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Análise Quantitativa das Capas de Jornais sobre Presidentes Latino-americanas, Notas de aula de Comunicação

Este artigo analisa as capas de quatro jornais latino-americanos (Folha de São Paulo, La Nación, El Mercurio e Clarín) que trazem notícias sobre as presidentes Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet. A pesquisa abrange 173 capas nos períodos de março, abril e maio de 2014, quando as presidentas governaram simultaneamente, e as capas publicadas no dia de sua posse. O objetivo é investigar e analisar as narrativas de fatos envolvendo essas quatro governantes. A participação das mulheres na política é recente na América Latina, e o artigo apresenta parte dos resultados obtidos da pesquisa.

O que você vai aprender

  • Quais mulheres foram chefes de Estado na América Latina antes das estudadas no artigo?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Revista do EDICC, v. 7, out. 2021 169
PRESIDENTAS LATINO-AMERICANAS CRISTINA KIRCHNER, DILMA
ROUSSEFF, LAURA CHINCHILLA E MICHELLE BACHELET SÃO NOTÍCIA
EM 173 CAPAS DE JORNAIS
Adriana Silvestrini Santos
123
Universidade Estadual de Campinas
Resumo:
O artigo apresenta a análise quantitativa das capas impressas dos jornais diários Clarín (Argentina),
Folha de São Paulo (Brasil), La Nación (Costa Rica) e El Mercurio (Chile) que trazem notícias sobre as
Presidentas latino-americanas Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet.
O resultado apresentado compõe parte da pesquisa Presidentas latino-americanas Cristina Kirchner,
Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet: gênero e política nas capas de jornais que tem
como objetivo investigar e analisar as narrativas dos fatos textos e imagens que envolveram as quatro
governantes. O recorte temporal da investigação abrange os meses de março, abril e maio do ano de
2014 quando as quatro Presidentas latino-americanas governaram, simultaneamente, suas respectivas
nações e as capas publicadas no dia da posse de cada Presidenta. O corpus definitivo da pesquisa é de
173 capas dos quatros jornais no período elegido. Torna-se relevante estudar as Presidentas na mídia
impressa porque a partir da primeira década do século XXI elas passaram a ter maior presença no cenário
político na América Latina e, consequentemente, no mundo. Michelle Bachelet foi eleita Presidenta do
Chile em 2006 e depois reeleita em 2014. Cristina Kirchner ganhou as eleições na Argentina em 2007 e
novamente em 2011. Laura Chinchilla tornou-se Presidenta da Costa Rica em 2010, seu único mandato.
E Dilma Rousseff venceu nas urnas brasileiras em 2010 e 2014. Em um total de 12 anos, de 2006 a 2018,
a América Latina sempre teve mulheres governando ao menos um país na região.
Palavras-chave: Presidentas. Gênero. Mídia. Política. América Latina.
Abstract:
The article presents the quantitative analysis of the printed covers of the daily newspapers Clarín
(Argentina), Folha de São Paulo (Brazil), La Nación (Costa Rica) and El Mercurio (Chile) that bring
news about the latin american female Presidents Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla
and Michelle Bachelet. The result presented is part of the research Latin American President Cristina
Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla and Michelle Bachelet: gender and politics on the covers
of newspapers that investigate and analyze the narratives of the facts texts and images that involved
the four rulers. The research investigates the months of march, april and may of the year 2014 when
the four latin american female Presidents simultaneously governed their respective nations and the the
covers published on the day of the tenure of them as women Presidents. The final corpus of the research
is 173 covers of the four newspapers in the chosen period. It becomes relevant to study female presidents
in the print media because from the first decade of the 21st century they started to have a greater presence
in the political scene in Latin America and, consequently, in the world. Michelle Bachelet was elected
president of Chile in 2006 and then re-elected in 2014. Cristina Kirchner won the elections in Argentina
in 2007 and again in 2011. Laura Chinchilla became President of Costa Rica in 2010, her only tenure.
And Dilma Rousseff won at the brazilian elections in 2010 and 2014. In a total of 12 years, from 2006
to 2018, Latin America has always had women governing at least one country in the region.
Keywords: Women presidents. Genre. Media. Policy. Latin America.
123
Bolsista Capes no Mestrado de Divulgação Científica e Cultural do Laboratório de Estudos Avançados em
Jornalismo do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Labjor/IEL/Unicamp).
Pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP),
licenciada em Filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul e bacharel em Comunicação Social (habilitações em
Jornalismo e Rádio e TV) pela Universidade São Judas Tadeu. E-mail: dri.silvestrini@gmail.com
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PRESIDENTAS LATINO-AMERICANAS CRISTINA KIRCHNER, DILMA

