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Production Control & Logistics Faurecia, Resumos de Logística

Esta é, talvez, a principal razão pela qual as empresas apostam na melhoria ... empresa Faurecia – Assentos de Automóvel, Lda. num projecto de melhoria de ...

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Production Control & Logistics
Faurecia - Assentos de Automóvel, Lda.
Pedro Osvaldo de Oliveira Loureiro dos Santos Correia
Projecto de Dissertação do MIEIG 2007/2008
Orientador na FEUP: Prof. Jorge Pinho de Sousa
Orientador na Faurecia: Eng. Alexandra Ferrão
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Licenciatura em Gestão e Engenharia Industrial
Setembro 2008
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Production Control & Logistics

Faurecia - Assentos de Automóvel, Lda.

Pedro Osvaldo de Oliveira Loureiro dos Santos Correia

Projecto de Dissertação do MIEIG 2007/ Orientador na FEUP: Prof. Jorge Pinho de Sousa Orientador na Faurecia: Eng. Alexandra Ferrão

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Licenciatura em Gestão e Engenharia Industrial

Setembro 2008

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À minha família e amigos,

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Abstract

In a market of global competition, an adequate management is required to guarantee that whatever the client wants has the necessary quality, meets the established deadlines, at the lowest price, in order to maintain competitive in that market. This is why the companies invest in productivity improvement.

The present project of dissertation has the objective to study an individual identification of headrests that permitted to obtain profits on productivity, quality and satisfaction of the client.

The project permitted to obtain a better vision of what is a logistic chain, since the producer up to the final client, and as an identification can influence all the supply chain, as well as a sustained perception of the application of acquired skills during the Master in Industrial Engineering and Management.

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Agradecimentos

A todos os que de alguma forma contribuíram para o meu sucesso académico.

Ao meu orientador na Faurecia, Eng.ª Alexandra Ferrão, por todo o acompanhamento prestado e pelo grande contributo que teve no meu desenvolvimento pessoal e profissional na empresa.

Ao Professor Jorge Pinho de Sousa pelo contributo prestado na supervisão do estágio e pela confiança mostrada.

À minha família, amigos e colegas que me acompanharam nestes anos.

À Francisca Pimentel que muito me apoiou.

A todos os que apoiaram,

Muito obrigado.

1 Introdução

As empresas em geral e a industria automóvel em particular sofrem uma pressão muito grande no sentido de aumentar a sua produtividade para assim se tornarem mais competitivas. O mercado é global e a competição é elevada logo, só as empresas que conseguirem produzir com os requisitos de qualidade ao mais baixo preço e dentro dos prazos estipulados, conseguem responder às exigências do mercado.

Tendo em conta a pressão no sentido de uma constante melhoria dos critérios de qualidade que permita ir de encontro às necessidades do cliente, é essencial actualizar e disponibilizar estratégias de acção e soluções adequadas e eficazes.

Assim, o potencial de inovação e criatividade pode ser considerado um aspecto fundamental numa empresa. A inovação poderá ser uma fonte de soluções, de alternativas, de possibilidades. A inovação deverá não só estar presente no planeamento de novos produtos e no desenvolvimento de novas estratégias, mas também diariamente na procura de uma melhoria contínua dos processos de trabalho. Esta melhoria contínua poderá ter como resultado uma maior produtividade, através de uma redução de custos, de tempos de produção e de mão-de-obra e de uma melhoria de qualidade dos produtos.

O presente relatório pretende dar uma visão do trabalho desenvolvido pelo formando na empresa Faurecia – Assentos de Automóvel, Lda. num projecto de melhoria de produtividade. O objectivo desse trabalho consistia em desenvolver, seguir e coordenar um projecto de identificação individual de um dado apoio de cabeça na fábrica FAA Moldados.

Este projecto foi elaborado em conjunto com 3 clientes Faurecia que produzem bancos de automóvel em articulação com o construtor de automóveis.

A nível pessoal este projecto permitiu a obtenção de uma visão mais concreta e esclarecedora do que é estar envolvido numa grande organização, das suas vantagens e desvantagens, assim como uma melhor compreensão de como a actividade de um grupo empresarial se desenrola.

1.1 Faurecia no mundo

“O Grupo Faurecia é o segundo maior fornecedor de componentes para o sector automóvel a nível europeu e o nono a nível mundial (ver tabela 1). Com sede em França, está presente em 25 países em todo o mundo (ver figura 1) e trabalha para os maiores construtores de automóveis mundiais. Com um total de 160 unidades fabris, emprega mais de 60. colaboradores em todo o mundo” (Fonte: Apresentação Faurecia pt, 2005). Esta é a mensagem de boas vindas para quem toma conhecimento com grupo Faurecia pela primeira vez.

