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Projecto de Investimento: ―Restaurante Comidas e Cantos ..., Notas de estudo de Marketing

É neste sentido, que surge a oportunidade para a criação deste projecto, um restaurante com serviços de cafetaria que promete aliar a uma boa refeição, ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pernambuco
Pernambuco 🇧🇷

4.2

(45)

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Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Instituto Universitário de Lisboa
Projecto de Investimento:
―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖
Vanessa Filipa Augusto Luís
Relatório de Plano de Negócio Inovador
Mestrado de Continuidade em Marketing
Orientadora:
Professora Mafalda Santos de Andrade do Rosário
Departamento de Marketing
Lisboa, Novembro 2010
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Baixe Projecto de Investimento: ―Restaurante Comidas e Cantos ... e outras Notas de estudo em PDF para Marketing, somente na Docsity!

Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa

  • Instituto Universitário de Lisboa –

Projecto de Investimento:

―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖

Vanessa Filipa Augusto Luís

Relatório de Plano de Negócio Inovador

Mestrado de Continuidade em Marketing

Orientadora: Professora Mafalda Santos de Andrade do Rosário Departamento de Marketing

Lisboa, Novembro 2010

Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa

  • Instituto Universitário de Lisboa –

Projecto de Investimento:

―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖

Vanessa Filipa Augusto Luís

Relatório de Plano de Negócio Inovador

Mestrado de Continuidade em Marketing

Orientadora: Professora Mafalda Santos de Andrade do Rosário Departamento de Marketing

Lisboa, Novembro 2010

II

A partir de um sonho eu tive uma ideia. Isto é o inicio de um sonho tornado realidade…

Agradecimentos

Quero agradecer a todos que acreditaram em mim e nunca deixaram de continuar a convidar- me para sair mesmo depois de 2 anos a responder sempre que tinha que fazer a tese! A vocês digo obrigada e que agora vou sempre.

A todos os que me inspiraram e me aconselharam e em particular:

À Raquel pela inspiração de Budapeste, a cidade onde há um encanto em cada recanto e que me fez acreditar que esta ideia não é impossível;

Ao Duarte pelo amor, pela motivação, pelos risos nos momentos de dúvidas e pela paciência;

Ao Ivan e à Cátia pela amizade e pelos desabafos;

Aos restantes amigos (José Beleza, Susana, Magda, Marta, Daniel, Joana, Joana ai ai, Lígia, Ester e Arantxa e todos os outros que me apoiaram com um simples mas poderoso sorriso) por toda a força e motivação;

À família que está sempre presente;

À Orientadora Professora Mafalda Rosário pela orientação na realização do trabalho.

III

Resumo

O consumidor actual quer muito mais, procura experiências e investir significados sociais e emocionais nos bens que adquire.

Esta alteração é verificada também na procura de estabelecimentos de restauração, o consumidor procura identificar-se com o posicionamento do restaurante que frequenta e o lado imaginário do mesmo. Há assim uma busca constante por novos locais e novas experiências.

Em Lisboa essa tendência é ainda mais acentuada, por se tratar da capital e se assumir cada vez mais como uma cidade multicultural. Como resposta a esta oportunidade de mercado, surgem estabelecimentos de restauração diferentes do conceito tradicional procurando diferenciar-se de uma forma arrojada através do espaço físico e/ou da oferta gastronómica.

Contudo, há ainda respostas por dar à procura actual. É neste sentido, que surge a oportunidade para a criação deste projecto, um restaurante com serviços de cafetaria que promete aliar a uma boa refeição, conhecimento, experimentação e diversão, através de programação cultural, workshops e outras actividades - o ―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖.

Nesta perspectiva trabalhou-se uma estratégia de desenvolvimento do projecto de investimento, cuja aspiração é oferecer um serviço de restauração e cafetaria de qualidade, respondendo às novas necessidades dos consumidores e acrescentando valor a este mercado.

A diferenciação deste projecto é identificada através de características como programação cultural, oferta de menus variados num único espaço característico da cultura e o envolvimento do cliente com o espaço através das actividades promovidas no mesmo.