ROUSSEFF, LAURA CHINCHILLA E MICHELLE BACHELET SÃO NOTÍCIA

EM 1 73 CAPAS DE JORNAIS

Adriana Silvestrini Santos^123 – Universidade Estadual de Campinas Resumo: O artigo apresenta a análise quantitativa das capas impressas dos jornais diários Clarín (Argentina), Folha de São Paulo (Brasil), La Nación (Costa Rica) e El Mercurio (Chile) que trazem notícias sobre as Presidentas latino-americanas Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet. O resultado apresentado compõe parte da pesquisa Presidentas latino-americanas Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet: gênero e política nas capas de jornais que tem como objetivo investigar e analisar as narrativas dos fatos – textos e imagens – que envolveram as quatro governantes. O recorte temporal da investigação abrange os meses de março, abril e maio do ano de 2014 – quando as quatro Presidentas latino-americanas governaram, simultaneamente, suas respectivas nações – e as capas publicadas no dia da posse de cada Presidenta. O corpus definitivo da pesquisa é de 173 capas dos quatros jornais no período elegido. Torna-se relevante estudar as Presidentas na mídia impressa porque a partir da primeira década do século XXI elas passaram a ter maior presença no cenário político na América Latina e, consequentemente, no mundo. Michelle Bachelet foi eleita Presidenta do Chile em 2006 e depois reeleita em 2014. Cristina Kirchner ganhou as eleições na Argentina em 2007 e novamente em 2011. Laura Chinchilla tornou-se Presidenta da Costa Rica em 2010, seu único mandato. E Dilma Rousseff venceu nas urnas brasileiras em 2010 e 2014. Em um total de 12 anos, de 2006 a 2018, a América Latina sempre teve mulheres governando ao menos um país na região. Palavras-chave: Presidentas. Gênero. Mídia. Política. América Latina. Abstract: The article presents the quantitative analysis of the printed covers of the daily newspapers Clarín (Argentina), Folha de São Paulo (Brazil), La Nación (Costa Rica) and El Mercurio (Chile) that bring news about the latin american female Presidents Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla and Michelle Bachelet. The result presented is part of the research Latin American President Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla and Michelle Bachelet: gender and politics on the covers of newspapers that investigate and analyze the narratives of the facts – texts and images – that involved the four rulers. The research investigates the months of march, april and may of the year 2014 – when the four latin american female Presidents simultaneously governed their respective nations – and the the covers published on the day of the tenure of them as women Presidents. The final corpus of the research is 1 73 covers of the four newspapers in the chosen period. It becomes relevant to study female presidents in the print media because from the first decade of the 21st century they started to have a greater presence in the political scene in Latin America and, consequently, in the world. Michelle Bachelet was elected president of Chile in 2006 and then re-elected in 2014. Cristina Kirchner won the elections in Argentina in 2007 and again in 2011. Laura Chinchilla became President of Costa Rica in 2010, her only tenure. And Dilma Rousseff won at the brazilian elections in 2010 and 2014. In a total of 12 years, from 2006 to 2018, Latin America has always had women governing at least one country in the region. Keywords: Women presidents. Genre. Media. Policy. Latin America. (^123) Bolsista Capes no Mestrado de Divulgação Científica e Cultural do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Labjor/IEL/Unicamp). Pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), licenciada em Filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul e bacharel em Comunicação Social (habilitações em Jornalismo e Rádio e TV) pela Universidade São Judas Tadeu. E-mail: dri.silvestrini@gmail.com

