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Introdução à Linguagem PHP: Conceitos Básicos e Variáveis, Notas de estudo de Contabilidade

Este documento fornece uma introdução à linguagem de programação php, abordando conceitos básicos, como variáveis, operadores de comparação, estruturas de controle e funções. Além disso, é apresentado o uso de arrays e a programação orientada a objetos em php.

O que você vai aprender

  • O que são funções em PHP?
  • Como trabalhar com arrays em PHP?
  • Como utilizar estruturas de controle em PHP?
  • Como funcionam as variáveis em PHP?
  • Quais são os operadores de comparação em PHP?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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PHP
Programando com Orientação a Objetos
Pablo Dall’Oglio
Novatec
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PHP

Programando com Orientação a Objetos

Pablo Dall’Oglio

Novatec

Capítulo 1

Introdução ao PHP

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios...

Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida,

antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos...

Charles Chaplin

Ao longo deste livro utilizaremos diversas funções, comandos e estruturas de con-

trole básicos da linguagem PHP, que apresentaremos neste capítulo. Conheceremos

as estruturas básicas da linguagem, suas variáveis e seus operadores e também um

conjunto de funções para manipulação de arquivos, arrays, bancos de dados, entre

outros.

1.1 O que é o PHP?

A linguagem de programação PHP, cujo logotipo vemos na Figura 1.1, foi criada no

outono de 1994 por Rasmus Lerdorf. No início era formada por um conjunto de

scripts voltados à criação de páginas dinâmicas que Rasmus utilizava para monitorar

o acesso ao seu currículo na internet. À medida que essa ferramenta foi crescendo em

funcionalidades, Rasmus teve de escrever uma implementação em C, a qual permitia

às pessoas desenvolverem de forma muito simples suas aplicações para web. Rasmus

nomeou essa versão de PHP/FI (Personal Home Pages/Forms Interpreter) e decidiu

disponibilizar seu código na web, em 1995, para compartilhar com outras pessoas,

bem como receber ajuda e correção de bugs.

Em novembro de 1997 foi lançada a segunda versão do PHP. Naquele momento,

aproximadamente 50 mil domínios ou 1% da internet já utilizava PHP. No mesmo

ano, Andi Gutmans e Zeev Suraski, dois estudantes que utilizavam PHP em um

projeto acadêmico de comércio eletrônico, resolveram cooperar com Rasmus para

22 PHP – Programando com Orientação a Objetos

Extensão Significado .php Arquivo PHP contendo um programa. .class.php Arquivo PHP contendo uma classe. .inc.php Arquivo PHP a ser incluído, pode incluir constantes ou configurações.

Entretanto, outras extensões podem ser encontradas principalmente em progra-

mas antigos:

Extensão Significado .php3 Arquivo PHP contendo um programa PHP versão 3. .php4 Arquivo PHP contendo um programa PHP versão 4. .phtml Arquivo PHP contendo um programa PHP e HTML na mesma página.

1.2.2 Delimitadores de código

O código de um programa escrito em PHP deve estar contido entre os seguintes

delimitadores:

Observação: os comandos sempre são delimitados por ponto-e-vírgula (;).

1.2.3 Comentários

Para comentar uma única linha:

// echo "a";

echo "a";

Para comentar muitas linhas:

/* echo "a"; echo "b"; */

1.2.4 Comandos de saída (output)

Estes são os comandos utilizados para gerar uma saída em tela (output). Se o pro-

grama PHP for executado na linha de comando (prompt do sistema), a saída será no

próprio console. No entanto, se o programa for executado via servidor de páginas

web (Apache ou IIS), a saída será exibida na própria página HTML gerada.

Capítulo 1  Introdução ao PHP^23

echo

É um comando que imprime uma ou mais variáveis no console. Exemplo:

echo 'a', 'b', 'c';

 Resultado:

abc

print

É uma função que imprime uma string no console. Exemplo:

print('abc');

 Resultado:

abc

var_dump

Imprime o conteúdo de uma variável de forma explanativa, muito comum para se realizar debug. Se o parâmetro for um objeto, ele imprimirá todos os seus atributos; se for um array de várias dimensões, imprimirá todas elas, com seus respectivos conteúdos e tipos de dados. Exemplo:

$vetor = array('Palio', 'Gol', 'Fiesta', 'Corsa'); var_dump($vetor);