Por fim, como ideia central, este projecto pretende assumir a palavra ―experiência‖ em todas as vertentes: conhecer outras culturas através dos menus culturais (sentir), espaços característicos (percepção), programação cultural (sentir), atendimento ao cliente e comunicação interna e externa (sentir).

V

Índices

Sumário Executivo

No âmbito do projecto de mestrado de continuidade em marketing, surgiu a oportunidade de conciliar a vertente académica com um interesse pessoal, a gastronomia e a cultura.

Lisboa, pela sua dimensão, apresenta nichos de mercado com necessidades muito distintas, pessoas de várias culturas, com diferentes hábitos de consumo e de costumes gastronómicos, e como capital, oferece bons serviços, bons acessos, contacto com a cultura, através de museus e galerias, e alguma facilidade de investimento. Desta forma, Lisboa torna-se numa cidade que permite desenvolver projectos originais, como respostas às necessidades dos seus habitantes mais curiosos e exigentes, sustentados por boas infra-estruturas.

Este projecto assenta em alguns destes pontos: multiculturalidade, gastronomia, cultura, procura por conhecimento, e por esse motivo este poderá trazer à própria cidade modernização e a possibilidade de acompanhar a onda cultural que se vive actualmente e que está a evoluir a passos largos em outros países.

Neste sentido, desenvolveu-se o presente projecto para o ―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖ que possibilita ao consumidor viver experiências na primeira pessoa, bem como adquirir conhecimentos sobre outras culturas através da oferta de menus multiculturais, exposições, workshops, pequenos espectáculos, concertos e projecções de filmes.

Os objectivos definidos para este restaurante podem ser resumidos nos seguintes pontos:

  • Oferta de um serviço de restauração e cafetaria de qualidade;
  • Possibilitar aos clientes a vivência de experiências (sentir e percepção) bem como a possibilidade de adquirir conhecimento sobre outras culturas – fazer o cliente feliz por conta dos serviços prestados;
  • Criar momentos de relaxamento e diversão para o cliente;
  • Permitir o envolvimento do cliente com o espaço através dos workshops e outras actividades;
  • Apoiar a modernização e o turismo em Lisboa, assumindo-se este espaço num futuro próximo como local de referência para os turistas, sendo que numa primeira fase os turistas não irão fazer parte do target deste projecto;
  • Dar resposta à tendência actual de busca por conhecimento sobre outras culturas;
  • Posicionar-se como um espaço distinto.

Como vantagem competitiva, este projecto prima pelo seu posicionamento como um espaço de restauração que procura proporcionar experiências ao cliente, através da oferta de menus variados no mesmo espaço mantendo a ―arquitectura‖ tradicional do restaurante e assim o conforto associado ao mesmo e não a vertente de centro comercial que habitualmente oferece esta variedade de menus e que se torna pouco acolhedor, bem como a programação cultural e as actividades desenvolvidas neste restaurante, tornando-se num espaço não só de refeição como de convívio e de experiência de consumo, onde o cliente se sente feliz pelos serviços propostos, algo que não se consegue encontrar num restaurante associado a um só país (Exemplo: Japonês, Indiano ou Chinês).

Neste ponto, o projecto terá uma grande vantagem competitiva face à concorrência, que não apresenta uma oferta integrada e completa como este projecto. Estas diferenças serão visíveis para o consumidor a partir do momento que este entre no restaurante e pelo próprio site, que comunicará todas as actividades culturais que estejam a decorrer.

Por fim, como pontos chave que definem o sucesso ou o fracasso do planeado para este projecto, ou seja, como Factores Críticos de Sucesso foram identificados os seguintes factores:

  • Situação Económica (na medida em que a estabilidade económica e consequentemente o poder de compra dos consumidor tem uma grande influencia no consumo deste tipo de serviço);
  • Concorrência (no sentido em que é necessário este tipo de serviço conseguir diferenciar-se dos concorrentes e levar o consumidor a perceber essa diferença);
  • Qualidade do atendimento;
  • A confecção dos pratos;
  • Predisposição do cliente para conhecer novos espaços;
  • Curiosidade intelectual do cliente.

