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Uma revisão sobre os processos inflamatórios da mama, incluindo sua classificação, causas, sintomas e manejo terapêutico. O texto aborda diferentes tipos de mastite, infecções lactacionais e não lactacionais, e outras condições inflamatórias da mama. Além disso, oferece informações sobre os principais fatores de risco e medidas profiláticas.
Tipologia: Provas
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Nathalia Da Cunha Rossato Elisa Fermann Meyer Morais Guilherme Mattos Felipe Zerwes
DOENÇAS MAMÁRIAS/terapia; DOENÇAS MAMÁRIAS/classificação; MASTITE; MAMA; INFLAMAÇÃO; INFECÇÃO.
BREAST DISEASES/therapy; BREAST DISEASES/classification; MASTITIS; BREAST; INFLAMMATION; INFECTION.
Hiperemia, calor e dor na mama podem relacionar-se a um grande número de causas. Processos inflamatórios da mama geralmente estão relacionados ao ciclo grávido-puerperal e suas modificaçöes, principalmente as formas agudas. Este trabalho tem por objetivo a caracterização dos diferentes processos inflamatórios da mama e seu adequado manejo.
Redness, heat, and breast pain may be related to a number of causes. Inflammatory conditions of the breast are usually related to the pregnancy- puerperal cycle and its modifications, mainly acute forms. This work aims to characterize the different inflammatory breast conditions and its adequate management.
Os processos inflamatórios da mama são desordens de grande importância na prática médica, principalmente para ginecologistas e obstetras, visto que são muito frequentes na rotina de consultórios e necessitam de tratamento correto além do diagnóstico diferencial com patologias malignas.^1 A glândula mamária pode ser afetada por microorganismos com potencial de contaminação, causando reação inflamatória e exibindo sinais característicos
como: calor, rubor e edema. Tais sinais podem estar presentes na glândula propriamente dita ou na pele que a recobre.^2 Os processos inflamatórias que serão abordados ocorrem com maior frequência no período lactacional, mas podem também ocorrer fora dele, sendo considerados de rara prevalência.^2
CLASSIFICAÇÃO
A denominação de mastite pode estar associada a inúmeras condições clínicas nas quais estão presentes reações inflamatórias, porém sem haver envolvimento de agentes bacterianos, como também estar associadas a condições infecciosas com colonização de microorganismos. Vemos como exemplo disso, a mastite neonatal, que se relaciona com o estímulo hormonal persistente materno, ou também a mastite puberal, esta relacionada aos efeitos de hormônios masculinos e femininos próprios da faixa etária. Esses dois exemplos não estam relacionados com sinais inflamatórios agudos ou supurativos. Frequentemente, as condições inflamatórias são classificadas em lactacionais e não lactacionais, entrando nesta última classificação os processos inflamatórios na porção periférica da mama e os abscessos subareolares.^2 Processos inflamatórios específicos como tuberculose, sífilis, actinomicose e granulomatose, também se incluem na classificação de mastite, mesmo sendo afecções raramente encontradas.^3
Infecções lactacionais Frequentemente associada à técnica inadequada de amamentação. O surgimento de fissuras mamárias pode levar ao desequilíbrio dos mecanismos de defesa e aumento no numero de bactérias sobre a pele. Estas têm capacidade de penetrar na fissura mamária através de vasos ou canalículos linfáticos superficiais, atingindo segmentos de baixa drenagem, resultando na infecção.2- Está principalmente presente nas primeiras 6 semanas de amamentação acometendo apenas uma das mamas na maioria dos casos. Ocorre numa frequência entre 2% a 33%, mas geralmente está em torno de 10%.^3 O agente etiológico mais comum é o Staphylococcus aureus , e em uma menor frequência o Staphylococcus epidermidis e o Streptococcus do grupo B. Nas formas mais graves podemos achar também bactérias gram negativas ou germes anaeróbios.3, Os principais fatores associados ao surgimento da doença a primiparidade e idade menor que 25 anos, o ingurgitamento mamário, a fissura mamilar, a infecção de vias aéreas superiores do lactente, a má higiene e as possíveis anormalidades mamilares. Sendo assim, as principais medidas profiláticas
