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Produção animal Nota 2, Notas de estudo de Criação Animal

Matéria abordada na avaliação 2, contendo: Bovinocultura de corte e produção; Formação do metano; Fases da produção; Recria de machos; Recria de fêmeas; Estação de monta; Produção em pastagens; Sal proteinado; Bubalinocultura e manejo alimentar e sanitário; Rendimento de carcaça; Manejo reprodutivo; Suinocultura; Manejo de suínos; Questinário com perguntas e respostas para estudos de prova.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 06/03/2024

KissilaGuterres
KissilaGuterres 🇧🇷

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Produção animal Aula 01 2ª AVD
BOVINOCULTURA DE CORTE
O Brasil na área de produção de corte é
muito pra trás.
Busca de animais precoces animais que
entram na fase sexual mais cedo.
Raça Nelore que predomina no Brasil, é o
que se busca a precocidade sexual. Desafio
do melhoramento genético.
No peso de 10@ ou 300kg, é o peso ideal
para ser inseminada.
Maio/junho/julho/agosto: período de seca.
- História: Os primeiros bovinos a chegarem
à Bahia gado zebuíno. No início da
colonização, o maior valor do gado era
como tração animal para os engenhos de
cana- de-açúcar. Com o passar do tempo, o
aumento do rebanho gerou um problema
para os plantadores de cana, pois o gado
ocupava um espaço que era originalmente
reservado às valiosas plantações de cana-
de-açúcar. Isso fez com que a Coroa
Portuguesa emitisse um decreto que
proibia a criação de gado em uma faixa de
terra de 80km.
O boom da pecuária bovina foi em décadas
de 40 e 70 quando o rebanho mais do que
dobrou, avançando sobre terras
desocupadas em RJ, SP e MG.
Brasil em 3º lugar já na década de 70.
- Exportação de carne bovina em 2021: Esse
ano foi muito marcante porque quando
falamos de exportação brasileira de carne
bovina, antes mesmo do aumento dos
valores da carne, foram exportadas certa de
1 milhão de toneladas de carne.
- Brasil e o comércio internacional de carne
bovina: Hoje a pecuária é a atividade que
mais ocupa dentre todas as atividades
agropecuárias desenvolvidas no Brasil. Com
cerca de 200 milhões de cabeças, o Brasil
abriga o segundo lugar de maior rebanho
bovino do mundo, perdendo para a Índia.
PRODUÇÃO
A vaca de corte não é igual a vaca leiteira.
Abate os animais que estão em terminação
e animais em descarte (vacas que não
emprenhou, vaca velha, etc). Passa a vida
no pasto e pode ser suplementada (recebe
uma comida extra) ou não, depende dos
termos de criação.
Como surge o metano:
Metabolismo energético do ruminante:
glicose vindo ou do concentrado ou da
celulose (capim) (polímeros de glicose
molécula de glicose entra e vira 3 ácidos:
ácido acético e probiônico butílico) no
pasto. Tem perda no processo, perde na
molécula de glicose pelo menos 2 carbonos
se virar acéptico ou se virar butílico e se
virar probiônico a perda é 0, porque o
probiônico vai ser absorvido, indo pro
fígado, 2 de probiônico são 2 carbonos e
formam a glicose novamente. Ou seja,
quando ocorre a fermentação no rúmen,
ocorre a perda de 2 carbono por molécula
de glicose e esse carbono vira CH4 (gás
metano e CO2) e esse gás metano é
extremamente poluente por conta do
efeito estufa, sendo necessário neutralizar.
Aumentar a via probiônica, mudando um
pouco o pH ruminal abaixando o pH do
rúmen consegue aumentar o probiônico
e diminui, portanto, a acéptico butílico.
Outra forma, é tentar recuperar o carbono
que o boi “arrotou” – o que fazer? Quanto
faz um pastejo intensivo, respeita o
crescimento do capim, consegue ter uma
produção zerada de carbono. Quando
trabalha em um pastejo extensivo e o
capim está muito ruim, é complicado.
Parte do carbono consegue ser ajustado
pelo capim.
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Produção animal – Aula 01 – 2ª AVD BOVINOCULTURA DE CORTE O Brasil na área de produção de corte é muito pra trás. Busca de animais precoces – animais que entram na fase sexual mais cedo. Raça Nelore que predomina no Brasil, é o que se busca a precocidade sexual. Desafio do melhoramento genético. No peso de 10@ ou 300kg, é o peso ideal para ser inseminada. Maio/junho/julho/agosto: período de seca.

