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Observe este exemplo: “João parou de fumar”. Nesse enunciado, é a presença da expressão “parar de” que instaura o pressuposto de que João fumava.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Pressupostos e subentendidos Interpretação de texto -Turma: ITA – PROF a.LENE
01. (Unicamp) Na coluna “De zero a dez”, de Rubem Tavares, publicada na revista Business Travell, 34, no primeiro semestre de 2000, p. 13, encontram-se, entre outras, as seguintes notas, parcialmente adaptadas: “Para os lunáticos que insistem em soltar balões de grande porte, causando incêndios e sérios riscos à segurança dos vôos: segundo o Controle de Tráfego Aéreo, em 1998 foram registradas 99 ocorrências em Guarulhos. Em todo o ano passado foram registradas 33 ocorrências e, neste ano, só no período de janeiro a abril, já foram 31. As autoridades deveriam enquadrar os responsáveis por crime inafiançável e trancafiá- los em presídios por longos anos.” “Não seria o caso de a Prefeitura pagar por cada nova pichação feita na cidade? É claro que sim. Se todos entrassem com uma ação simultaneamente, com certeza o prefeito encontraria novas atribuições para a Guarda Municipal. Vide sugestão na nota anterior que também poderia ser aplicada nestes casos.” a) Qual é a conclusão implícita na sequência “neste ano, só no período de janeiro a abril, já foram 31”, que se encontra na primeira nota? b) Explicite a sugestão dada no final da segunda nota. 02. (UFMG) Leia este texto: Pressupostos são conteúdos implícitos que decorrem de uma palavra ou expressão presente no ato de fala produzido. O pressuposto é indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, pois decorre, necessariamente, de um marcador linguístico, diferentemente de outros implícitos (os subentendidos), que dependem do contexto, da situação de comunicação. FIORIN, J. L. O dito pelo não dito. In: Língua Portuguesa, ano I, n. 6, 2006. p. 36-37. (Adaptado)
Observe este exemplo: “João parou de fumar”. Nesse enunciado, é a presença da expressão “parar de” que instaura o pressuposto de que João fumava antes.
Leia, agora, estas manchetes:
1. Petrobrás é vítima de novos furtos. (O tempo, Belo Horizonte, 8 mar.) 2. Dengue vira risco de epidemia em BH (Estado de Minas, Belo Horizonte, 9 abr.)
Com base nas informações dadas acima e considerando essas duas manchetes de jornal, indique: a) quais são os pressupostos que delas se depreendem. b) os marcadores linguísticos responsáveis pela instauração desses conteúdos implícitos.
03.
Levando em consideração o contexto nacional, que informação está implícita na charge?
04. Entende-se por palavras-gatilho os vocábulos que, em uma língua, apresentam a propriedade de estabelecer implícitos. Transcreva, do texto a seguir, a palavra que dispara um implícito, explicando-a de acordo com o contexto. Use, também, seu conhecimento de mundo. Horror do 11/3 ainda persegue vítima. O Estado de São Paulo, 11 mar 2006.
Texto para as questões 5 e 6.
REUNIÃO DE MÃES
Na reunião de pais só havia mães. Eu me sentiria constrangido em meio a tanta mulher, por mais simpáticas me parecessem, e acabaria nem entrando - se não pudesse logo distinguir, espalhadas no auditório, duas ou três presenças masculinas que partilhariam de meu ressabiado zelo paterno. Sentei-me numa das últimas filas, para não causar espécie à seleta assembleia de progenitoras. Uma delas fazia tricô, e várias conversavam, já confraternizadas de outras reuniões. O Padre-Diretor tomou assento à mesa, cercado de professoras, e deu inicio à sessão. Eu viera buscar Pedro Domingos para levá-lo ao médico, mas desta vez cabia-me também participar antes da reunião. Afinal de contas andava mesmo precisando de verificar pessoalmente a quantas o menino andava. O Padre-Diretor fazia considerações gerais sobre o uniforme de gala a ser adotado. A gravatinha é azul? - perguntou uma das mães. Meia três-quartos? - perguntou outra. E o emblema no bolsinho? - perguntou uma terceira. Outra ainda, à minha frente, quis saber se tinha pesponto - mas sua pergunta não chegou a ser ouvida. Invejei-lhes a desenvoltura. Tive vontade de perguntar também alguma coisa, para tornar mais efetivo meu interesse de pai - mas temi aquelas mães todas voltando a cabeça, curiosas e surpreendidas, ante uma destoante voz de homem, meio gaguejante talvez de insegurança. Poderia também não ser ouvido - e se isso me acontecesse eu sumiria na cadeira. Além do mais, não me ocorria nada de mais prático para perguntar senão o que vinha a ser pesponto. Acabei concluindo que tanta perguntação quebrava um pouco a solene compostura que devíamos manter, como responsáveis pelo destino de nossos filhos. E dispensei-me de intervir, passando a ouvir a explanação do Padre-Diretor:
10. Leia o seguinte trecho da obra Terra Sonâmbula , de Mia Couto, extraído do Sexto caderno de Kindzu, subintitulado O regresso a Matimati. Lembrei meu pai, sua palavra sempre azeda: agora, somos um povo de mendigos, nem temos onde cair vivos. Era como se ainda escutasse: - Mas você, meu filho, não se meta a mudar os destinos. Afinal, eu contrariava suas mandanças. Fossem os naparamas, fosse o filho de Farida: eu não estava a deixar o tempo quieto. Talvez, quem sabe, cumprisse o que sempre fora: sonhador de lembranças, inventor de verdades. Um sonâmbulo passeando entre o fogo. Um sonâmbulo como a terra em que nascera. Ou como aquelas fogueiras por entre as quais eu abria caminho no areal. (Mia Couto, Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia de Bolso, 2015, p. 104.) Na passagem citada, a personagem Kindzu recorda os ensinamentos de seu pai diante do estado desolador em que se encontrava sua terra, assolada pela guerra, e reflete sobre a coerência de suas ações em relação a tais ensinamentos. Levando em consideração o contexto da narrativa do romance de Mia Couto, é correto afirmar que: a) A demanda realizada por Kindzu e que é relatada em seus cadernos funciona como uma forma de fuga para a personagem Muidinga, que se aliena da realidade da guerra pela leitura dos cadernos, indicando de modo inequívoco a função social da literatura. b) A narrativa contida nos cadernos de Kindzu, lida por Muidinga e Tuahir, representa o universo onírico e se contrapõe à realidade objetiva das duas personagens, razão pela qual ambas as narrativas aparecem no livro de modo intercalado, sem, necessariamente, haver uma interseção entre elas. c) Segundo a personagem Kindzu, a sua terra, sonâmbula como ele, seria um lugar da sobreposição entre sonho e realidade, tal como ocorre na narrativa que registra em seus cadernos, em que é impossível o estabelecimento de uma delimitação entre o onírico e o real. d) O sonho, sugerido pelo termo “sonâmbulo”, contrapõe-se à realidade da guerra, sugerida pela palavra “fogo”; terra sonâmbula seria, pois, um lugar em que os limites entre realidade e sonho aparecem bem delimitados e no qual as personagens estão condenadas definitivamente à miséria da guerra.