4. Revisão de Literatura

Neste capítulo, apresentam-se definições e pensamentos de alguns autores como forma de sustentar o conceito do ―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖ bem como as estratégias adoptadas. Nesse sentido, a revisão de literatura irá incidir sobre os temas: Marketing de Serviços, Marketing Experimental, Serviço da Restauração e Tendências Gerais dos consumidores – Estilos de vida e Cultura.

4.1 Marketing de Serviços

O conceito de Marketing é determinado por Philip Kotler (1998) como ― … um processo social e de gestão pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos (bens, serviços e ideias) de valor (custo e satisfação) com outros.‖

Já o Marketing de Serviços surge como ―… uma sub-disciplina do Marketing que adopta a teoria de Marketing às diversas circunstâncias que a tornam única nos serviços‖. ―Como ponto de referência para a diferenciação entre ambos está o objecto de troca …‖ segundo João F. Proença (2005).

Autores como Schneider, Benjamin & Bowen, David E. (1995) apontam que ―Um serviço, em nível de excelência, não equivale somente a procedimentos e técnicas, é acima de tudo uma atitude, um compromisso‖ e ainda segundo Betsy Sanders (1995) ―Um serviço fabuloso equivale simplesmente a pessoas normais, fazendo coisas normais de forma extraordinária.‖.

Kotler e Keller (2006) afirmam que um serviço é composto por um pacote primário de serviços que pode ser acrescentado de características secundárias. Já Schmenner (1986) desenvolveu o conceito de pacote de serviços com o intuito de encontrar uma definição abrangente para o composto do serviço. Segundo o autor, a base para a percepção do serviço pelo cliente é influenciada por 5 factores componentes do pacote de serviços: as instalações de apoio, os bens facilitadores, as informações, os serviços explícitos e os serviços implícitos. Todas essas características são notadas pelo cliente e o influenciam. Considerando-se essa visão, uma reflexão pertinente é a importância relativa de cada um desses componentes.

Eiglier e Langeard (in Lovelock; Wright, 2004) procuram uma distinção mais específica ao classificar os serviços em dois tipos: os centrais e os periféricos. Existe forte dose de interdependência entre os dois componentes, cabendo aos serviços centrais o foco na essência do serviço, enquanto aos periféricos cabem os elementos que permitem adicionar valor ao serviço básico. Lovelock e Wirtz (2007, pág.213) apresentam o conceito da flor de serviço de forma a ilustrar este contexto. Trata-se de "um referencial visual para se entender os elementos suplementares ao serviço que circundam e adicionam valor ao produto básico". São oito os grupos que compõem a esfera dos serviços suplementares, de acordo com os autores: informações, consultoria, anotação do pedido, hospitalidade, protecção, excepções, facturação e pagamento. A percepção do consumidor e sua consequente satisfação serão resultado da qualidade das suas interacções com esses oito grupos. Há uma tendência para que os clientes de percebam a diferenciação justamente na esfera dos serviços suplementares, no lugar do serviço essencial (Hofman e Bateson, 2003). Nessa esfera, as ofertas tendem a ser semelhantes de um produtor para outro.

No âmbito do Marketing de Serviços é fundamental compreender os seguintes aspectos: o serviço, a qualidade de um serviço, o cliente e a fidelização de um cliente.

O serviço – define uma acção ou processo desenvolvida para o cliente. O serviço é portanto intangível.

A qualidade de um serviço – é medida pela experiência do cliente, é a igualdade resultante da comparação entre a expectativa do cliente e a percepção do cliente após o serviço realizado. Se a expectativa for superior à percepção o resultado é discrepância negativa, ou seja, um cliente insatisfeito, caso contrário, o resultado é discrepância positiva.