  • História: Os primeiros bovinos a chegarem à Bahia – gado zebuíno. No início da colonização, o maior valor do gado era como tração animal para os engenhos de cana- de-açúcar. Com o passar do tempo, o aumento do rebanho gerou um problema para os plantadores de cana, pois o gado ocupava um espaço que era originalmente reservado às valiosas plantações de cana- de-açúcar. Isso fez com que a Coroa Portuguesa emitisse um decreto que proibia a criação de gado em uma faixa de terra de 80km. O boom da pecuária bovina foi em décadas de 40 e 70 quando o rebanho mais do que dobrou, avançando sobre terras desocupadas em RJ, SP e MG. Brasil em 3º lugar já na década de 70.
  • Exportação de carne bovina em 2021: Esse ano foi muito marcante porque quando falamos de exportação brasileira de carne bovina, antes mesmo do aumento dos valores da carne, foram exportadas certa de 1 milhão de toneladas de carne.
  • Brasil e o comércio internacional de carne bovina: Hoje a pecuária é a atividade que mais ocupa dentre todas as atividades agropecuárias desenvolvidas no Brasil. Com cerca de 200 milhões de cabeças, o Brasil abriga o segundo lugar de maior rebanho bovino do mundo, perdendo para a Índia. PRODUÇÃO A vaca de corte não é igual a vaca leiteira. Abate os animais que estão em terminação e animais em descarte (vacas que não emprenhou, vaca velha, etc). Passa a vida no pasto e pode ser suplementada (recebe uma comida extra) ou não, depende dos termos de criação. Como surge o metano: Metabolismo energético do ruminante: glicose vindo ou do concentrado ou da celulose (capim) (polímeros de glicose – molécula de glicose entra e vira 3 ácidos: ácido acético e probiônico butílico) no pasto. Tem perda no processo, perde na molécula de glicose pelo menos 2 carbonos se virar acéptico ou se virar butílico e se virar probiônico a perda é 0, porque o probiônico vai ser absorvido, indo pro fígado, 2 de probiônico são 2 carbonos e formam a glicose novamente. Ou seja, quando ocorre a fermentação no rúmen, ocorre a perda de 2 carbono por molécula de glicose e esse carbono vira CH4 (gás metano e CO2) e esse gás metano é extremamente poluente por conta do efeito estufa, sendo necessário neutralizar. Aumentar a via probiônica, mudando um pouco o pH ruminal – abaixando o pH do rúmen – consegue aumentar o probiônico e diminui, portanto, a acéptico butílico. Outra forma, é tentar recuperar o carbono que o boi “arrotou” – o que fazer? Quanto faz um pastejo intensivo, respeita o crescimento do capim, consegue ter uma produção zerada de carbono. Quando trabalha em um pastejo extensivo e o capim está muito ruim, é complicado. Parte do carbono consegue ser ajustado pelo capim.

Tipos de exploração: **1) Extensivo: Aquela coisa “largada”. Não tem preocupação sanitária, vacinação, alimentação, etc. Características geográficas naturais do país (grande extensão de terra), generosa oferta de forragem e clima tropical o que, aliado aos baixos investimentos e custos de operação, assim como facilidade de manejo justifica-se a predominância do sistema extensivo de criação de gado de corte.

  1. Intensivo: Alimentação baseada em pastagem e suplementação, também ocorre o confinamento dos animais, a partir do qual se procura usar alimentos volumosos para diminuir os custos. Pastagens artificiais, com o plantio de forrageiras adequadas à região, arraçoamento, sal, minerais, etc.** Sistema de produção de gado de corte é o conjunto de tecnologias e práticas de manejo, bem como o tipo de animal, o propósito da criação, a raça ou grupamento genético e a ecorregião onde a atividade é desenvolvida.
  • Fases da produção: a) Cria: Onde tem vacas, touros e os bezerros – quando esses bezerros desmamam, eles são vendidos para o Recriador. - Compreende o período de cobertura até a desmama. Todos os machos são vendidos imediatamente após o desmame, em geral com 6- 9 meses de idade. A diferença do gado de corte e do leiteiro, é que não retira o leite dessas vacas, deixa para os bezerros. b) Recria: difere da anterior pelo fato de os machos serem retidos a 15-18 meses de idade, quando então são comercializados. c) Engorda (Terminação): Ocorre quando os bois estão com 24-36 meses de idade, ocorre em pastagens ou confinamentos. **INTRODUÇÃO
  • Manejo na cria: parto, colostro, cura do umbigo, descorna, bezerros órfãos, identificação, registro, nutrição, sanidade e desmame. Importante a cura de umbigo e a identificação do animal.**
  • ATENÇÃO: Variações repentinas na taxa de desmama de um ano para o outro, num mesmo rebanho, indica problemas de manejo. Vacas com baixa taxa de desmama crônica devem ter prioridade de descarte.
  • Suplemento: a) Creep feeding: área cercada reservada aos acessos apenas dos bezerros, com suplementação em cocho. – Um cercadinho que o bezerro entra e a vaca não entra. Basicamente farelo. b) Creep crazing: área cercada com melhor disponibilidade de forragem, reservada ao acesso apenas dos bezerros. - c) Suplemento: A suplementação para bezerros combinado com o leite da mãe pode garantir níveis acima de 1kg ao dia, com essa técnica será possível desmamar um bezerro com aproximadamente 250kg. Média: 150kg Superprecoce: 210kg Diferença: 60kg 4@
  • Sanidade: Estação de monta: seca; mamada do colostro; Cura do umbigo => representa 70% de redução dos problemas sanitários de rebanho. Calendário profilático: Paratifo de 15 a 21 dias; Brucelose: fêmeas 3 ao 8º mês; Bezerros: 1ª dose dos 4-6 meses, 2ª dose 6 meses após a 1ª dose; A partir do 4º mês de