11. Texto I A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do diálogo). É esta organização que vai “reger” a veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade ao relato de fato. Texto II A dois passos do paraíso “ (...) A Rádio Atividade leva até vocês Mais um programa da séria série “ Dedique uma canção a quem você ama” Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta Uma carta d’uma ouvinte que nos escreve E assina com o singelo pseudônimo de “ Mariposa Apaixonada de Guadalupe” Ela nos conta que no dia que seria o dia mais feliz de sua vida Arlindo Orlando, seu noivo Um caminhoneiro conhecido da pequena e Pacata cidade de Miracema do Norte Fugiu, desapareceu, escafedeu-se Oh! Arlindo Orlando volte Onde quer que você se encontre Volte para o seio de sua amada Ela espera ver aquele caminhão voltando De faróis baixos e para-choque duro (...)”. BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento). Em relação ao Texto I , que analisa a linguagem do rádio, o Texto II apresenta, em uma letra de canção, a) estilo simples e marcado pela interlocução com o receptor, típico da comunicação radiofônica. b) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de uma possível situação real de comunicação radiofônica. c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto pertencer a uma modalidade de comunicação diferente da radiofônica. d) direcionamento do texto a um ouvinte específico, divergindo da finalidade de comunicação do rádio, que é atingir as massas. e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as marcas de subjetividade do locutor.
Exercícios Complementares
Texto para a questão 12.
Argumentos contra a redução da maioridade penal
Texto para as questões de 13 a 18. O amor acaba (Paulo Mendes Campos) O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles momos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
13. A partir da leitura atenta do texto, é correto afirmar que: a) o autor, ao longo do texto, desconstrói sua tese inicial apresentando exemplos que, por serem triviais, não ilustram um posicionamento efetivo. b) a duração do amor está diretamente relacionada com o modo pelo qual esse sentimento é tratado pelas pessoas. c) as diferentes experiências retratadas reforçam o posicionamento que revela a noção de finitude atribuída ao amor.
Exercícios Complementares
A quebra de expectativa, que produz o humor da tira, baseia-se na quebra do pressuposto que sustenta a fala de Mafalda. Esse pressuposto é o de que a) o arbítrio é próprio da juventude. b) a palavra final é sempre da mãe. c) o poder de decisão é da pessoa adulta. d) a voz de comando é da posição superior.
20. Deveríamos viver a vida ou capturá-la? Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones , dos mais significativos aos mais triviais. Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways , em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou? Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento. Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
No segundo parágrafo, o emprego da conjunção “ou” sugere o seguinte pressuposto: a) não há estrelato fora do meio comercial b) o suporte escolhido não tem relevância c) talvez nem todos sejam importantes d) a vontade de ter sucesso é universal
Gabaritos
01. a) Indica que a situação piorou muito. Haverá, provavelmente, um aumento significativo de acidentes com balões, (a partir da constatação que o número de incidentes em 4 meses já é quase igual ao número de ocorrências no ano anterior.) b) Assim como "enquadrar os responsáveis por crime inafiançável e trancafiá-los em presídios por longos anos" resolveria os problemas que os balões causam (...) também resolveria o problema da pichação (se a mesma atitude severa fosse tomada em relação a estes últimos).
02. a) Na primeira manchete, a Petrobrás já foi vítima de furtos. Já na segunda, é que não havia o risco de epidemia da dengue anteriormente em Belo Horizonte. b) Os marcadores são "novos" e "vira".
03. Levando em consideração o país, fica implícita a falta de perspectivas de trabalho que sejam compatíveis com a qualificação do indivíduo.
04. O “horror” perseguia e persegue a vítima. O termo “ainda” pressupõe um evento anterior que ainda se processa. (O texto faz referência ao atentado ocorrido na Espanha em 2004.) 05. D 06. B 07. B 08. B 09. E 10. C 11. A 12. B 13. C 14. D 15. A 16. E 17. D 18. A 19. D 20. C