Neste aspecto, Schneider, Benjamin & Bowen, David E., (1995) defendem que as 10 dimensões de um serviço esperadas pelo cliente são:

 Integridade – conta correcta, registos adequados  Agilidade – prontidão no atendimento  Competência – habilidades para solucionar o problema  Cortesia – respeito, educação, simpatia

―Restaurante Comidas e Cantos do Mundo‖ pretende satisfazer ainda a necessidade de conhecimento do cliente (através da experiência vivida dentro do restaurante, o cliente poderá adquirir conhecimento sobre outras culturas proporcionada pela gastronomia diversificada e pelas actividades culturais - pensamento), percorrendo assim toda a pirâmide de Maslow e por conseguinte satisfazendo todas as necessidades do cliente.

Ilustração 1 - Pirâmide de Maslow

A Fidelização do cliente - prende-se com dois conceitos distintos, Satisfação, um sentimento, e Fidelização, um compromisso.

Para Vavra (2001, p.165) ao considerar basicamente as expectativas dos consumidores, satisfação pode ser definida como: ―a extensão pela qual as expectativas, dos clientes sobre um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que recebem‖. Kotler (2000, p. 58) já define da seguinte forma: ―satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador‖. Lovelock (2001, p.106) já enfatiza o aspecto temporal relacionado à satisfação, definindo-a da seguinte forma: uma reacção emocional de curto prazo ao desempenho específico de um serviço. Esses autores posicionam-se claramente em relação à satisfação, como resultante da relação entre expectativas e a percepção de seu atendimento.

Necessidade de Conhecimento Necessidade de Auto-Estima Necessidade de Integração e Amor Necessidade de Segurança Necessidades Básica

Para fidelizar o cliente é necessário conhecer o cliente, bem como analisar os concorrentes e efectuar uma autoavaliação e posteriormente elaborar planos de acção com metas definidas.

Para Stone (1998, p. 95) ―A fidelidade não é uma questão de gastar dinheiro em programas de marketing, produzir revistas, criar clubes ou lançar cartões de crédito na vaga esperança de que a fidelidade seja estabelecida. A fidelidade será desenvolvida ao longo do tempo, se os parâmetros do relacionamento forem planeados e implementados correctamente‖. Seybold (2002) reforça que, ―a fidelidade do cliente não está estritamente ligada à marca, mas enraizada nas experiências que os produtos e serviços proporcionaram‖. Portanto, a experiência do cliente é a essência de uma marca. Para Mckenna (1999), é muito improvável que os clientes sejam conquistados por slogans ou imagens, uma vez que o mercado tem uma grande variedade e opções de produtos e serviços que também tentam conquistar a atenção e fidelidade do cliente. A chave para esta questão reside na criação de experiências positivas.

As experiências positivas ajudam os clientes a confiar na empresa além de, manter e criar relações. Seybold (2002) afirma que a criação da marca e a experiência do cliente em torno dela são fundamentais para as empresas conquistarem o sucesso com seus produtos ou serviços. Seybold (2002) analisa que a fidelidade dos clientes e o valor vitalício que ele representa são os principais indicadores de sucesso em uma empresa que esteja direccionada para o cliente.

Concluído e de acordo com McDougall and Snestsinger (1990), a vantagem diferencial dos serviços habita no seu carácter intangível, pois enquanto os produtos são produzidos e só depois distribuídos aos consumidores, os serviços são prestados, executados e consumidos ao mesmo tempo (Rathmel, 1974). No sentido de atenuar o carácter intangível do serviço para o cliente e, desse modo, permitir de alguma forma ao cliente usar os seus sentidos para avaliar a oferta proposta e até mesmo de distingui-la da concorrência têm se procurado desenvolver estratégias assentes em elementos associados à prestação do serviço como o ambiente criado, a organização dos espaços, a formação dos colaboradores ou até mesmo a criação de personagens que transmitam os valores pretendidos, entrando assim na esfera do Marketing Experimental.

emoções, procura acções memoráveis, de impacto, agradáveis e que estimulem o vínculo entre as marcas e os consumidores.