Bezerro > Terminação > 300-350kg. Bezerra > 1ª concepção > 300kg Creep feeding > estação de monta > redução de estresse = Fase de cria.

  • Recria de machos: Pastejo rotacionado, confinamento, engorda de campo. Identificação com tatuagens, brincos plásticos, marca a fogo e transponder. Vacinação: carrapato, verminose, viroses e febre aftosa. Pastejo rotacionado garante uma pressão maior de pastejo, com pastagens de ótima qualidade. Período de fornecimento: de maio à outubro. Pesagens periódicas a cada 30 dias. Peso de abate: 500kg, mais ou menos 2 anos.
  • Sanidade: Carbúnculo sintomático, gangrena gasosa e febre aftosa. Hoje em dia visa a sustentabilidade e o bem estar animal, ocasionando em produtividade.
  • Recria de fêmeas: Objetivos: abate e reprodução. Abate com 60 dias na chuva e 120 dias na seca. Precoce com 18 meses, 90 dias na chuva: 18 - 20 meses - > maior custo, aumento de faturamento, maior giro de capital e liberação dos pastos. Superprecoce com 14 meses: 14-15 meses -

maior custo, aumento do faturamento, maior giro de capital, liberação dos pastos, encurtamento da recria 3 meses e confinamento de 60-90 dias. - Objetivos: reprodução: melhores fêmeas, precocidade (desafio do melhoramento genético – precocidade sexual), peso de cobertura 300kg (peso vivo de 300kg ou 10@), escore corporal e sanidade. ATENÇÃO! Não é necessário a utilização de suplementação porque as novilhas atingiriam o peso para cobertura 60 dias antes da estação de monta. - Como aumentar a eficiência: Pastejo rotacionado, manejo, cruzamento industrial (mais produtivos que raças originárias), genética, sanidade e gestão.

  • Terminação: Fase de acabamento (engorda) de machos (novilhos) e fêmeas (vacas de descarte). Fase de maior liquidez. Fase de grande exigência nutricional = deposição de gordura. Fase mais tranquila, hora do acabamento que pode ser feito a pasto ou em confinamento. Será engordado os animais que serão abatidos. Quais as vantagens do confinamento? Ter uma engorda rápida no animal. No pasto consegue umas 80g/dia e no confinamento dobra o ganho de engorda. Confinamento tem um sistema completo de cria, recria e engorda. No período seco produz menos forragem. 90 dias no confinamento. Confina no período seco, porque dificilmente tem boi gordo e é a melhor época de boi caro. Na seca produz menos forragem. Pega esses animais e coloca no confinamento e acaba aliviando as pastagens. Risco muito alto. As desvantagens são maiores riscos de investimento para melhor conhecimento, equipamentos, mão de obra, etc.
  • Reprodução: Estação de monta: Permanência dos reprodutores em acasalamento com as matrizes, em determinado período do ano. Coloca quando as vacas estão dando cio.

