações complementares e simétricas. As primeiras baseadas em pessoas diferentes nas maneiras pelas quais se ajustam; as últimas, baseadas em igualdade e similaridade.
    1. Principais Escolas da Terapia Familiar Sistêmica • Escola de Palo Alto (MRI). Desenvolvem a terapia breve com famílias baseada nas questões paradoxais de comunicação. • Escola Estratégica. Muito semelhante a Palo Alto, mas enfatizam as regras e a luta pelo poder na relação terapêutica. Tem como característica intervenções pouco ortodoxas e a técnica do paradoxo terapêutico. • Escola Estrutural. Valoriza a estrutura familiar e mapeia fronteiras, regras, direção da funcionalidade familiar, padrão de organização das interações, repetições de comportamentos, coalizões, dinâmica de interação.
    1. Terapia Comunitária (modelo sistêmico) 1. Ir além do unitário para atingir o comunitário. 2. Sair da dependência para a autonomia e a corresponsabilidade. 3. Ver além da carência para ressaltar a competência. 4. Sair da verticalidadde das relações para a horizontalidade. 5. Da descrença na capacidade do outro, passar a acreditar no potencial de cada um. 6. Ir além do privado para o público. 7. Romper com o clientelismo para chegarmos a

cidadania. 8. Romper com o modelo que concentra a informação para fazê-la circular.

    1. Cibernética de primeira ordem A Família como sistema
    1. Nova Cibernética Terapeuta como parte do sistema – Os terapeutas, quer queiram quer não, afetam sempre os sistemas que tratam. Do outro lado da relação, também os sistemas tratados afetam sempre o terapeuta. Como disse Bateson (citado em Lipset, 1980), ”quando o investigador começa a sondar zonas desconhecidas do universo, o outro extremo da sonda penetra sempre em suas próprias partes vitais.” (p. 214) A Estética da Mudança. Bradford P. Keeney
    1. Cibernética de segunda ordem Relação terapeuta-paciente-família como um sistema
    1. Observador e observado entrelaçados Alguém disse a Picasso que ele devia representar em seus quadros coisas como... quadros objetivos. Picasso murmurou entre dentes que não sabia muito bem como podia ser isso. A pessoa que assim o abordava tirou de sua carteira uma fotografia de sua esposa e lhe disse: “Aqui está. Isto é uma imagem de como ela é realmente.” Picasso a olhou e disse: “É bem pequena, não?, e, além disso, bastante plana.” (p. 20) Em A Estética da Mudança. Bradford Keeney