O cliente quer muito mais e está disposto a pagar por essa diferenciação. O cliente quer interacção com o espaço, experiências que jamais poderá esquecer. ―A experiência da percepção confia ao produto uma certa atractividade peculiar e única que mexe com os sentidos do indivíduo. A experiência da sensação envolve estado de espírito, emoção e outros sentimentos. A experiência do pensamento conduz o cliente a um interessante desafio intelectual, sobretudo para a resolução de problemas específicos. A experiência da acção está ligada a comportamento e estilo de vida. A experiência do relacionamento conduz o cliente a usufruir os benefícios de um produto do qual possa se sentir orgulhoso.‖ (Schmitt, 2001).

A título de exemplo de empresas que se ―deixam experimentar‖ aponta-se: A Nike – que circula em países europeus com mais de 1.000 pares de ténis numa van, para que corredores experimentem os modelos; A Apple – que dispõe os seus produtos nas lojas para que os consumidores possam testar ou de maneira que possam descobrir novas funcionalidades.

Define-se assim experiência como acontecimentos individuais que ocorrem como resposta a algum estímulo.

4.2.2 Conceitos de Experiência

A palavra experiência pode assumir diversos significados, contudo, neste contexto, experiência define-se como ―experimentar determinada sensação ou emoção‖ (Longman Dictionary, pág. 548). Nas grandes cidades, as pessoas trabalham cada vez mais e a distância entre casa e trabalho é cada vez maior. Com este ritmo de vida extremamente acelerado, as pessoas procuram actividades de lazer que venham prontas - as experiências pagas.

Para Pine e Gilmore (1999), os estabelecimentos, para proporcionar uma experiência, podem: a) Envolver o cliente através de acções; b) Proporcionar actividades que os atraiam na exploração de novos conhecimentos e habilidades;

c) Ocupar sua atenção; d) Criar cenários que os façam ter vontade de entrar, sentar e ficar por algum tempo.

Ao pesquisarem as experiências extraordinárias em restaurantes, Hanefors e Mossberg (2003), concluíram que as experiências extraordinárias devem ser atípicas ou não usuais no sentido de serem novas ou escassas na realidade do dia-a-dia. A satisfação numa experiência extraordinária no restaurante tende a se transformar em encantamento quando as expectativas são excedidas ou quando ocorre algum resultado positivo não esperado pelo cliente. Este encantamento pode ser resultado de uma fantástica apresentação dos alimentos e bebidas, da companhia do cliente na refeição ou quando a atmosfera é fabulosa (Hanefors; Mossberg, 2003, pág. 258), sendo mais uma vez ressaltada o importante papel da atmosfera de serviço. Assim, ao se abordar a experiência num restaurante, qualquer bom restaurante sabe que além de servir uma boa comida deve também proporcionar uma experiência sensorial completa: talheres adequados de fácil manuseio, boa apresentação do prato, decoração e iluminação agradáveis (Schmitt; Simonson, 2000).

No capítulo seguinte é aprofundado o tema Serviço da Restauração.

4.3 O serviço da Restauração

Restaurante, do latim restaurare (restaurar), pode significar o restabelecimento do vigor, da reparação ou recuperação do bom estado físico. É também designado como um estabelecimento destinado à preparação e ao comércio de refeições, servindo também, habitualmente, bebidas alcoólicas ou não. Por norma consiste numa sala com mesas ou um balcão onde os clientes se sentam, uma cozinha e outras áreas de serviço. A comida e bebida é servida por garçons (ou empregados-de-mesa) e barmen (wikipedia) - informação detalhada no anexo I.

4.3.1 Tipologias de Restaurantes

Castelli (2003) classifica os restaurantes de luxo e de primeira, segunda ou terceira categoria, sendo que para alcançarem determinada classificação, os restaurantes devem ter como pré- requisitos uma grande variedade de exigências, sempre baseadas nos interesses dos clientes. Além disso, devem considerar outros aspectos como: a qualidade da comida e dos serviços