Figura 1 - Incorporação da Faurecia na industria de componentes automóvel (fonte: 2008 annual Report)

Nas figuras 4 podemos observar quais os principais clientes, a sua localização e quais as actividades da Faurecia.

Figura 3 – Módulos fabricados pela Faurecia

A Faurecia tal como já foi dito anteriormente, é uma empresa especializada no desenvolvimento, concepção, produção e distribuição de alguns dos principais componentes de veículos ligeiros.

Assim, a Faurecia tem como objectivo a criação e distribuição de produtos inovadores e a prestação de serviços de alta qualidade. Procura promover a competitividade dos seus clientes e representar um valor de referência para os seus colaboradores e accionistas. Para além disso, também é dada particular atenção aos aspectos ambientais, assim como a questões de responsabilidade social.

Figura 4 - Vendas por região, por cliente e por módulo (fonte: 2008 Annual Report)

1.2 Faurecia em Portugal

A Faurecia – Assentos para Automóvel, Lda., surge no trajecto histórico da conhecida “Molaflex”, da qual seguidamente se assinalam as principais datas associadas à sua evolução histórica:

1962 – Início da produção de bancos para automóveis.

1964 – Constituição da Flexipol.

1973 – Primeiras exportações de componentes para automóveis.

1974 – Transformação em Sociedade Anónima.

1981 – Participação da Bertrand Faure na Flexipol.

1988 – Participação maioritária da Bertrand Faure na Molaflex.

Início da Actividade da Unidade Fabril de Algeruz em Setúbal. Produção just-in-time com a Renault Portuguesa.

1989 – Mudança da denominação da Molaflex para Bertrand Faure Portugal – Equipamentos para Automóvel S.A.

1995 – Nova designação: BFEPA – Bertrand Faure Equipamentos para Automóveis.

1996 – Integração da Actividade Moldados na BFEPA.

1999 – Nova designação: Faurecia – Assentos de Automóvel, Lda.

Aquisição da Tecnox pela Sasal para aumento da produção de capas para automóveis. Criação da EDA – Estofagem de Assentos, S.A. – Estofagem de Assentos para Citroën (Mangualde).

Em Portugal a Faurecia está presente em cinco locais distintos:

Faurecia – Sistemas de Escape Portugal, Lda. – Bragança, que se dedica à produção de sistemas de escape.

Faurecia – Assentos para Automóvel, Lda. – S. João da Madeira, que fabrica assentos para automóvel. É composta por quatro actividades distintas: Produção de estruturas metálicas (para assentos), Corte e Costura (capas em tecido e/ou couro para assentos), Moldados (espumas moldadas: assentos, encostos, apoios de cabeça, apoios de braço), Estofos (estofagem de assentos para automóvel).

SASAL – Assentos para Automóveis S.A. - Vouzela, destinada à produção de capas para assentos de automóveis.

EDA – Estofagem de Assentos, Unipessoal, Lda. – Nelas, dedica-se à estofagem de assentos para a Citroën – Mangualde e Renault em Palência.

VANPRO – Palmela (Autoeuropa), joint-venture com 50% capital Faurecia, Assentos de Automóvel, Lda. destinada à montagem final de bancos em sistema just-in-time com a Autoeuropa.

Faurecia – Sistemas de Interior, Lda. – Palmela, dedicada à produção de sistemas de interior.

Figura 5 – Faurecia em São João da Madeira

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Faurecia em São João da Madeira

Fábrica Corte e Costura Fábrica de Metal Fábrica Moldados Fábrica de Estofos

FAURECIA - Assentos para Automóvel, Lda. São João da Madeira

Capas em tecido para assentos

Estruturas Metálicas para assentos

Espumas Moldadas

Estofagem de Assentos

Com um total de 1800 colaboradores

Neste momento a fábrica trabalha 5 dias por semana, 24 horas por dia na injecção e 16 horas por dia na costura e no corte. A fábrica dispõe de cerca de 800 colaboradores entre mão-de- obra directa (MOD) e mão-de-obra indirecta (MOI).

A produção encontra-se organizada em Unidades Autónomas de Produção (UAP´s) (ver figura 6) constituídas por cerca de 100 pessoas cada. Neste momento existem quatro UAP´s: UAP acessórios I e II (que executam a costura e injecção de apoios), UAP III (executa o corte e costura de apoios e UAP espumas (efectua espumas moldadas para o sector automóvel e para o sector ferroviário).

Essas UAP´s têm vários supervisores que são responsáveis por vários Grupos Autónomos de Produção (GAP´s). Esses GAP ´s têm no máximo 8 pessoas a trabalhar no mesmo turno e linha. Cada GAP dispõe de um (GAP Líder) que tem como principal tarefa dinamizar o grupo com vista ao aumento da produtividade, de forma a atingir os objectivos impostos. Funciona também como elo de ligação entre o GAP e o supervisor.