Coloca um tempo as vacas com os touros, tira os touros e 60 dias depois da retirada, faz a palpação – diagnóstico de prenhez. Tinha 100 vacas: emprenhou 80 e 20 vazias. Qual a taxa de prenhez dessa fazenda? 80% -

  • Finalidade: A taxa de desfrute, ou de extração, mede a capacidade do rebanho de produzir animais excedentes para venda, sem comprometer seu efetivo básico. ~ Estação de monta: Quais as vantagens da estação de monta? Melhora na performance reprodutiva, identificação de fêmeas vazias, padronização de bezerros (podendo alcançar preço médio melhor), planejamento de ações (simplificar e otimizar o uso da mão-de-obra na fazenda, o que nos proporcionará a condição de calendário de vacinação, desmame e venda, uso de inseminação artificial (beta obrigatória do tutor de bezerro no Brasil – IATF: sincronizar ovulação), obtenção de f¹ e relação touro/vaca 1:25.
  • Produção em pastagens: As vacas que são só para criar bezerros, não precisa confinar e o pasto é a comida mais barata para o bovino. Recursos, solos, clima e plantas > crescimento > forragem produzida > utilização > forragem consumida > conversão > produto animal = produção. O sistema de produção a pasto é considerado o mais barato e de menor impacto negativo para o meio ambiente. Atualmente, com a adoção do manejo rotacionado das pastagens, é possível obter altos ganhos de peso por animal e alta produtividade por área com baixo custo de produção.
  • Alimentação dos bovinos de corte:
    1. Formação de pastagens: Brachiaria spp (excelente capim) e Panicun (produz muito mais que Brachiaria mas é mais exigente). a) Pastejo: Subpastejo: Diminuição na relação de folhas: hastes; Diminuição no teor de proteína e digestibilidade da forragem; Diminuição no consumo de matéria seca; Diminuição do desempenho animal por área; Perda do potencial econômico do sistema de produção. Planta fica velha, o animal não come. Superpastejo: Mobilização de reservas da raiz, redução na área de absorção da raiz, queda no vigor da rebrota, paralisação na formação de matéria morta (palha que cai no chão, muito importante) e erosão laminar. Se colocar para pastar demais, tem tendência a acabar a planta, animal come tudo. Boi tem que estar pastando na altura do joelho.
    • Efeitos: Maior eficiência na utilização do pasto, boa condição para o rebrote, baixa proporção do solo descoberto, raízes bem estabelecidas, menor perda de pasto, dieta mais equilibrada (consumo x qualidade) e alta produtividade e vigor (perenidade do pasto). Pastejo contínuo é colocar o boi e deixar pastar.

Carcaça de bovino – animal abatido.

  • Conformação: Expressa o desenvolvimento das massas musculares. Obtido pela verificação de perfis musculares, as quais definem anatomicamente as regiões de uma carcaça, tal fato elimina assim o aspecto puramente subjetivo do problema, passando a ser quase mensurável. Na medida que a carcaça for convexa, arredondada, exprimirá maior desenvolvimento. Sendo côncava, refletirá menor desenvolvimento.
  • Acabamento: Expressa a distribuição e a quantidade de gordura de cobertura da carcaça, sendo descrita através de números: 1- massa magra com gordura ausente; 2 - gordura escassa 1 - 3mm; 3 gorduras mediana – acima de 3- 6mm espessura; 4 – gordura uniforme acima de 6-10mm; 5- gordura excessiva acima de 10mm.
  • Fatores que influenciam o rendimento da carcaça: características raciais, sexo e características sexuais secundárias, relação idade-maturidade; castração; alimentação; acabamento e peso.

Produção animal - Aula 02 – 2ª avd Bubalinocultura Animais trazidos do Sudeste Asiático, sendo o Brasil o lugar com maior quantidade de búfalos. Segurança alimentar: colocar a data que o animal foi abatido por conta da doença Vaca Louca (encefalopatia espongiforme bovina) – degeneração de uma proteína no sistema nervoso central que causa comportamento alterado que passa pro homem. No Brasil, são reconhecidas pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, 4 raças sendo: Mediterrâneo, Murrah, Jaffarabadi (búfalo do rio) e Carabao (búfalo do pântano). Os búfalos são mamíferos herbívoros, de origem asiática. Domésticos utilizados para a produção de carne e leite. Por vezes, aproveitados como força de trabalho de campo. Temperamento muito dócil, facilitando criação e manejo. Criado no Rio grande do Sul, até o Pará. Em locais que possa se refrescar. Muito rústicos, adaptando-se bem às mais variadas condições ambientais.