A partir da primeira década do século XXI, quatro mulheres passaram a ter presença relevante no cenário político na América Latina: Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Laura Chinchilla e Michelle Bachelet. Em um total de 12 anos, de 2006 a 2018, a região sempre teve Presidentas^124 governando países. Porém, antes deste acontecimento significativo – que colocou as mulheres latino-americanas em destaque no mapa mundial da política – outras mulheres, em um passado não muito distante, precisaram provar o óbvio: que eram humanas, agentes históricas e dignas de obtenção de direitos civis e políticos. No mundo, a participação das mulheres em espaços de tomada de decisões políticas é bem recente. Em 1893, a Nova Zelândia^125 foi o primeiro país que permitiu a mulher ir às urnas enquanto que, na Grécia Antiga, os homens já desfrutavam o direito de eleger seus governantes porque eles eram considerados cidadãos na pólis. Elas não tinham essa consideração. Nas últimas décadas do século XIX, as europeias e as estadunidenses encabeçaram a luta pela igualdade na participação política por meio do movimento sufragista. Diante de uma supremacia masculina, elas enfrentaram dificuldades para que o voto feminino se tornasse realidade. Na América Latina a situação era ainda mais complicada, tanto que somente em 1967 o Paraguai permitiu o voto feminino, sendo o último país da América Latina a reconhecer a paridade política. Ou seja, uma conquista que tem apenas 5 4 anos. O primeiro país da região a incluir as mulheres no eleitorado foi o Equador (1929). Na sequência: Brasil (1932), Argentina (1947), Chile (1949) e Costa Rica (1949). O caso mais tardio em todo o mundo até esse momento são os Emirados Árabes, onde apenas em 2006 as mulheres conquistaram esse direito^126. Só votar não bastava mais. As mulheres queriam também ser votadas, inclusive para ocupar aquele lugar de poder que nunca foi pensado para elas: chefe de Estado ou de governo. Somente na era contemporânea que as mulheres – ainda que o número representativo seja muito menor em relação aos homens – também passam a ter o direito de disputar cargos políticos. Em 1940, a russa Khertek Amyrbitovna Anchimaa-Toka, educadora e militante pelo Partido Revolucionário do Povo, foi a primeira mulher eleita Presidenta de um país no mundo. Ela (^124) Na pesquisa e, consequentemente, neste artigo, utiliza-se o termo Presidenta. O Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa Michaelis informa que: Presidenta é o feminino de presidente; mulher que é chefe de governo de um país de regime presidencialista; mulher que exerce o cargo de presidente de uma instituição; mulher que preside algo. As nomenclaturas Presidenta, Presidentas ou Presidente sempre serão grafadas em letra maiúscula como sugere a relevância do cargo. (^125) Cf. Wanderley Guilherme dos Santos (2002, p. 297-303). (^126) Cf. Wanderley Guilherme dos Santos (2002, p. 297-303). De todos os países latino-americanos, optei por colocar somente o primeiro e último no qual as mulheres conquistaram o direito ao voto. E os países escolhidos para essa pesquisa.

Chinchilla tornou-se Presidenta da Costa Rica em 2010, seu único mandato. E Dilma Rousseff venceu nas urnas brasileiras em 2010 e 2014. Especificamente nos meses de março, abril e maio do ano de 2014 as quatro Presidentas latino-americanas, simultaneamente, governaram suas respectivas nações. Nesta data, Dilma Rousseff estava no último ano do seu primeiro mandato como Presidenta no Brasil e já se preparava para concorrer à reeleição, que foi concretizada no resultado das urnas em outubro de 2014. Michelle Bachelet retornava ao Palácio de La Moneda onde começava o seu segundo mandato como Presidenta do Chile. No penúltimo ano de seu segundo governo, Cristina Kirchner comandava a Argentina e Laura Chinchilla se despedia como Presidenta da Costa Rica. Dados do estudo Women in Politics , realizado pelo IPU (Inter-Parliamentary Union, 2014 ) juntamente com a ONU Women, mostram que, em 1º de janeiro de 2014, dos 152 chefes de Estado no mundo, nove eram mulheres, sendo quatro delas latino-americanas. As outras cinco pertenciam aos países da Libéria (África Ocidental), Lituânia (Europa), Malawi (África Ocidental), República da Coreia (Ásia) e San Marino (Europa). Isso significa que a América Latina, nesta data, foi a região no mundo onde havia mais mulheres ocupando o posto mais alto da hierarquia de governo. O diagnóstico e balanço da participação política das mulheres na região neste período é mais positivo do que em qualquer outra época passada, sendo superior à média mundial em vários indicadores. É o que aponta o Guía Estratégica Empoderamiento Político de las Mujeres: Marco para una acción estratégica América Latina y El Caribe (2014-2017), realizado com apoio da ONU Mujeres. De que maneira as capas dos jornais noticiaram essas quatro Presidentas, que governaram simultaneamente suas nações durante alguns meses de 2014, foi o principal questionamento que levou ao desenvolvimento desta pesquisa. Descrever quem são elas e como jornalistas contaram sobre elas nas capas dos periódicos são os objetivos principais. O trabalho, com recorte temporal definido, apresenta e analisa os registros midiáticos sobre as chefes de Estado que protagonizaram um momento histórico. Elas não devem e não podem ser negligenciadas como aconteceu com todas as mulheres desde a antiguidade até o século XIX. “A falta de conhecimento das mulheres sobre a própria história de luta e conquistas é um dos principais meios de nos manter subordinadas” (LERNER, p. 277 , 2019).

