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Processo de Reparo Tecidual na Cirurgia Oral, Notas de estudo de Patologia

Uma análise detalhada do processo de reparo tecidual na cirurgia oral. Ele aborda os diferentes tipos de danos teciduais, como físicos e químicos, e descreve as fases do processo de reparo, incluindo a coagulação, inflamação, reepitelização, formação do tecido de granulação e remodelação. O documento também discute fatores que podem prejudicar a cicatrização, como a presença de corpos estranhos, tecido necrótico e isquemia, bem como a influência de procedimentos cirúrgicos e interferências sistêmicas, como diabetes e hipotireoidismo. Além disso, são apresentados os aspectos clínicos, radiográficos e microscópicos do processo de reparo em diferentes estágios após a extração dentária. Uma fonte valiosa de informações para estudantes e profissionais da área de cirurgia oral, fornecendo uma compreensão abrangente do processo de cicatrização e suas implicações clínicas.

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 24/10/2024

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

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Processo de Reparo Tecidual após
Exodontia
Processo de Reparo Tecidual
Tipos de Reparo Tecidual
O reparo tecidual pode ocorrer de duas formas:
Regeneração: Ocorre a restituição do tecido injuriado por meio de um
tecido neoformado, sem distinção estrutural e funcional do tecido de
origem. Isso acontece apenas no fígado e no tecido ósseo.
Cicatrização: É a versão do corpo para os pontos de solda, em que o
tecido de substituição é grosseiro e tem menor quantidade de células
quando comparado ao tecido de origem. O termo "queloide" é usado
para a cicatrização hipertrófica, que ocorre comumente em indivíduos
da raça negra.
Classificação das Células
As células envolvidas no processo de reparo tecidual podem ser classificadas
em:
Lábeis: Incluem os queratinócitos da epiderme e as células epiteliais
da mucosa oral, que exibem alta velocidade de duplicação.
Estáveis: Incluem os fibroblastos, que exibem baixa velocidade de
duplicação, mas podem sofrer rápida proliferação em resposta à lesão.
Dependem de processos bioquímicos para que ocorram.
Permanentes: Incluem os nervos especializados e as células do
músculo cardíaco, que não se regeneram.
Níveis Macroscópicos do Reparo Tecidual
O reparo tecidual pode ocorrer em três níveis macroscópicos:
Primeira intenção: Quando não há perda de tecido.
Segunda intenção: Quando há perda de tecidos.
Terceira intenção: Quando é necessária a utilização de enxertos.
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Processo de Reparo Tecidual após

Exodontia

Processo de Reparo Tecidual

Tipos de Reparo Tecidual

O reparo tecidual pode ocorrer de duas formas:

Regeneração : Ocorre a restituição do tecido injuriado por meio de um tecido neoformado, sem distinção estrutural e funcional do tecido de origem. Isso acontece apenas no fígado e no tecido ósseo.

Cicatrização : É a versão do corpo para os pontos de solda, em que o tecido de substituição é grosseiro e tem menor quantidade de células quando comparado ao tecido de origem. O termo "queloide" é usado para a cicatrização hipertrófica, que ocorre comumente em indivíduos da raça negra.

Classificação das Células

As células envolvidas no processo de reparo tecidual podem ser classificadas em:

Lábeis : Incluem os queratinócitos da epiderme e as células epiteliais da mucosa oral, que exibem alta velocidade de duplicação.

Estáveis : Incluem os fibroblastos, que exibem baixa velocidade de duplicação, mas podem sofrer rápida proliferação em resposta à lesão. Dependem de processos bioquímicos para que ocorram.

Permanentes : Incluem os nervos especializados e as células do músculo cardíaco, que não se regeneram.

Níveis Macroscópicos do Reparo Tecidual

O reparo tecidual pode ocorrer em três níveis macroscópicos:

Primeira intenção : Quando não há perda de tecido.

Segunda intenção : Quando há perda de tecidos.

Terceira intenção : Quando é necessária a utilização de enxertos.

Fases do Processo de Reparo Tecidual

O processo de reparo tecidual é composto por três fases:

Fase Inflamatória : Inicia-se no momento da lesão e dura de 3 a 5 dias. Nesta fase, ocorrem a vasoconstrição, a vasodilatação, a ativação do sistema complemento e a atuação de leucócitos e macrófagos.

Fase Fibroblástica : Dura de 5 dias a 2-3 semanas. Nesta fase, ocorre a deposição de fibrina, a proliferação de fibroblastos, a deposição de colágeno e a reorientação das fibras colágenas, resultando em aumento da resistência à tensão.

Fase de Remodelação : Período indefinido. Nesta fase, ocorre a reorientação das fibras colágenas, resultando em uma resistência de 80 a 85% do tecido original.

Fatores Locais que Influenciam o Reparo Tecidual

Alguns fatores locais podem influenciar o processo de reparo tecidual, como:

Ausência de Nutrição : Pode levar à necrose. Irregularidades no Contorno e Altura do Alvéolo : Podem causar perturbações na fusão do epitélio da mucosa e retardo na reparação alveolar. Presença de Raiz e/ou Corpos Estranhos : Podem comprometer o prognóstico e exigir acompanhamento pós-operatório. Irrigação Excessiva no Alvéolo : Pode retardar a reparação. Anestesia Terminal Infiltrativa com Vasoconstritor : Pode ser um fator predisponente para a alveolite. Uso de Brocas e Cinzéis : Pode causar a formação de pequenos fragmentos, dificultando a remoção. Posicionamento das Margens Gengivais : É um fator decisivo para a epitelização precoce.

Alveolite

A alveolite é uma complicação pós-operatória que pode ocorrer após exodontias, com uma incidência de 3 a 5% dos casos. Alguns fatores predisponentes incluem:

Diminuição do Suprimento Sanguíneo Aumento da Atividade Fibrinolítica Infecção Prévia Trauma Cirúrgico Tabagismo Uso de Contraceptivos Orais

A alveolite pode se apresentar de diferentes formas, como seca, exudativa, com desorganização do coágulo organizado ou com supuração. O tratamento envolve a remoção de restos necróticos/tecido infectado, irrigação com solução salina, analgésicos e antibioticoterapia.

40 Dias Pós-Extração : Espessamento da mucosa gengival, reabsorção do septo interdental e lâmina dura, com certo grau de radiopacidade intra-alveolar e deposição de matriz orgânica por osteoblastos. 64 Dias Pós-Extração : Mucosa gengival normal, reabsorção do septo interdental e lâmina dura, aumento da radiopacidade intra-alveolar e presença de osso neoformado.

Esses aspectos clínicos, radiográficos e microscópicos demonstram a evolução do processo de reparo tecidual após a exodontia.