  • Búfalo na economia: Carne, leite, derivados e tração. Não cruza com bovinos por conta dos cromossomos. Com bizão sim. No Pará é utilizado como montaria.
  • Búfalo precoce: pesa na balança Não há cruzamento industrial que bata em búfalo em termos de Ganho de peso e precocidade. - Sua flora ruminal é o dobro em relação ao do bovino, resultando em um maior poder conversor em proteína nobre, alcançando muito cedo o peso de abate e bom acabamento. - Búfalo precoce: O ideal do abate é em torno de 18-24 meses como dos outros bovinos, quando alcançam bom acabamento, pesando em média 450-500kg. Abatidos com essa idade, não há necessidade de castração de machos (causa stress) já que os hormônios ainda não exercem o diferencial entre macho e fêmea, com a vantagem de um maior rendimento da carcaça. O produto bubalino mais procurado no mercado, é a mussarela, por conta da alta qualidade, sabor e benefícios para a saúde. Carne que mais tem ômega 3 depois do peixe Precisa de menos alimento para conseguir o mesmo kg de peso de outro animal. - Rusticidade inigualável: Mesmas doenças que bovino e em menor escala. Vermífugo até os 2 anos de idade, depois manter boa alimentação. Boa adaptabilidade e sobrevivência. - São divididos em: a) Búfalos de rio: Origem asiática, sofreram seleção para aptidão leiteira; preferência por ambientes com águas claras e profundas. Corresponde à raça Mediterrâneo. b) Búfalos de pântano: Animais de estrutura pesada; muito utilizado como animais de trabalho nos países do extremo oriente; hábito de chafurdarem no barro, cavando buracos com seus próprios chifres. - Principais raças criadas no Brasil: 1. Mediterrâneo : semelhante a raça Murrah. Encontrada em quase

Ex: clostridiose, febre aftosa, raiva, tuberculose, intoxicação por plantas tóxicas, leptospirose, etc.

- Vacinação: Paratifo (Salmonelose) – bezerros de 15- 30 dias Brucelose – somente fêmeas de 3- 8 meses. Carbúnculo sintomático (manqueira) e Clostridioses – a partir do 3º mês, repetir com 1 ano. Febre aftosa, raiva e outras – seguir recomendação oficial Verminose – desverminar com 15 dias e repetir após 30 dias. Dosificação estratégica: julho e setembro. Em maio tem campanha vacinal em até 24 meses, adultos não precisam – vacina de febre aftose Manejo de produção Aptidão para carne, leite e trabalho.

  • Produção de carne: A diferença entre as outras carnes e carne e búfalo é o benefício à saúde. A de búfalo apresenta maior acúmulo de gordura nas paredes torácicas e na cavidade abdominal. Menor acúmulo dentro e entre os músculos, sendo uma carne menos gordurosa e mais saudável. Maior taxa de carne magra, proteína e pigmentação e menos úmida.
  • Demonstra quase a mesma capacidade e habilidade de ganho de peso que os bovinos seguidos de confinamento. Tem problema com o calor, precisa se refrescar. Rendimento da carcaça Menor do que em bovinos. Se um boi tem 500kg, ele tem 50% de cada de rendimento, quanto pesa a carcaça? 500kg/2 = 250kg. Carcaça é o “boi pendurado” sem chifre, sem pele, etc. Menor que o dos bovinos por conta do couro. Maior peso do trato gastrointestinal, cabeças e pés. O cupim dos búfalos é na ponta do peito.
    • O leite é de maior rendimento, mais branco por conta da falta do caroteno (precursor da vitamina A), sabor mais adocicado por conta da lactose, rico em cálcio e fósforo, menos colesterol, dobro de ácido linoléico (ajuda em obesidade/arteriosclerose/diabetes).
    • Processo de ordenha usualmente manual, com a presença dos bezerros. As ordenhas mecânicas necessitam de algumas adaptações a pressão de vácuo e dimensão dos bicos. Não há necessidade de amarrar a fêmea durante a ordenha porque não dá coice. Puberdade: quando o animal está apto para entrar em produção, animal jovem. Depende de genética, mas com os búfalos equivale de 24-30 meses. Manejo reprodutivo Período de gestação: 265-280 dias Fatores biológicos e ambientais afetam. Índice de prenhez: melhores índices por volta de 5-6 anos (equivale a 3 ou 4ª lactação). Poliestro: vários cios dentro de uma estação. Pergunta de prova: A época que esses animais estão férteis na nossa região, é no outono. No Pará, não tem questão de sazonalidade por conta da linha do **Equador e com bovinos não tem isso.*****

Pode ser um problema para a produção de leite. Animais muito jovens apresentam menor taxa de concepção. Utilização de machos ou fêmeas androgenizadas na detecção do cio. Luta entre machos rivais (problema em monta natural) Ciclo estral – 18 - 32 dias (com média de 21 dias) Duração do estro – 5 - 27 horas (média 20 horas) Ovulação – 24 - 48 horas, após início do cio.