Fontes impressas O jornal é considerado o veículo de comunicação mais antigo do mundo, mas só a partir da década de 1970 que ele se tornou objeto da pesquisa histórica (DE LUCA, pág. 118, 2008). Na obra Fontes Históricas (2008), Tânia Regina de Luca apresenta histórico da concepção historiográfica acerca dos periódicos como fonte, presentemente valorizados pela História imediata e o retorno da História política. “As renovações no estudo da História política, por sua vez, não poderiam dispensar a imprensa, que cotidianamente registra cada lance dos embates na arena do poder” (DE LUCA, p. 128, 2008). A historiadora observa também a profissionalização dos jornais e revistas e o poder que eles conquistaram no conjunto das mídias. Sobre o conteúdo, ela comenta: Os discursos adquirem significados de muitas formas, inclusive pelos procedimentos tipográficos e de ilustração que o cercam. A ênfase em certos temas, a linguagem e a natureza do conteúdo tão pouco se dissociam do público que o jornal ou a revista pretende atingir. (DE LUCA, p. 19, 2008) As capas dos jornais diários Clarín (Argentina), Folha de São Paulo (Brasil), El Mercurio (Chile) e La Nación (Costa Rica) são as fontes impressas da pesquisa. O resultado da análise quantitativa, que abrange os números de cada período escolhido e total de capas nas quais as Presidentas são noticiadas, será apresentado detalhadamente na sequência deste tópico. A análise qualitativa tem por finalidade revelar quais são os discursos utilizados referentes às quatro mulheres, na condição de chefes de Estado. Essa segunda etapa da pesquisa segue em andamento. Ao estudar a cobertura da imprensa sobre as Presidentas Cristina Kirchner, Dilma Rousseff, Michelle Bachelet e Laura Chinchilla pretende-se identificar: se elas ficaram invisíveis ou marcadas por estereótipos noticiados pela imprensa; se mesmo ocupando o cargo político mais alto em um país elas ainda foram consideradas “seres do segundo sexo^130 ”; se as equipes jornalísticas designaram o espaço nobre do periódico para elas e muitas outras questões que a pesquisa almeja responder por meio de análise das notícias. Para iniciar a análise da produção discursiva é preciso esmiuçar o enunciado porque a produção de discurso é ao mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e redistribuída (FOUCAULT, 1996). O sociólogo francês Pierre Bourdieu também chama atenção para o que é relatado. (^130) “Segundo sexo” é o termo cunhado pela filósofa francesa Simone de Beauvoir. O vocábulo ganhou popularidade por revelar a fundo a condição submissa da mulher em todos os espaços ocupados por ela e também por ser o título de sua obra mais conhecida O Segundo Sexo, publicada originalmente em 1949 na França.