1.4 Organização e Temas Abordados no Presente Relatório

Refere-se alguns aspectos da actividade da empresa.

A empresa, como já foi dito, dedica-se ao fabrico de apoios de cabeça e de braço (com 85% do volume de vendas) e à produção de espumas para bancos. Neste momento são efectuadas espumas para o Renault Mégane (actual e futuro), Opel Corsa Peugeot 308, apoios de braço para o Volkswagen Polo (projecto PQ24), Skoda Fabia (projecto PQ24), Peugeot 407 (projecto APB D2) e Citroën C5 (projecto X7), assim como apoios de cabeça para o Renault Mégane (projecto W84/BD95), Peugeot 407 (projecto APC D2), Renault Laguna (projecto W91), Renault Espace (projecto J81), Citroën C4 (projecto B5), entre outros. Estes apoios possuem um processo de fabrico idêntico, em que as peças são cortadas, e seguidamente costuradas e injectadas. Nesse momento estão prontas para serem entregues ao cliente.

De referir que todos os apoios se produzem por uma injecção insitu^4 , isto é, os apoios são costurados, de seguida são montados num inserto^5 e colocados num molde com um funil. É através desse funil que o composto de injecção vai reagir dentro do apoio, de modo a formar uma espuma com a forma dada pelo molde (figuras 7 e 8).

(^4) O químico de injecção é injectado directamente no apoio (depois de costurado) a expressão provém do Latim ,

significando “no local” e refere-se à injecção. (^5) Mecanismo de fixação de um apoio de cabeça ao banco do automóvel.

2 Processo de fabrico

Para uma explicação mais detalhada dos ganhos de produtividade que foram alcançados, é necessário compreender as tecnologias utilizadas no processo de fabrico de um apoio. A execução de um apoio compreende três fases: corte, costura e injecção.

2.1 Corte

Esta etapa compreende, como o próprio nome indica, o corte de tecido que pode ser efectuado utilizando duas tecnologias distintas: prensa ou CAD/CAM. Ambas as tecnologias usam colchões de tecido em altura, isto é, o tecido que é fornecido em rolos é desenrolado num comprimento previamente estudado. Esta operação é efectuada de modo a maximizar o número de peças por área. São colocadas diversas camadas de tecido de modo a formar um colchão de tecido com várias folhas, que variam entre 3 a 5 centímetros no caso da prensa, e 6 a 10 centímetros no caso do corte CAD/CAM.

O corte por prensa consiste numa prensa de pratos (ver Figura 9) que embate num molde de aço têxtil designado de “cortante” (Figura 10). Este processo apresenta como vantagem a realização de um corte com maior qualidade e como desvantagem o facto de exigir mais mão-de- obra e maior desperdício de matéria-prima. Este elevado número de operadores (por peça cortada) deve-se ao facto desta máquina não ser uma máquina de elevada cadência de corte, ou seja, esta máquina produz muito menos peças por hora de corte do que uma máquina de CAD/CAM (Figura 11).No entanto, o número de trabalhadores necessários é idêntico ao necessário na tecnologia

Figura 9 – Prensa têxtil

Figura 10– Cortante têxtil

Figura 11 – Máquina de corte de tecido Cad/Cam

CAD/CAM. Cada operador é responsável por uma tarefa especifica. Assim uma pessoa encontra-se encarregue de operar a máquina, outra de fornecer tecido e ainda outra da recolha das peças para embalagem, controlo qualitativo e posterior envio para a zona de costura. Por outro lado existe o corte CAD/CAM que consiste numa máquina de comando numérico que fixa o tecido numa mesa por sucção e corta o material com uma faca oscilante. Esta tecnologia é bastante mais rápida mas possui uma qualidade mais baixa.

O aproveitamento de tecido em prensa, relativamente ao Cad/Cam, é menor, visto que a colocação de um cortante relativamente ao tecido em prensa é manual e portanto irá depender do operador. No corte CAD/CAM o espaçamento entre peças é definido automaticamente através de um programa de CAD e é igual em todas as peças. No corte CAD/CAM o espaçamento entre peças é de 4 milímetros enquanto, o corte prensa é de no mínimo 5 milímetros.

2.2 Costura

Esta etapa consiste na reunião dos diversos materiais previamente cortados com vista a que o apoio ganhe a forma pretendida. Na costura de um apoio (ou de qualquer outra peça) os materiais são costurados do “avesso”. Poderão ser efectuados diversos tipos de costura, sendo os mais comuns, a costura dita de ponto “normal” e a costura de ponto corrido. Existem ainda costuras de embelezamento que apenas possuem um efeito estético, podendo ter pesponto duplo (figura 12) ou rebatível (simples).