  • Biotecnologia: *** Inseminação artificial (IA): grande variabilidade do estro; inseminar quando não mais manifestam cio.
  • Inseminação artificial em tempo fixo (IATF): não precisa de identificação do cio, sendo:**
  • Dia Zero (D0): Implante de p4 (Bezoato de estradiol);
  • Dia Nove (D9): Remoção do implante e aplicação de PGF22 e eCG;
  • Dia Onze (D11): Aplicação de GnRH e IA após 16 horas.
  • FIV
    • Manejo de novilhas: O objetivo é atingir a puberdade aos 18 meses com peso mínimo de 300kg e parição de 500-600kg.
  • Parto: local tranquilo com sombra e água. Ingestão do colostro; Período seco – 60 dias; Período de serviço – 90 dias; Intervalo entre partos – 365 dias.
  • Eficiência reprodutiva (ER): ER(%) = IRP OBSERVADO /365 X 100 - Problemas reprodutivos: retenção de placenta e doenças da reprodução, como Brucelose.Fêmea bovina ou bubalina: Animal com ciclo estral de 21 dias (dia 0 e dia 21) – animal sem macho, sem toro. Animal está ali para dar cio.No dia do cio, imediatamente um dia antes tem a liberação do hormônio FSH (hormônio que vem da hipófise – hipófise produz FSH e LH – atuam no ovário) para produzir desenvolvimento folicular.Hipotálamo produz um hormônio que estimula a hipófise: GnRH. A fêmea mamífera nasce com todos os seus oócitos no ovário, não possui síntese. Vão ser incentivados a crescer ao longo da sua vida, antes da menstruação. No bovino, a partir da 8ª semana começa a ter onda folicular. Até a fase de folículo secundário, vê-se no microscópio. No terciário, já dá para ver em ultrassom – olho nu. Os folículos começam a se desenvolver e crescer no ovário. O folículo tem oócito, material genético, estrutura que carrega o oócito e é uma glândula transitória (produz determinados hormônios dentro do ciclo e não é no ovário e sim dentro da estrutura do folículo). Os oócitos carregam os folículos. Produzem determinados hormônios dentro do ciclo. Então, não é no ovário que é produzido os folículos e sim, nos oócitos. 1) Estrogênio: gerador de cio. Só ocorre no período da monta por conta desse hormônio. Relaxa a cérvix para o preparo do parto, aumento de células de defesa do útero, aumento do endométrio uterino para preparar para receber o embrião.

Aula 03 Suinocultura No Brasil, o porco era até o início dos anos 50, era criação doméstica, para poder abastecer as famílias. As raças são filiadas em 2 grupos específicos, sendo: Sus scrofa: descendentes do javali europeu; Sus vittatus: selvagens de porcos da Índia. Porcos introduzidos no Brasil trazidos pelos portugueses e estão no Brasil até hoje. Porco do mato nativo do Brasil. O porco brasileiro era proveniente de cruzamentos entre raças portuguesas, sem preocupação com seleção de matrizes. Animal maciço, de patas curtas terminadas por quatro dedos completos munidos de cascos. Sua cabeça tem perfil triangular e tem um focinho cartilaginoso. O corpo possui em média entre 0,9-1, metros de comprimento e pesa entre 50- 350kg. Seu consumo de carne é proibido por alguma das principais religiões, como islamismo e judaísmo.

  • Fatores favoráveis ao desenvolvimento de suinocultura: alta produção de leitões ou matriz, até 30 leitões por ano, potencial de fornecimento de energia e proteína de qualidade ao mercado consumidor, não exige grandes áreas para criação, rápido ciclo de produção, alto rendimento de carcaça (sendo 80% - ou seja, se o animal pesa 100kg, 80% dele é carcaça. Do boi costuma ser 52 - 56%), respostas ao melhoramento genético, carne mais consumida do mundo, geração de emprego e renda, favorece a balança comercial, pequenas áreas para instalação.
  • Alimentação dos suínos é barata (porém nem tanto – é a base de grão, no Brasil vive de soja), porque grande parte dela não compete com a alimentação humana, utilizando-se muito de subprodutos da indústria e agricultura. Dispõe de alimentação alternativa e grande utilização de subprodutos como esterco, vísceras, etc. A única diferença é que eles não têm ceco. Maior produtor de carne suína no mundo: China – maioria dos suínos no mundo se encontram na China. Maiores exportadores: Estados Unidos, Canadá, Brasil. Maiores produtores no Brasil: Santa Catarina e Paraná. - PERGUNTA DE PROVA: Tempo de gestação de uma porca: 3 meses, 3 semanas e 3 dias – 114 dias. Características de importância econômica: feito cruzamentos industriais em busca de melhorar a qualidade da carne e com maior aproveitamento da carcaça.
    • Por que linhagem materna e paterna? As de linhagem paterna dão uma quantidade muito maior de carne e a na linhagem materna cria mais habilidade materna.
      • Landrace: Produz muito filhote. Boa maternidade.
      • Large White: orelha em pé.
      • Duroc: vermelho, está na moda. Não cria muito filhote, mas tem muita carne.
      • Pietrain: Porco pintado.
      • Hampshire:
      • Wesex:
      • Raças brasileiras: canastrão, pereira, piau (o que mais tem), Moura.
      • Pot Belly: raças para pet.

