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Protocolo PRO.MED-OBS.022: Partograma de Controle da Qualidade no Parto, Esquemas de Evolução

Documento que apresenta o protocolo de preenchimento do partograma, um instrumento gráfico utilizado para acompanhar e documentar a evolução do trabalho de parto, incluindo dados do paciente, calculo da idade gestacional, informações sorológicas, apresentação fetal, situação fetal, dilatação cervical e contrações uterinas. O partograma é importante para a gestão efetiva da assistência ao parto.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Vasco_da_Gama
Vasco_da_Gama 🇧🇷

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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Tipo do
Documento
PROTOCOLO
PRO.MED-OBS.022 Página 1/8
Título do
Documento
PARTOGRAMA
Emissão:
15/04/2020
Próxima
revisão:
15/04/2022
Versão: 3
1. AUTORES
Elfie Tomaz Figueiredo
Pablito Miguel Andrade Aguiar
Raimundo Homero de Carvalho Neto
Jordana Parente Paiva
Francisco Edson de Lucena Feitosa
2. INTRODUÇÃO
O partograma é uma representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar sua
evolução, documentar/diagnosticar alterações e indicar a necessidade de condutas apropriadas
para a correção de desvios da normalidade, ajudando ainda a evitar intervenções desnecessárias.
Mostra, entre outros dados, a evolução da dilatação do colo e a altura da apresentação, associando
dois elementos fundamentais na qualidade da assistência ao parto: a simplicidade gráfica e a
interpretação rápida de um trabalho de parto.
O início dos registros no partograma só deve acontecer quando a parturiente estiver na fase
ativa do trabalho de parto (TP). Existe uma grande divergência na literatura em relação a definição
de fase ativa:
ACOG (2014): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 6 cm de dilatação
cervical;
CONITEC (2016): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical 4 cm de
dilatação cervical;
Ministério da Saúde (2017): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 4
cm + contrações regulares;
OMS (2018): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 5 cm de dilatação
cervical.
Em nosso serviço, a abertura do partograma só é recomendada após 06cm de dilatação.
Na fase latente ou pródromos de trabalho de parto, utilizar a folha de evolução para anotar os
dados clínicos obstétricos, bem como o motivo do internamento. Importante nunca esquecer o dia,
hora, e setor do hospital em que foi feita a evolução inicial e subsequente. Evoluções bem situadas
no tempo e espaço serão de grande valia para complementar uma rápida interpretação do
partograma.
É, portanto, de importância incontestável, o correto preenchimento do partograma para o bom
andamento do serviço, na sala de parto e demais setores. No tocante ao aspecto científico,
passaremos a oferecer aos pesquisadores dados mais precisos e confiáveis. O seu emprego facilita
o ensino da arte obstétrica e melhora a qualidade da assistência na sala de parto, ao transformar a
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Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 1 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022

1. AUTORES  Elfie Tomaz Figueiredo  Pablito Miguel Andrade Aguiar  Raimundo Homero de Carvalho Neto  Jordana Parente Paiva  Francisco Edson de Lucena Feitosa 2. INTRODUÇÃO O partograma é uma representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar sua evolução, documentar/diagnosticar alterações e indicar a necessidade de condutas apropriadas para a correção de desvios da normalidade, ajudando ainda a evitar intervenções desnecessárias. Mostra, entre outros dados, a evolução da dilatação do colo e a altura da apresentação, associando dois elementos fundamentais na qualidade da assistência ao parto: a simplicidade gráfica e a interpretação rápida de um trabalho de parto. O início dos registros no partograma só deve acontecer quando a parturiente estiver na fase ativa do trabalho de parto (TP). Existe uma grande divergência na literatura em relação a definição de fase ativa:  ACOG (2014): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 6 cm de dilatação cervical;  CONITEC (2016): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 4 cm de dilatação cervical;  Ministério da Saúde (2017): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 4 cm + contrações regulares;  OMS (2018): trabalho de parto estabelecido quando dilatação cervical ≥ 5 cm de dilatação cervical. Em nosso serviço, a abertura do partograma só é recomendada após 06cm de dilatação. Na fase latente ou pródromos de trabalho de parto, utilizar a folha de evolução para anotar os dados clínicos obstétricos, bem como o motivo do internamento. Importante nunca esquecer o dia, hora, e setor do hospital em que foi feita a evolução inicial e subsequente. Evoluções bem situadas no tempo e espaço serão de grande valia para complementar uma rápida interpretação do partograma. É, portanto, de importância incontestável, o correto preenchimento do partograma para o bom andamento do serviço, na sala de parto e demais setores. No tocante ao aspecto científico, passaremos a oferecer aos pesquisadores dados mais precisos e confiáveis. O seu emprego facilita o ensino da arte obstétrica e melhora a qualidade da assistência na sala de parto, ao transformar a

Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 2 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022 conduta intuitiva em números, em ciência, em previsão, levando-nos a tomar condutas mais fundamentadas.

