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Guias e Dicas
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PRODUÇÃO DE MAMAO FORMOSA SOB IRRIGAÇÃO LOCALIZADA, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

A cultura do mamoeiro tem mostrado um crescimento nos últimos anos, acenando para possibilidades bastante promissoras dentro do setor. Fator este que torna o plantio da cultura do mamoeiro extremamente viável principalmente no Brasil, devido às condições favoráveis do solo e clima. O solo brasileiro em geral é propício para o cultivo de frutíferas tropicais, porem necessita de corretivos para o seu melhor aproveitamento. Devido a períodos de estiagem durante o ano, a irrigação dos pomares, se to

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 14/12/2011

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE URUT
TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
ANDERSON DE LIMA MEOTTI
LUCIANO LEMOS CORREIA
IRRIGAÇÃO LOCALIZADA POR GOTEJAMENTO
NA CULTURA DO MAMOEIRO
Urutaí-Go
2007
ANDERSON DE LIMA MEOTTI
LUCIANO LEMOS CORREIA
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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE URUTAÍ

TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

ANDERSON DE LIMA MEOTTI

LUCIANO LEMOS CORREIA

IRRIGAÇÃO LOCALIZADA POR GOTEJAMENTO

NA CULTURA DO MAMOEIRO

Urutaí-Go 2007 ANDERSON DE LIMA MEOTTI LUCIANO LEMOS CORREIA

IRRIGAÇÃO LOCALIZADA POR GOTEJAMENTO

NA CULTURA DO MAMOEIRO

Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia em Irrigação e Drenagem do Centro Federal de Educação Tecnológica de Urutaí - GO, para obtenção do título de Tecnólogo em Irrigação e Drenagem.

Orientadores: Prof. Dr. Dalcio Ricardo Botelho Alves Prof. MSc. Manoel Teixeira de Faria

Urutaí – GO 2007 ANDERSON DE LIMA MEOTTI LUCIANO LEMOS CORREIA

IRRIGAÇÃO LOCALIZADA POR GOTEJAMENTO

NA CULTURA DO MAMOEIRO

“Agradecemos em primeiro lugar a Deus por nos conceder esta oportunidade, aos nossos pais que muito nos ajudaram em todos os momentos de nossa formação, a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram para nossa formação”.

Dedicatória

Luciano Lemos Correa:

Dedico esta monografia, primeiramente a Deus, aos meus pais, a minha esposa e aos meus filhos, que acreditaram e foram os principais incentivadores da minha jornada acadêmica.

Anderson Meotti:

Dedico esta monografia, primeiramente a Deus e aos meus pais, que acreditaram e foram os principais incentivadores da minha jornada acadêmica.

“ O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano...”