MANEJO DE SUÍNOS

Criação de suíno: produção extensivo e intensivo ao ar livre. Bem-estar animal, com o intuito que os animais demonstrem o seu bem estar. A maior causa de mortes dos leitões é por conta do esmagamento das mães.

  • Seleção das leitoas: tamanho da vulva, boa profundidade e comprimento, bons aprumos, tetos salientes e sem falhas; 7 ou mais pares de tetas funcionais. Ter bom desempenho.
  • Parâmetros fisiológicos: Puberdade: 127-250 dias. Leitoas com puberdade tardia são menos produtivas. Leitoas mais férteis entram em cio até com 40 dias de manejo com o cachaço. Leitoas com mais carne na carcaça vida reprodutiva mais tardia. A presença do macho induz a ciclicidade da fêmea. Duração do ciclo: 18-24 dias Taxa de ovulação média: leitoas 14-16 e porcas 22-24 (não quer dizer que vai ter embrião).
  • Cuidados: aquisição das leitoas, alojamento das leitoas (alimentação das leitoas na fase, etc).
  • Manejo pré-cobertura das leitoas:
  • Alojamento das leitoas: se as leitoas estiverem em baias coletivas e passarão para celas individuais após a cobertura, elas deverão ser alojadas nas costas.
  • Causas de descarte:
  • Manejo das porcas em pré- cobrição, cobrição e gestação: sanitário) - O que é vazio sanitário e como é utilizado? Manejo continuo. A porca só dá cio quando desmama, vai ter dias não produtivos (quando ela não ta prenha e não ta dando leite). 21 de lactação vai depender da estrutura da granja. Retirar e colocar perto do cachaço pra entrar em cio (3 a 5 dias). Detecção de cio A vulva fica rosa, inchada e lubrificada e ela fica parada esperando a monta. Passar com o cachaço de manha e a tarde perto da marrã pra detectar o cio. Leitao nasce com baixa temperatura corpórea, passa algo nele para na deixar ele perder a temperatura (serve como cobertor) Gestação 113 a 116 dias média: 114 dias Aplicação de ferro: deficiência de ferro em suínos criados em confinado no concreto eu tenho que aplicar ferro. Criado a pasto não tem necessidade por ter ferro no solo. Dextron 10 a 200mg - IM do 3º ao 5º dia de vida. RTM: reflexo de tolerância ao macho Parvovirose diretamente ligada a gestação. Erisipela deixa a cor da pele ruiva. Pergunta da prova: O que é Flushing? Aumento da densidade energética da dieta das marrãs (porquinha adolescente) duas a três semanas antes do cio. Finalidade: pra aumentar a taxa de ovulação (mais folículo).

vermífugos); identificar fêmea vazia (expõe as vacas com o touro, o touro fica aparentemente 90 dias, tira o touro, 60 dias depois apalpa – as que estão prenhas, bezerro no pé; as que não estão emprenhe, estão vazias e pode descartar essas vacas. Se não faltou comida no sistema, pode descartar); melhoramento genético através de IATF.