Com vasto material para estudo, houve um recorte para investigação: 1) as capas dos jornais nos meses de março, abril e maio do ano de 2014, quando as quatro mulheres atuaram ao mesmo tempo como governantes em suas respectivas nações; 2) as capas publicadas no dia da posse de cada Presidenta. De acordo com a configuração estabelecida, houve uma busca nos sites oficiais dos periódicos Clarín, Folha de São Paulo, El Mercurio e La Nación para realizar o levantamento das capas. Ao todo foram pesquisadas 3 75 capas que correspondem ao número de publicações nos dias que compõem as datas escolhidas. Desse total de capas, foram selecionadas somente as que citam em texto e/ou mostram em fotos e/ou ilustrações a Presidenta de cada país. Os critérios elegidos para as citações são: nome completo, primeiro nome ou sobrenome de cada Presidenta. Também foram selecionadas as capas que grafam as palavras “Presidenta/Presidente”. Dos quatro periódicos estudados, somente o jornal brasileiro Folha de S. Paulo utiliza o termo Presidente, mesmo quando Dilma Rousseff, no primeiro dia de seus dois mandatos, esclareceu que desejaria ser chamada por Presidenta. Com base nesses critérios chegou-se ao número de 1 73 capas, conforme tabela a seguir. Tabela 1: Capas - Clarín, Folha de S. Paulo, La Nación e El Mercurio Presidentas Cristina Kirchner Dilma Rousseff Laura Chinchilla Michelle Bachelet Março de 2014 13 capas 20 capas 1 capa 2 2 capas Abril de 2014 11 capas 21 capas 1 capa 18 capas Maio de 2014 18 capas 2 3 capas 1 capa 17 capas Cobertura jornalística da cerimônia de posse 2 capas 2 capas 1 capa 2 capas Total de capas 44 capas - Clarín 66 capas - Folha de S. Paulo 4 capas - La Nación 59 capas - El Mercurio

Figura 1 – Capa do dia 2 de janeiro de 2011, dia da posse do primeiro mandato de Dilma Rousseff Figura 2 – Capa do dia 11 de dezembro de 2007, dia da posse do primeiro mandato de Cristina Kirchner Figura 3 – Capa do dia 12 de março de 2006 , dia da posse do primeiro mandato de Michelle Bachelet Figura 4 – Capa do dia 9 de maio de 2010, dia da posse do primeiro e único mandato de Laura Chinchilla

Political Empowerment across the Globe. Gender and Politics. Palgrave Macmillan, Cham. 2018, p.p 1- 25. BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016 [1949]. BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. Tradução: Maria Lúcia Machado. DE LUCA, Tânia Regina. História Dos, Nos E Por Meio Dos Periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2008. FREITAS, Thamara Luciana Borges. Apresentação do discurso das ex-presidentas Dilma e Cristina: uma análise descritiva em corpus jornalístico paralelo bidirectional português e espanhol. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Uberlândia em 2018. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 1996. 3ª edição. JALALZAI, Farida. Women Presidents in Latin America: Beyond Family Ties? New York: Routledge, 2015. 1ª edição. ________________; SANTOS A. G. Pedro. Women's Empowerment and Disempowerment in Brazil: The Rise and Fall of President Dilma Rousseff. Philadelphia, PA: Temple University Press, 2021. IPU. Women in Politics. Inter-Parliamentary Union, 2014, 2021. LERNER, Gerda. A Criação do Patriarcado – História da Opressão das Mulheres pelo Homens. Tradução: Luiza Sellera. São Paulo: Cultrix, 2019. LOPES, Paula Cunha. Mídia, poder e gênero: a crítica feminista latino-americana a partir das representações das presidentas Cristina Kirchner, Dilma Rousseff e Michelle Bachelet. Dissertação de mestrado - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais. Minas Gerais. 2018. MOREIRA, Adriana Monserrat Cedillo Morales. Os editoriais de El Mercurio e O Estado de S. Paulo sobre Bachelet e Rousseff na eleição a Presidente do Chile em 2013 e do Brasil em 2014: um comparativo a partir da análise crítica do discurso. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná em 2016. ONU MUJERES. Guía estratégica Empoderamiento Político de las Mujeres: Marco para una acción estratégica América Latina y El Caribe (2014-2017). ZELIZER, Barbie. O que fazer com o jornalismo? Brazilian Journalism Research, v. 11, n.2,

  1. p. 12-27.