Isaac Newton

  • Figura 01 – Mamão do Grupo Formosa e Grupo Solo
  • Figura 02 – Híbrido Tainung n°
  • Figura 03 – Deformação Causada pela Deficiência de Boro
  • Figura 04 – Mamão consorciado com leguminosa para adubo verde
  • Figura 05 – Sementes de Mamão Formosa Certificada
  • Figura 06 – Mudas em Sacos Plásticos
  • Figura 07 – Mudas em Tubetes
  • Figura 08 – Mudas Prontas para o Plantio no Campo
  • Figura 09 – Plantio em Sulco
  • Figura 10 – Capina Mecânica com Grade de Discos
    • Branco Figura 11 – Redução do Limbo Foliar pelo Ataque do Ácaro
  • Figura 12 – Sintomas do Ataque do Ácaro rajado
  • Figura 13 – Sintomas do Ataque de Cigarrinha
  • Figura 14 – Mamoeiros Atacados pela Cigarrinha
    • com Meleira Figura 15 – Sintomas de Oxidação do Látex Observado em Plantas
  • Figura 16 – Amarelecimento das Folhas
  • Figura 17 – Frutos com Manchas Amareladas na Casca
  • Figura 18 – Sintomas da Mancha Anelar do Mamoeiro
  • Figura 19 – Estrias Oleosas no Pecíolo
  • Figura 20 – Oídíum Carícae Sobre Folhas do Mamoeiro
  • Figura 21 – Lesões Típicas de Pinta Preta em frutos maduros
  • Figura 22 – Tensiômetro - Evaporação Figura 23 – Tanque USWB Classe A, Poço Tranqüilizador e medidor de
  • Figura 24 – Área de Implantação do Projeto
    • LISTA DE FIGURAS SUMARIO
    • RESUMO
  • 1.0 – Introdução
  • 2.0 – Referencial Teórico
  • 2.1 – Classificação Botânica
  • 2.2 – Grupo Formosa
  • 2.2.1 – Taunung nº
  • 2.2.2 – Taunung nº
  • 2.3 – Exigência Climática
  • 2.3.1 – Temperatura
  • 2.3.2 – Exigência Hídrica
  • 2.3.3 – Altitude
  • 2.3.4 – Ventos
  • 2.3.5 – Luminosidade
  • 2.3.6 – Umidade Relativa
  • 2.4 – Condições Edáficas
  • 2.4.1 – Solos
  • 2.4.2 – Topografia
  • 2.5 – Preparo do Solo
  • 2.5.1 – Adubação e Calagem
  • 2.5.2 – Adubação Química
  • 2.5.3 – Adubação Orgânica
  • 2.5.4 – Culturas Consorciadas
  • 2.6 – Propagação
  • 2.6.1 – Produção de Mudas
  • 2.6.2 – Aquisição de Mudas
  • 2.7 – Cultura
  • 2.7.1 – Espaçamento
  • 2.7.2 – Plantio
  • 2.7.3 – Tratos Culturais
  • 2.7.4 – Pragas e Doenças
  • 2.8 – Irrigação
  • 2.8.1 – Irrigação por Gotejamento
  • 2.8.2 – Qualidade da Água
  • 2.8.3 – Filtros para Irrigação
  • 2.8.4 – Fertirrigação
  • 2.9 – Manejo da Irrigação
  • 2.9.1 – Determinação de Umidade no Solo
  • 2.9.2 – Tensiômetro
  • 2.9.3 – Método de Pesagem
  • 2.9.4 – Determinação da Evapotranspiração Potencial de Referência
  • 2.9.5 – Tanque USWB Classe A
  • 2.10 – Colheita
  • 3 – Materiais e Métodos
  • 3.1 – Local de Implantação do Projeto
  • 4 – Dimensionamento Hidráulico e Agronômico
  • 4.1 – Dados do Projeto
  • 4.2 – Projeto Agronômico
  • 4.3 – Dimensionamento Hidráulico
  • 5 – Considerações Finais
    • REFERÊRENCIAS
    • ANEXOS

1.0 – Introdução

A espécie Carica papaya L. é a mais cultivada em todo mundo. É uma planta herbácea, tipicamente tropical, cujo centro de ori^ 0 01 F gem é, muito

provavelmente, o Noroeste da América do Sul, vertente oriental dos Andes, ou mais precisamente, a Bacia Amazônica Superior, onde sua diversidade genética é máxima (SANCHES & DANTAS, 1999).

Segundo Nehmi et al. (2006), a produção mundial de mamão em 2005 foi de 5,4 milhões de toneladas, com uma área plantada de 341 há. O Brasil destaca como o maior produtor, com 1,4 milhão de tonelada no ano de

2005, ocupando a terceira posição, atrás do México e da Malásia. O nordeste é o maior região produtora, destacando o estado da Bahia que, em 2005 obteve uma produção de 823,4 mil toneladas em 25,5 mil há, seguidos pelo estado do Espírito Santo, na região Sudeste, com uma área de 5,9 mil há e uma produção de 424,6 mil toneladas. O presente trabalho destacará a variedade Tainung Nº 1 do grupo Formosa, que de maneira geral é consumida in natura, mas sua industrialização através do aproveitamento integral do fruto, como fonte de papaína e enzima empregadas para os mais variados usos nas indústrias têxteis, farma^ 0 01 F cêuticas, alimento e cosmético. Além disso, o mamão é uma boa fonte de cálcio e uma excelente fonte de pró-vitamina A e de Vitamina C,

sendo que esta última aumenta com a maturação do fruto (ROCHA, 2004). O projeto será implantado no Estado de Goiás por ser uma região importadora desta fruta e seus derivados, pretendendo assim suprir esta oferta

do mercado goiano e região. A comercialização da produção normalmente é feita por meio de cooperativas, intermediários, exportadores ou pelo próprio produtor, mediante entrega direta nas centrais de abastecimento. Considerando

o grande volume de mamão comercializado nas CEASA, considera-se que este

é o principal centro de distribuição da produção. A partir das CEASA, volumes menores são distribuídos às feiras livres, supermercados, quitandas, frutarias, bares e hotéis.

O método de irrigação a ser adotado é o de gotejamento que compreende os sistemas de irrigação no qual a água é aplicada no solo, diretamente sobre a região radicular, em pequenas intensidades, porem com

alta freqüência. No entanto a irrigação não pode ser considerada somente como técnica para suprir de água as culturas, mas sim como parte integrante de um conjunto de técnicas agrícolas nos cultivos (BERNARDO, 1995).