 Resultado:

array(4) { [0]=> string(5) "Palio" [1]=> string(3) "Gol" [2]=> string(6) "Fiesta" [3]=> string(5) "Corsa" }

print_r

Imprime o conteúdo de uma variável de forma explanativa, assim como a var_dump(), mas em um formato mais legível para o programador, com os conteúdos alinhados e suprimindo os tipos de dados. Exemplo:

$vetor = array('Palio', 'Gol', 'Fiesta', 'Corsa'); print_r($vetor);

Capítulo 1  Introdução ao PHP^25

O PHP é case sensitive , ou seja, é sensível a letras maiúsculas e minúsculas. Tome

cuidado ao declarar variáveis e nomes de função. Por exemplo, a variável $codigo é

tratada de forma totalmente diferente da variável $Codigo.

Em alguns casos, precisamos ter em nosso código-fonte nomes de variáveis que

podem mudar de acordo com determinada situação. Neste caso, não só o conteúdo

da variável é mutável, mas também seu nome. Para isso, o PHP implementa o con-

ceito de variáveis variantes ( variable variables ). Sempre que utilizarmos dois sinais

de cifrão ($) precedendo o nome de uma variável, o PHP irá referenciar uma variável

representada pelo conteúdo da primeira. Neste exemplo, utilizamos esse recurso

quando declaramos a variável $nome (conteúdo de $variavel) contendo ‘maria’.

// cria variável identificada pelo conteúdo de $variavel $$variavel = 'maria';

// exibe variável $nome na tela echo $nome; // resultado = maria ?>

Quando uma variável é atribuída a outra, sempre é criada uma nova área de

armazenamento na memória. Veja neste exemplo que, apesar de $b receber o mesmo

conteúdo de $a, após qualquer modificação em $b, $a continua com o mesmo valor.

Para criar referência entre variáveis, ou seja, duas variáveis apontando para a

mesma região da memória, a atribuição deve ser precedida pelo operador &. Assim,

qualquer alteração em qualquer uma das variáveis reflete na outra.

26 PHP – Programando com Orientação a Objetos

$b = 10; echo $a; // resultado = 10 echo $b; // resultado = 10 ?>

1.3.1 Tipo booleano

Um booleano expressa um valor lógico que pode ser verdadeiro ou falso. Para especi-

ficar um valor booleano, utilize as palavras-chave TRUE ou FALSE. No exemplo a seguir,

declaramos a variável booleana $exibir_nome, cujo conteúdo é TRUE (verdadeiro). Em

seguida, testaremos o conteúdo desta variável para verificar se ela é realmente verda-

deira. Caso positivo, será exibido na tela o nome “José da Silva”.

// testa se $exibir_nome é TRUE if ($exibir_nome) { echo 'José da Silva'; } ?>

 Resultado:

José da Silva

No programa que segue, criamos uma variável numérica contendo o valor 91. Em

seguida, testamos se a variável é maior que 90. Tal comparação também retorna um

valor booleano (TRUE ou FALSE). O conteúdo da variável $vai_chover é um boolean que

será testado logo em seguida para a impressão da string “Está chovendo”.

// testa se é maior que 90. Retorna um boolean $vai_chover = ($umidade > 90);

// testa se $vai_chover é verdadeiro if ($vai_chover) { echo 'Está chovendo'; } ?>

28 PHP – Programando com Orientação a Objetos

1.3.4 Tipo array

Array é uma lista de valores armazenados na memória, os quais podem ser de tipos

diferentes (números, strings, objetos) e podem ser acessados a qualquer momento,

pois cada valor é relacionado a uma chave. Um array também pode crescer dinami-

camente com a adição de novos itens. Veja na seção Manipulação de arrays como

manipular arrays.

1.3.5 Tipo objeto

Um objeto é uma entidade com um determinado comportamento definido por seus

métodos (ações) e propriedades (dados). Para criar um objeto deve-se utilizar o ope-

rador new. Veja o exemplo de um objeto do tipo Computador e aprenda, no Capítulo 2,

como manipular classes e objetos.

cpu}..."; } }

$obj = new Computador; $obj->cpu = "500Mhz"; $obj->ligar(); ?>

 Resultado:

Ligando computador a 500Mhz...

