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Uma análise detalhada do processo de reparo tecidual na cirurgia oral. Ele aborda os diferentes tipos de danos teciduais, como físicos e químicos, e descreve as fases do processo de reparo, incluindo a coagulação, inflamação, reepitelização, formação do tecido de granulação e remodelação. O documento também discute fatores que podem prejudicar a cicatrização, como a presença de corpos estranhos, tecido necrótico e isquemia, bem como a influência de procedimentos cirúrgicos e interferências sistêmicas, como diabetes e hipotireoidismo. Além disso, são apresentados os aspectos clínicos, radiográficos e microscópicos do processo de reparo em diferentes estágios após a extração dentária. Uma fonte valiosa de informações para estudantes e profissionais da área de cirurgia oral, fornecendo uma compreensão abrangente do processo de cicatrização e suas implicações clínicas.
Tipologia: Notas de estudo
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O reparo tecidual pode ocorrer de duas formas:
Regeneração : Ocorre a restituição do tecido injuriado por meio de um tecido neoformado, sem distinção estrutural e funcional do tecido de origem. Isso acontece apenas no fígado e no tecido ósseo.
Cicatrização : É a versão do corpo para os pontos de solda, em que o tecido de substituição é grosseiro e tem menor quantidade de células quando comparado ao tecido de origem. O termo "queloide" é usado para a cicatrização hipertrófica, que ocorre comumente em indivíduos da raça negra.
As células envolvidas no processo de reparo tecidual podem ser classificadas em:
Lábeis : Incluem os queratinócitos da epiderme e as células epiteliais da mucosa oral, que exibem alta velocidade de duplicação.
Estáveis : Incluem os fibroblastos, que exibem baixa velocidade de duplicação, mas podem sofrer rápida proliferação em resposta à lesão. Dependem de processos bioquímicos para que ocorram.
Permanentes : Incluem os nervos especializados e as células do músculo cardíaco, que não se regeneram.
O reparo tecidual pode ocorrer em três níveis macroscópicos:
Primeira intenção : Quando não há perda de tecido.
Segunda intenção : Quando há perda de tecidos.
Terceira intenção : Quando é necessária a utilização de enxertos.
O processo de reparo tecidual é composto por três fases:
Fase Inflamatória : Inicia-se no momento da lesão e dura de 3 a 5 dias. Nesta fase, ocorrem a vasoconstrição, a vasodilatação, a ativação do sistema complemento e a atuação de leucócitos e macrófagos.
Fase Fibroblástica : Dura de 5 dias a 2-3 semanas. Nesta fase, ocorre a deposição de fibrina, a proliferação de fibroblastos, a deposição de colágeno e a reorientação das fibras colágenas, resultando em aumento da resistência à tensão.
Fase de Remodelação : Período indefinido. Nesta fase, ocorre a reorientação das fibras colágenas, resultando em uma resistência de 80 a 85% do tecido original.
Alguns fatores locais podem influenciar o processo de reparo tecidual, como:
Ausência de Nutrição : Pode levar à necrose. Irregularidades no Contorno e Altura do Alvéolo : Podem causar perturbações na fusão do epitélio da mucosa e retardo na reparação alveolar. Presença de Raiz e/ou Corpos Estranhos : Podem comprometer o prognóstico e exigir acompanhamento pós-operatório. Irrigação Excessiva no Alvéolo : Pode retardar a reparação. Anestesia Terminal Infiltrativa com Vasoconstritor : Pode ser um fator predisponente para a alveolite. Uso de Brocas e Cinzéis : Pode causar a formação de pequenos fragmentos, dificultando a remoção. Posicionamento das Margens Gengivais : É um fator decisivo para a epitelização precoce.
A alveolite é uma complicação pós-operatória que pode ocorrer após exodontias, com uma incidência de 3 a 5% dos casos. Alguns fatores predisponentes incluem:
Diminuição do Suprimento Sanguíneo Aumento da Atividade Fibrinolítica Infecção Prévia Trauma Cirúrgico Tabagismo Uso de Contraceptivos Orais
A alveolite pode se apresentar de diferentes formas, como seca, exudativa, com desorganização do coágulo organizado ou com supuração. O tratamento envolve a remoção de restos necróticos/tecido infectado, irrigação com solução salina, analgésicos e antibioticoterapia.
40 Dias Pós-Extração : Espessamento da mucosa gengival, reabsorção do septo interdental e lâmina dura, com certo grau de radiopacidade intra-alveolar e deposição de matriz orgânica por osteoblastos. 64 Dias Pós-Extração : Mucosa gengival normal, reabsorção do septo interdental e lâmina dura, aumento da radiopacidade intra-alveolar e presença de osso neoformado.
Esses aspectos clínicos, radiográficos e microscópicos demonstram a evolução do processo de reparo tecidual após a exodontia.