3. ORIENTAÇÕES GERAISESPAÇO 01 – Dados do paciente: Caso não haja etiqueta, preencher manualmente os espaços. A etiqueta deve ser fixada no espaço tracejado. (Figura 1) Figura 1- Preenchimento do Partograma- identificação  Nome: Não esquecer do nome completo e em letra legível (de forma). Tratar a paciente sempre pelo nome;  Prontuário: O número do prontuário deve ser o número do Master e é de preenchimento obrigatório;  Data de Nascimento: formato DD/MM/AAAA. Preenchimento obrigatório;  Idade: A idade vai nos chamar atenção para a importância de cuidados especiais a serem dispensados nos extremos da vida reprodutiva (ex: Gestante adolescente - maior incidência de pré-eclâmpsia e distócias. Gestante > 35 anos - dispensar maior atenção para incidência de discinesias uterinas, distócias e hipertensão crônica);  Data de admissão: Importante para identificarmos o tempo de internação da paciente.  ESPAÇO 02 – Indagar a paciente a data da última regra e, utilizado a regra de Naegele, calcular a data provável do parto (Figura 2). Figura 2- Preenchimento do partograma- histórico obstétricoESPAÇO 03 – História obstétrica da paciente. Não esquecer que o parto gemelar é apenas 01 parto, com 02 conceptos e que a prenhez ectópica deve ser considerada no espaço A*(Aborto), colocando-se um asterisco e relatando o fato no espaço (24) destinado a observações. Realizar o mesmo procedimento para PV *, CES * e FOR *, colocando-se no espaço reservado a ¨observações¨, as circunstâncias do parto normal (ex. prematuro, PIG, etc.), cesárea (ex. desproporção, pós-datismo, B.R), fórcipe (ex. profilático, Piper). (Figura 2 ).

Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 4 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022 máxima 3º grau (III) ou apresentação de face. (Figura 5) Na prática toca-se:  A sutura sagital e fontanela lambdóide nas apresentações cefálicas fletidas;  A sutura sagitometópica e a fontanela bregmática, nas deflexões de I grau;  A linha metópica e a glabela nas deflexões de II grau. A linha facial e o mento nas deflexões do III grau.  ESPAÇO 13 - Variedade de posição - Diz respeito ao perfeito conhecimento da estática fetal nas situações longitudinais. Nomeiam - se pelo emprego de duas ou três letras: a primeira indicativa da apresentação, é símbolo da região que a caracteriza, as demais correspondem ao ponto de referência ao nível do estreito superior da bacia, exemplo: O E A (mais comum) significa que a apresentação é occipital e que o ponto de referência, o lambda (símbolo “O”), está em correspondência com o estreito superior, à esquerda (E) e anterior (A), ponto EA, conforme figura anterior. (Figura 5)  ESPAÇOS 14 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PARTOGRAMA O controle gráfico do trabalho de parto supera a intuição e permite um diagnóstico de evolução eutócica ou distócica do parto - mesmo para um observador menos experiente. Baseados nos trabalhos de Friedman (1958) e Philpott (1972) o partograma utilizando papel quadriculado e duas linhas anguladas a 45° e paralelas entre si, distando 4 horas conforme gráfico a seguir. (Figura 6) Figura 6- Preenchimento do Partograma- dilatação e altura da apresentação Como a velocidade de dilatação normal é de 0,8 a 1,5 cm/h, no trabalho de parto ativo, posicionou-se a linha de alerta na hora subsequente ao primeiro exame; a linha de ação foi desenhada quatro horas à direita da linha de alerta. Os toques vaginais subsequentes devem ser feitos: a cada duas horas ou a critério do plantonista quando a bolsa estiver íntegra (B.I.). ***** Bolsa Rota - Toques de 4/4 horas

Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 5 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022 ***** Hiperatividade uterina com evolução rápida - Tocar de 1/1 hora Os erros de interpretação se devem costumeiramente à precipitada abertura do partograma, quando a paciente ainda se encontra na fase latente do trabalho de parto. Nestes casos, anotar na folha de evolução conforme o exposto nas orientações gerais. Abrir o partograma apenas após 6cm de dilatação. O partograma nos traz duas opções para avaliação da progressão do polo cefálico, através dos planos de HODGE (à esquerda do gráfico) e planos de De LEE (à direita do gráfico) Plano de HODGE 1- Polo cefálico ao nível da borda superior do pube. Plano de HODGE 2- Borda inferior do pube (plano paralelo ao I). Plano de HODGE 3- Ao nível das espinhas ciáticas. Plano de HODGE 4- Ao nível da ponta do cóccix e confundindo-se com o assoalho pélvico. Os planos de De LEE têm como referência zero as espinhas ciáticas. Quando o ponto mais baixo da apresentação estiver a 01 cm acima do plano zero, a altura será - 1; 02 cm acima, como - 2; e assim sucessivamente. Quando o polo cefálico estiver abaixo do plano zero, usaremos a mesma progressão trocando o sinal para positivo (+ 1; + 2; até + 5). O plano zero De LEE corresponde, aproximadamente, ao plano III de HODGE. Devem ser observados que alguns sinais, por convenção, foram adotados para simplificar a interpretação do partograma.  Dilatação Cervical (O);  Plano de HODGE (X) o Plano de De LEE (X);  Frequência Cardíaca Fetal (F.C.F) - (x).  ESPAÇO 15 – O registro dos batimentos cardíacos fetais (BCF) deve ser realizado antes, durante e após a contração. (Figura 7) Figura 7- Preenchimento do Partograma- batimentos cardíacos fetal

Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 7 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022  ESPAÇO 22 – Anotar o tipo do medicamento administrado Ex: S.G 5 % + ocitocina 3 unidades internacionais (UI); ocitocina 01 ampola IM.; Concentrado de hemácias (01 unid.). (Figura 11) Figura 11- Preenchimento do Partograma- medicamentos utilizadosESPAÇO 23 – Assinar e carimbar. Na ausência de carimbo, colocar nome em letra de forma e a seguir I1, I2, I3, I4, no caso dos internos; R1, R2, R3 para os residentes de obstetrícia ou residente de enfermagem. A importante identificação do examinador não tem função punitiva e sim de admoestação construtiva, visando a melhoria no aprendizado.  ESPAÇO 24 – Espaço destinado ao registro de informações adicionais que o examinador considerar pertinente a condução da assistência à gestante. (Figura 11)

4. NO VERSO DO PARTOGRAMA  O profissional que prestou assistência ao parto não pode esquecer de assinalar de forma objetiva as condições do parto, do recém-nascido, tipo de delivramento e as condições do 4º período do parto;  O registro da descrição do parto deve sempre ser preenchido assim como a data e hora do nascimento. 5. ORIENTAÇÕES FINAIS  Especificar por escrito, o local em que a paciente deverá ser encaminhada (primeiro andar - Puerpério Geral; primeiro andar - Observação Obstétrica; enfermaria de Pré-eclâmpsia; Recuperação; etc.);  Evitar ordens verbais para uso de medicação ou encaminhamento a outros setores. 6. REFERÊNCIAS 1. ACOG. Obstetric Care Consensus, Safe Prevention of the Primary Cesarian Delivery, march, 2014. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal Ministério da Saúde, 2017. 51 3. CONITEC. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Brasília, DF, 2016. 4. CURY, Alexandre Faisal; GARCIA, Sidney A. L. Estimativa do Peso Fetal: Comparação Entre

Tipo do Documento PROTOCOLO PRO.MED-OBS. 022 – Página 8 / 8 Título do Documento PARTOGRAMA Emissão: 15 / 04 / 2020 Próxima revisão: Versão: 3 15 / 04 / 2022 um Método Clínico e a Ultra-Sonografia. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 20, n. 10, p. 551 - 555, Dec. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 72031998001000002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 nov. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S010072031998001000002.

  1. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal: relatório. Brasília. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, CONITEC; 2016.
  2. Intrapartum care for healthy women and babies: Clinical guideline. London. National Institute for Health and Care Excellence (NICE); 2014.
  3. Ministério da Saúde, FEBRASGO, ABENFO. Parto, Aborto e Puerpério - Assistência Humanizada à Mulher. Ministério da Saúde. 2001. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13. pdf
  4. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018. 7. HISTÓRICO DE REVISÃO VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO 3 14 /04/2020 Alteração completa.