  • O que é IATF? Inseminação artificial em tempo fixo. Usar menor número de reprodutor, trabalhar com reprodutor sem doenças e com raça européia. Pra que quer raça europeia? Para fazer CI (Cruzamento industrial).
  • O que é CI (Cruzamento industrial)? Usar, por exemplo, raça inglesa (muito marmoreiro, acabamento da carcaça) com outra raça para obter um melhoramento genético.
  • O que é acabamento da carcaça? Gordura que coloca por cima para proteger a carne do frio. Carcaça é o animal esfolado (tira o corpo, tira a cabeça, aparelho mamário, testículo, vísceras, faz uma toalete: gordura que faz em volta do ânus). Empreendimento de carcaça. Um boi pode ter 52-56% aproximadamente de carcaça. Pesa o animal vivo e pesa a carcaça. Um Angus pode chegar a 58%.
  • Qual a melhor época para estação de monta, por exemplo, em Barra mansa? Novembro, dezembro, janeiro. Porque é quando o pasto está bombando e as vacas ciclam. Na seca, o pasto está seco e a vaca entra em anestro.
  • O que é Sal Proteinado e sua função? Sal proteinado é uma forma de suplementar para evitar o boi sanfona. Coloca ureia no sal de maneira que o animal vá comer uma quantidade de sal na época de seca e fornecer ureia que é proteína para transformar a ureia em mineral/amônia e transformar em proteína microbiana, aumentando a coagulação microbiana e acelerando a digestibilidade, comendo mais matéria seca. BUBALINOS Búfalo tem manejo parecido com bovino de corte/leite, extremamente rústicos e em compensação são muito sensíveis ao calor. Precisa de sombra e água para se refrescar. E o leite tem o rendimento de 25% que o leite da vaca; leite bem branco rende mais para muçarela de búfalo. Ovário e touro com genitais menores que dos bovinos. Vacinados com todas as vacinações obrigatórias (aftosa, brucelose). SUINOCULTURA
  • Questão de prova: Qual o tempo de gestação da porca? 3 meses 3 semanas e 3 dias.
  • Questão de prova: O que caracteriza o Sistema “SISCAL”? Sistema de criação intensivo ao ar livre. Os índices de produtividade são altos. Demanda uma grande área. Tem todos os ciclos, todas as fases em piquetes ao ar livre; custo mínimo com instalações; uso de cerco elétricas e abrigos móveis; rotação de piquete e de abrigos de maternidade; mão de obra especializada;

sistema misto de creche, crescimento e terminação. A desvantagem da SISCAL é uma área bem maior, porque previne ir para outro pasto.

  • Questão de prova: Principais manejos do leitão: Primeiro, vai fazer o curativo do umbigo, corte no dente – na hora que nasce; colocar para mamar, cercar o leitão. 3 dias depois, vai aplicar Ferro, para evitar anemia nos leitões, podendo identifica-los com tatuagem ou brincos. O leitão vai viver (ciclo de porca é semanal), desmama na faixa de 25 dias, a partir do 7º dia começa a colocar uma ração para estimular. A água é ideal na chupeta para evitar contaminação de fezes. Castrar o leitão (por conta das glândulas, odor característico). As fêmeas são abatidas com 5-6 meses. Não dá para comer carne de porco sem ser castrado. Separar algumas fêmeas para reprodução. As fêmeas jovens dos suínos são chamadas de “marrã” e fazer a indução da puberdade. Cria as novilhas na creche, vai para o sistema de recria e quando tiver em torno de 7 meses, pesando 210kg, no 3º cio ela está apta para ser coberta. O manejo para as marrãs é: aumentar a taxa de ovulação (flushing). Uma vez estando prenha, vai ser alojada em grupo ou individual, passando o cachaço todo dia e se repetir o cio, é porque está prenhe. 1 semana antes de parir, é transferida de volta para a maternidade. Pode dar de 5- 7 crias.
  • O que é flushing? Aumentar a densidade energética da dieta para aumentar a taxa de ovulação.
  • Questão de prova: Esquematize no papel a granja de suíno: Escrever todas as instalações. Desenhar a granja, desenhar a cerca; colocar a portaria; refeitório; a creche; maternidade; cria; recria; tratamento de água; carcaça. A granja do suíno é dividido em: funcionalidade, questões sanitárias, manejo de dejeto e conforto térmico e bem estar animal.
  • Alimentação de suíno: basicamente soja, macrominerais, microminerais, vitaminas, etc.
  • Biossegurança: impedir a entrada e/ou disseminação de patógenos no sistema.
  • O que são dias não produtivas em uma porca? Quando a vaca não está amamentando.
  • Questão de prova: O que é vazio sanitário e pra que é efeito? Período em que as instalações são despovoadas, desinfetadas, limpas e higienizadas para poder quebrar o ciclo de doenças. É feito para evitar a entrada e disseminação de doenças e patógenos.
  • Síndrome da doença do edema: olho muito inchado, edema por todos os lados, etc.
  • Prébiótico, probiótico e provedor de crescimento,
  • Questão de prova: O que é promotor de crescimento? É antibiótico não terapêuticos usado em doses mínimas para evitar que o animal tenha problemas com intestinais.