1.3.6 Tipo recurso

Recurso (resource) é uma variável especial que mantém uma referência de recurso

externo. Recursos são criados e utilizados por funções especiais, como uma conexão

ao banco de dados. Um exemplo é a função mysql_connect(), que, ao conectar-se ao

banco de dados, retorna uma variável de referência do tipo recurso.

resource mysql_connect(...)

Capítulo 1  Introdução ao PHP^29

1.3.7 Tipo misto

O tipo misto (mixed) representa múltiplos (não necessariamente todos) tipos de dados

em um mesmo parâmetro. Um parâmetro do tipo mixed indica que a função aceita

diversos tipos de dados como parâmetro. Um exemplo é a função gettype(), a qual

obtém o tipo da variável passada como parâmetro (que pode ser integer, string, array,

objeto, entre outros).

string gettype (mixed var)

Veja alguns resultados possíveis: "boolean" "integer" "double" "string" "array" "object" "resource" "NULL"

1.3.8 Tipo callback

Algumas funções como call_user_func() aceitam um parâmetro que significa uma

função a ser executada. Este tipo de dado é chamado de callback. Um parâmetro

callback pode ser o nome de uma função representada por uma string ou o método

de um objeto a ser executado, representados por um array. Veja os exemplos na do-

cumentação da função call_user_func().

1.3.9 Tipo NULL

A utilização do valor especial NULL significa que a variável não tem valor. NULL é o único

valor possível do tipo NULL.

1.4 Constantes

Uma constante é um valor que não sofre modificações durante a execução do progra-

ma. Ela é representada por um identificador, assim como as variáveis, com a exceção

de que só pode conter valores escalares (boolean, inteiro, ponto flutuante e string). Um

valor escalar não pode ser composto de outros valores, como vetores ou objetos. As

regras de nomenclatura de constantes seguem as mesmas regras das variáveis, com a

exceção de que as constantes não são precedidas pelo sinal de cifrão ($) e geralmente

utilizam-se nomes em maiúsculo.

MAXIMO_CLIENTES // exemplo de constante

Capítulo 1  Introdução ao PHP^31

Em cálculos complexos, procure utilizar parênteses, sempre observando as prio-

ridades aritméticas. Por exemplo:

O PHP realiza automaticamente a conversão de tipos em operações:

 Resultado:

1.5.3 Relacionais

Operadores relacionais são utilizados para realizar comparações entre valores ou

expressões, resultando sempre um valor boolean (TRUE ou FALSE).

Comparadores Descrição == Igual. Resulta verdadeiro (TRUE) se expressões forem iguais. === Idêntico. Resulta verdadeiro (TRUE) se as expressões forem iguais e do mesmo tipo de dados. != ou <> Diferente. Resulta verdadeiro se as variáveis forem diferentes. < Menor.

Maior que. <= Menor ou igual. = Maior ou igual.

Veja a seguir alguns testes lógicos e seus respectivos resultados. No primeiro caso,

vemos a utilização errada do operador de atribuição “=” para realizar uma compara-

ção: o operador sempre retorna o valor atribuído.

32 PHP – Programando com Orientação a Objetos

 Resultado:

essa operação atribui 5 à variável $a e retorna verdadeiro

No exemplo que segue, declaramos duas variáveis, uma integer e outra string.

Neste caso, vemos a utilização dos operadores de comparação == e !=.

if ($a == $b) { echo '$a e $b são iguais'; } else if ($a != $b) { echo '$a e $b são diferentes'; } ?>

 Resultado:

$a e $b são iguais

No próximo caso, além da comparação entre as variáveis, comparamos também

os tipos de dados das variáveis.

if ($c === $d) { echo '$c e $d são iguais e do mesmo tipo'; } if ($c !== $d) { echo '$c e $d são de tipos diferentes'; } ?>

 Resultado:

$c e $d são de tipos diferentes

O PHP considera o valor zero como sendo falso em comparações lógicas. Para

evitar erros semânticos em retorno de valores calculados por funções que podem

34 PHP – Programando com Orientação a Objetos

No programa a seguir, se as variáveis $vai_chover e $esta_frio forem verdadeiras ao

mesmo tempo, será impresso no console “Não vou sair de casa”.

if ($vai_chover and $esta_frio) { echo "Não vou sair de casa"; } ?>

 Resultado:

Não vou sair de casa

Já neste outro programa, caso uma variável seja TRUE e a outra seja FALSE (OU ex-

clusivo), será impresso no console “Vou pensar duas vezes antes de sair”.