Atualmente tem-se abordado muito uma gestão mais severa e racional dos recursos hídricos, tornando a irrigação um fator essencial para o desenvolvimento da agricultura moderna, motivando o aperfeiçoamento do manejo e métodos de irrigação, que garantem o máximo da eficiência no consumo da água.

2.0 – Referencial Teórico

De forma geral, as cultivares mais exploradas no Brasil são

classificadas em dois grupos (figura 01), conforme o tipo do fruto (SANCHES & DANTAS, 1999).

Figura 01 – Mamão do Grupo formosa e do Grupo S. Solo

No Brasil, são bastante difundidos dois híbridos do grupo Formosa,

"Tainung Nº. 1" e "Tainung Nº. 2". A seguir, serão apresentadas as suas principais características (KAVATI et al, 1993).

2.2.1 – Tainung N° 1

Híbrido altamente produtivo (figura 02) que é resultado do cruzamento de um tipo de mamão da Costa Rica, de polpa vermelha, com o mamão Havaí (Sunrise Solo). Os frutos resultantes das flores femininas é redondo alongado e os de flores hermafroditas são compridos, com peso médio de 0,9 kg. Apresentam casca de coloração verde-clara e cor de polpa laranja-avermelhada, de ótimo sa^ 0 01 F bor; possuem cheiro forte, boa resistência ao transporte e pouca resistência ao frio. A produtividade média está em torno de 60 a 90 t/ha/ano com irrigação e 40 a 60 t/ha/ano (SANCHES & DANTAS, 1999).

Figura 02 – Híbrido Tainung n° 1

2.2.2 – Taunung nº

Híbrido resultante do cruzamento de uma variedade de mamão da Tailândia, de polpa vermelha, com o mamão Havaí (Sunrise Solo), cujo fruto formado a partir da flor feminina é mais alongado que o do Tainung Nº 1. Já o

fruto gerado pela flor hermafrodita é comprido, com a parte basal estreita,

pesando em média 1.1 kg. Apresenta polpa vermelha, com maturação rápida, e pouca resistência ao transporte. A produtividade média situa-se em torno de 60 t/ha/ano. (SANCHES & DANTAS, 1999).

2.3 – Exigência Climática

2.3.1 – Temperatura

Segundo Fancelli et al (1996), a faixa de temperatura considerada ideal para a cultura do mamoeiro está entre 22 a 26 °C e afirmam que em regiões mais quentes o crescimento do mamoeiro é mais rápido e os frutos são de melhores qualidades com um teor de açúcar maior do que nas regiões frias. Embora resista bem às temperaturas relativamente baixas, o mamoeiro mostra- se muito sensível aos ventos fortes e as geadas. A temperatura inferior a 0°C pode provocar a morte das plantas. Temperaturas mais baixas, especialmente as que ocorrem no fim de outono, durante o inverno e principio de primavera paralisam o desenvolvimento vegetativo do mamoeiro, ele então não floresce, ocorrendo o retardamento da maturação dos frutos e seu sabor é diminuído devido à redução do teor de açúcar.

2.3.2 – Exigências Hídricas

De acordo com Sanches & Dantas (1999) , a deficiência hídrica é a condição que mais limitam a produção primária dos ecossistemas e o rendimento das culturas, principalmente pelas restrições que impõem à fixação fotossintética do gás carbônico e ao crescimento das plantas. A água não é um composto permanente dos tecidos vegetais, mas flui pelo sistema solo – planta – atmosfera em grandes quantidades. As plantas, ao longo de seu ciclo

A agricultura tem sido responsável por grande parcela da água

utilizada, tornando necessária a implantação de sistemas de irrigação eficientes e a utilização de métodos que quantifiquem as reais necessidades hídricas das culturas para que não haja desperdício. Esta quantificação permite

projetar sistemas de irrigação e realizar um manejo mais adequado, o que consequentemente, reduz o consumo de água e energia (OLIVEIRA et al, 1995).

2.3.3 – Altitude

A altitude influencia diretamente na produtividade e qualidade dos frutos. Altitude de ate 200 m é a recomendada, mas sabe-se que a planta produz bem em áreas mais altas, a máxima desejável é em torno de 600 a 800 m (SANCHES & DANTAS, 1999).

2.3.4 – Ventos

Segundo Sanches & Dantas (1999), devido às características da planta, como folhas largas, caule herbáceo e alto, carregado de pesados frutos, o mamoeiro fica sensível à ação dos ventos fortes. Em locais onde há predominância de ventos fortes estes também rasgam as folhas diminuindo- lhes a área foliar, provocam a queda de flores, além de expor os frutos aos raios solares quando acompanhados de chuvas intensas, podem causar o tombamento das plantas principalmente na fase de plena produção. No entanto ventos leves favorecem a polinização, como também arejam as plantações, evitando o excesso de umidade responsável pelo aparecimento de doenças. A utilização de quebra ventos faz-se necessário em regiões onde há ocorrência freqüente de ventos fortes, para se evitarem prejuízos às

plantações. Algumas sugestões de plantas para utilização em quebra-ventos:

bambu, pinus, hibiscos, eucalipto citriodora. (SANCHES & DANTAS, 1999).