uma inflamação crônica do ducto, que produz fibrose tecidual, retração e/ou desvio da papila.4, O principal fator de risco para o surgimento do processo é a idade, acometendo mulheres pós-menopáusicas (entre a quinta e oitava década de vida).4, Eczema areolopapilar: é um processo dermatológico inflamatório da pele caracterizado por uma dermatite descamativa e exsudativa do complexo areolopapilar, sendo uni ou bilateralmente. Pode ser localizada ou difusa, esta última envolvendo todo o mamilo e a aréola. Acomete principalmente mulheres jovens, tendo como característica principal o intenso prurido na região acometida. As principais causas envolvidas são psoríase, dermatite seborréica, dermatite de contato (como sutiãs) e dermatite atópica. O principal diagnóstico diferencial que deve ser feito com a doença de Paget, um tipo raro de câncer de mama que acomete o mamilo. Abscessos mamários periféricos: são abscessos menos comuns que os abscessos periareolares. Estão associados principalmente a mulheres na pré- menopausa, sendo infrequentes nas mulheres pós-menopausa.^4 Normalmente não apresentam um fator predisponente óbvio, no entanto podem estar associados a doenças como diabetes, artrite reumatóide, tratamento com corticoesteróides, trauma e implantes de mamários.^2 A fisiopatologia não está bem esclarecida, podendo estar associada à estase de secreções em ductos e ductos terminais. O agente bacteriano mais associado é o Staphylococcus aureus , estando a flora anaeróbia também fortemente associada, podendo ocorrer também infecções mistas.2, São caracterizados pelo desenvolvimento de tumoração mamária endurecida associada a alterações inflamatórias na pele, eventualmente com edema. O quadro evolui em três ou quatro dias, podendo arrastar-se por semanas. Ao contrário do que é visto em infecções puerperais, nas quais há sinais de comprometimento sistêmico, aqui normalmente há envolvimento apenas local.^4 Deve ser realizado um exame clínico cuidadoso com intuito de localizar coleções supurativas e confirmar o diagnóstico. Podem ser usados exames complementares. A ultrassonagrafia, pode ser usada, por exemplo, tanto para localização de coleções como para orientação de punções para coleta de material para análise. O diagnóstico diferencial com carcinoma inflamatório deverá ser realizado, uma vez que apresentam manejos distintos.^4 Necrose gordurosa: processo geralmente associado à história de trauma imperceptível ou não. Associado também a cirurgia mamária prévia e a radioterapia.^4 A necrose gordurosa resulta da saponificação asséptica da
gordura superficial e subcutânea por meio da lipase do sangue e do tecido, determinando um infiltrado inflamatório de linfócitos e plasmócitos. Acomete principalmente mulheres pós-menopausa com mamas volumosas, porém atualmente é comum encontrarmos em pacientes mais jovens que realizaram mamoplastias.^4 Caracterizado pela formação de massa endurecida, maldefinida, edema de pele e eritema, podendo frequentemente mimetizar um abscesso mamário.^4
TRATAMENTO
O tratamento adequado, no momento do diagnóstico da patologia, deve iniciar com o uso de medicações sintomáticas como analgésicos, antitérmicos e eventualmente antiinflamatórios. A partir desta primeira conduta são realizados manejos específicos baseados na etiologia de cada patologia, como antibioticoterapia, na maioria dos processos infecciosos, drenagem mamária de leite nos processos agudos puerperais e abordagem cirúrgica em casos específicos como abscesso. Abaixo é apresentado um quadro comparativo dos diferentes processos inflamatórios da mama e seus manejos específicos.
Quadro 1 - Manejo terapêutico
Adaptado de Boutet G, Marchant DJ, Dixon JM
O exame clínico é essencial para o diagnóstico etiológico da inflamação mamária, sendo na maioria das vezes o único método empregado para o diagnóstico. A diferenciação entre a fase em que a paciente se encontra, sendo