if ($vai_chover xor $esta_frio) { echo "Vou pensar duas vezes antes de sair"; } ?>

 Resultado:

Vou pensar duas vezes antes de sair

1.6 Estruturas de controle

1.6.1 IF

O IF é uma estrutura de controle que introduz um desvio condicional, ou seja, um

desvio na execução natural do programa. Caso a condição dada pela expressão seja

satisfeita, então serão executadas as instruções do bloco de comandos. Caso a condição

não seja satisfeita, o bloco de comandos será simplesmente ignorado. O comando IF

pode ser lido como “SE ( expressão ) ENTÃO { comandos ... }”.

Capítulo 1  Introdução ao PHP^35

ELSE é utilizado para indicar um novo bloco de comandos delimitado por { }, caso

a condição do IF não seja satisfeita. Pode ser lido como “caso contrário”. A utilização

do ELSE é opcional.

Veja a seguir um fluxograma explicando o funcionamento do comando IF. Caso

a avaliação da expressão seja verdadeira, o programa parte para execução de um

bloco de comandos; caso seja falsa, parte para a execução do bloco de comandos

dada pelo ELSE.

Figura 1.2 – Fluxo do comando IF.

if ( expressão ) { comandos se expressão é verdadeira ; } else { comandos se expressão é falsa ; }

Exemplo:

 Resultado:

não é igual

Quando não explicitamos o operador lógico em testes por meio do IF, o comporta-

mento-padrão do PHP é retornar TRUE sempre que a variável tiver conteúdo válido.

Capítulo 1  Introdução ao PHP^37

if ($valor_venda > 100) { $resultado = 'muito caro'; } else { $resultado = 'pode comprar'; }

O mesmo código poderia ser escrito em uma única linha da seguinte forma:

$resultado = ($valor_venda > 100)? 'muito caro' : 'pode comprar';

A primeira expressão é a condição a ser avaliada; a segunda é o valor atribuído

caso ela seja verdadeira; e a terceira é o valor atribuído caso ela seja falsa.

1.6.2 WHILE

O WHILE é uma estrutura de controle similar ao IF. Da mesma forma, possui uma condição

para executar um bloco de comandos. A diferença primordial é que o WHILE estabelece

um laço de repetição, ou seja, o bloco de comandos será executado repetitivamente

enquanto a condição de entrada dada pela expressão for verdadeira. Este comando

pode ser interpretado como “ENQUANTO (expressão) FAÇA {comandos... }.”.

A Figura 1.3 procura explicar o fluxo de funcionamento do comando WHILE. Quando

a expressão é avaliada como TRUE, o programa parte para a execução de um bloco de

comandos. Quando do fim da execução deste bloco de comandos, o programa retor-

na ao ponto inicial da avaliação e, se a expressão continuar verdadeira, o programa

continua também com a execução do bloco de comandos, constituindo um laço de

repetições, o qual só é interrompido quando a expressão avaliada retornar um valor

falso (FALSE).

Figura 1.3 – Fluxo do comando WHILE.

38 PHP – Programando com Orientação a Objetos

while ( expressão ) { comandos; }

No exemplo a seguir, o comando WHILE está avaliando a expressão “se $a é menor

que 5” como ponto de entrada do laço de repetições. Na primeira vez que é executada

esta comparação, é retornado TRUE, visto que o valor de $a é 1. Logo o programa entra

no laço de repetições executando os comandos entre { }. Observe que, dentro do

bloco de comandos, a variável $a é incrementada. Assim, esta execução perdurará por

mais algumas iterações. Quando seu valor for igual a 5, a comparação retornará FALSE

e não mais entrará no WHILE, deixando de executar o bloco de comandos.

 Resultado:

1.6.3 FOR

O FOR é uma estrutura de controle que estabelece um laço de repetição baseado em

um contador; é muito similar ao comando WHILE. O FOR é controlado por um bloco de

três comandos que estabelecem uma contagem, ou seja, o bloco de comandos será

executado um certo número de vezes.

for ( expr1 ; expr2 ; expr3 ) { comandos }

Parâmetros Descrição expr1 Valor inicial da variável contadora. expr2 Condição de execução. Enquanto for TRUE, o bloco de comandos será executado. expr3 Valor a ser incrementado após cada execução.