2.3.5 – Luminosidade

O comprimento do dia, exerce grande influência sobre os plantios de mamão e acredita-se que a luminosidade aumenta a produtividade e o teor de açúcar dos frutos, sendo assim recomendada uma boa exposição das plantas à luz solar, dispondo-se as fileiras de plantas no sentido leste-oeste. Uma luminosidade acima de 2000 horas/luz/ano seria o ideal (LUNA, 1986).

2.3.6 – Umidade Relativa

Regiões com umidade relativa entre 60% a 85% são favoráveis ao mamoeiro. A umidade excessiva associada às temperaturas altas predispõe a cultura a um forte ataque de fungos e vírus. (SANCHES & DANTAS, 1999).

2.4 – Condições Edáficas 2.4.1 – Solos

Os solos recomendados para a cultura do mamoeiro são os de textura areno argilosas, ricos em matéria orgânica, com pH variando entre 5, a 6,7; desde que sejam profundos e bem drena^ 0 01 F dos. Terrenos de baixada mal drenados ou sujeitos a inunda^ 0 01 F ções devem ser evitados. Nessas condições ocorre o amarelecimento e queda das folhas, redução da produção,

apodrecimento das raízes e conseqüente morte das plantas (LUNA, 1982).

fornece Ca e Mg às plantas, eleva a saturação por base, equilibra a relação K:Ca:Mg e melhora a ati^ 0 01 F vidade microbiana do solo (OLIVEIRA et al, 1995). Para se determinar a necessidade de calagem e optar por um es^ 0 01 F quema de adubação deve-se proceder a amostragem de solo, normalmente na profundidade de 0-20 cm, para análise química três a seis me^ 0 01 F ses antes da implantação da cultura. Havendo indicação de calagem, deve-se usar de preferência calcário dolomítico que contém cálcio e magnésio e distribuí-lo dois a três meses antes do plantio do mamoeiro, metade antes da aração e a outra metade antes da gradagem, para melhor incorporação (SANCHES & DANTAS, 1999). No Estado de Goiás utiliza a fórmula de saturação por base, visando elevar a saturação do solo a 80% (V2), sempre que esta for inferior a 70%.

Vale ressaltar que se deve evitar calagem excessiva para que não ocorra deficiência de micronutrientes, problema freqüente na cultura do mamoeiro (OLIVEIRA, 1999).

NC(t/ha)= (V2-V1) x CTC/PRNT

Onde: V1 = saturação por bases do solo (%). V2 = saturação por bases desejada (tabelada) (%). CTC = capacidade de troca catiônica (cmol /dm 3 ). NC = necessidade de calagem. PRNT = poder relativo de neutralização total.

2.5.2 – Adubação Química

Toda adubação deve ser efetuada somente após a interpretação da analise do solo, mas em geral para a cultura do mamoeiro, recomenda-se

aplicar entre 150 a 200 gramas de superfosfato simples, 30 gramas de Boro

juntamente com 5 kg de esterco de curral ou 3 kg de esterco de galinha por cova (OLIVEIRA, 1999). O mamoeiro apresenta elevadas taxas de absorção de nitrogênio e

potássio após a floração, já o fósforo é absorvido antes desta fase. Em função destes dados recomenda-se que a relação NPK na formação seja de 1/2/1, enquanto que na época de produção seja de 2/1/3 (OLIVEIRA et al, 1995).

A relação de N/K é a que mais afeta a produção e a qualidade da cultura do mamoeiro, pois quando a relação esta elevada, ocorre um crescimento vegetativo excessivo em detrimento da produção. As plantas

apresentam frutos mais distanciados, de qualidade inferior, com casca fina, moles e com sabor alterado. Com relação à micronutrientes, dar-se especial atenção ao Boro, pois a deficiência desta causa o aparecimento de frutos deformados (figura 03), micro nutriente que deve ser aplicado no plantio ou em cobertura via foliar (solução de ácido bórico a 0,25% previamente, pulverizando-se duas vezes ao ano), ou via solo (20 gramas de Bórax- solo/ planta). (SANCHES & DANTAS, 1999).

Figura 03 – Deformação causada pela deficiência de Boro

2.5.3 – Adubação Orgânica

Os solos tropicais são normalmente pouco férteis e pobres em matéria orgânica. O mamoeiro responde bem à adubação orgânica que traz como vantagem a melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do